Recomeçar [3x03]

Um conto erótico de Marcioads
Categoria: Homossexual
Contém 2105 palavras
Data: 25/08/2012 20:15:20
Assuntos: Gay, Homossexual

Continuando...

Quando eu despertei, eu meio que me assustei e me levantei do chão, minha cabeça latejava de mais, eu fiquei em pé rapidamente e de repente caí de novo. Eu estava fraco, pelo visto a porrada tinha sido forte, passei a mão explorando minha cabeça e de repente vi que tinha sangue, apaguei de novo. Na verdade, eu estava de olhos fechados por estar fraco mas ao tempo estava consciente.

Ouvi vozes, eram os dois que estavam na casa, eles conversavam.

Mendigo1: - Será que foi muito forte?

Mengigo2: - Acho melhor nois vaza antes de alguém ver ou sentir falta dele.

Quando eu recuperei um pouco das minhas forças e levantei de vagar, minha cabeça doía muito ainda, só então eu notei que estava sem meu celular, sem meu relógio, minha carteira não tinha mais um real, só tinha os documentos e a chave do meu carro. Era muito azar seu roubado de novo, meu celular era novo poxa e Ricardo ia me esganar por ter perdido meu relógio mais caro.

Fui cambaleando até meu carro, abri a porta com dificuldade e entrei, pus a chave no contato e virei, como meu carro era automático não tinha problema pra dirigir naquela situação, exceto pelo fato da minha cabeça não parar de latejar, eu não tava conseguindo dirigir mais, o cheiro que estava em mim tava piorando tudo, o sangue ainda era muito, fui rumo ao escritório do Ricardo, quando eu cheguei na porta do estacionamento, sentindo o desmaio chegar, destravei as portas e em seguida desmaiei novamente.

Acordei no hospital, minha cabeça doía, só que doía menos, meu corpo estava bem fraco, logo vi Ricardo vindo em minha direção eufórico.

Ricardo: - Que bom que você acordou meu amor, fiquei tão preocupado, quase morri.

Eu: - Como eu vim parar aqui?

Ricardo: - Você largou seu carro na porta do meu estacionamento, o seu José viu e foi correndo me chamar, eu quase morri, o que aconteceu?

Eu comecei a chorar quando lembrei de tudo e contei a ele.

Eu: - Eu não queria perder o relógio me desculpa...

Ricardo: - A ultima coisa que interessa agora é o relógio, o celular e o dinheiro. Quero que você fique bem. – Disse passando a mão no meu rosto.

Ricardo: - Eu disse pra você não confiar nos outros assim, eu amo você, você é maravilhoso, mas tem gente que usa isso pra se aproveitar de você. Se eu achar quem te machucou, não vai sobrar nada pra contar a historia.

Eu: - Me beija, por favor.

Ele veio e me beijou.

Eu ainda estava meio assustado com a situação, não demorou pra eu receber alta. Meu aniversario tava chegando eu tinha que estar 100%, dei minha aula na sexta normalmente tentando me recuperar psicologicamente. Na sexta a noite ainda, William quis conversar comigo, ele me abraçou forte.

Will: - Me desculpa lindo, eu amo você, eu não queria que nada disso acontecesse...eu só pensei que de repente ela tivesse mudado... Se alguma coisa tivesse acontecido eu ia me sentir culpado pra sempre, me desculpa. – E beijou minha testa.

Eu o abracei de volta, correspondendo quase chorando.

Eu: - Calma, fica calmo, eu to bem agora, tem gente que não muda porque não tem oportunidade e tem gente que tem oportunidade mas escolhe não mudar.

Will: - Que bom que você tá bem. Que alivio.

Eu não estava com raiva, nem da Maria, nem dos mendigos e de ninguém. Só queria voltar a minha rotina normalmente. Meu aniversario era na terça-feira. Na sexta a noite saímos pra comer, Gabriel e Bruno foram junto.

