Prisioneiro da Paixão 2 - XIII

Um conto erótico de Will
Categoria: Homossexual
Contém 3343 palavras
Data: 07/06/2012 11:23:52

- Will, eu to apaixonado por outro cara! – Fiquei perplexo com a revelação, sem fala, sem ação, ficamos nos encarando por um momento e por fim eu disse ainda sem acreditar...

- Você o que!?

- Isso mesmo que você ouviu cara. Eu conheci ele a um tempinho e estamos juntos agora – eu estava perplexo – Olha, sei que você vai ficar triste, mas você tem que ser forte ok?- as lágrimas começaram a rolar dos meus olhos, então ele veio em minha direção, uma péssima ideia. Quando ele se aproximou eu dei um soco na cara dele.

- Seu desgraçado! Como você pode fazer isso comigo! Depois de tudo o que você viu eu sofrer, depois de tudo o que vivemos! - dei outro soco. – eu tenho nojo de você! Some da minha frente!

Ele limpou a lágrima dos olhos e o sangue de sua boca, pegou suas malas e saiu da minha casa. Meu mundo desabou, nem preciso falar né... esperava tudo de todos, menos isso dele. Eu estava tão certo que ele me amava, que a ideia dele me trair era surreal de mais. Agora os telefonemas, o modo estranho que ele estava agindo, tudo se encaixava e eu, babaca, não vi antes.

Eu, que tinha pensado que o inferno tinha terminado, naquele momento voltei a afundar nele... Como eu chorava! Era uma dor enorme, porém agora estava misturada com raiva, ódio, mágoa. Como meu psiquiatra falou pra mim uma vez, eu sou extremista, quando eu amo, eu amo pra valer, com todas as minhas forças; quando eu fico triste, é pra ficar numa fossa filha da puta; e quando estou com raiva... ai ai, segundo ele, eu posso matar um, de verdade.

Mas dessa vez não. Eu chorei muito, demais, foram 2 dias tristes, porém, na segunda-feira eu era um outro homem. Acordei, coloquei um batidão bem alto e comecei a dançar enquanto preparava meu café da manhã. Logo o sindico liga:

- Senhor Willian, bom dia.

- Bom dia.

- O senhor pode abaixar o som, os moradores estão reclamando.

- Poxa, Seu Danilo, desculpa mesmo... qual morador ligou pro senhor, para que eu possa me desculpar...

- Foi a dona Vaderleia doPoxa, ela é tão legal, vou dar uma ligada pra ela e me desculpar. – Liguei pra mulher que atendeu com uma voz de sono. - Bom dia dona Vanderleia.

- Bom dia, quem é?

- Willian, 202. A senhora ligou reclamando da música né.

- pois é, está muito alta e eu não consigo dormir.

- Ah deixa de ser vagabunda, levanta esse rabo velho dessa cama e vai fazer algo de útil...

- como é?!

- São 8 da manhã e você ainda está dormindo? Toma vergonha nessa cara! Vai caçar uma enxada pra capinar um quintal! Um tanque pra lavar roupa, uma pia pra lavar uma louça! Estou saindo para trabalhar e você vem me perturbar? Por favor, vai se fuder tá?

- Que absurdo Willian, você me ligar essa hora pra me destratar!

- Vai caçar uma rola pra deixar de ser chata!

- Vou me queixar com o condomínio!

- Queixa-se com o diabo, velha infeliz! – bati o telefone na cara dela. Coloquei o batidão num volume aceitável, porque não queria me estressar com vizinho e fui me arrumar pra trabalhar.

Sai ainda ouvindo o “som do morro” no carro e cheguei cantando no escritório. Subi e comecei a trabalhar normalmente com os fornecedores. No meio da manhã, a porta se abre e o Rafael entra. Ele estava com olheiras enormes, mas eu estava ótimo, dormi a noite toda, como um anjo (nem sei se anjo dorme, mas enfim, é o ditado). Assim que ele entrou eu sorri, um sorriso malicioso, de canto de boca.

- Bom dia Rafael.

- Bom dia Willian.

- Que cara é essa? Não passou bem a noite?

- Não, mas enfim, vim aqui pra pedir minha demissão.

- Ué?! Porque você vai sair da empresa?

- Will, você sabe porque!

- Eu te deixo ir, com todos os seus direitos trabalhistas, se você me der uma boa justificativa... vai sair do estado? Doar um rim?

- Você sabe por que tenho que sair daqui...

- Hum... não sei não, o que é? – falei sorrindo maliciosamente novamente.

- Nós terminamos! Quer motivo melhor?

- Esse é o pior de todos... Posso te perguntar uma coisa?

- Pode.

- Eu te contratei porque tinha alguma coisa com você?

- Não.

- Então cala a sua boca e volta pra sua sala! – falei impacientemente. – Posso parecer, Rafael, um moleque, mas de moleque eu não tenho nada, como diz o funk: “certo é o certo e errado é errado”

- Mas...

