Eu Sou o Numero Quatro... Capitulo Sete

Um conto erótico de John
Categoria: Homossexual
Contém 3252 palavras
Data: 03/09/2012 23:07:22
Assuntos: Gay, Homossexual

BERNIE KOSAR ESTÁ ARRANHANDO A PORTA DE MEU QUARTO QUANDO ACORDO. Eu o deixo sair. Ele ronda o quintal, correndo com o focinho bem perto do chão. Satisfeito depois de cobrir os quatro cantos do espaço cercado, ele corre para o meio das árvores e desaparece. Fecho a porta e vou tomar banho. Saio dez minutos mais tarde, e ele está novamente dentro de casa, sentado no sofá. O cachorro balança o rabo ao me ver.

— Você o deixou entrar? — pergunto a Henri, que está sentado à mesa da cozinha com seu laptop aberto e quatro jornais empilhados diante dele.

— Sim.

Saímos depois de um café da manhã rápido. Bernie Kosar corre à nossa frente, depois para e se senta, olhando para a porta da caminhonete no lado do passageiro.

—Isso é meio esquisito, não acha? — eu comento.

Henri dá de ombros.

—Parece que ele está acostumado a andar de carro. Deixe-o entrar.

Abro a porta, e o cão salta para dentro da caminhonete. Ele se senta no meio do banco da frente, com a língua para fora da boca. Quando passamos pelo portão, ele se muda para meu colo e bate com a pata na janela. Eu a abro, e ele inclina metade do corpo para fora, ainda de boca aberta, com o vento balançando suas orelhas. Cinco quilômetros depois, Henri para na frente da escola. Eu abro a porta e Bernie Kosar salta para fora na minha frente. Eu o coloco de volta na caminhonete, mas ele sai novamente. Devolvo-o ao interior da caminhonete e preciso segurá-lo para impedir que saia antes que eu consiga fechar a porta. Ele fica equilibrado nas patas traseiras, com as dianteiras apoiadas na janela aberta, e eu afago sua cabeça.

— Trouxe as luvas? — Henri pergunta.

— Sim.

— O celular?

— Sim.

— Como se sente?

— Bem — respondo.

— Tudo bem. Telefone para mim se tiver algum problema.

Ele vai embora, e Bernie Kosar me observa pela janela até a caminhonete desaparecer além de uma curva.

Sinto um nervosismo semelhante ao que experimentei ontem, mas por motivos diferentes. Em parte, quero ver Tyler imediatamente, mas, em parte, espero não vê-lo. Não sei o que vou dizer a ele. E se não conseguir pensar em nada e ficar parado com cara de idiota? E se ele estiver com Mark quando eu o vir? Devo cumprimentá-lo e correr o risco de provocar outro confronto ou simplesmente passar direto e fingir que não vi nenhum dos dois? E eu sei que os verei na segunda aula. Não há como evitar.

Caminho para meu armário. Minha mochila está cheia de livros que eu devia ter lido na noite passada, mas que nem abri. Havia muitos pensamentos e imagens ocupando minha cabeça. Eles não foram embora, e é difícil imaginar que algum dia irão. Tudo é muito diferente do que eu imaginava. A morte não é como mostram os filmes. Os sons, as imagens, os cheiros... Tudo é muito diferente.

Quando paro diante de meu armário, percebo imediatamente que há algo errado. O puxador de metal está coberto de terra, ou algo que parece terra. Não sei ao certo se devo abri-lo, mas respiro fundo e abro. O armário está cheio de esterco, e, quando puxo a porta, boa parte dele cai, uma porção em meus sapatos. O cheiro é horrível. Eu fecho a porta com força. Sam Goode está parado atrás dela, e sua aparição repentina me assusta. Ele parece desamparado, e está vestindo uma camiseta da abercrombie.

— Oi, Sam — cumprimento.

Ele olha para a pilha de esterco no chão, depois para mim.

— Você também?

Ele assente.

— Vou à diretoria. Quer vir comigo?

Ele balança a cabeça, depois se vira e vai embora sem dizer nada. Eu vou até a sala do Sr. Harris, bato na porta e entro sem esperar por uma autorização. Ele está sentado atrás de sua mesa, usando uma gravata com a estampa da mascote da escola, nada menos que vinte pequenas cabeças de pirata espalhadas por ela. O diretor sorri orgulhoso ao me ver.

