UM AMOR INVULGAR II -V

Um conto erótico de Santos Sousa
Categoria: Homossexual
Contém 1900 palavras
Data: 23/06/2012 19:54:47

Andaram alguns quarteirões até chegarem a uma zona habitacional com casas muito luxuosas. Os olhos dos miúdos brilhavam ao verem aquilo. Até o Lucas que se contorcia de dores por alguns instantes esqueceu-as e Stive pôde ver no seu olhar espanto e admiração. E perguntou:

- Você mora aqui? Parece as casas de cinema.

Stive respondeu-lhe: Chegamos agora aqui vai ser o vosso novo lar. Prontos para conhecerem a vossa nova casa?

- sim, respondeu Gaby pelos dois, visto que Lucas de repente ficou uma feição nervosa. Stive olhou para ele e disse:

- Não precisas de ter medo. Aqui vão ser felizes, vão ter tudo o que merecem.

- mas e se não der certo? Se você de repente se arrepender por nos ter trazido aqui?

- Shhhhh - disse Stive colocando um dedo na boca de Lucas – nunca me arrependerei, aconteça o que acontecer. Anda, vamos descer que a Jacintha já está a nossa espera.

- Quem é a Jacintha? Quis saber Gabriel.

- é a nossa governanta, vocês vão gostar dela é um amor de pessoa. Cuida de todo o mundo. E faz um bolo de chocolate divino e eu pedi que fizesse para nós, para a gente comemorar a vossa chegada aqui em casa.

- Oba…acho que nunca comi bolo de chocolate, dizem que é muito bom.

- já comeu sim, quando fizeste os cinco anos eu te ofereci um: disse Lucas.

- mas aquele era pequenino…e eu fiquei com vontade de comer mais.

- tu é guloso isso sim: disse lucas com carinho…

- tive a quem puxar…você também é.

Stive presenciava a cena em silêncio. A sintonia que existia entre os dois irmãos. A forma como Lucas olhava para o irmão, demonstrava o quanto o amava. Stive se já o admirava pela sua coragem em cuidar do irmão sozinho. Neste momento teve a certeza de que Lucas o protegeria com a sua propria vida. E ele estava disposto a ajudá-lo a fazer isso. Estava admirado a quantidade de responsabilidade que um menino na sua idade adquiriu tão novo. Parecia um adulto que já tinha tudo planeado e tinha medo que os seus planos não dessem certo. E disse a si próprio que a partir daquele momento eles iam ter tudo o que mereciam. Iam estudar e se formarem serem alguém na vida. Teriam um lar uma família. Lembrou-se então que não era uma família tradicional. Mas como eles reagiriam a isto? Bem uma coisa de cada vez primeiro ia cuidar deles. Depois até Stuart voltar de viagem teria tempo para prepara-los para a novidade.

- bem meninos, que estou cheio de fome e preciso de tomar um banho.

- eu também tou com fome agora que você falou, o bichinho carpinteiro que tenho na barriga já começou a trabalhar.

Stive riu-se da inocência de Gaby que sorria. Stive desceu do carro e logo foi tomado de assalto pelo cão que abanava o rabo saudando o seu dono. Pulou no peito de Stive e lambeu-lhe a cara e ele disse:

- Kody, pára com isso vai me sujar todo, mas o cão pulava quanto mais Stive o tentava afastar mais agitado ele ficava. Mas de repente aproximou-se da porta do carro e começou a cheira-lo e latiu pulando e abanando o rabo.

- é kody eu tenho uma surpresa que vais adorar…

“au, au, afff”- latia o cão.

- Stive abriu a porta de traz e o cão saltou imediatamente la para o colo de Gabriel e começou a lamber-lhe a cara. Por uns instantes o menino assustou-se mais logo já estava rindo muito por causa das lambidelas do cão e abraçava-o.

- Ohhhh - disse ele - que cãozinho lindo – e o cão lambia-lhe mais ainda. Até que Stive deu-lhe a ordem que descesse do carro. Ele desceu imediatamente, mas sem deixar de abanar o rabo e Stive desapertou o cinto de segurança de Gabriel para que ele descesse. Gabriel desceu e olhou em volta e disse - aqui do chão vê-se bem melhor dá para sentir.

