EU TE AMO 17

Um conto erótico de CARPE DIEM*
Categoria: Homossexual
Contém 3796 palavras
Data: 23/07/2012 16:55:05
Última revisão: 10/06/2018 08:01:13

Receber a visita do Thiago por livre e espontânea vontade... Isso sim era uma grande surpresa. Eu não esperava vê-lo ali, mas acho que essa atitude foi um passo gigantesco para que tudo voltasse aos eixos novamente. Sabia que essa história era algo difícil para os dois, mas eu desejava profundamente que esse episódio todo fosse esquecido de uma vez por todas.

Edu - Eu não vou. Meu lugar é aqui.

Thiago - Qual é cara? Eu to aqui na boa, tentando conversar...

Edu - É só isso que você queria?

Thiago - Você é muito cabeça dura mesmo.

O Edu era um tanto quanto teimoso. Conversar com ele sobre alguns assuntos, era impossível. Haja paciência.

Edu - Olha só cara. Você é meu irmão. Infelizmente, tenho que conviver com essa realidade. Agora não vem dar uma de bonzinho não, porque eu te conheço e sei qual é a sua.

Thiago – É mesmo? Então me diz qual é a minha. (ele perguntou o encarando).

Edu - Na boa... O que você tá querendo? Sempre me odiou, vivia me provocando... Agora quer ser meu amigo? Eu não volto para casa enquanto você estiver lá.

Thiago – Eu não sou o único culpado aqui. Olha ao seu redor... Você tá sempre com todo mundo do seu lado, tem tudo o que quer e, tu querendo ou não, nós temos o mesmo pai. Não posso fazer nada para mudar isso.

Não seria louco de interferir na conversa dos dois. Até porque se eles brigassem novamente, eu não iria conseguir separá-los. Ao contrário... Eu sim ficaria todo quebrado, hahaha. A única coisa que poderia fazer, eu fiz... Sentei e deixei-os desabafarem um para o outro, rsrsrs. Eles precisavam desse momento. Era uma constante troca de insultos, acusações, mas sem chegar a agressões. Era muita mágoa reunida num mesmo lugar.

Edu - Eu não acredito numa só palavra sua.

Thiago - Então você não vai?

Bom. Eu tentaria dar minha palavra. Não sei se eles aceitariam, mas não custaria tentar. Incentivei o Edu a aceitar, se permitir esse tempo para os dois. Seria uma experiência nova.

Eu - Edu. Dá logo um fim nessa história. É só por um tempo.

Edu - Você quer se separar de mim?

Eu - Nunca, mas tenta. Se não se sentir bem, você volta para cá.

Como eu disse, ele não era muito turrão, rsrs. Difícil seria o Edu dar uma resposta positiva. Para variar, nós sempre discordávamos sobre as coisas.

Edu - Diz para minha mãe e os meus irmãos, que se eles quiserem, podem vir aqui me ver sempre, mas para lá, eu não volto.

Não compreendia tanta resistência. Ele se retirou e me deixou a sós com o Thiago. Eu até entendia todo esse ressentimento, mas uma hora ou outra eles teriam que por um ponto final nessa situação. Não seria tão mais fácil se começassem agora?

Eu - Eu vou tentar conversar com ele.

Thiago – Fala para ele pensar na mãe. Ela está inconsolável.

Eu – Ok. Vou dizer. Espero que ele me ouça dessa vez.

Thiago – Confio em você. Já que a minha presença o incomoda tanto... Convence-o a voltar para casa pelo menos por esse final de semana. Eu não estarei por lá.

Eu – Ok. Talvez dessa maneira ele consiga aceitar, mas você nem bem chegou e já vai viajar de novo?

Thiago – Isso. Tenho umas coisas para resolver.

Eu – Hummm. Cheio de mistérios. Garanto que é mulher, rsrsrs. Para onde você vai?

O ideal era que eu nem perguntasse. Não deveria ser tão indiscreto assim, mas não consegui resistir.

Thiago - Vou voltar para Angra.

Eu – Você vai fazer o que lá?

Thiago - Tem certeza que quer ouvir a resposta.

Eu - Ah! Fala sério Thiago. Porque você não deixa minha irmã em paz?

Thiago - Porque eu gostei dela.

#RAIVA.

Eu - Eu já te disse que a Daiana não é para você.

Thiago - Thau Diego.