— Hoje é um grande dia, John — diz. Não sei do que ele está falando. — Os repórteres do Gazette devem chegar aqui em até uma hora. Primeira página!

Então eu lembro, a grande entrevista de Mark para o jornal local.

— Deve estar muito orgulhoso — digo.

—Estou orgulhoso de todos e de cada um dos alunos de Paradise. — O sorriso não desaparece de seu rosto. Ele se reclina na cadeira, entrelaça os dedos e apóia a mão sobre a barriga. — O que posso fazer por você?

—Só queria informar que meu armário estava cheio de esterco esta manhã.

—Como assim, "cheio"?

—Cheio, Sr. Harris. Alguém encheu o armário de esterco.

—Esterco? — ele repetiu, confuso.

— Sim.

Ele ri. Fico chocado com sua falta de consideração e sou tomado pela raiva. Meu rosto fica quente.

— Vim até aqui informá-lo para que o armário seja limpo. O armário de Sam Goode também foi recheado de esterco.

Ele suspira e balança a cabeça.

— Vou mandar o Sr. Hobbs, o zelador, limpar seu armário agora mesmo. E farei uma investigação completa.

—Nós dois sabemos quem foi, Sr. Harris.

Ele olha para mim com um sorriso paternal.

—Eu vou cuidar da investigação, Sr. Smith.

É inútil argumentar, por isso saio da diretoria e vou ao banheiro lavar as mãos e o rosto com água fria. Preciso me acalmar. Não quero usar as luvas hoje de novo. Talvez eu não deva fazer nada a respeito, simplesmente esquecer o episódio. Isso vai pôr fim à provocação? Além do mais, que alternativas eu tenho? Estou em minoria, e meu único aliado é um aluno do segundo ano que tem obsessão por extraterrestres. Bem, talvez não seja verdade... Talvez eu tenha outro aliado em Tyler Soyer.

Olho para baixo. Minhas mãos estão normais, não brilham. Saio do banheiro. O zelador já está removendo o esterco de meu armário, retirando os livros e os jogando no lixo. Passo por ele, entro na sala e espero pelo começo da aula. A professora discute regras gramaticais, sendo o principal tópico a diferença entre tempos verbais e o uso do gerúndio. Presto mais atenção do que ontem, mas com a aproximação do final da aula vou ficando nervoso com a seguinte. Não porque posso encontrar Mark... Mas porque posso ver Tyler. Ele vai sorrir para mim hoje, outra vez? Acho que vai ser melhor chegar antes dele, de forma que eu possa me sentar e observá-lo entrando. Assim saberei se ele vai dizer "oi" para mim antes.

Quando ouço o sinal, saio da sala apressadamente e ando depressa pelo corredor. Sou o primeiro a entrar para a aula de astronomia.

A sala se enche e Sam se senta ao meu lado outra vez. Pouco antes de o sinal soar, Tyler e Mark entram juntos. Ele veste camisa branca e calça preta. E sorri para mim antes de se sentar. Eu sorrio para ele. Mark nem olha em minha direção. Ainda posso sentir o cheiro de esterco em meus sapatos, ou talvez o odor venha de Sam.

Ele retira da mochila um panfleto com o título Eles Estão entre Nós na capa. Parece que foi impresso no porão da casa de alguém. Sam abre o panfleto na página central e começa a ler atentamente.

Olho para Tyler quatro carteiras à minha frente, para seus cabelos presos num rabo de cavalo. Posso ver o formato de seu pescoço delgado. Ele senta despojado na cadeira. Gostaria de estar sentado à seu lado, de poder segurar sua mão. Gostaria de estar na oitava aula. Fico pensando se serei parceiro dele novamente na aula de economia doméstica.

A Sra. Burton começa a falar. Ela ainda está desenvolvendo o tópico sobre Saturno. Sam pega uma folha de papel e começa a escrever freneticamente, parando de vez em quando para consultar um artigo na revista que mantém aberta a seu lado. Olho por cima de seu ombro e leio o título da matéria: "Cidade inteira de Montana abduzida por alien".

