EU TE AMO 9

Um conto erótico de CARPE DIEM*
Categoria: Homossexual
Contém 2619 palavras
Data: 09/07/2012 15:52:49
Última revisão: 29/05/2018 21:01:02

...

Sabe quando você se encontra num beco sem saída?

O Breno nos colocou contra a parede. O que eu faço? Não sabia como reagir, tampouco me explicar. Logo agora que tudo estava dando tão certo.

Eu – Breno... Como assim juntos? De onde você tirou isso?

Breno - Poxa. Custava ter me contado?(ele disse chateado).

Diante dessa situação, não adiantaria mais mentir, pois ele já tinha a certeza sobre nós, então, eu só perderia meu tempo se continuasse a negar. Seguimos para um local mais reservado, já que alguns olhares curiosos nos observavam. Qualquer palavra lançada ali naquele momento afetaria ainda mais essa conversa.

Breno – Agora sim. Podem falar... Porque me esconderam essa história?

Eu – Não tem história nenhuma Breno.

Se eu pudesse adiar essa ‘revelação’, eu adiaria. Por mais que o Breno fosse nosso amigo e tal, meu medo era que outras pessoas descobrissem e, ainda que a minha família e amigos soubessem de mim, eu não queria sair gritando pra todo mundo minha intimidade.

Edu - Até quando você vai ficar negando Diego? (ele disse irritado). É verdade Breno, nós estamos namorando. (ele disse pegando na minha mão). Eu iria te contar e você sabe que nós somos amigos, mas aconteceu... Quando eu percebi não tinha mais volta.

Breno - E você Diego, não fala nada?

Eu - O que você quer que eu diga?

Breno - Não sei, mas é estranho. Vocês sempre se odiaram, pelo menos eu achava isso e, de repente descubro que estão juntos.

Eu – Eu não consigo entender... Como você descobriu?

Breno – Tão óbvio. Foi só eu apresentar vocês um para o outro, essas implicâncias sem sentido. Eu percebia como o Edu te olhava... Os ciúmes da Clara perto de você...

Enfim, ele numerou uma lista sobre nós, rsrsrrs. No meu pensamento, eu sei que em nenhum momento demonstrei para ninguém sobre meus sentimentos, mas o Edu não, ele não disfarçava muito bem. Fico me perguntando como a Clara nunca percebeu, ou talvez ela tenha fingido durante todo esse tempo, enfim, afirmei para o Breno sobre nosso relacionamento desde o começo, ele nos compreendeu e, assim tudo ficou ás boas novamente. Em nenhum momento o Breno nos crucificou, ao contrário, nos deu total apoio. Eu já disse o quanto ele é especial, mas é sempre bom reforçar: o Breno era mesmo incrível.

Breno – Só tem um problema.

Eu - Só mais um... Já estou até acostumado, mas fala aí. Qual é o problema?

Breno - Agora eu perdi meu companheiro de balada.

Eu - Ahhhhhhhhhh. Relaxa. Nós vamos continuar saindo todos juntos, e agora vai ser mais divertido.

A intenção era essa... Que nada mudasse entre nós a partir dessa revelação. Que nossa amizade resistisse a tudo isso e, claramente resistiu, tudo continua exatamente igual. O Breno ainda confessou para o Edu que já sabia a muito tempo da minha orientação, e tal, então para ele não era muita novidade, a única ‘surpresa’ era realmente nosso namoro. Depois de um tempo, cada um seguiu para sua casa. Eu sabia que por hora, o clima era estava tranquilo, pois a pior parte seria a Clara e, falando nela... A noite ela me ligou para saber de mim. Quando o Edu chegou lá em casa, nós ainda estávamos conversando.

Edu - Tá falando com quem?

Eu - Com a Clara.

Dava para notar o quanto ele ficou descontente ao saber quem estava no telefone comigo. O Edu se empenhava em ‘atrapalhar’ minha ligação, então, pra Clara não desconfiar, inventei qualquer desculpa e desliguei.

Edu – Poxa. Essa garota não larga do seu pé, isso já tá me irritando.

Eu – Nossa. Essa implicância sua com a Clara que tá me irritando.

Edu – Não acredito que você tá defendendo ela?

Eu - Porque você se incomoda tanto com a Clara, hein?

Edu – Porque ela falta pouco te agarrar e, você não faz nada.

Eu - Esquece isso Edu, se não vamos acabar discutindo e, eu não quero ficar mal com você.