Gabriel: - Nossa lindo, que bom que você tá bem, aqueles filhos da puta.

Bruno: - Você tem que parar de ser tão bom lindo, chega de tomar naquele lugar né?

Eu: - A gente não pode perder a fé nas pessoas por causa de uma ou outra que não valem nada! Existem pessoas boas e que precisam de oportunidade.

Gabriel: - E o premio Nobel da paz vai para... Lindo, por seu feito: “Porrada de mendigos” .

Eu: - Engraçadinho, sempre faz piada das coisas e na hora errada.

Gabriel: - Não podia perder a oportunidade...

Eu: - Sei como é, perde o amigo mas não a piada...

Gabriel: - Ah, não fica bravo vai, por favor.

Eu: - Não to bravo não, to acostumado com você.

A conversa depois daquilo foi tranquila. A noite foi bem tranquila, como estávamos com as crianças junto. Eu sempre levava a comida do Lucas comigo em um pote pra ele não ficar com fome.

Gabriel: - Nossa, meu afilhado ta enorme hein, caramba.

Eu: - Pois é.

Gabriel: - Agora sou cheio dos sobrinhos, pode isso?

Eu: - Quem mandou ser tão bom como tio!

Gabriel: - O que vai ter pro seu aniversario?

Eu: - Não sei ainda, to pensando.

Gabriel: - Nossa, você não pensou antes? Milagre.

Eu: - Quando pensar te aviso, não te deixo de fora, pode deixar.

Gabriel: - Bom mesmo.

Chegando em casa eu me sentia meio cansado, mas era normal, coisas de trabalho e problemas.

Ricardo começou a me beijar de madrugada, de maneira nada sutil, eu acordei meio bravo, mas passou rápido.

Eu: - Perdeu o sono foi?

Ricardo: - Não consigo dormir.

Eu: - Hum, ai você não me deixa dormir, é certo isso?

Ricardo: - Lógico que é, eu to precisando me cansar e pensei que talvez...

Eu: - Normalmente eu te mandaria pra puta que te pariu, mas nesse caso eu vou ser solidário com você.

Puxei ele pra cima de mim e moldei minhas pernas na sua cintura. Ele já dormia pelado então não teve o trabalho de tirar nada, eu que tive que tirar meu pijama, deu trabalho mas consegui tirar sem rasgar.

Ficamos umas duas horas fazendo amor, quando acabamos não faltava muito pra amanhecer, então tomamos um banho e deitamos. Eu não consegui dormir muito, acordei de manhã e fiz questão de acordar o Ricky também.

Ricardo: - Não, deixa eu dormir mais...

Eu: - Não, pode acordar senhor. Já estou saindo e você tem que ficar de olho nos seus filhos.

Ricardo: - Saudades de ter uma babá.

Eu: - Pois é, mas não temos mais.

Me arrumei e saí pra aula. Quando saí, recebi uma ligação da minha mãe, pedindo pra deixar os meninos na casa dela que ela e Luís os levariam pra andar de kart no domingo. Liguei pro Ricardo e falei com os meninos que toparam na hora, mandei arrumar a mochila e descer e os levei rapidamente até a casa da minha mãe.

Seria eu, Ricardo e Lucas aquela noite. No caminho, vi um sex shop e fiquei meio tentado a entrar, eu faria 29 anos em poucos dias e nunca tinha entrado em uma loja dessas, acho que por vergonha, ignorância talvez, então decidi inovar já que aquela noite seria minha e do Ricardo, logo que eu colocasse Lucas pra dormir queria fazer amor de um jeito mais romântico, diferente, fazer amor literalmente.

Dentro da loja, fiquei meio sem graça, me sentia deslocado, não demorou até uma atendente vir me atender. Elas são muito boas mesmo, explicam pra gente as coisas nos mínimos detalhes e sem pudores, elas não ficam deslocadas em falar, falam de sexo abertamente mesmo. Me indicaram uns produtos bem legais, uns géis de massagem, outros de dar choque, comprei até fantasia mas era pro Ricardo de alguns dos meus fetiches.