Antes da noite passada eu nunca teria considerado tal teoria. Mas Henri acredita que os mogadorianos tramam para dominar a Terra, e devo admitir que, embora a matéria na revista de Sam seja ridícula, deve haver algum fundo de verdade nela. Sei que os lorienos visitaram a Terra muitas vezes ao longo da vida deste planeta. Vimos a Terra se desenvolver, a observamos em tempos de crescimento e abundância, quando tudo se movia, e em tempos de gelo e neve quando nada se mexia. Ajudamos os humanos, os ensinamos a fazer fogo, demos a eles as ferramentas para o desenvolvimento da fala e da linguagem, por isso nossa linguagem é tão semelhante à da Terra. E, embora nunca tenhamos abduzido humanos, não significa que isso nunca tenha sido feito. Olho para Sam. Nunca conheci ninguém com uma fascinação tão grande por extraterrestres a ponto de fazer anotações e estudar teorias de conspiração.

A porta da sala se abre e o rosto sorridente do Sr. Harris aparece.

— Desculpe interromper, Sra. Burton, mas vou ter de tirar Mark da sala. Os repórteres do Gazette chegaram para entrevistá-lo — ele avisa em tom suficientemente alto para todos na sala ouvirem.

Mark se levanta, pega a mochila e sai da sala com passos tranquilos, casuais. Vejo o Sr. Harris dar uns tapinhas nas costas dele quando os dois saem juntos. Depois olho para Tyler, desejando poder me sentar na cadeira vazia ao lado dele.

A quarta aula é educação física. Sam está em minha turma. Trocamos de roupa e nos sentamos lado a lado no chão do ginásio. Ele calça tênis e veste short e uma camiseta dois ou três números maior que o dele. Ele era meio nerd, mas não de aparência podia jurar que ele era um atleta, e de certa forma ele também era bonito.

O professor de ginástica, Sr. Wallace, está em pé na frente do grupo, os pés afastados na largura dos ombros, as mãos cerradas e apoiadas nos quadris.

— Tudo bem, rapazes, escutem. Esta é provavelmente a última chance que teremos de trabalhar ao ar livre, por isso façam valer a pena. Corrida de um quilômetro e meio, dando o máximo possível. Seus tempos serão anotados e guardados para quando voltarmos a correr a mesma distância na primavera. Por isso, tratem de se esforçar!

A pista do lado de fora é feita de borracha sintética. Ela contorna o campo de futebol, e, além dela, há um bosque por onde, imagino, é possível chegar a nossa casa, mas não tenho certeza. O vento é frio, e noto que o braço de Sam está arrepiado. Ele tenta se aquecer esfregando a pele.

— Já fez essa corrida antes? — pergunto.

Sam move a cabeça em sentido afirmativo.

— Corremos um quilômetro e meio na segunda semana de aula.

— Qual foi seu tempo?

— Nove minutos e cinquenta e quatro segundos.

Olho para ele.

— Sempre pensei que pessoas magras fossem muito rápidas.

— Cale a boca — ele diz.

Corro ao lado de Sam para o fundo do grupo. Quatro voltas. É esse o número de vezes que temos de percorrer a pista para completar um quilômetro e meio. Na metade do caminho eu começo a me distanciar de Sam. Em que velocidade eu poderia percorrer um quilômetro e meio se realmente me esforçasse? Dois minutos, talvez? Ou menos?

O exercício me anima e, sem prestar muita atenção, eu passo o líder do grupo. Depois reduzo a velocidade, fingindo exaustão. E é então que vejo uma mancha marrom e branca saindo do meio dos arbustos, transpondo a entrada da arquibancada e correndo em minha direção. Minha mente está me pregando peças, eu penso. Desvio o olhar e continuo correndo. Passo pelo professor. Ele está segurando um cronômetro. Ele grita palavras de incentivo, mas está olhando para algum ponto atrás de mim, fora da pista. Sigo a direção de seu olhar. Estão fixos na mancha marrom e branca. E a mancha continua correndo em minha direção, e imediatamente as imagens do dia anterior voltam. As bestas mogadorianas. Havia as pequenas, também, com dentes que brilhavam como lâminas afiadas, criaturas rápidas cuja principal intenção era matar. Aumento a velocidade.

Percorro metade da pista num tiro de velocidade antes de olhar para trás. Não há nada atrás de mim. Deixei para trás o que me perseguia. Vinte segundos se passam. Eu me viro para olhar para a frente, e a coisa está bem ali, diante de mim. Deve ter atravessado o campo. Eu paro de repente, e minha visão se corrige. É Bernie Kosar! Ele está sentado no meio da pista com a língua para fora, a cauda balançando.

— Bernie Kosar! — eu grito. — Você quase me matou de susto!

