Uma nova história começaria aqui. Decidi migrar de Angra dos Reis, para o Rio de Janeiro, na intenção de cursar a minha faculdade de psicologia mais distante (nem tanto, pois o estado era o mesmo) do meu ambiente natural. Só pensava em me divertir, aproveitar cada segundo como se não houvesse amanhã... Enfim, como qualquer outro jovem, eu queria crescer profissionalmente e ser muito feliz. Sempre fui um garoto bem determinado, um pouco equilibrado, educado (às vezes), mas muito genioso. Nada nem ninguém seriam capazes de mudar os meus pensamentos, mas a vida era mesmo muito imprevisível. O destino resolveu brincar comigo ao trazer para o meu coração, um cara totalmente diferente dos meus planos. Essa pessoa bagunçou todos os meus sentimentos, me envolveu em muitos problemas, mas de uma forma muito especial, ensinou-me a amar verdadeiramente. Juntos, nós vivemos diversos momentos importantes. Sem dúvida alguma, aquele ano foi surpreendente em todos os sentidos.
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Edu – Porque tudo tem que ser do seu jeito? Você é um muleque muito mimado e egoísta que não pensa em mais ninguém. Se acha tão maduro, mas ainda tem que aprender muito com a vida.
Eu – Ah! Cansei de ficar te escutando. Porque você não me deixa em paz Eduardo? Quer saber? Desaparece da minha vida de uma vez.
Imaginem uma pessoa irritada. Esse alguém era eu naquele momento. Que raiva desse cara! Porque essas coisas só aconteciam comigo? Essa relação era destrutiva demais. Acho que nunca conseguiríamos viver em paz realmente, pois a todo instante surgia um novo conflito para abalar o nosso relacionamento. Haja paciência para lidar com tantos obstáculos pelo caminho. Todas as minhas forças já haviam se esgotado. Nós tentamos permanecer juntos, mas não éramos maduros o suficiente para seguir com o nosso amor. Infelizmente, aquela seria a hora de dar um fim em tudo àquilo que já vivemos juntos.
Edu – Não. Você é meu, entendeu? Não vou deixá-lo sair daqui enquanto não me explicar essa história direito. Que maluquice é essa de querer me abandonar?
Eu – Edu... Coloca isso na sua cabeça de uma vez por todas: eu não sou seu. Não tenho que te explicar mais nada. Cara... Me esquece! Vai ser melhor para nós dois ficarmos longe um do outro.
Edu – Já cansei de tentar ficar bem contigo. Não adianta tentar fugir de mim cara. E quer saber? Você é meu sim, e fim de papo. (ele disse me segurando).
Eu – Me solta, por favor. Você está me machucando. Eu te odeio. Nunca vou te perdoar por fazer isso comigo.
Que situação mais complicada. Não conseguia acreditar no que acontecia comigo naquele momento. Porque ele era assim? Parecia um pesadelo. Eu queria correr, fugir, desaparecer para o lugar mais distante que pudesse existir. Que amor era esse que só me fazia sofrer?
Edu – Você me deixa muito nervoso muleque. Se soubesse o que eu tenho vontade de fazer contigo. Tá se achando demais cara. Pensa que o mundo todo gira a sua volta?
Eu – Está pensando que pode me obrigar a gostar de você? Esquece cara! Desse jeito só vai fazer com que eu te odeie ainda mais. Vê se entende de uma vez: nós não ficaremos juntos.
Edu – Como pode ser tão marrento assim? Vou ter muito trabalho para te consertar, mas não vou desistir. Tenho certeza que depois você vai me agradecer muito por eu ter entrado na sua vida, haha.
Eu – Imbecil. Qual o seu problema cara? Sai do meu pé, esquece que eu existo. Você acha que vai conseguir tudo brigando e discutindo? Se toca Eduardo!
Edu – Você é muito otário muleque. Se acha tão esperto, mas não percebe algo tão óbvio. Vou te mostrar qual o meu problema agora.
Que ódio! Meu sangue já fervia tamanha irritação que o Eduardo causava na minha vida. Quem ele achava que era para me tratar dessa forma tão grosseira? Estávamos bem próximos, nos encarávamos intensamente... E agora? Eu já me preparava para o pior, mas de repente... O inacreditável aconteceu. Fui surpreendido por um beijo maravilhoso. Uau! Aquele cara que sempre demonstrou ter os piores sentimentos por mim... Estava me beijando naquele momento.
#SURPRESO.
Beijar não seria a palavra ideal, pois ele me ‘apertava’ em seus braços. Incrível! Nem nos meus melhores sonhos, eu poderia imaginar nós dois juntos dessa forma tão especial. Estava sem fôlego, excitado, principalmente sem reação, tamanha urgência que aquele cara me segurava. Por fim, deixei rolar e curti aquele momento tão gostoso, pois se o um dia o Eduardo se arrependesse... Já guardaria comigo essa linda lembrança. Nossos encontros eram sempre assim, mas no final... Conseguíamos nos entender muito bem. Então, desse jeito ‘romântico’ e problemático iniciava-se a nossa história.♥
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O ano de 2010 foi um período muito intenso nas nossas vidas. Enfrentamos situações terríveis que nos ‘obrigaram’ a modificar nossos planos. Claro que muitos acontecimentos poderiam ser evitados, mas de uma forma ou de outra... Tudo foi um aprendizado. Enfim, o primeiro dia de 2011 já começava muito bem, novos sonhos e muito amor no coração. O clima por aqui permanecia maravilhoso: verão, sol, mar e férias. O Edu ficou radiante com a minha decisão. Dessa vez, nós precisaríamos agir com todo o cuidado do mundo na nossa relação. Eu não queria mais conflitos pelo caminho. Agora, seria a hora exata de demonstramos responsabilidade com a nossa união.