Gastei uma boa grana lá, sem o menor arrependimento. Fui saindo, mas resolvi voltar, comprei uma fantasia pra mim também. Fantasia masculina é mais fácil e mais simples. Tinha perdido o medo e os pudores lá também.

Passei em uma adega, comprei champanhe, geralmente eu não bebo nem isso, peguei tudo que eu precisava pra deixar um clima legal, mas eu infelizmente não achei rosas pra espalhar pelo quarto. Mas comprei um pai de taças muito lindas, e extremamente caras, mas era por uma boa causa, além disso comprei umas velas lindas que deixariam o quarto romântico.

Chegando em casa, pedi que o Ricardo fosse até o mercado comprar umas coisas pra mim, ele ficou bravo porque tava me esperando pra gente sair pra comer e tal, e eu o mandei ao mercado. Enquanto ele foi, preparei tudo, pus a champanhe no freezer, deixei separado o balde pro champanhe e pro gelo pra mais tarde. Pus as fantasias em um cabide e coloquei no quarto do William, em seguida tranquei o quarto pra ele não ver a minha que eu colocaria quando voltasse.

Peguei a roupa que ele sairia e tirei do quarto também, pra não correr o risco dele ver nada antes da hora. Quando ele chegou, dei a roupa e pedi que ele tomasse banho no banheiro comum da casa.

Ricardo: - Ah lindo, não quero tomar banho nesse Box de punheta dos meninos.

Eu: - Não reclama, por favor, faz isso por mim...

Eu não queria dar muitos detalhes a ele. Tinha deixado até nosso radio no esquema, enquanto ele tomava banho coloquei a musica da noite no meu ipod, a musica que tocaria no nosso momento de romance.

Dei um banho no Lucas e saímos pra jantar, comemos bastante, comemos pizza. Conversamos sobre a semana.

Ricardo: - O que vamos fazer no seu aniversario?

Eu: - Não sei ainda, to pensando, não to com muita criatividade...

Ricardo: - Então deixa comigo que eu sei o que vou fazer.

Eu: - Ok, no final de semana vamos fazer churrasco na casa dos seus pais, na terça sou todo seu.

Ricardo: - Isso, eu gosto assim.

Terminamos e fomos pra casa, eu estava com um frio na barriga, queria que tudo saísse perfeito, queria mostrar pra ele o quanto eu sou apaixonado por ele e sempre serei.

Chegando em casa, pedi que ele esperasse na sala e que colocasse o Lucas pra dormir que já o chamaria.

Ele foi com Lucas pro quarto e foi minha deixa, coloquei a champanhe no balde com gelo, coloquei a fantasia no meu corpo e acendi todas as velas do quarto. Encaixei meu ipod no radio e deixei a musica ir tocando baixinho enquanto Ricardo não chegava no quarto, quando ouvi a porta do quarto do Lucas fechando, sabia que ele estava chegando. Então deitei da maneira que pareceu mais sexy possível na cama, não sei ao certo se foi sexy mesmo, mas sabia que ele adoraria.

Ele entrou no quarto e ficou boquiaberto quando me viu daquele jeito e o nosso quarto.

Ricardo: - Tudo isso é pra mim?

Eu: - Tudo isso é pra nós, essa vai ser a noite mais inesquecível da sua vida. Gostou da fantasia e do champanhe?

Ricardo: - Gostei de tudo, olha como eu fico de te ver nessa roupa. – Disse apontando pro pau que estava visivelmente duro.

Eu: - Se livra dessa roupa e vem cá, vem? – Disse batendo, na cama ao meu lado.

Ele rapidamente ficou nu e veio sentar do meu lado. Abri a champanhe e nos servi. Brindamos e começamos a nos beijar. O clima foi esquentando, então eu parei e aumentei o som, já tinha colocado pra repetir a musica a noite toda, a musica que eu digo que representa nosso amor melhor do que qualquer outra no mundo. A música é “Because You Loved Me – Celine Dion”.