Edu – É melhor mesmo. Olha só, já tá tudo certo. Você vai jantar na minha casa, e todo mundo já te conhece agora.

#MEDO.

Eu - Hummm, mas como eles são? Eu sempre falo da minha família e você nunca me disse nada sobre a sua.

Edu – Tá certo. O que você quer saber? (ele disse me beijando).

Eu – Tudo que diz respeito á você eu quero saber, ok?

Edu – Humm. Ok. Minha mãe é maravilhosa, tenho um irmão pequeno e ele é bem agitado, criança sabe como é né? A minha irmã acho que você vai adorar.

Eu - Por quê?

Edu - Ela gosta de ler, assim como você.

Eu - Vou ter com quem trocar ideias então.

Edu – Minha família é legal, você vai gostar de conhecê-los.

Eu – Vou sim, mas e o seu pai?

Sabe quando a feição da pessoa muda rapidamente? Então, eu vi o rosto do Edu que estava tão tranquilo se transformar em raiva de uma hora para outra. Não sabia que uma simples pergunta pudesse ter tanto efeito assim. Ele não quis me contar mais nada e, mesmo eu insistindo, deu um jeito de encerrar a conversa por ali mesmo, me deixando sem entender completamente nada.

Edu - Amor. Esquece isso, ok?

Como se fosse fácil conseguir esquecer.

Eu - Tá. E se eles não gostarem de mim?

Edu – Isso é impossível, mas eles só vão te conhecer e outra... Quem tem que gostar de você é eu.

Eu – Se você diz. Então, vamos dar uma volta?

Alguma coisa tinha que acontecer para eu conseguir relaxar. Eu precisava sair, beber ou algo assim, se não ficaria pensando nesse jantar até chegar o dia, sou muito ansioso.

Edu - Estava pensando em ficar aqui, entende?

Eu disse que precisava fazer algo, rsrsrs e, ele sabia realmente como me deixar calminho.

Eu – Você tá com muita roupa.

Edu – Vem tirar então.

... Beijos...Mais beijos... Quente... Ousado.

... Me chupa.. Ele gemia...

Suas mãos em mim me prendendo...

“Ah... Muito bom”. Sussurro já entregue... Por favor...

“Pede”... Ele dizia... Sua voz rouca no meu ouvido...

Penetrou-me ferozmente, acelerando os movimentos... Mais forte... Mais... Mais... Até gozar em mim.

O beijei novamente... Como era bom beijar esse cara... Minha calmaria (... ♥)

...

Tempo depois seu telefone tocou. Nem quis saber quem era, mas pelo jeito vinham mais problemas por ai.

Edu – Era minha mãe. Ela disse que eu não fico mais em casa.

Eu – Mas ela está certa.

Edu – Claro que não. Você não pode ficar sozinho aqui, por isso te faço companhia.

Eu não queria ficar no meio dos dois, mas isso não era problema meu. Às vezes eu até insistia para ele não ficar muito ali comigo para evitar esses tipos de cobrança da sua família e tal, mas nem adiantava eu questionar muito não. Ele era bem teimosinho.

No outro dia o Edu acordou um pouco mais cedo que de costume e foi até sua casa se aprontar, depois me buscar e, por fim fomos pra ‘facul’. Estávamos jogando conversa fora com alguns amigos, até a Clara chegar e, ela nem se importou de estar entre vários homens... Já veio me abraçando, grudando, essas coisas. A impressão que dava é que ela estava há anos sem me ver. Não sei para que tanta euforia.

Clara - Diego, que saudades que eu estava de você. (beijando meu rosto).

Eu - Eu também estava com saudades. E olha que nos falamos por telefone ontem.

Clara - Mais eu não tinha te visto ainda, não é?

O que eu poderia fazer? Por mais que eu já tenha dito que seríamos apenas amigos, ela ainda insiste em ficar ao meu lado. Na verdade, eu gosto de conversar e estar com a Clara, por isso não queria afastar ela de mim, pois aprecio sua amizade e tal. Eu não ficaria com ela, é fato. NÃO MESMO! Então, acho que não tinha motivos para o Edu ficar com tanta raiva assim. Já estava na hora de ir para a sala, mas ela fez questão de ir comigo. Eu sei que obviamente o Edu depois falaria um monte no meu ouvido e, o Breno mesmo disse que ele estava muito bravo com a Clara e que era para eu contar esse segredo de uma vez por todas para ela. Talvez, fosse o melhor á se fazer mesmo. Na saída, ela estava me esperando novamente. Aff, até parece que eu iria fugir dela, rsrs.

