Agarre-se aos 16 - 15

Um conto erótico de Walmir Paiva
Categoria: Homossexual
Contém 995 palavras
Data: 01/09/2012 08:06:18

• 15 – Cartas na mesa

Acordei com um sorriso enorme no dia seguinte. O homem da minha vida estava ao meu lado, dormindo. Era lindo vê-lo ali. Eu estava finalmente realizado. Minha primeira vez foi melhor do que Eu imaginara; no lugar certo, na hora certa, com o homem certo.

Levantei-me depois de tanto olhar para José (Que dormia de barriga para baixo), e fui olhar-me no espelho. Eu estava diferente; algo em mim havia mudado e Eu não sabia o que. Eu ainda estava nu e pude notar umas manchas roxas (Como hematomas) se formando desde minha bunda até a cintura. Quem iria adivinhar que as tapas de José fariam aquilo comigo? Fui ao banheiro e tomei um banho bem demorado. Toda vez que tocava em meu corpo, Eu lembrara a noite maravilhosa que havia tido. Saí do banho, me sequei, e depois passei o secador no cabelo (Não gosto quando ele fica molhado).

Desci para cozinha e não vi ninguém em casa. Estranho. Geralmente eles acordam cedo. Só pude me dar conta do tempo quando olhei para o relógio da sala; já passavam das 10h00min. Nossa! José fazia com que Eu perdesse a total noção do tempo. Fiz o suco de laranja (O preferido de José) e dessa vez fiz um café da manhã com frutas vermelhas/ amarelas, além de torrada com geleia, é claro.

Subi para o meu quarto e José ainda dormia; Para um atleta, ele tem um sono bem pesado. Não chegava a roncar. Decidi observar seu sono.

Eu estava realmente preocupado com o cansaço daquele homem. Mas Eu não tinha noção do quão cansada a pessoa fica depois de uma noite de amor. José acordou por volta das 11h10min. Quando olhou para mim abriu um sorriso e disse:

– Então não foi um sonho?

– Não! E se foi, Eu quero tornar esse sonho realidade.

– Então vem aqui...

– Não! – Falei antes que ele pudesse terminar a frase. – Foi realidade, pois há hematomas em meu corpo. Não quero repetir isso. Não hoje.

– Amor?... – Disse José com uma cara de cachorro.

– Eu já disse que não. Agora fica aí que Eu vou trazer nosso café!

Desci para sala, peguei o café que Eu havia preparado e voltei para o quarto. Nós comemos tudo. Acho que não sobrou sequer um pedaço de maça.

Estávamo-nos beijando quando José desprende-se do beijo e diz.

– Temos um problema.

– Qual? – Perguntei preocupado.

– Meu pai. – Ele falou e abaixou a cabeça. – Tenho que falar com ele e dessa vez Eu prometo não recuar.

– Não! Eu não quero passar por aquilo de novo. Eu me senti podre com o que ele falava. Não faz isso, por favor! Não quero voltar lá.

– Mas nos vamos! Todas as pessoas já sabem. Que se dane a integridade dele. Se ele ama o único filho dele, ele irá entender.

– Você tem certeza que isso é o melhor a se fazer? Eu já me acostumei com a ideia dele não nos apoiar. – Abaixei a cabeça e fiquei com uma expressão de tristeza.

– Você acha que Eu vou ficar escondendo nosso namoro por causa dele? – Ele levantou minha cabeça e olhou fixamente para mim – Não! Eu te amo. E é isso o que importa.

Após falar isso, me deu um beijo e foi em direção ao banheiro. Eu não sabia o que fazer. Não queria sair humilhado daquela casa de novo. Depois de uns vinte minutos, José saiu do banheiro e fomos em direção à garagem. José ligou seu carro e partimos em direção a mansão. Era menos de 10 minutos da minha casa para sua. Entramos. José cumprimentou a todos os funcionários. E fomos em direção à sala. Seu pai não estava lá. Abri um sorriso, pois pensei que ele não estava em casa. José me levou ao segundo andar da casa. Pensei que íamos ao quarto dele e falei:

– Não acho uma boa ideia José. Já disse que não quero transar hoje.

José soltou uma gargalhada e ainda com sorriso na cara disse:

– Não estou te levando pro meu quarto. Estou te levado para o escritório do meu pai, seu bobo. Até porque transar não seria uma má ideia.

Na hora Eu gelei. Chegamos ao escritório e José abriu a porta. O pai dele estava sentado em uma cadeira, que parecia ser macia, com revestimento de couro. Ao nos ver entrando no escritório, o pai de José levantou da cadeira e disse:

– Você insiste com essa palhaçada José Otávio? Eu já disse que não quero esse veadinho em casa.

– Pai para! – José falou em tom de ordem. – Eu exijo respeito para com o meu namorado. E quer saber? Eu o amo. E estou pouco me fodendo para o que seus eleitores irão pensar. Não vou desistir da pessoa que Eu amo e viver sofrendo pro resto da vida por causa de uma merda de política.

– Merda de política? – O pai de José começara a ficar irritado com suas palavras. – Você sabe que essa “merda de política” te sustenta, não sabe seu vagabundo?

– Sei! Mas quer saber? Eu não me importo em ficar pobre. Na boa? Se o senhor for um bom vereador, as pessoas irão votar em você pelo o que você faz, não pelo filho que tem.

O pai de José sentou-se na cadeira e começou a refletir. Eu não me atrevi a falar nada. Foi José quem me levou até aquela casa, ele que aceitasse as consequências. O pai dele levantou-se e perguntou:

– Posso saber seu nome?

– Walmir Almeida Paiva. – Queria que ele ouvisse meu nome por completo.

– Almeida? – O pai dele olhou para mim como um gavião olhando para a presa. – Por acaso você é filho do Juiz Geraldo Almeida?

– Sim. – Na hora da minha resposta o velho abriu um sorriso.

– Seja bem vindo ao nosso lar.

Um minuto para reflexão... O velho não me suportava desde o dia em que fui a sua casa e agora ele abre um sorriso e diz: “Seja bem vindo ao nosso lar.”? Que homem ridículo.

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Comentários

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Perfeita sua série... Desde o inicio to acompanhado pelo celular! continua logo :D

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hoje em dia a maioria das pessoas agem de acordo com seus interesses, sem se importar com o sentimento dos outros. Parabéns, sua história é muito interessante :)

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Kkkk, so dar pra rir desse vereador, amei.

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