Volto a correr em velocidade baixa, e o cachorro corre comigo. Espero que ninguém tenha notado como fui veloz. Eu paro e me dobro ao meio, como se tivesse cãibras e dificuldade em respirar. Caminho durante algum tempo. Depois corro sem me esforçar. Antes de terminar a segunda volta, duas pessoas me ultrapassaram.

— Smith! O que aconteceu? Estava na frente de todo mundo! — o Sr. Wallace grita quando passo por ele.

Respiro com dificuldade, dando credibilidade à encenação.

— Eu... tenho... asma... — digo.

Ele balança a cabeça num gesto desaprovador.

— E eu pensando que tinha o campeão estadual deste ano na minha turma!

Dou de ombros e continuo correndo, parando de vez em quando para caminhar. Bernie Kosar continua comigo, às vezes andando, às vezes trotando. Quando começo a última volta, Sam me alcança e nós corremos juntos. Seu rosto está muito vermelho.

— Então, o que estava lendo hoje na aula de astronomia? — pergunto. — Uma cidade inteira de Montana abduzida por aliens?

Ele sorri para mim.

— Sim, essa é a teoria — responde com certa timidez, como se estivesse constrangido.

— E por que uma cidade inteira seria abduzida?

Sam encolhe os ombros, não responde.

— Não, é sério — insisto.

— Quer mesmo saber?

— Sim, é claro!

— Bem, a teoria é que o governo vem permitindo as abduções em troca de tecnologia.

— É mesmo? Que tipo de tecnologia?

— Coisas como chips para supercomputadores, fórmulas para mais bombas e tecnologia verde.

— Tecnologia verde para espécies vivas? Estranho. E por que os alienígenas querem abduzir humanos?

—Para nos estudar.

—Sim, mas para quê? Quero dizer, que motivo eles poderiam ter?

— Quando o Armagedon chegar, eles conhecerão nossas fraquezas e poderão nos derrotar com facilidade, expondo-as.

Fico um pouco surpreso com a resposta, mas só por causa das cenas que ainda desfilam por minha cabeça desde a noite passada, da lembrança das armas usadas pelos mogadorianos e das bestas gigantescas.

—Não seria fácil para eles, se já têm bombas e tecnologias tão superiores às nossas?

—Bem, algumas pessoas parecem acreditar que eles esperam que nós nos matemos antes.

Olho para Sam. Ele está sorrindo para mim, tentando decidir se estou levando a conversa a sério ou não.

— E por que eles iam querer que nos matássemos antes? Qual é o estímulo deles?

— Inveja.

— Inveja de nós? Da nossa beleza rústica?

Sam ri.

— É mais ou menos isso.

Eu concordo movendo a cabeça. Corremos em silêncio por um minuto e percebo que Sam está enfrentando dificuldades, porque sua respiração é pesada.

— Como se interessou por tudo isso? Ele dá de ombros.

— É só um hobby — diz, embora eu tenha a nítida sensação de que ele está escondendo alguma informação de mim.

Completamos o percurso em oito minutos e cinquenta e nove segundos, melhor que o último tempo de Sam. Bernie Kosar segue a turma de volta à escola. Todos o acariciam, e quando voltamos ao prédio ele tenta entrar conosco. Não sei como me encontrou. É possível que ele tenha decorado o caminho até a escola hoje cedo? A ideia me parece ridícula.

Ele fica na porta. Caminho até o armário com Sam, que, assim que recupera o fôlego, começa a recitar uma tonelada de outras teorias de conspiração, uma depois da outra, a maioria delas hilárias. Gosto dele, o acho divertido, mas às vezes quero que ele pare de falar.

Quando começa a aula de economia doméstica, Tyler não está na sala. A Sra. Benshoff dá instruções para os primeiros dez minutos e nós vamos para a cozinha. Entro sozinho na unidade, conformado com a ideia de cozinhar sem companhia hoje, e, assim que considero essa possibilidade, Tyler aparece.

—Perdi alguma coisa interessante? — ele pergunta.

—Uns dez minutos de tempo valioso comigo — respondo sorrindo.

Ele ri.

—Já soube o que aconteceu com seu armário hoje cedo. Foi mal.

— Foi você que encheu o armário de esterco? — pergunto.

Ele ri novamente.

— Não, é claro que não. Mas sei que está sendo perseguido por minha causa.

— Eles têm sorte em eu não ter usado meus super poderes para jogá-los em outro país.

Ele aperta meu bíceps com ar brincalhão.

— É claro, com esses músculos todos, e ainda com super poderes... Cara, eles têm sorte.

