Acidente que Mudou a Vida - Parte 3

Um conto erótico de Giancarlo
Categoria: Homossexual
Contém 1210 palavras
Data: 04/07/2012 11:39:48

Olá pessoal, tudo bem? Quero novamente agradecer os elogios que venho recebendo e pedir desculpas também pela demora nessa terceira parte, aproveitando o inicio das férias resolvi relaxar um pouco na casa da minha mãe, lá em Ribeirão Preto, e não tive tempo de postar mais nada. Segue a terceira parte, espero que continuem gostando e comentando.

Era só o que me faltava: primeiro mês em São Paulo, diversos planos para essa nova fase da minha vida e na primeira noite que saiu para poder curtir um pouco o agito de São Paulo, acabo atropelando um rapaz, que agora desmaiava sem nem saber o porquê.

- Ei, acorda! Que houve? O impacto nem foi tão forte para você desmaiar ... ACORDA! – falava isso agitando o rapaz, que agora já nem recordava mais o nome tamanho o meu nervosismo, no intuito dele recuperar os sentidos.

- Acho melhor chamar uma ambulância para levá-lo ao hospital – dizia um segurança da casa noturna.

- Não, ambulância vai demorar demais, eu mesmo o levo – sem nem pensar duas vezes, peguei ele no colo novamente, coloquei dentro do meu carro, pedi para que Verônica e Renato fossem de táxi para onde quisessem e só me indicassem um hospital mais próximo.

Por sorte, tinha um hospital particular a duas quadras de onde estávamos. Sai de lá em disparada, como se o rapaz estivesse morrendo. Chegando no hospital, peguei o novamente no colo e dei entrada na recepção.

- Por favor, ajudem aqui – dizia em um tom um tanto quanto desesperado ao adentrar o hospital.

- O que houve? – perguntou uma das recepcionistas do hospital.

- Não sei ao certo ... houve um pequeno acidente, parecia tudo bem, só que ele desmaiou, não sei por que – tentava explicar uma situação que nem mesmo eu havia entendido e estava visivelmente nervoso com toda aquela situação.

Logo duas enfermeiras chegaram para prestar o socorro, o colocaram em uma maca e seguiram para parte da triagem, onde fazem o primeiro atendimento, tentei acompanhá-lo, mas não pude. Fiquei sentado na recepção. Quer dizer, tentei ficar sentado, mas o meu nervosismo era tamanho que eu andava de um lado para o outro, até ser chamado novamente pela recepcionista.

- Senhor, pode vir até o balcão? – disse com aquela voz calma e serena, parecendo que nem trabalhava em um hospital.

- Sim, já posso visitá-lo? Como ele está? – perguntei na ilusão de que ela já me daria informações sobre o seu estado.

- Não senhor, ainda não, mas não se preocupe pois ele está sendo muito bem atendido – respondeu com um leve sorriso no rosto, tentando me passar tranquilidade – Eu precisava fazer a ficha de entrada dele, o senhor preencher esse formulário com os seus dados e do paciente? – me entregando uma folha com algumas questões.

- Não posso – respondi de impulso

- Como senhor? – indagou a recepcionista sem entender a situação

- Quer dizer, posso preencher meus dados, mas os dele eu não sei, não o conheço.

A recepcionista ficou um pouco surpresa, afinal minha preocupação com o rapaz era tamanha que parecia conhecê-lo muito bem. Então expliquei tudo o que havia acontecido e ela chegou a me parabenizar, afinal numa cidade como São Paulo, as pessoas costumam se preocupar pouco com o próximo e minha preocupação com ele era “como a de um irmão”, como ela mesma me disse. No fundo, a última coisa que eu queria era tê-lo como irmão. Poucos minutos depois, outra enfermeira trouxe uma bandeja com alguns pertences dele, entre eles a carteira e o celular, e me avisou que ele já estava melhor, havia sido medicado e que em poucos instantes poderia visitá-lo no quarto. Pedi que o tratassem muito bem, dando toda a atenção e conforto a ele, que eu acertaria o custo depois.

Peguei seu documento na carteira para preencher a ficha, onde pude relembrar seu nome e conferir sua idade. Após preencher e entregar a recepcionista, pude notar que seu celular estava com dezenas de ligações perdidas e diversas mensagens, na qual o identificador e remetente mostrava apenas “S2” ... deduzi que seria sua namorada ... ou namorado? A curiosidade é imensa, porém a educação foi maior e não invadi sua privacidade.