Stive riu-se, também quando entrou ali pela primeira vez ficou impressionada embora estivesse acostumado a esse tipo de ambiente.

Gabriel correu para a porta do passageiro e chamou o irmão

- Lucas anda a ver…é lindo. Vem logo – puxou o irmão pelo braço que soltou um grito de dor.

- aiiiii, Gabriel ta me machucando….

- Desculpa mano, fiquei tão feliz que esqueci que tu ta machado – disse ele abaixando o olhar.

Lucas ao ver isso passou-lhe mão na cabeça e disse- não tem problema tu ta feliz é o que importa. Desculpa se te assustei… - Lucas mal tinha dito isto o cão já estava em cima dele a lamber-lhe o rosto. Se não fosse por estar tão machucado teria rolado com ele na relva agradecendo a receção. Parece que tudo estava a seu favor, até o cão que nunca os tinha visto os recebia bem. E riu-se.

Stive quebrou o silêncio dizendo: - vamos entrar, estou louco para que conheçam a vossa nova casa.

Começaram a andar até ao hall de entrada sempre seguido pelo cão de agora tentava agarrar o peluche de Gaby. De repente apareceu uma senhora de meia idade na porta com um sorriso do tamanho do céu e disse:

- Boa noite menino, eu pensei que nunca mais ia chegar.

- desculpa, Jacy – era o apelido que ele chamava a Jacintha – eu me atrasei, mas foi por uma boa causa. Olha só quem está aqui! – disse Stive com um sorriso de orelha a orelha.

- este é o Gabriel

- oi – disse o menino tímido.

- olá - disse – Jacintha segurando o menino no colo e a fazer-lhe cocegas dizendo - não precisas ter medo…eu vou adorar ter-te aqui comigo assim já não passo tanto tempo sozinha neste casa enorme. Neste momento o cão ladrou para chamar atenção e dizer que ela não estava sozinha.

- eu sei que tu me fazes companhia Kody, mas não é a mesma coisa que ter este menino lindo aqui…disse ela sorrindo. Mas parou de sorrir quando olhou para traz de Stive e viu o outro menino todo machado e exclamou com amargura:

- meu Deus, o que foi que aconteceu a este menino? – disse olhando para Stive.

- ah este é o Lucas, bem isto é uma longa história que vamos ter contar depois. Primeiro vamos entrar e tratar deles depois vemos isso.

- desculpa, menino eu fiquei tão contente que nem me lembrei disso – disse ela ruborizada.

- não faz mal – disse Stive.

Entram em casa e puderam ver a cara de espanto e admiração dos meninos. Se já tinham ficado espantados antes agora não sabia o que dizer ao olhar para a cara deles. Eles estavam boquiabertos com o que viam e não conseguiram dizer uma palavra. Stive disse então:

- Lucas, Gabriel, bem-vindo a vossa nova casa. É aqui que vão crescer e serem homens. Amar e serem amados. Forem onde forem esta será sempre a vossa casa.

Eles simplesmente disse em coro:

-obrigado Stive – a abraçaram-no. Foi o melhor abraço que Stive recebera nos últimos tempos.

Jacintha olhava para aquela cena comovida. Ela tinha gostado dos meninos. Mas ver a acara de felicidade do seu “menino” era uma alegria que não tinha descrição possível. E disse:

- vamos, toda a gente para a cozinha que o jantar esta esfriando. Mas, primeiro meninos vão, lavar as mãos… - e eles seguiram Jacintha e ficando Stive a olhar aquela cena feliz por dentro…quando Jacintha disse.

- tu também anda, nem penses que vais para a mesa com estas mãos sujas.

Stive riu e segui-a.

Depois de lavarem as mãos foram a cozinha e jantaram, Stive quase que não comeu, observando a alegria dos meninos que comiam com gosto. Tê-los ali já era mais que suficiente para ele.