Odiava quando alguém me deixava falando sozinho. Eu tinha dado um voto de confiança ao Thiago, ajudei-o sem pensar nas consequências... E, agora vem se envolver logo com a minha irmã? Mal podia acreditar que ele estava fazendo isso comigo, mas agora minha preocupação era outra pessoa. Quando cheguei até o quarto, o Edu estava lá, meio desanimado. Ele era um pouco inseguro e completamente carente. Acho que nada que eu fizesse mudaria essa realidade. Vê-lo assim me machucava profundamente. Era como se eu fosse o culpado pela infelicidade dele. Queria vê-lo feliz sempre, mas com o Thiago por perto... Acho que seria bem complicado.

Eu - Edu. Por favor. Se não te faz bem... Esquece essa história. Eu to aqui com você, ok?

Edu - Eu não consigo aceitar, não dá. (ele se lamentava).

Eu - Calma. Tudo vai ficar bem.

Na verdade, eu tinha medo de que nada se resolvesse e, esse trauma ficasse nas nossas vidas para sempre.

Eu - Edu. Esquece isso, tudo bem? Vamos seguir em frente.

Edu - Eu não quero ficar naquela casa e ter que conviver com ele.

Eu – Ok. Se você não quer, então para de sofrer. Não pensa mais nesse assunto.

Edu - Você acha que é fácil? Ter que olhar para cara dele todos os dias, aturar você e o Breno conversando com ele?

Sempre o Edu se definia como a pior pessoa do mundo... Tão pessimista consigo mesmo. Ele era uma pessoa maravilhosa, especial e, não tinha motivos para se sentir tão inferior assim.

Edu - Eu sou um fracasso mesmo, enquanto ele é melhor que eu em tudo.

Eu – Ei. Isso não é verdade. Você é o melhor para mim. Ok? Tenho certeza que o Breno também não te dispensaria por nada, porque ele é teu amigo e, nós gostamos de você.

Edu - Eu não quero ficar sem você, a amizade do Breno, o amor dos meus irmãos e da minha mãe. Até a Clara com aquelas maluquices dela... Eu sinto falta de conversar com ela.

Eu - Eu também sinto muito a falta dela, mas sei que nós ainda vamos está todos juntos novamente.

Edu - Tomara. (ele disse me dando um selinho) Eu te amo tanto.

Não era necessário ele falar a todo o momento que me amava. Eu reconhecia esse amor, então, nada mais importava. Às vezes, eu me sentia totalmente pressionado a demonstrar demais, como ele fazia. Mesmo que de um jeito torto, eu cuidava, protegia, gostava dele, então, achava que isso já era o suficiente.

Edu - Um dia você vai entender todo esse amor que eu sinto.

Eu - Edu. Eu não duvido. Já disse que você é importante para mim.

Jamais ficaria com ele suportando todos esses contratempos se eu não sentisse nada. Que lógica teria? Mas o Edu tinha essa necessidade de ouvir que eu o amava, mas sinceramente? Do fundo do meu coração, eu não estava preparado. Poderia parecer algo bobo para alguns, mas eu precisaria sentir e saber verdadeiramente que isso era amor, enfim, a vida aos poucos seguia me ensinando.

No outro dia na faculdade, eu encontrei a Clara chorando. Logicamente, fiquei muito preocupado ao vê-la desse jeito. Eu queria ajudá-la, mas ela me tratou com tanta grosseria. Achava que não era necessária tanta antipatia comigo, mas eu também sabia ser mal educado quando queria. Então, a trataria da mesma forma. Infelizmente, eu era assim. Enfim, a mãe do Edu vivia me ligando, visitando... Com o único objetivo de levá–lo de volta para casa. Por tanta insistência, comprometi em ajudar. Ainda bem que ele estava bem tranquilo, então novamente eu retornaria nesse assunto tão chato.

Eu - Ela tá muito triste. Por favor, Edu, volta para tua casa. Se não por mim, faça pela tua mãe.

Claro que eu queria a sua companhia, mas para acabar com esse tormento de uma vez... Era melhor o Edu ficar com a sua família.

Edu – Eu vou, mas você vem comigo.

Nunca!!! Isso seria impossível. Ele não poderia determinar algo assim. Imagina todos nós sob o mesmo teto? Haja coração, hahaha.

Eu - Isso não. Você sabe que não daria certo.

Edu – Então tá. Eu não vou sem você.

Eu - Pensa bem Edu. Dá logo um fim nisso.

Edu - Eu não quero deixar você aqui sozinho.

Eu – Ah! Eu sou criança agora, hein? É sério Edu, por favor.