Conforme os dias iam passando, mais eu amadurecia essa ideia: revelar-me para a Clara. Eu pensava nas consequências, mas tenho que admitir que também seria um alivio não precisar evitá-la a todo momento. Conversei sobre isso com o Edu e, claro que ele disse que já era para eu ter contado há muito tempo, se não ele mesmo falaria.

Edu – Vou arrumar um namorado para ela. O que você acha?

Eu – Seria uma boa, mas depois a gente pensa nisso. Edu... Vamos sair amanhã à noite?

Edu – Ah! Não to a fim de sair não.

Eu - Poxa. Antes você vivia na ‘rua’, agora que começamos a namorar você só quer ficar em casa.

Edu – Pô. Amor, eu quero ficar com você, só nós dois.

Eu - Mas assim também não é interessante, eu quero me divertir Edu.

Edu - Você não se diverte comigo?

Eu – Ah, não distorce as coisas. Eu só preciso sair um pouco de casa. São várias bandas, você vai gostar, vamos?

Eu tentava fazê-lo entender, mas era difícil a missão.

Edu – Esqueceu que amanhã vamos pra ‘facul’?

Eu – Nossa! E você se interessa muito, é tão estudioso, não é? Se esse é o problema, amanhã nós vamos... Um pouco cansados, mas dá pra estudar.

Edu - Amor. Esquece isso. (ele disse me abraçando).

Depois que assumimos nosso relacionamento, era raro as vezes que nós saíamos. Eu sempre gostei de me divertir, isso não era segredo para ninguém . Não que eu vivesse o dia inteiro festando e tal, mas uma baladinha, festa, show não faria mal algum. O que tem de mais nisso? Nós éramos bem diferentes mesmo, é fato, mas eu já tinha decidido que iria, mesmo que sozinho novamente. No outro dia na faculdade, ele tentou se explicar, disse que não havia mudado de ideia, eu também falei que minha decisão era a mesma e, pra variar, novamente discutimos. Tentei convencer o Breno, quem sabe ele iria, mas ainda estava indeciso. Parecia que ninguém queria me fazer companhia.

No intervalo entre as aulas, a Clara veio até mim. Ela disse que tinha notado que eu estava diferente e tal.

Clara – Você sabe que não suporto ver você triste.

Eu - Que bom. Pelo menos alguém se importa com minha felicidade.

Clara - Porque você tá falando assim Diego?

Eu – Esquece.

Clara – Acho que sei como te animar. Vamos num show que vai ter aqui perto hoje?

Eu - Siiim. Eu quero muito ir, só preciso de companhia (empolgado). Clara você é demais. Adoro você sabia?

Clara - Nem preciso falar não é? (ela disse me abraçando).

Ficamos assim abraçados até que o Edu e o Breno se aproximaram. Saí do seu abraço, me recompus...

Breno - Tudo bem por aqui gente?

Quando notei o Edu, ele estava me olhando com raiva, ódio, tudo de ruim eu vi nos olhos dele.

Clara – Nem percebi vocês chegando.

Edu - O que tá acontecendo aqui?

Clara – Nada demais. Bom, eu vou indo. Ah Diego, não esquece: Vou passar na tua casa para nós irmos juntos.

Eu - Tá. Depois te ligo para combinar tudo.

Breno – E eu to saindo fora. Té mais.

Edu – Vai. Fala logo, o que vocês estão combinando?

Eu - Agora você quer saber? Bom, acho que te convidei ontem para ir numa festa, e o que você me respondeu? Que não iria. (disse irritado).

Edu - Então você foi logo chamar a Clara?

Eu - Ela me convidou para ir.

Edu - E você vai?(ele disse me encarando).

Eu - Você sabe que sim.

Edu – Ok. É assim, não é Diego? A vida é sua, você faz o que quiser com ela.

Ele saiu e me deixou falando sozinho. Então, dessa vez eu resolvi ir com a Clara embora. Ela estava feliz porque pela primeira vez iríamos sair nós dois sozinhos.

A noite chegou... Me arrumei e, nesse tempo o Breno tinha decidido ir, mas combinamos de nos encontrar por lá mesmo e, o Edu nem sinal, me ignorou a tarde inteira. Logo, a Clara me ligou avisando que já estava me esperando. Desci, e, lá estava ela... Dona da noite, rsrsrs. Realmente, ela tinha caprichado.