Minutos depois chegou o médico, que prontamente examinou, Lucas e detetou-lhe duas costelas partidas e o ombro deslocado. Era preciso leva-lo ao seu consultório para trata-lo, mas Stive pediu que se pudesse ir lá no outro dia e fazer isso em casa seria melhor visto que ainda faltava legalizar a presença dos meninos naquela casa. E ele concordou. No outro dia voltaria com todo o equipamento para tratar de Lucas. Mas entretanto ia dar-lhe qualquer coisa para as dores e poder ter uma noite mais tranquila.

Stive levou Lucas para aquele que seria o seu quarto dele e do irmão para que tomasse um banho e sentir melhor para dormir e trocar aquelas roupas. Por enquanto ficariam no mesmo quarto para que eles se habituassem a casa. Mas depois cada um teria o seu. Afinal espaço não era problema naquela casa. Ele começou a tentar despedir-lhe mas, quando viu que ele ficou envergonhado resolveu deixa-lo faze-lo sozinho. Apenas lhe ajudou a tirar a camisa por causa do ombro. E saiu depois de lhe ensinar como regular a temperatura da água. Foi para a cozinha e encontrou Jacinta que conversava animada com Gabriel. Ficou a olhar para a cena sem que eles notassem a sua presença.

- então você esta feliz, meu anjo?- perguntou Jacintha.

- sim, estou muito, agora tenho um pai…

Ao ouvir isso o coração de Stive pulou no seu peito e quase chorou. Era tudo o que ele sempre sonhou ter alguém que lhe chamasse de pai. Ia amar aqueles meninos e se possível dar a vida por eles. Ia dar-lhes aquilo que nunca tiveram. Assim como ele também que sempre foi o preterido em relação ao irmão mais velho.

Limpou as lágrimas e fez um ruído com a garganta para que notassem a sua presença.

- ah você esta aí? Estava aqui a falar com este homenzinho de ti…disse Jacintha.

- espero que bem – disse Stive com um sorriso- bem campeão está na hora de dormir. Amanhã temos um dia cheio, compras procurar uma professora para vocês... – Gabriel nem lhe deixou terminar e disse:

- Oba…vou poder estudar…que bom. Como eu sempre quis. O mano vai ficar muito contente ele sempre me ensinava as coisas que ele aprendeu quando estava na escola antes do pai ter ido embora.

Stive sentiu uma revolta e uma raiva deste pai desnaturado. Mas agora eles não iam precisar mas dele. Podia dar-lhe tudo. E quando disse tudo era tudo mesmo: amor carinho, compreensão…uma família.

- vamos, tomar o seu banho e dormir, eu ajudo-te o teu mano já está a tomar o dele.

- ele é que costuma me ajudar, mas ele está machucado, mas tudo bem pode ser você…eu não me importo. Você é tão bom com agente…queria que você fosse meu pai…

Stive parou neste momento e olhou para o menino que lhe segurava a mão. Sentiu a pele macia e quente da criança e sentiu este mesmo calor no seu coração e disse-lhe:

- eu também quero muito ser o teu pai…seria a melhor coisa do mundo.

Stive segurou-lhe no colo e levou para o quarto. Deu-lhe banho vestiu-lhe o pijama e deitou-lhe. Pegou num livro de contos que era do seu sobrinho – filho da sua cunhada. E começou a ler-lhe uma historia e não demorou muito e Gabriel já dormia que nem um anjo.

Stive ficou ali a espera mais um bocadinho acariciando-lhe os cabelos. Beijou-lhe na testa e disse: eu te amo…

Gente fico por aqui, amanhã tem mais… Espero que gostem. Amanhã vamos ter uma surpresa. Stive chega de viagem antes do tempo previsto…só para deixar com a certeza de que querem mais. Beijos e abraços. A todos vocês meus leitores. o meu mail é blrodry@gmail.com. Se quiseram bater um papo.

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Comentários

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mto meigo e tocante essa parte to amando mtooo

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ele vai compreender neh?ta tao lindooooooooooooooooooooooooooo

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que lindo estou realmente encanta com a doçura do seu conto esta divino.

estou louca para ver como vai ser a reação do stuard

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