Edu – Ah! Não sei não.

Eu - Você não precisa conversar com eles. Pensa na tua mãe, em mim... Eu quero te ver bem, mas você tem que enfrentar isso e, mesmo que não se sinta confortável... Tenta ao menos compreender. Quem sabe assim, com o Thiago disposto a fazer tudo diferente, vocês não se acertam.

Edu – Aaahhh!!! Porque você é assim, hein?

Eu - Assim como... Irresistível? Hahaha.

Edu – Há! Também. Eu não resisto a você, rsrsrs, mas é sério... Você sempre enxerga o melhor que há em mim, por isso que eu te amo.

Eu - Então você aceita?

Edu - Fazer o que não é? Seu eu negar, você vai ficar me enjoando por muito tempo.

Eu – Bobo. Que bom que você concordou. Agora tudo vai voltar ao normal.

Edu - Vai com calma. Ok? Se o clima ficar ruim, eu volto para cá.

Eu – Claro. Eu vou sentir muitas saudades de você.

Realmente, eu estava contente pela decisão do Edu, mas sem dúvida alguma eu sentiria falta dessas manias irritantes, dos filmes que assistíamos de madrugada abraçadinhos, do seu carinho... Sei que ele estaria sempre aqui comigo, é fato. Acho que só nessa hora eu tinha me tocado de que agora sim, eu ficaria sozinho novamente. Certo que eu teria meu espaço de volta, mas eu já tinha me acostumado a dividi-lo com ele e, também não poderia privá-lo de voltar para sua família. Se eu pedisse para o Edu ficar, sei que ele recuaria nessa decisão, mas diante da insistência da mãe dele... Não restava alternativa.

Edu - Amor. Você quer que eu fique?

Eu – Sempre que quiser pode voltar para cá, mas é melhor você ir.

Informei a mãe dele sobre a boa nova. Ela ficou muito feliz. Agradeceu-me toda emocionada. Agora sim, tudo estava feito.

Eu – Agora é oficial.

Edu - Amanhã eu vou voltar para aquela casa.

Eu - Não fique assim. Ok? Você vai ver... Essa foi a melhor decisão.

Edu – Sei... Agora eu mereço uma despedida, não acha?

Eu - Vou pensar no seu caso. Você vai ser bonzinho comigo?

Edu – Claro que sim, eu sou um amor, rsrs.

Eu – Então vemTodas as sensações que eu senti naquela noite foram únicas. Ele queria algo diferente porque era nossa despedida. O sexo com o Edu era bom demais. Foi romântico, selvagem, gostoso... Eu sentia tesão por ele. Enfim, estar na sua companhia era maravilhoso e especial... Poderia ficar por horas admirando-o, mas já era tarde... Então, o beijei, um beijo longo e suave. Me aconcheguei no seu peito e, logo adormeci, sonhando que esse dia não terminasse nuncaDepois de um dia cansativo na faculdade cada um seguiu seu rumo. Quando cheguei e notei o silêncio que se instalou na minha casa, eu sentia uma tristeza profunda. Não sabia se iria me acostumar a viver assim novamente. Às vezes, eu pensava na minha relação com o Edu. Como deixei me envolver tanto assim? O problema de se apegar demais era a ausência. Sensação horrível. Talvez, por isso nunca me envolvia ou demonstrava amor excessivamente. E se essas pessoas me abandonassem? Eu estava me sentindo tão solitário. Acho que de tanto o meu coração o chamar, ele me ligou.

Eu - Oi (respondi desanimado).

Edu – Nossa!!! É assim? Só recebo um oi?

Eu – Há. Tudo bem?

Edu - Engraçadinho. Amor... Vem aqui me ver.

Eu – Edu. Na tua casa não dá.

Edu - Depois eu vou te buscar. Vamos dar uma volta.

Eu - Hummmmmmm. Para onde você vai me levar?

Edu - Segredo. Já to com muitas saudades de você.

Eu - Eu também, muitas.

Edu – Então, mais tarde passo aí para te ver. Beijo. Te amo.

Eu - Beijo. Até mais tarde.

A noite estava linda. A ocasião merecia algo bem interessante e, realmente assim ele fez. Me levou num restaurante bem agradável. Em qualquer lugar que estivéssemos seria especial. Quando a companhia era boa, o local pouco importava.

Eu - E então, como tá o clima por lá?

Edu – Chato demais, mas eu já deixei bem claro: Ele não me enche, e eu não o perturbo. Meu pai, nem faço questão de vê-lo.