Edu – Você não imagina o quanto estou feliz com essa decisão, mas porque não me contou tudo isso antes? Poderíamos ter comemorado essa noticia maravilhosa de um jeito só nosso.
Eu – Queria te fazer uma surpresa. Por isso, precisei desabafar com os nossos amigos, meus pais... Eles são muito especiais para mim. Enfim, não foi nada fácil conviver com essa indecisão, mas quer saber Edu? Existe um cara muito chato e irritante na minha vida. Seria impossível ficar longe dele, haha.
Edu – Haha. Não faço a mínima ideia de quem seja essa pessoa, pois eu não sou nada chato. Ok? Enfim, o nosso amor venceu. Agora, estamos juntos novamente. Ainda bem que você decidiu pela nossa felicidade.
Eu – Espero que o destino tenha preparado algo muito especial para nós, porque eu só desejo coisas boas para o nosso amor. Sabe? É tudo tão estranho... Parece que a gente se conhece a vida toda. Me sinto tão bem quando estou com você.
Edu – Eu também me sinto muito bem contigo. Mesmo você sendo um cara muito complicado, eu gosto de está ao seu lado.
Eu – Ei. Eu não sou complicado. Ok? Você que sente prazer em me deixar irritado. Sempre fui um amor de pessoa.
Edu – Sei. Você era rebelde demais, todo estressado. Era impossível rolar uma conversa normal entre nós. (ele disse me abraçando). Não sei por que tanta agressividade comigo. Precisei usar todo o meu charme para conseguir te acalmar.
Eu – Nossa! Sem fingimentos Edu. Nós dois sabemos o quanto você amava me perturbar e, sem motivo algum. Não podíamos ficar perto um do outro, sempre as mesmas implicâncias rolavam entre a gente. Era uma situação muito engraçada.
Edu – Nunca achei nada disso engraçado Diego, pois me esforçava demais para chamar a sua atenção, e você me ignorava completamente. Pense na raiva que eu ficava toda vez que isso acontecia.
Eu – Talvez, se desde o começo você fosse mais gentil comigo, nós não teríamos perdido tanto tempo brigando por bobagens. Quando o Breno nos apresentou, eu te detestei logo de cara, mas depois não pude mais fugir. Lutei tanto para não me apaixonar... No fim, me rendi e perdi essa luta.
Edu – Não te culpo cara, porque todo mundo se encanta por mim. É impossível resistir, mas eu também tenho que confessar que sofri muito todas as vezes que nós brigávamos. Esse teu jeito, todo confiante... Me irritava, mas também enlouquecia a minha mente. Já não sabia o que fazer para arrancá-lo do meu pensamento.
Eu – Tão convencido, mas eu te amo desse jeito! Porque nós éramos assim hein... Tão idiotas? Porque a gente não conseguia se entender?
Talvez, a pergunta mais difícil de ser respondida naquele momento. Não poderíamos ter um relacionamento ‘normal’ como o de todo mundo? Mesmo depois de estarmos oficialmente juntos, nós ainda vivíamos em conflito. Se existia um momento em que conseguíamos pensar e agir da mesma forma, sem nenhuma dificuldade e discussões desnecessárias, essa ocasião era apenas no sexo, rsrs. Então, a solução para todos os nossos problemas, seria transarmos toda hora. Infelizmente, as coisas não eram tão simples assim. Por mais que fossem maravilhosos os nossos períodos eróticos... Não deveríamos seguir dessa forma. Por isso, com muito amor e diálogo, tentaríamos manter viva a nossa relação e vencer essa barreira tão complicada que insistia em atrapalhar o nosso caminho.
Edu – Não tem nem como explicar toda essa confusão entre nós. Na verdade, sempre fui muito gentil contigo. Eu louco para te dar uns beijos, e você vivia me esnobando, rsrs. Que crueldade cara.
Eu – Nossa!!! Que dramático. rsrs. Então, agora sou o errado dessa história? Você que não soube me conquistar direito senhor Eduardo, porque eu sempre fui um cara muito educado com todo mundo.
Edu – Sei. Educado só com os outros, comigo nunca. Eu só levava pedrada, principalmente quando você estava junto com a Clara. Ah! Não gosto nem de pensar nessa garota insuportável. Ainda bem que ela te deixou livre dessa vez.
Eu – Edu... Não diz isso, pois ela é nossa amiga. Eu já nem sei mais o que fazer com vocês dois. Não tem necessidade de ficar brigando toda hora cara. Não se preocupe. Ok? Tem Diego para todo mundo, hahahaha. Ninguém vai sair perdendo nessa história.
Edu – Nossa! Que engraçadinho. Não vou dividi-lo com ninguém. Ela é nossa amiga, mas não precisa grudar tanto assim em você. Esse ano, a minha missão vai ser encontrar alguém para essa garota. Eu quero a Clara bem longe do nosso relacionamento. Inclusive, seus amigos também poderiam dar uma folga para a gente de vez em quando.