Nosso projeto do dia é fazer cupcakes de blueberry. Começamos a misturar a massa, e, enquanto trabalhamos, Tyler me conta sua história com Mark. Ele namorarou com sua irmã por dois anos, assim ficaram amigos e Tyler entrou para o time, porém, quanto mais tempo passava com ele, mais ele se afastava da família e dos amigos. Ele era o mascote de Mark, mais nada. Sabia que havia começado a mudar, adotando algumas das atitudes dele com as pessoas: era cruel e crítico, julgava-se melhor do que os outros. Ele também começou a beber e suas notas caíram. No final do último ano letivo, os pais o mandaram passar o verão na casa da tia no Colorado. Quando chegou lá, Tyler começou a fazer longas caminhadas pelas montanhas, fotografando as paisagens com a câmera da tia. Ele se apaixonou pela fotografia e viveu o melhor verão de sua vida, então percebeu que a vida era muito mais que ser jogador e amigo do quarterback do time de futebol. Tyler voltou para casa, falou com Mark, deixou o time e prometeu a si mesmo ser bom e gentil com todas as pessoas. Mark não superou o rompimento. Ele relata que ele ainda a considera seu mascote e acredita que um dia ele vai voltar para o time. Tyler diz que só sente falta dos cachorros de Mark, com quem ele se divertia sempre que ia visitá-lo. Conto a ele sobre Bernie Kosar, e como ele apareceu na porta de nossa casa inesperadamente depois daquela primeira manhã na escola.

Trabalhamos enquanto conversamos. Em um dado momento eu abro o forno e retiro dali as formas de bolinho sem usar luvas térmicas. Ele percebe e pergunta se estou bem, e finjo ter me queimado, sacudindo as mãos como se ardessem, embora não sinta absolutamente nada. Vamos até a pia, e Tyler coloca minhas mãos em água morna, para ajudar a aliviar o ardor da queimadura inexistente. Quando ele olha minha mão, eu me limito a encolher os ombros. Enquanto estamos confeitando os bolinhos, ele me pergunta sobre o celular e comenta que notou que só havia um número na agenda. Digo que é o número de Henri, que perdi meu telefone antigo com todos os meus contatos. Ele me questiona se deixei uma namorada no lugar de onde vim. Respondo que não, e ele sorri, o que praticamente acaba comigo. Antes do final da aula, ele me fala sobre o festival que vai acontecer na cidade no dia do Halloween e diz que espera me ver lá, que talvez possamos nos encontrar e passar algum tempo juntos. Eu digo que sim, seria ótimo, e finjo estar tranquilo, mesmo flutuando por dentro.

(por hoje é só amanhã tem mais!)

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Comentários

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Apesar de ser baseado no livro e no filme, ficou impressionante, você fez uma boa adaptação. Tem erros ortograficos mais não muito, você pode melhora e tome cuidado com o tamanho o seu texto está muito grande isso dificulta a leitura, da próxima diminua, so esse capítulo equivale a dois e procure solta mais espaço ele está muito junto que também dificulta a leitura, escreve 10 linha e solta um espaço e você não precisa ter pressa pra posta, um bom escritor leva uma semana para escrever um bom texto. Pelo que eu li você tem muito talento, meus parabéns. Te dou nota 10.

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Cara e muito boa a sua ideia de publicar uma versão homo do livro^^

gostei msm...tava hj navegando e vi seu conto li todos hj rsrs e ta D+

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Ai Meu deus eu não tenho comentários pra essa série é muito viciante, Posta logo o capítulo 8 please *-*

Tá muito foda a série.

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Parabens cara, to ancioso pela continuação…

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Olha kra seu conto é bom, a idéia de reescrever um livro, numa versao homo' tambem é boa... Mas vc se preocupa demais com os detalhes da história como poderes, legados, et's e etc... E acaba esquecendo o principal o Romantismo e o Erotismo, q estamos esperando...

Vc escreveu até agora 7 capitulos 1 duplo, seus contos tem um tamanho bom, mas dentre os 7 capitulos 6 falavam apenas de detalhes, e apenas nesse um sinal de romance...

Bom essa é só minha opiniao, e é só nisso q eu pesso q melhore blz?

Bjos, boa sorte =P

by: Pablo

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obg pela leitura, e muito boa noite =) aproposito, eu acompanhava sua outra serie, ficarei muito feliz quando ler o desfecho.

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