Todo esse ódio pelo pai não era normal, mas isso era uma questão deles. Dessa vez, nem que me implorassem, eu iria me meter.

Eu – Vocês tentaram conversar ao menos?

Edu - Ele me mostrou uns desenhos. Até que o cara tem talento.

Eu - Edu. Dá uma chance. Você acha que se o Thiago não quisesse voltar às boas contigo, ele faria tudo isso só para conversar com quem sempre brigou?

Edu - Pode ser.

Eu - É sério Edu. Pensa bem. O que o Thiago ganharia te tratando bem, sendo que a todo o momento vocês nem se falavam? Ele poderia simplesmente continuar te humilhando, ainda mais agora que vocês estão na mesma casa. Pelo contrário, eu o vejo se esforçando para ter a sua amizade.

Edu - Só você mesmo, não é? Vai me vencer pelo cansaço.

Eu - Essa é a intenção, rsrs. Veja eu e o Lukas. Nós não vivemos num amor eterno, mas eu sei que ele é meu irmão, mesmo sendo meu oposto. Vai por mim Edu, talvez essa seja a única chance de vocês. Não desperdiça.

Edu - Vou pensar, já disse. Agora chega desse papo. Não te trouxe aqui para conversar sobre isso. Então, no outro final de semana nós vamos visitar minha avó e, eu quero que você vá comigo.

Família reunida, o pai dele, festa, perguntas indiscretas... Definitivamente, não daria certo.

Eu - Edu. É a tua família. Não vou me sentir bem.

Edu – Você é quem sabe, mas minha mãe vai te ligar.

Eu - Por quê? O que aconteceu agora?

Edu - Porque eu disse que só iria se você fosse. Se não, nada feito.

Eu – Cretino. rsrs. Você não tem jeito mesmo.

Edu - Você não tem saída... É aceitar ou aceitar, haha. É no próximo sábado, já que nesse o Thiago não estará.

Eu - Ele me disse. (disse desanimado).

Edu - Relaxa amor. Ele não vai maltratar tua irmã.

Eu - Para o bem dele, não mesmo. Não quero ver a Daiana triste.

Edu - Eu já contei para ele a conversa que seu pai teve comigo. Então, não se preocupa.

Já estava um pouco tarde, então era melhor seguir o nosso caminho. O Edu queria muito ‘dormir’ comigo, mas eu neguei. Dessa forma, a mãe dele não ficaria ligando a todo o momento. Desde que começamos a morar juntos, ela não nos dava mais ‘sossego’. Toda hora eram essas visitas inesperadas. Queria evitar a fadiga, rsrsr. Chega de mãe de namorado na minha casa. Não gostava muito dessas intimidades, hahaha.

Acho que não seria tão pavoroso passar um final de semana com essa família, então aceitei. O que poderia dar errado? Eu ficaria quieto no meu canto, sem incomodar ninguém... Conheceria novos lugares, pessoas... O único detalhe seria aturar essas ‘priminhas’ que sempre complicam a vida, mas eu usaria meu lado zen, hahaha.

Antes desse momento em família, rsrs. O Thiago seguiu para minha cidade atrás da minha irmã, mas eu já estava de olho nesse ‘esquema’ dos dois, rsrs. Eu, Edu e o Breno fomos á praia, depois num clube aqui por perto. Durante esse tempo tentei convencê-lo a me acompanhar nessa reunião familiar. Quanto mais pessoas conhecidas, melhor seria. Assim eu não ficaria tão deslocado, mas o Breno não topou. Mesmo o Edu prometendo que não deixaria ninguém me fazer mal, eu ficava pensativo, afinal, eu não sabia o que me aguardava nesse lugar. Para completar esse momento, só faltava àquela garota estar conosco, rsrs, mas ela tinha escolhido esse caminho, infelizmente. Eu ainda queria o melhor para a Clara, independente de ela me desejar as piores coisas na vida. Como pode uma pessoa se transformar assim de uma hora para outra?

Finalzinho de semana acabando... Aquela preguiça natural na segunda... Tédio total. Já na ‘facul’, o Thiago me contou o que eu estava evitando ouvir. Ele e a minha irmã estavam oficialmente juntos. Porque tudo assim tão rápido? Os dois não poderiam esperar... Se conhecerem melhor? Minha família toda estava maravilhada com esse fato e, viviam elogiando o Thiago. Eu não queria ser o estraga prazeres, o único do contra. Se eles desejavam, o que eu poderia fazer? Só me restava aceitar, mas feliz eu não estava, rsrs.