Eu – Edu... Para de ‘show’! Vai começar com o mesmo papo de sempre? Amo você demais, mas nunca vou me separar dos meus amigos, entendeu? Já te falei que meu coração é enorme e cabe todo mundo nele. Acho bom ir se acostumando com essa realidade, se não teremos mais problemas pela frente.
Edu – Nossa! Não tenho outra opção, não é mesmo? Já disse que estou tentando mudar, mas preciso que você colabore comigo. Também te amo, e só por isso aceito essa situação, mas não é fácil aguentar tudo isso.
Eu – Amor... Sem desculpas. Ok? Não existe essa história de colaborar. Não vou deixar de conviver com ninguém por conta desse ciúme tão estranho. Você é forte que eu sei, e vai conseguir se controlar muito bem. Ah não ser que queira ficar sem mim. E então... O que me diz?
Edu – Ah! Isso é golpe baixo cara. Você sabe muito bem que eu não quero te perder, mas, por favor, acredita em mim. Vou te mostrar que posso ser um cara diferente.
Eu – Claro que sim. Pode sempre contar comigo Edu, porque te amo muito, mesmo você sendo assim tão teimoso. Sabe? Desde o começo da nossa relação, eu tentava evitar a sua aproximação, porque não queria admitir o quanto meu coração acelerava toda vez que nossos olhares se encontravam. Já imaginava que alguma coisa rolaria entre a gente. Só não poderia sonhar que fosse algo tão maravilhoso assim.
Eu – Hummm. Quem diria hein? Agora você me surpreendeu, mas eu também te tratava muito mal porque já sentia algo muito forte no meu coração. Acho que toda essa implicância sempre foi amor. Cada vez que a gente se olhava, minha mente dava um nó.
Nunca me imaginei tão ‘preso’ a alguém, mas com o Edu tudo era mais intenso. Eu desejava está bem próximo, amando-o e sendo amado também. Como pude me apegar tanto á esse cara? Ele chegou sem avisar e rapidamente, virou o meu mundo de cabeça para baixo. Minha vida sempre foi muito tranquila, como de qualquer garoto da minha idade, mas essa revolução de sentimentos surgiu de repente. Não conseguia compreender o que o destino pretendia ao ‘colocá-lo’ dessa forma tão forte no meu coração, mas de um jeito ou de outro... Não me cansaria de agradecer por tê-lo ao meu lado.
Edu – Nem acredito que nós estamos juntos aqui de novo. Estou curtindo tanto ficar aqui contigo, sem problemas. Paz finalmente. Fico mais feliz ainda por saber que quando eu for embora, você estará comigo.
Eu – Você falando desse jeito me incomoda tanto, sabia? Parece com medo de que alguma coisa aconteça. Já disse que estarei contigo, não precisa se preocupar cara. Relaxa! Agora nada mais vai nos separar.
Edu – Tudo bem, mas eu quero está com você para sempre. Diego... Promete para mim que nós não vamos mais ficar longe um do outro, por favor.
Eu – Porque isso agora? Vamos viver esse momento Edu. Esquece tudo, pensa só no agora. Ok? Sem promessas. Eu quero demais que o nosso relacionamento dure por muito tempo. Só depende de nós para que tudo dê certo. Vamos seguir juntos, mas sem pressa dessa vez.
Edu – Você tem razão, mas às vezes bate um medo estranho dentro de mim. Não sei explicar. Eu só preciso está contigo, sem ninguém se intrometendo na nossa vida, só nós dois e nada mais.
Eu – Nós vamos ser muito felizes juntos. Confia em mim. Eu amo está na sua companhia. Você é irritante demais Edu, mas vou suportar toda a sua chatice, simplesmente porque eu te amo. Agora, não pensa mais nessas coisas.
Meu desejo era de permanecer por ali aproveitando o nosso dia tão especial. Dessa vez, celebraríamos o nosso amor, sozinhos e felizes. Estávamos num local mais ‘deserto’ da praia. Dessa forma, a ocasião contribuía para que ficássemos mais confortáveis, sem ninguém nos criticando por demonstrar nossos sentimentos. O entardecer na minha cidade estava lindo, favorecendo aquele clima de paixão que existia entre a gente. Depois de tantos acontecimentos difíceis pelo caminho... Nós merecíamos viver um momento assim. O Edu sempre gostou de me surpreender e, naquele instante não foi diferente. Rapidamente, ele me beijou. Todo esse carinho dele não me incomodava. O problema estava em se ‘expor’ demais. Nem todas as pessoas compreenderiam tranquilamente o nosso relacionamento.
Edu - Não precisa se assustar. Ok? Beijo de amor não vai incomodar ninguém. Tem poucas pessoas nesse lugar, e elas nem estão reparando em nós. Relaxa!
Sempre fui muito bem resolvido quanto a minha intimidade, mas a forma como o Edu agia, sem se importar com certas opiniões, demonstrando naturalidade diante das pessoas... Às vezes, me deixava completamente sem ação. Ele não me deu nenhum tempo para compreender corretamente aquela situação. Rapidamente, fui ‘bombardeado’ por uma sequência de beijos e muito carinho. ♥
Eu – Daqui a pouco nós seremos chicoteados em praça pública. Amo quando você faz isso, mas aqui não Edu. Por favor, vamos tentar respeitar o ambiente. Ok?