-Mas é o caralho! Eu estou de ótimo humor, mas sem paciência para idiotice – ele arregalou os olhos – volta para seu trabalho... por favor!

- tá, já que é assim! Quero ver até quando você vai aceitar isso, até quando esse bom humor vai durar.

- Não queira me ver sem esse bom humor benzinho, você não vai gostar... Agora se você pode me dar licença, eu tenho que ligar pra um monte de gente chata.

- ok.

- E, Rafael?! – o chamei.

- Sim.

- Faça seu trabalho como sempre fez, não vou admitir que você faça merda aqui dentro.

- Sim senhor... com licença.

Frio e direto! Essas palavras que me definiam naquele momento, não sei se eu tinha acordado pra vida ou estava me escondendo atrás daquela personagem, mas eu me sentia bem, melhor que nunca. Porém ele voltou...

- William...

- O que você quer Rafael? – falei impacientemente.

- Não importa o que você fale, não posso mais trabalhar pra você.

- Rafael! Eu não vou te despedir!

- Eu não vou mais trabalhar aqui.

- FODA-SE! – gritei sem nem perceber, o assustando. – Você vai continuar funcionário dessa porra, querendo ou não! Quer ficar em casa, foda-se, eu já decidi... na verdade eu até acho melhor você longe daqui.

- Você é maluco.

- E você é um grande filho da puta... Se vai embora, ir logo! – ele só virou as costas e sumiu.

Fui para casa naquele dia de carro e no meio do caminho resolvi parar em um salçao que sempre ia para cortar o cabelo, mas dessa vez resolvi fazer algo diferente. Eu sempre usei cabelo curto, ondulado, algo bem normal. Mas sentei na cadeira e pedi pro cara me dar um corte de cabelo jovial, queria uma mudança radical. Ele, meio maluco, cortou a lateral do meu cabelo e deixou quase o mesmo tamanho em cima. Depois passou um monte de produto lá, lavou, lavou, secou e por fim me mostrou como deveria pentear ele pra ficar no estilo. Fiquei muuuito gato, mas queria mudar mais ainda. Sai de lá e fui em um tatuador... fiz duas tatuagens, uma era Te amo Ana Clara, no ante braço, próximo ao ombro direito; e outra eu fiz no ombro esquerdo, descendo pro peito, algo parecido com tribal em forma de dragão, mas nada definido direito... doeu pra caramba, mas aguentei. Voltei pra casa todo picado e cheio de dor, mas o resultado seria bom. Duas semanas depois e já não sentia dor mais.

Quando voltava pra casa já via algumas mulheres me olhando de cima a baixo e alguns carinhas também, ali já fiquei satisfeito kkkk... nem como como foi no trabalho, no dia seguinte... mentira, conto sim. Cheguei um pouco atrasado devido o transito, mas já na portaria ficaram me olhando com cara de surpresa. Eu estava com um terno preto, riscado, uma camisa branca e uma gravata branca com listras amarelas, a calça justinha contornava meu corpo, me deixando com uma bunda de dar inveja aos “homens tábuas”.

Eu subi e infelizmente quem eu queria que me visse, não me viu, mas a Jessica ficou embasbacada rrsrs.

- Bom dia Jessica, eu preciso dos dados de estoque das lojas, quais produtos estão saindo mais, quais menos e tal...

- Bom dia seu William, Uau! Adorei o visual, com todo respeito, mas o senhor ficou incrível.

- Poxa, obrigado rs, é bom mudar as vezes né?

- é verdade.

- então, não esquece dos dados não tá?

- tudo bem, vou buscar agora.

- Ah, me faz mais um favor, liga para essas imobiliárias e algumas visitas às estes estabelecimentos, ok?

- Sim, sim, tudo certo. Quer um café? Um lanche?

- Ah sim, peça para a copa um sanduiche de queijo branco salada simples e mostarda.

- Tudo bem.

Eu estava vivendo pra mim e assim eu comecei a fazer coisas que nunca tinha feito. A primeira coisa é que comecei a fumar, não me orgulho disso. Na primeira saída que fiz, naquela semana, fui pra um barzinho na Lapa, sozinho mesmo, lá comprei o meu primeiro maço de cigarros, claro que sabor canela. Eu estava fumando e tomando uma caneca de vinho, quando vejo um rapaz do outro lado da rua, com um grupo de amigos. Este era diferente dos outros, mais calado, só observava a bagunça dos amigos. Logo nossos olhares se cruzaram e ficamos por minutos, só se encarando. Eu fazia o olhar mais safado que conseguia e ele retribuía com um sorrisinho tímido e alguns movimentos com a sobrancelha. Por fim eu levantei e fui ao bar onde eles estavam. Parei no balcão e pedi outro vinho lá, fiquei em pé bebendo quando ouço:

- Ae, me dá mais uma cerveja por favor. – era ele.