Chamei ele e começamos a dançar bem juntinhos, o mundo pra mim podia parar naquele momento, uma musica linda, dançando com o amor da minha vida, prestes a fazer amor de um jeito nunca feito antes, de fortalecer qualquer ligação que tínhamos.

Então paramos de dançar e eu pulei no seu colo, que me conduziu até a cama. Fizemos amor de maneira tão intensa, tão maravilhosa, perfeita, foi a coisa mais pura e selvagem que já fizemos, demonstramos todo nosso amor um ao outro ao som da musica mais perfeita que já foi escrita pra um casal na minha opinião.

Quando acabamos de fazer amor, ao amanhecer, sentei na cama e ele sentou bem atrás de mim se encaixando em mim, olhamos pela nossa janela o sol nascendo. Foi tudo mágico, foi perfeito, o universo conspirou ao nosso favor. Não demorou muito pro sono vir, desliguei o radio e dormimos juntos, éramos um só.

Pra quem quiser ver a letra da música: http://letras.mus.br/celine-dion/76424/traducao.html

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Bom gente, to aqui de novo pra postar mais uma parte pra vocês, espero que vocês gostem. Muito obrigado pelo carinho pessoal, vocês são os melhores leitores que alguém pode ter. Qualquer crítica e sugestão são bem vindas. Espero que eu tenha conseguido passar toda a emoção e felicidade do momento pra vocês.

E-mail para contato: marcio.casadoscontos@hotmail.com

Ps: Essa música é muito especial, recomendo que todos ouçam apesar de acreditar que a maioria já conhece, mas como eu, não havia prestado atenção na letra.

Até mais ;)

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Comentários

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Se alguém tiver noticias, me contacta: robertoportoo@hotmail.com

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Correção: no início uso a palavra conto referindo-me ao teu relato e depois digo que não o classifico como conto. Verdade, não o classifico como conto. Depois,desejo muitas felicidades aos três. Foi um erro matemático,na verdade, um vacilo para um licenciado em Matemática. Desejo felicidades aos CINCO, os pais e os três filhos.

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Não há palavras para descrever teu conto. Há apenas um outro, com mesma temática que me deixou no mesmo estado de alegria e de euforia: A História de nós três. É indo ver a constituição de famílias GLS. Sei que a "encomenda" do Lucas foi traumática, mas a adoção dos meninos, poxa, sem palavras. Vocês são o MÁXIMO. É de relatos assim (não classifico como conto) que mostram que pode haver convivência familiar num núcleo gay. Desejo muitas felicidades aos três. Quisera ter a oportunidade de conhecer uma família igual à tua e, por que não dizer, conhecer a TUA. Um beijo carinhoso para os cinco.

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lindo, o sr. estah ausente p tanto tempo, creio q eh a primeira vez q se ausenta p tanto tempo. espero q esteja bem, tanto contigo quanto com tua familia. saudades de vosso conto, volta a postar assim q possivel, ou dê noticias para acalmar-me. abraço.

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Lindo seu conto, só agora consegui acompanhar, mas já estou adorando. Abraços e espero que a continuação não demore . Andim.

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Marcio cade vc? Volta a postar logo, por favor, saudades dos teus contos.

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Ia fantazia do ricardo que tava no quarto do willian, eu amo seus contos de verdade minha inpirassao na vida real eu queria te conhesse pessualmente como muitos eleitoreis tambem gostaria, quem tem sorte e os seus aluno.

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desculpe não ter comentado antes. e concerteza vc conseguiu nos transmitir toda a emoção do momento especialmente na parte do nascer do sol foi lindo. adoro sua história bjs

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Amar é um sentimento maravilhoso quando está com a pessoa amada.

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Ainda bem que deu tudo certo, marcio gostei de "ver" vc sansualizando.kkk, muito fofo.

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