Edu – Nossa! Onde foi parar aquele cara que adorava quebrar regras? Você está muito certinho ultimamente Diego. Relaxa meu amor! Eu vou te defender. Não vou deixar nada, nem ninguém nos fazer mal. Ok?
Eu – Tá certo... Meu super-homem, mas você sabe muito bem que estou falando a verdade. Nós sempre seremos a minoria, seja qual for à situação. Eu não gostaria de ser ‘expulso’ da minha cidade. Quero poder vir para cá quantas vezes quiser, sem ninguém me criticando.
Edu – Tudo bem senhor dramático, rsrs. Já parei, mas se você continuar reclamando no meu ouvido... Vou te encher de beijos. E então... O que me diz agora?
Eu – Ah! Desisto de conversar contigo. Eu aqui falando sério e você fazendo piadinhas. Nós não podemos obrigar ninguém a presenciar e aplaudir o nosso amor.
Edu – Ah! Depois eu sou o irritante da relação, não é mesmo? Mais tarde, nós continuaremos de onde paramos, mas bem longe daqui. Está satisfeito agora Diego? Por enquanto, vamos esquecer esse papo. Ok? O que você acha se a gente viajasse nessas férias?
Eu – Eu acho o máximo cara. Qualquer lugar com você será muito especial, mas e então: quando e para onde nós vamos?
Edu – Ei! Relaxa. Ainda temos muito tempo para planejar. Ok? Vamos decidir com calma... Até porque nós não estaremos sozinhos dessa vez. Ah! Você não sabe o quanto me incomoda dizer isso agora, mas convide os seus amigos também, a Clara, o Breno... Só espero não me arrepender dessa decisão.
Eu – Não acredito!!! Eduardo... Tem certeza que você está legal? Quer mesmo que eu convide todo mundo? Acho que não entendi direito. Por favor, fala de novo. Isso é música para os meus ouvidos, rsrs.
Edu – Ah! Não força a barra Diego. Você compreendeu muito bem o que eu disse, mas se continuar fazendo piadinhas... Vou desfazer o convite agora mesmo.
Eu – Eita! Agora sim temos aqui o velho Eduardo de sempre. Por um momento nem te reconheci, mas vou convocar toda a galera rapidamente, antes que você desista dessa ideia. Não se preocupa. Tenho certeza que vai ser uma viagem muito divertida.
Não poderia está mais feliz. Seria maravilhoso reunir toda a minha turma. Eu sabia e percebia o quanto o Edu se esforçava para manter o nosso relacionamento firme e forte. Ele tentava aceitar todas as minhas amizades, tratando todo mundo de uma forma mais agradável. Como não amar aquele cara?
Eu – Porque você é assim hein? Eu fico aqui brigando contigo, lhe dando o maior sermão... Agora, sou surpreendido desse jeito tão especial? Nem sei como te agradecer. Obrigado por tanto amor. (disse lhe abraçando).
Edu – E então... Sou ou não sou um cara muito bacana? Acho que eu mereço um beijo de agradecimento, você não concorda comigo?
Eu – Haha. Claro. Todos os beijos, e tudo o que você quiser Edu. Obrigado, de verdade. Não imagina o quanto essa atitude sua é muito importante para mim.
Edu – Por isso estou tentando me acostumar com essa situação. Por enquanto, vou me contentar apenas com os seus beijos, mas pode ter certeza que mais tarde... Você vai me dar tudo o que eu mereço. Ok?
Eu – Tudo bem... Promessa é dívida, mas não fique me pressionando. Enfim, acho que esse momento tem tudo para ser muito legal. Mal posso esperar para espalhar essa noticia para todo mundo.
Aos poucos, nós seguíamos aprendendo com as nossas diferenças. Quando o conheci, não imaginava que o Edu pudesse ser tão romântico. Eu não era um cara insensível, mas todo esse carinho me surpreendia ás vezes. Deveríamos preservar a nossa intimidade das críticas e olhares maldosos das pessoas, mas diante de tanto amor... Seria impossível resistir. Dessa vez, foi a minha vez de surpreendê-lo. Rapidamente, o beijei apaixonadamente, demonstrando todos os meus sentimentos mais sinceros por ele. Tudo permanecia perfeito entre nós. De repente, os beijos que antes eram leves e carinhosos, logo se tonaram mais provocantes.
Eu – Será que você não consegue ficar um minuto sem tentar me agarrar? Eu já sei que sou irresistível, mas se controla cara. Nós teremos muito tempo para fazer essas coisas.
Nós tentamos suportar toda a tentação daquele momento, mas o lugar onde estávamos já se encontrava um pouco vazio. Então, não haveria problemas em ficarmos mais próximos um do outro. Deixei-me levar pelo desejo. Rapidamente, ele se ‘jogou’ em cima de mim, nossos corpos repletos de areia... Faríamos uma pequena ‘loucura’. Enfim, aproveitamos aquele clima quente para elevar ainda mais a temperatura. Eu amava todas essas sensações que o Edu me provocava. De repente, começaram a surgir várias vozes ao mesmo tempo, risadas... Cada vez mais perto. Era óbvio que alguém já tinha nos avistado por ali, mas não pude ver quem era essa tal pessoa, pois o corpo dele me cobria por inteiro.