Clara - E então Diego, to bonita?

Eu – Maravilhosa, um espetáculo. Desse jeito todos os homens vão ficar aos seus pés.

Clara - É. Pode ser.

Iríamos de táxi, mas logo avistamos um carro vindo em nossa direção e, eu conhecia super bem o dono desse carro. Ele desceu, cumprimentou a Clara, pediu para ela entrar. Eu estava surpreso, lógico, pois a todo o momento ele dizia que não iria.

Edu - E então... Não vai falar nada, gostou?

Eu - Você tá lindo, mas eu não imaginava te encontrar.

Edu – Se acha que eu iria deixar você sozinho com ela? Nunca.

Eu - Kkkkkkkkkkkk. Tenta se controlar. Ok?

Edu – Vou tentar. Agora vem.

Nem parecia ele. Tratou a Clara muito bem. Nem preciso dizer que fiquei muito contente. Eu não gostava quando o Edu ficava com esses ciúmes exagerados, porque a Clara também era minha amiga.

Já no show estava tudo muito bacana. Eu também gosto de pop, rock e, algumas bandas que eram bem famosinhas na época tocaram por lá, agitaram bastante. Sem dúvidas, eu adorei aquela noite e, o Edu curtiu também. Depois do show, ficamos mais um tempo lá de bobeira.

Eu - Gostou Clara?

Clara – Claro que gostei. Sempre é bom está com você.

Edu - Clara se importa de ficar aqui rapidinho? Nós vamos comprar umas coisas.

Clara - Vai você Edu. O Diego fica aqui comigo.

Ela protestou um pouquinho, mas o Breno estava ali perto também e se comprometeu em ficar com a Clara, mas ele já estava acompanhando de uma garota então, acho que ninguém ficaria muito confortável, mas...

Eu - Já volto Clara, é rápido.

Nos afastamos...

Eu - O que foi agora Edu?

Edu - Nossa! Você é tão ingênuo assim? Cara. Não é possível. Eu não aguento mais a Clara, daqui a pouco ela vai te beijar.

Eu - Nada a ver isso. Eu já disse para ela que entre nós não vai rolar nada.

Eu também tinha meus ciúmes, é claro, mas não se comparava com os do Edu não. Às vezes era sufocante, mas a noite terminou bem, sem grandes preocupações.

Pensa num dia cansativo, mas valeu a pena. Depois de ouvir as aventuras sexuais do Breno da noite anterior rsrsrs... Contei sobre a tal noite na casa do Edu, e também quis saber sobre esse problema com o pai dele, mas quem disse que eu descobri algo? O Edu já estava ansioso, idealizando, fazendo planos para mais tarde.

Edu - Então amor. Vou à tua casa te pegar.

Eu - Não é melhor eu chegar sozinho? É estranho você ir me buscar.

Edu – E daí? Vou te buscar sim.

No caminho até sua casa ele me tranquilizava, dizia para eu não me preocupar, essas coisas, mas como ficar calmo diante dessa situação? Impossível.

Eu - Espera Edu. Eu acho que não to pronto ainda.

Edu – Relaxa. Eu to aqui, ok? Vai dar tudo certo.

Entramos e a família dele já estava toda na sala, parecia que só me esperando. Todos me olhavam... E agora?

Edu - Bom. Esse é o Diego... Meu amigo da faculdade.

Dei um sorrisinho meio sem jeito.

Eu - Boa noite.

O que mais eu poderia dizer? Nervosismo me definia naquele momento. Como o Edu me coloca nessa situação? A mãe dele se aproximou de mim, me olhou de cima a baixo, tipo me analisando...

Mãe dele - Então você é o famoso Diego que o Edu tanto fala?

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Comentários

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Ih!Já vi que o Edu puxou a personalidade da mãe! O ponto alfa preferência dele.O pai é. O ponto mega conflito dele a agressividade dele vem daí. Muito bom massa veio!

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Nossa agora eu fiquei extasiado, já sabia que você era demais, mas esse aqui, você foi show!

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Por que parou? Parou por que? Logo agoa. Continua tô adorando ( 10 )

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É, sua atitude indo no show não foi boa não. Tadinho do Edu. Muito bom seu conto, não demora! Nota 10

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Adorei!!!!!... e vc pisou na bola em ir com a Clara.. imagina se ele fosse com outra garota!!..mas sua hitória é DEMAIS!!!! aguado a continuação!!!

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esse jantar promete rsrsrs seu conto é maravilhoso

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