Mais uma semana passando rapidamente e, assim o grande dia chegou. O Edu estava muito ansioso para que tudo desse certo e tudo mais. O difícil seria conseguir disfarçar diante de tanta demonstração de carinho dele comigo. Minha mãe me aconselhou a me prevenir, tomar cuidado e não dizer tudo o que eu penso. Isso sim seria um problemão. Dessa vez, o Thiago nos faria companhia. O destino era Niterói. A rota não era tão longa. O demorado foi permanecer com eles em total silêncio durante esse trajeto. Isso sim era entediante. Enfim, o lugar era bem natureza, clima bem rural mesmo. Não achei ruim não, até tinha gostado desse ambiente. Apesar de o Edu me apresentar e fazer o possível para que eu me sentisse confortável... Algo ainda me travava. Enfim, além de suportar as primas, ainda tinha as amigas das primas. Era muita provação junta. Vez ou outra chegava alguma por perto e tal.

#RAIVA.

Por mais que quase ninguém soubesse da nossa relação... Era uma situação chata você presenciar elas se ‘jogando’ mesmo e, não poder fazer nada. Teria que ser racional nesse momento, então me afastei. Procurei uma área tranquila e, fiquei por lá lendo, pensando na vida. Estava concentrado na minha leitura, quando surgiu um primo dele, bem bonitinho por sinal. Ele puxou papo comigo e, começamos a conversar normalmente sobre várias coisas, nada demais. Tudo bem formal mesmo. Logo, o Edu apareceu por ali também... Inventou uma desculpinha esfarrapada para ficarmos a sós. Assim que ele certificou-se de que estávamos realmente sozinhos... Me beijou com aquela autoridade e força de sempre. Não gostava quando me tratava dessa forma, pois dava a impressão de que eu era totalmente submisso.

Eu - Para que você fez isso? (perguntei com raiva).

Edu - Você é meu, tá ouvindo? Não quero você de conversa com ninguém.

Eu – O que? Ah! Para com isso Edu. Eu não sou seu nem de ninguém.

Edu – Claro que é. Só meu. O que ele queria contigo?

Eu - Ele estava me fazendo companhia, já que o meu namorado estava muito ocupado com as priminhas.

Edu - Kkkk. Por acaso você tá com ciúmes amor?

Eu – Não estou. Agora me deixa em paz.

Edu - Amor não fica assim. Sabe o que eu disse para elas?

Eu – Não quero saber.

Edu – Mas eu vou dizer. Eu falei que estou completamente apaixonado.

Era muito amor envolvido, rssrs.

Eu – Hummm. Posso saber quem é essa pessoa?

Edu – Um cara marrento por aí, haha. Claro que é por você.

Novamente nos beijamos. Parecia que alguém nos observava, mas deixei rolar, estava tão gostoso. Afinal, quem perderia tempo nos vigiando, com tanta coisa divertida para fazer?

Depois de almoçarmos, ele me mostrou diversos lugares legais... Assim, as horas passavam rapidamente. Mais tarde os primos dele foram jogar bola com os vizinhos da cidade. Eu não perderia a oportunidade de mostrar meu talento, hahaha, então, os acompanhei. Dessa vez, eu e o Edu éramos do mesmo time. Nós formávamos uma dupla e tanto, seja no amor ou no jogo, rsrs. Mais sempre poderia piorar. Nesse caso, as consequências eram todas para mim, infelizmente. Tinha sofrido uma falta feia no jogo e, novamente me machuquei. O Edu ficou irritado demais com essa situação. Se ele não se controlasse, nosso ‘disfarce’ iria por água abaixo. O Thiago até tentou contornar, mas tudo em vão. Por fim, ele me levou ao hospital e, estava tudo bem, só precisaria de repouso. Nem preciso falar que o restante do dia, eu fiquei só deitado e não fiz mais nada até o dia de ir embora. Os primos dele contaram para toda família da forma que o Edu tinha me defendido e tudo mais. Parecia que quase ninguém havia dado muita importância a esse fato, mas eu percebia que o pai dele estava muito incomodado com toda essa história.