Edu – Eu não acredito nisso. Amor... Não se mexa, fique do jeito que você está. Quem sabe eles não vão embora? (ele disse tentando me esconder).
Que situação! Como se fosse possível negar tudo o que estava acontecendo entre nós. Quando me desprendi dele, finalmente consegui perceber o tamanho do meu ‘problema’ naquele momento. Porque essas coisas só aconteciam comigo? Se pudesse, eu excluiria permanentemente esse acontecimento da minha vida. Que vexame! Por fim, na nossa frente, estavam todos os nossos amigos, ‘debochando’, fazendo piadinhas dessa cena tão lamentável. E agora? Beijos, carinhos e amassos eram algo normal em qualquer relacionamento. A questão era que eles nos flagraram da pior forma que pudesse existir. Que vergonha! Seria impossível tentar explicar esse fato.
Eu - Como assim!?!? Nossa! Que vergonha! O que vocês estão fazendo aqui? Não estou entendendo mais nada. É muita informação para a minha cabeça.
Breno – Lá no Rio está muito chato cara, sem nada para fazer. Imagina ficarmos as férias inteiras nesse tédio? Por isso, resolvemos vir para cá. Tem algum problema nisso?
Edu – Claro que sim. Não poderiam ter nos avisado? Toda essa situação seria evitada. (ele disse irritado).
Eu – Gente, não tem nenhum problema vocês aparecerem por aqui. Sempre que quiserem, podem vir para cá, mas o Edu tem toda a razão. Tudo isso poderia ser evitado. Depois dessa cena terrivel... Não sei nem o que dizer.
Breno – Haha. Relaxa cara. Tenho certeza que ninguém aqui vai criticá-los. Não é verdade galera? (Ele perguntou para os meus amigos), mas bem que vocês poderiam fazer essas coisas num local mais reservado, não é mesmo? Imaginem se outras pessoas estivessem aqui nesse momento?
Edu – Você tem razão cara. Foi mal! Eu até tentei me controlar, mas o Diego fica me provocando, não me dá um minuto de sossego.
Eu – Ah! Edu, não diz bobagens cara. Para de me difamar para os meus amigos. Não acreditem nele pessoal.
Clara - Ah! Vamos mudar de assunto, tudo bem? Tenho certeza que ninguém aqui quer saber da intimidade de vocês dois. Chega desse papo.
Edu – Ah! Logo agora que estava ficando divertido. Quer saber Clara? Eu teria o maior prazer em contar toda a nossa intimidade para você. Tem certeza que não quer ouvir as nossas aventuras amorosas?
Clara – Me poupe Eduardo. A vida de vocês não me interessa em nada. Você está todo bravinho porque atrapalhamos a sua brincadeira, mas fique sabendo que eu vou ficar por aqui, entendeu? Pode ir se acostumando com a minha presença.
Eu – Ah! Já chega! To cansado dessas picuinhas entre vocês. Porque não tentam conviver em paz? Poxa, o ano passou gente. Deixem essas brigas no passado, por favor.
Por fim, todos os meus planos foram interrompidos naquele momento. Acho que agora daríamos inicio as férias frustradas dois, pois a primeira aconteceu quando resolvi trazer o Thiago para a minha cidade há alguns meses atrás. Uma fase de muita confusão no meu caminho, mas o tempo passou. Eu não esperava vê-los por ali, mas já que estávamos todos juntos... Porque não aproveitarmos essa ocasião? Então, permanecemos por ali, observando o entardecer daquela linda cidade, conversando... Agora, tudo seguia na mais perfeita ordem entre nós. Meus amigos eram muito especiais e, graças aos céus... Conseguíamos nos entender muito bem.
Eu – Nem dá para acreditar que nós estamos aqui, tão perto. Vai ser incrível curtir esse tempo com vocês.
Clara – Ah! E eu nem preciso dizer o quanto adoro está com você Diego. Amo todos os nossos momentos juntos.
Por inúmeras vezes, já tentei explicar para a Clara o quanto essas atitudes poderiam prejudicar o meu relacionamento. Não queria ter que me afastar dela, porque a sua companhia me fazia muito bem, mas no meio de toda essa confusão existia o Edu e, eu também não gostaria de viver um período complicado novamente com ele. Um verdadeiro beco sem saída estava diante de mim. Porque essas coisas só aconteciam comigo? Parecia que nunca conseguiríamos ter um momento de paz nas nossas vidas.
Eu – Eu juro que já tentei te compreender, mas não dá. Clara, por favor, sente-se com as outras garotas. Ok? Tenho certeza que vocês terão muito assuntos interessantes para conversar.
Clara – Nossa! Você está convivendo muito tempo com o Edu hein. Os dois estão ficando chatos demais. Que mal tem em ficarmos perto? Nós somos amigos Diego. Relaxa. (ela disse me abraçando).
Que vida mais complicada a minha. Sempre uma nova situação surgia no meu caminho para abalar o meu equilíbrio. O Edu conversava tranquilamente com os meus amigos, mas bastou ele perceber o quanto a Clara grudava em mim, de um modo bem ‘anormal’ para dois simples amigos... Um novo conflito começou no meu caminho. Eu já estava esgotado por tantos problemas atormentando a minha mente. Meu desejo era de iniciar o ano de uma forma mais leve e feliz, mas com esses dois ‘brigando’ a todo o momento seria muito difícil concluir esse sonho de paz.
