Agarre-se aos 16 - 18

Um conto erótico de Walmir Paiva
Categoria: Homossexual
Contém 774 palavras
Data: 03/09/2012 06:10:27

• 18 – Discutindo o relacionamento

Enquanto Eu chorava no ombro de Sofia, a imagem de José e Karen não sai da minha cabeça. Era algo torturante. E só em pensar que Eu poderia perder a pessoa que Eu amava para qualquer uma, me dava náuseas. Eu me sentia terrível.

José entrou enfurecido na sala, acho que por causa da atitude de Sofia e da minha “delicadeza” que chagava a ser uma coisa chata. Ele entrou empurrando as cadeiras e Eu olhei para ele. Ele fitou Sofia por alguns instantes e disse:

– Sai do meu lugar agora!

– Seu grosso! – Sofia gritou e levantou-se. – Eu saio. Mas não por você, e sim pelo meu amigo.

– Vaza daqui Sofia!

Sofia saiu com raiva e medo. José estava realmente alterado.

Ele pegou meu rosto e puxou-me para perto do seu peito. E começou a falar:

– Que besteira amor... Não precisava daquilo. Parecia um show barato de drama que palhaços fazem em esquinas.

– Sabe... – Eu falei enxugando as minhas lágrimas. – Talvez esse seja o problema. Eu acho que sou um palhaço nessa história. – Me afastei e vi a expressão de José que não era nada legal.

– O que você está falando? A Karen só estava sentada no meu colo. Nada demais.

– Nada demais? – Fitei-o com expressão de raiva. – O que você faria se fosse uma situação inversa?

José nada falara. Então Eu disse:

– Você vai sentir a mesma dor que Eu senti em instantes atrás.

– O qu-q-que v-você va-va-vai fazer? – José falou gaguejando todas as palavras.

Não dei ouvidos a sua pergunta e fui em direção a Marcos que estava sentado na terceira cadeira da segunda fileira. Ao chegar lá Eu fiquei meio receoso e disse:

– Preciso conversar com você...

– Se você não percebeu já estamos conversando. – Marcos me olhava com uma cara séria.

– Se Eu te fiz alguma coisa errada, por favor, me desculpe!

– Não! – Ele abriu um sorriso e continuou: – Eu que te devo desculpas. Eu não sei com o que Eu estava na cabeça. Eu apenas te queria naquele momento. É que tu mexes demais com a cabeça das pessoas. –Ele riu e Eu retribuí.

– Não fica assustado... Mas agora Eu vou sentar no seu colo e te dar um abraço. Não quero muros nessa amizade.

– Amizade... – Ele fez uma cara de triste e depois riu – Claro! Vem dar um abraço no seu novo amigo.

Eu sentei no colo dele e dei um beijo em sua bochecha. Quando olhei para Marcos ele tirou uma mexa do meu cabelo e pôs atrás da minha orelha e ficou me olhando por um tempo. E Eu permaneci sorrindo até que ouvi:

– Acabou essa palhaçada? – Droga! Acho que exagerei... – Porque Eu acho que já foi longe demais.

– José não é isso que você está pensando cara... – Marcos tentava explicar com um nervosismo no olhar, mas foi interrompido.

– Cala a boca! – Olhou para mim e disse: – Vem! Deixa esse Mané pra lá!

– Esse “Mané” é meu amigo e Eu vou ficar no colo dele até quando Eu quiser.

– Não! – Disse Marcos desesperado. – Ele já vai sair cara.

– Meu irmão, Eu já mandei você calar a boca! Quanto a você Walmir, você vem comigo.

– Já disse que n... – E antes que Eu terminasse a frase, ele me puxou do colo de Marcos e me levou para o refeitório em um de seus ombros.

Somente quando ele me pôs no chão pude contestar:

– Grosso! Você é um grosso! Porque fez aquilo com meu amigo?

– Primeiro porque ele não é seu amigo. – José olhava com fúria para mim. – Segundo porque você me fez provar uma dose de ciúme que Eu nunca pensei em ter. Se seu plano funcionou? Sim. Funcionou. E terceiro porque Eu sou seu homem e não ia deixar você no colo de outro macho.

– Eu nunca tive outras intenções com o Marcos e você sabe disso.

– Eu sei. A palhaçada acabou?

– Ainda não. Como você se sentiu enquanto Eu estava no colo de Marcos?

– Muito puto. Nunca mais faça aquilo de novo, entendeu!?

– Sabe... Eu me senti pior enquanto a Karen estava no seu colo. Eu estava pedindo desculpas ao Marcos e a Karen estava te dando carinho. São duas coisas bem diferentes não acha?

– Sim. Acho. – Ele olhou sério para mim e disse: – Se é pra ser sincero que Eu seja. Acabou com a palhaçada agora?

– Se você está falando do nosso namoro... Sim! Acabou a palhaçada.

Na hora vi uma lágrima cair do olho de José. Eu não queria dizer aquilo. Mas era preciso. Pra mim e para ele, aquela decisão seria a melhor a se tomar naquela hora.

...

E Eu não demonstrei um pingo de sentimentos. Nem um pingo.

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Comentários

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nossa que tenso, achei legal o walmir pedir desculpa ao Marcos... E tipo terminar o namoro foi demais né?

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cara seu conto esta demais.....continua logo.......nunca deixes de escrever pois escreves super bem......por aquilo que eu leio nos contos tu davas um bom escritor

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E serio vc vacilo legal em!bjs aquardando anciosamente se puder mandeos primeiros capitulos para meu email legaldemais@hotmail.com

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Nossa! Acho que foi difícil par ambas as partes esse término de relacionamento.

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Bom dia, galera! Desde já quero agradecer, a vocês leitores, a receptividade e a visibilidade que o conto está tendo. Galera, o ENEM está chegando e Walmir e Eu estamos estudando para o exame - Nós sempre disputamos, por diversão, para ver quem tira a nota mais alta e quem consegue esse feitio tem direito à uma prenda paga pelo outro. - Contudo, não sei se poderei continuar respondendo ou comentando outros contos da casa, mas mesmo assim continuarei dando nota sempre que preciso. Talvez ainda hoje Eu poste o capítulo 19. Beijos no coração de todos. Dúvidas? Deixe nos comentários! :)

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