Por fim, despedi-me de todos e fomos para casa. O Edu a todo o momento cuidava de mim, dizia que me amava e tal. Com todo esse mimo rapidamente melhorei, rsrsrs. Combinamos que depois que ele saísse da faculdade, iríamos nos encontrar. Porém, mais tarde o Breno tinha me ligado todo preocupado, pois o Edu novamente havia brigado com o pai. Era aquela velha historia. Sempre os dois discutiam. Isso já era normal, mas o problema e, isso sem dúvida alguma me amedrontou... Ele jogou a bomba: o pai dele nos flagrou aos beijos naquele último final de semana. Agora sim, estávamos em maus lençóis. O Edu havia sido expulso de casa, humilhado, praguejado, enfim, cenas lamentáveis. Como assim? Ao menos o Thiago o defendeu, ajudou como pôde e, eles se desculparam por todos esses danos causados um ao outro... Algo bom em meio a tantos momentos complicados. Por fim, o Edu estava vindo para minha casa ficar comigo outra vez.

Claro que eu estava apavorado com toda essa informação, mas eu tinha certeza que enfrentaria tudo e a todos para viver esse amor. As horas passavam e ele não chegava, nem noticias dava. Resolvi ligar para o Breno, mas ninguém respondia. Talvez, estejam juntos. Puro engano. Já estava bem tarde quando a campainha tocou. Finalmente, deveria ser o Edu, eu pensava, mas quando abri a porta, encontrei a Clara bem emocionada na minha frente.

Clara - Me desculpa. (ela me abraçou).

Eu - Claro que sim.

Como eu sonhava com esse momento. Ela sempre foi minha amiga. A Clara chorava muito.

Clara - Eu não consigo ficar longe de você.

Eu - Eu também não. Senti muitas saudades de ti.

Precisávamos recuperar o tempo perdido. Conversamos melhor, ela afirmou que tentaria compreender e se acostumar com a minha relação, mas isso levaria tempo.

Clara - Sabe Diego... Eu já pensava em vir te pedir desculpas, mas hoje eu estou aqui por outro motivo.

Eu – Eu não entendo... Aconteceu alguma coisa com você?

Clara - Olha Diego. Quando precisar... Pode contar comigo. Eu vou está sempre com você. (ela disse pegando na minha mão).

Já estava começando a me assustar com esse papo estranho.

Clara - O Breno me pediu para eu vir aqui te dar essa noticia. Diego... Você vai ter que ser forte, muito forte.

Eu - Clara. Porque você tá me dizendo isso?

Precisava saber, mas ela só chorava. O que mais poderia ser? Se eu tivesse pensado um pouco, chegaria á essa conclusão... Edu... Pai dele... Discussão... Nervoso... Dirigindo... Alcoolizado, talvez. Acho que já imaginava o que viria depois disso.

Clara - O Edu sofreu um acidente.

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Comentários

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Meu povo, agora é que a coisa pega!

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Estou seguindo o passo a passo deste conto e digo que nem

Tarja preta resolve...

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Se você tiver matado o Edu nos próximos contos eu vou te odiar! Nossa cara eu quase morri junto aki... Pelo susto só vai ganhar 9.

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Nossa, por um segundo meu coração parou e o ar não veio. Quer me matar do coração? Não vejo a hora de ver a continuação

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Confesso q chorei! Poxa! Logo agora q o "Edu" e o "Thiago" se acertaram! Mas acho q isso vai aproxilama-los ainda mais! Serio a historia tá muito boa! E ñ precisa agradecer fofa, vc é muito talentosa mesmo! Vou esperar a continuação com o coração na mão! Mas pena q algo de ruim tenha q acontecer, para q algumas pessoas aprendam a dar dar valor a quem os ama! Essa relação do "Edu" com o "Diego", é um exemplo de tolerancia, pq o "Diego" ñ é facil e o "Edu" tbm ñ! Mas com amor todo o resto é pequeno! Bjs! Juninho!

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Desde o começo da historia eu choro a cada final de capitulo,pois sempre me lembro de algo que aconteceu comigo,sem contar que é bem escrita,narrada e EXTREMAMENTE LINDA.Não queria em hipotese alguma que acontecesse algo com o Edu,mas ao que td indica ele morre.É dificil pra mim,pois me apeguei mt a historia,por ter me ajudado a eu me aceitar gay,e tenho medo de alguem da minha familia me rejeitar,ja que nao me assumir.To chorando muito,mas sei que de alguma forma vai ter fim,só espero que eu nao morra.Se algo aconteceu,POR FAVOR,abrace o Diego e diga a ele que eu sinto muito!!!!!E QUE A DEUS DÊ MUITAS FELICIDADES A ELE

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