Edu – Clara... DESISTE! Porque você não sai de cima do Diego? Ele não quer nada contigo. Se toca! Vai procurar alguma coisa para fazer e deixa ele em paz.
Clara – Nossa! Você é tão chato, mal educado... Ah! Não sei como o Diego consegue te suportar. Se eu fosse ele, já teria te abandonado há muito tempo.
Edu – Pode ter certeza que se você fosse o Diego, eu que já teria me mandado há muito tempo. Que mania irritante de ficar grudando nele. Tá parecendo um chiclete.
Que situação mais constrangedora. Desde que a conheci, a Clara sempre demonstrou esse jeito tão pegajoso de ser, mas entre nós jamais haveria algo além de amizade. Por isso, eu tentava fazer o Edu compreender essa questão, mas era complicado demais convencê-lo sobre certas coisas. O ideal seria que ficássemos perto, unidos e convivendo em perfeita harmonia. Por fim, depois de conseguirmos acalmar o ambiente novamente, conseguimos permanecer por ali sem mais confusões.
Realmente, foi maravilhoso poder reunir todos os meus amigos daquela época no mesmo lugar, todos juntos, se divertindo tranquilamente, apesar de alguns problemas. Nós tínhamos uma amizade muito bacana e sincera. Desde aqueles que cresceram comigo, passando pelo Edu, Breno e a Clara, até chegar ao Ricardo, que foi a última pessoa que conheci naquele ano. Pena que o meu irmão e o Thiago nunca mais estariam conosco, mas eles permaneceriam sempre vivos no meu coração. Por mais que o tempo insistisse em tentar apagá-los da minha memória... Jamais iria esquecê-los. Claro que a saudade ás vezes machucava demais, mas a vida não permitia que ficássemos parados, tentando acostumar-se com aquela situação. Infelizmente, nada mais seria como antes. Agora, só nos restava seguir em frente. Por isso, uma viagem seria importante para conhecer ambientes diferentes e bonitos, relaxar... Enfim, ocupar a mente com pensamentos positivos.
André – Seja para onde for... Eu topo! Tem tudo para dar certo. Quem sabe assim a gente não consiga se desligar um pouco desse ano que passou.
Breno – Eu também aceito, mas para onde nós vamos? Tem que ser um lugar bacana e que dê para todo mundo ir sem problemas.
Edu – Claro. Por isso, já decidi tudo: nós vamos acampar. (ele disse decidido). Acho que pode ser bem legal, ficar longe dessa ‘bagunça’ da cidade. E então... O que vocês acham dessa ideia?
#ESPANTADOS.
Edu – Ah! Porque vocês estão me olhando desse jeito? Até parece que eu disse alguma coisa errada. Esse é o único jeito para que todo mundo vá sem nenhuma dificuldade.
Eu – Nossa! Que ideia sensacional Edu. Nós podemos ir para um lugar bem perto daqui. Desse jeito não fica difícil para ninguém. E então... Vamos galera?
Clara – Ah! Eu não quero acampar. Não vou ficar no meio do mato, na escuridão, com vários insetos me assustando. Não precisam contar com a minha presença.
Edu – Não acredito! Agora sim... Essa é a melhor noticia do ano. Não terei que te aturar por esses dias. Pela primeira vez na vida, você conseguiu me deixar muito feliz Clara.
Clara – Quer saber? Só por causa dessas piadinhas sem graça... Mudei de ideia: eu vou com vocês, mas tem uma condição, o Diego vai dormir comigo, pois ele é o único homem que confio.
#MALUCA.
Edu – Me diz que isso é uma brincadeira. Você bebeu Clara? Desde que chegou aqui só está falando m#@*$. Que ideia mais absurda é essa? Põe uma coisa na sua cabeça de uma vez por todas: vocês não vão ficar juntos, entendeu? NUNCA.
Breno – Ah! Não força a barra Clara. Se quiser vir, tudo bem, mas você vai ficar com as outras garotas, entendeu? Já chega de confusão por hoje, não é mesmo?
Porque ela era assim? Eu sempre gostei da companhia da Clara, mas às vezes, suas atitudes extrapolavam todos os limites possíveis. Nós até poderíamos dormir no mesmo lugar, pois nunca aconteceria nada de mais entre a gente, mas porque justo comigo com tantos homens por ali? Era problemas demais para o meu coração. Que situação mais complicada.
Edu – Que mania mais irritante de ficar nos perseguindo. Clara, esquece o Diego. Presta bem atenção: se você continuar me infernizando, eu vou dar um jeito de te deixar perdida nesse acampamento.
Já não sabia mais o que fazer para amenizar aquela situação. Os dois eram essenciais no meu caminho. O Edu suportava o André (eles já conseguiam relacionar-se melhor), o Ricardo (apesar de eu tê-lo beijado), mas todo esse ‘cuidado’ que a Clara tinha comigo, deixava-o irritado demais. Ele fazia questão de demonstrar o quanto essa situação o chateava, mas ela parecia que gostava de vê-lo enfurecido. Por isso, para evitar mais problemas, decidi dormir junto com a minha irmã. Agora, não teríamos mais nenhum assunto a ser discutido. Então, seguimos para a minha casa. Meus pais nunca se incomodaram por levarmos nossos amigos para lá, desde que cumpríssemos todas as suas ordens. Depois de tudo o que nos aconteceu... Eles gostavam de ver o ambiente mais alegre, tranquilo e cheio de jovens.