- Pode entrar, ele está esperando pelo senhor – disse um enfermeiro vindo em minha direção.

Aquela frase era a única que eu queria ouvir. Mas, por quê? Como um garoto que eu conhecia há poucas horas e que não representava nada pra mim, me despertava tal interesse e preocupação? Deixei meus pensamentos de lado e segui até o quarto onde ele estava. Chegando na porta do quarto, respirei fundo e fui abrindo a porta lentamente. Ao vê-lo na cama deitado, um pouco abatido, com os pensamentos aparentemente perdido, me bateu uma vontade enorme de abraçá-lo, cuidar dele.

“Como posso querer algo assim com um rapaz que nem conheço?” – pensava tentando entender toda a situação em que estava me envolvendo.

- Oi Gian ... posso te chamar assim? – fui interrompido dos meus pensamentos pela voz doce de Érick, que já me olhava em pé na porta.

- Claro, fique a vontade pra me chamar como você quiser – que frase de adolescente passando uma cantada, pensei comigo mesmo e fui caminhando em sua direção.

- Obrigado por tudo, obrigado mesmo! – seus olhos me encarando com aquele agradecimento me desconcertavam.

- O que é isso? Eu te atropelo e você ainda me agradece? – brincava com a situação, tentando demonstrar um interesse menor do que eu realmente estava tendo nele.

- Sei que o motivo de estar aqui não é o atropelamento, que não foi nem um atropelamento, realmente eu vi você com sua namorada no carro, mas não sei o que me deu e atravessei a rua mesmo assim ... ou talvez saiba – sua explicação já vinha com lágrimas nos olhos

- Bom, eu também deveria ter prestado mais atenção na circulação das pessoas e a Verônica não é minha namorada, apenas tinha conhecido ela num barzinho, na qual estava com amigos – após dizer isso, não entendi qual a intenção de frisar tanto que eu não namorava.

- Senhor Érick Souza? – fomos interrompidos pelo médico que adentrava o quarto – O senhor teve uma queda brusca de pressão, mas já foi medicado, mais algumas horas pode ir pra casa. Quanto ao machucado na perna, já foi feito um curativo também, não era nada grave, apenas um corte superficial.

Após dar todo o feedback em relação ao estado de Érick e prescrever alguns remédios, o médico saiu do quarto nos deixando a sós novamente.

- Então quer dizer que foi um corte superficial e você nem aguentava colocar a perna no chão? – ri da situação, lembrando que tive de carregá-lo no colo até a calçada – Desse jeito vou pensar que se aproveitou da situação para que eu te pegasse no colo.

- Quem sabe – respondeu ele completamente envergonhado e que, com essa resposta, me deixou envergonhado.

Fomos interrompidos mais uma vez, só que agora pelo seu celular que tocava novamente e no visor pude ver o “S2” mais uma vez.

- É, seu celular está tocando mais uma vez ... essa pessoa te ligou inúmeras vezes e mandou algumas mensagens também – disse entregando o celular a ele – mas não atendi nenhuma das ligações e nem vi as mensagens, pois não sabia do que se tratava – emendei para ele entender que não havia invadido sua privacidade.

- Ah não, ele não! – disse jogando o celular sobre a cama.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Giancarlo a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Muito bom esse começo de série. Eu preciso adiciona-lo aos meus favoritos pra não esquecer, odeio esquecer contos bons.

0 0
Foto de perfil genérica

Adoramos seu conto. Nos deu muito prazer. meu nome é Rubia e meu marido se chama Beto. Publicamos um conto. "A Procura de um Amante" Também criamos um blog só sobre sexo, com nossas aventuras, fotos de sexo e muito mais. O endereço é www.rubiaebeto.comunidades.net

0 0
Foto de perfil genérica

kkkkkkkk nossa que show tá demais sensacional nota 10

0 0
Foto de perfil genérica

Ja fiquei ancioso pela continuação..não demore a postar viu rs... Parabéns!!

0 0
Foto de perfil genérica

D migao nota 100000000000000000000000000000000m abaraçao e ve se continua logo tá

0 0
Foto de perfil genérica

estou super curiosa para saber que é esse "ele". adoro seu conto

0 0