Infelizmente, as horas passavam rapidamente. Dessa vez, meus amigos passariam a noite na minha casa. Imaginem a confusão? Claro que o Edu não concordou com essa ideia, mas eu já sabia como convencê-lo rapidamente, rsrsrs. Por fim, todos estavam preparados para dormir. A Clara queria ficar bem perto de mim, mas ele também possuía esse mesmo desejo. E agora? Às vezes, eu me sentia como um brinquedo inútil, sem opinião, sem vida. Seria pedir demais que respeitassem os meus desejos? Nossa! Essa situação era péssima. Não queria ficar mal com ninguém. Depois de tudo o que enfrentamos para permanecer juntos... Não deveríamos nos preocupar com detalhes tão pequenos que só atrapalhariam a nossa relação. Por isso nos afastamos um pouco de todo mundo para tentar nos entender. Nosso amor era muito forte e a vida curta demais para perdermos tempo chateado um com o outro.
Eu – Esquece a Clara. Por favor, Edu. Vamos tentar passar essa noite em paz, sem brigas. Ninguém merece ter que presenciar vocês dois brigando o tempo todo. Já tá ficando insuportável essa situação.
Edu - Eu me sinto mal em ter que disputar você com a Clara. Já viu como ela te trata? Não dá para ficar vendo tudo isso sem fazer nada. Se coloca no meu lugar. Não tem nada de amizade nessa relação de vocês.
Eu – Ei. Eu não sou nenhum troféu. Já te disse que você é o meu amor, e a Clara é minha amiga. Edu... Não se esqueça de que no momento mais difícil da sua vida, ela esteve ao seu lado. Ok? Pensa nisso. Agora, vamos esquecer esse assunto de uma vez, tudo bem? Nós prometemos tentar viver em paz.
Edu – Ah! Porque você é assim hein? Tudo bem, vamos voltar. Ainda bem que é só por uma noite. Vou tentar ignorá-la dessa vez.
Aquela noite foi mesmo incrível. No dia seguinte, acordamos completamente exaustos, mas não deixou de ser especial aquele momento entre nós. Enfim, como tudo o que era bom durava muito pouco... Mais tarde, cada um seguiu o seu rumo. Agora, seria apenas eu e o Edu. Ás vezes, ele me provocava, me ‘irritava’ com tanto carinho, brigava comigo... Enfim, um milhão de defeitos, mas aquele cara me deixava muito feliz, simplesmente pelo fato de está aqui ao meu lado.
Edu – Amor... Já imaginou se nós não tivéssemos nos conhecido? O que eu estaria fazendo nesse exato momento hein? Nem sei o que seria de mim, se não fosse você na minha vida.
Eu – Provavelmente você estaria cometendo as mesmas burradas de sempre, hahaha. Então, agradeça muito por eu ainda conseguir te suportar. Ok?
Edu – Haha. Mais é muito convencido mesmo. Não fique se achando muito, mas você está certo. Ainda bem que eu te conheci Diego.
Eu – Relaxa Edu, pois eu também assumo que você transformou a minha vida e me fez ser uma pessoa muito melhor. Não te disse? Um dia nós teríamos que nos encontrar para viver tudo isso junto.
Edu – Tem razão. Nós teríamos que ficar juntos. Diego... Quero te fazer um convite muito importante: minha família vai viajar nessas férias... Eu gostaria muito que você fosse comigo.
A minha relação com os pais do Edu era de muito respeito. Não vivíamos jurando amor eterno, mas fazíamos o possível para seguirmos convivendo em paz. Nós tínhamos algo muito especial em comum: a gravidez da minha irmã. Dentro de alguns longos dias, essa nova vida chegaria para unir ainda mais o nosso caminho. Nesses últimos meses, ela demonstrava tanta maturidade para lidar com essas situações tão difíceis. Me sentia orgulhoso demais por vê-la assim, tão forte e tranquila. Sem dúvida alguma, esse bebê seria envolvido por todos os sentimentos bons que pudessem existir.
Enfim, nós aproveitamos àquela hora para ficar juntos e sozinhos, curtindo um ao outro. Que dia mais incrível! Então, a noite chegou, e dessa vez ele não criou nenhum obstáculo quando decidi encontrar com os meus amigos daqui da minha cidade. O Edu me acompanhou e, por mais surpreendente que possa parecer, aquele cara se comportou muito bem, tratando todo mundo de uma forma muito gentil. Infelizmente, as horas passaram rapidamente e o momento mais complicado chegou: me despedir. Ah! Seria impossível me desligar tão facilmente do meu lugar, onde eu me sentia em paz de verdade.
Edu - Não fique assim! Te prometo que sempre que você quiser, nós iremos voltar para cá. Ok? Não quero te ver triste nunca mais. (ele disse enxugando minhas lágrimas).
Eu – Isso vai passar. Não se preocupe Edu. Sei que com você por perto, tudo vai ficar bem.
Se permanecêssemos juntos... Não importava o tamanho do problema. Nós venceríamos toda e qualquer situação. Por fim, os dias ‘voaram’ rapidamente e dentro de poucas horas, viajamos com a família dele. O destino era Curitiba. Que lugar maravilhoso. Opções de lazer não faltariam para nós aproveitarmos por ali. Adorei conhecer cada canto daquela cidade. Seus pais me agradeceram tanto por conseguirmos vivenciar aquele momento sem nenhum problema dessa vez. Eles sabiam o real motivo do Edu ter concordado com essa viagem, mas eu faria tudo o que estivesse ao meu alcance para que aquela ocasião fosse muito agradável e feliz.
Era nítido o quanto estávamos tão apaixonados e felizes. Além de superprotetor, ele permanecia me tratando da forma mais cuidadosa e amorosa que pudesse existir. Tudo isso, às vezes me incomodava, mas um pouco de carinho não seria demais para o meu coração. Acho que nunca fui muito acostumado com o amor. Ou talvez, nunca fui amado tão verdadeiramente quanto à forma que o Edu demonstrava me amar.
Por fim, anoiteceu. Eu queria muito curtir a noite naquela cidade. Rapidamente, localizamos uma balada bem legal e que fosse confortável para nós. Enquanto dançávamos, percebi um cara nos encarando de um modo bem estranho. Pensei que esses olhares eram todos direcionados para o Edu, mas dessa vez me enganei completamente. Por um momento, fiquei sozinho, e ele já se aproximou cheio de intimidade, querendo me tocar, jogando charme para mim. Expliquei que já estava muito bem acompanhado, e o quanto esse alguém era ciumento. Todas as minhas tentativas de tirá-lo dali falharam. Então, meu companheiro logo retornou bem irritado com aquela situação. No mesmo instante, aquele homem se retirou, pois notou que não rolaria nada entre nós.
Eu – Ei. Não vamos estragar a nossa noite. Ok? Hoje eu quero te ver bem calmo. Esquece essa história Edu. Vem dançar comigo?
Edu – Detesto esses caras perto de você. Acho que não vai ser nada legal nós ficarmos por aqui. Tem certeza que não quer ir embora?
Eu – Sim. Nós vamos ficar Edu. Você estava se divertindo tanto. Não é justo a nossa noite terminar assim por conta de uma bobagem.
Por fim, consegui convencê-lo a permanecemos por ali. Dessa vez, não era ‘proibido’ demonstrarmos o nosso amor. Por isso, ficamos muito confortáveis, sem ninguém nos criticando, ou incomodados por presenciarem tanto afeto... Finalmente livres. Os dias naquela cidade foram perfeitos, conhecemos diversos lugares bacanas e inesquecíveis, além de poder conviver tranquilamente com a família do Edu sem fingimentos. Infelizmente, tempos depois, precisamos retornar para o Rio.
Enfim, outro passeio já se aproximava. No dia do nosso acampamento, decidimos seguir da minha cidade, até encontrar um lugar apropriado para ficarmos bem tranquilos. Seria uma aventura maravilhosa. Não existia nada melhor que está perto daquelas pessoas que me conheciam de verdade, que me ajudaram em diversas situações, que sabiam alguns dos meus segredos... Os melhores amigos que eu poderia ter na minha vida.
Breno – Galera, por favor... Vamos tentar seguir sem confusão. Ok? O aviso é para todo mundo, mas principalmente para vocês dois. E então, como vai ser?
Clara - Se ele não ficar prendendo o Diego, por mim tudo bem. Eu aceito suportar todo esse tempo sem reclamar por nada.
Edu - Eu não estou prendendo ninguém. Ele é livre para fazer o que quiser Clara. Não diz bobagens. Para de dar palpite no nosso relacionamento.
Clara – Claro que está. Você quer mandar no Diego. A todo o momento fica tentando nos afastar. Vê entende de uma vez por todas: ele não é seu.
Porque isso só acontecia comigo? Eram problemas demais para o meu coração. Por fim, depois de um tempo localizamos um local bacana para ficarmos. Estávamos cercados por mato e insetos, mas também existiam algumas paisagens bonitas por lá. Nos organizamos e preparamos tudo o que precisaríamos para permanecermos confortáveis por um certo período. Curtimos demais aquele lugar tão exótico.
Eu – É tão bom está aqui contigo. Enfim, conseguimos. Olha que não foi nada fácil hein. Acho que eu mereço um prêmio por aturar você, rsrs.
Edu – Haha. Vou te dar o seu prêmio apenas quando estivermos sozinhos. Ok? Relaxa, que essa hora vai chegar bem rápido, mas tenho certeza que você está muito feliz por eu ter permanecido na sua vida, ou estou enganado?
Eu – Dessa vez, vou ter que concordar contigo. Já agradeci e muito por tê-lo ao meu lado. Eu te amo Edu, mesmo você sendo assim tão complicado.
Edu – Eu também amo muito você, mesmo sendo esse cara tão marrento. Obrigado por está comigo.
Então, mesmo diante de tantas dificuldades, tentaríamos permanecer firmes e fortes na nossa promessa: ficar juntos. À noite estava linda demais. Acendemos uma fogueira para nos aquecermos do frio da madrugada. Conversamos, cantamos, sorrimos e discutimos muito também, rsrs. Eu sabia que nunca mais estaria sozinho nessa vida, pois no meu coração estava a minha família que me apoiava em todas as situações, os meus amigos que me faziam companhia naquele momento tão especial, além daquele cara que tanto me irritava, mas que me fazia tão bem.
Felizmente, a nossa história ainda não chegou ao fim. Seguimos dia após dia aprendendo um com o outro.♥