- Porque não larga a cerveja e não toma um vinho comigo? – eu mesmo não acreditei que mandei essa logo na cara.

- Poxa, não dá, to com meus amigos.

- faz o seguinte, fala que um amigo te ligou e pediu pra você encontrá-lo ali na esquina, lá a gente conversa melhor, ok? – ele deu uma risada linda.

- Nossa, isso tudo é vontade de conversar comigo?

- Se pudesse te beijava aqui mesmo, acho que me apaixonei.

- kkkkk sei. Vai lá que logo te encontro.

- vai mesmo?, se você não for, avisa que eu nem fico lá esperando a toa.

- pow, vou sim.

- ótimo, te aguardo lá.

Paguei o vinho, peguei outro e fui andando para a esquina. Não demorou 5 minutos e vejo ele andando, olhando de um lado a outro, me procurando. Fui ao seu encontro e lhe ofereci o vinho. Ele aceitou e perguntou:

- e ai? O que tem pra falar comigo?

- Qual o seu nome?

- Igor e o seu?

- William, prazer.

- igualmente, quer dizer que está apaixonado...

- Você pode não acreditar, mas foi só olhar pra você que subiu uma paixonite aguda, como você pode ser tão lindo assim, cara?

- Pow, mó lábia de conquistador heim!

- não é lábia, é fato, você é lindo demais... essa boca vermelhinha tá me chamando.

- Num rola, estamos em público poxa, não rola mesmo.

- Tem certeza? Pra tudo se dá um jeito... Quero você!- ele olhou pra minha cara, sorriu e disse:

- me segue!

Fomos andando e atravessamos os arcos, perto da fundição, tinha um cantinho ali ótimo pra gente. Ele me puxou, se escorando na parede e me beijou. Que delicia, ficamos nos beijando por um bom tempo, mas logo nossos corpos queriam outra coisa, assim ele até esqueceu que estava com os amigos, pegamos um taxi e fomos pra um motel. Ali rolou de tudo, foi delicioso. Saímos de lá quando já estava amanhecendo. Eu o levei até seu ponto de ônibus e depois fui pra casa satisfeito... bem, satisfeito não, mas com um sabor de quero mais.

No fim de semana eu fui pra uma das festas, a Mambembe. Lá eu conheci muita gente legal e claro, fiquei com uns gatinhos lindos, e óbvio, levei um deles pra minha casa. Depois, outro dia, fui pra boate e dessa vez terminei com dois no motel, onde fizemos loucuras, coisas que eu nunca tinha experimentado. Todo fim de semana era isso, eu saia para a caça! Como o único que sabia da minha condição era o Rafael, eu ia muitas vezes sozinho para esses lugares, o que facilitava minha pegação.

Mas pegar um ou dois por fim de semana ainda era pouco, sei lá, eu sentia um desejo tão grande, que acabei acessando sites de relacionamento gay, como o disponível.com, o Cam4. Ai minha festa começou! Eu não vou narrar aqui todos as minhas transas, primeiro que seria cansativo, segundo que minha história ta mais pra um romance do que um conto erótico, digamos que é um romance para adultos.

Eu passei a transar com vários homens... esses de internet eu encontrava em motéis ou hotéis, alguns das baladinhas eu levava para minha casa mesmo. Era surreal como minha página ficava cheia de convites, eu sempre marcava uma social primeiro, pra conhecer, se me agradasse a gente ia direto pro motel acertar os ponteiros.

Três meses se passaram, desde que o Rafael me deu um pé na bunda e minha vida era só farra! Todo domingo eu ia pra casa da Julia com uma ressaca filha da puta, pois sempre fui fraco pra bebida. A Julia já tinha percebido essa minha nova fase, mas ela só fazia pequenos comentários, me alertando para o perigo de tanta bebida.

Eu estava atolado em transações econômicas, porém um acontecimento também tomava parte da minha atenção, o aniversário da Julia. Como já falei, ela é uma amiga incrível, não sei como nós, depois do divórcio, conseguimos ficar tão próximos assim, não o suficiente para eu contar da minha sexualidade, mas ela me ajudava demais.

Enfim, a festa seria no final de semana e eu queria dar um presente inesquecível para ela, passava horas pensando no que dar e por fim eu consegui achar algo grandioso, como meu amor por ela. Os dias foram passando e um rapaz que conheci pela net e com quem eu já tinha saído algumas vezes, queria muito sair comigo naquele fim de semana, mas poxa, era niver da Juh, e eu nunca deixaria de ir pra ficar de putaria, logo, eu o convidei para ir comigo. Ele era um tipo completamente diferente do que eu já havia pegado, era um estilo playboyzinho que morava no Leblon (para quem não sabe, a área mais classe A do RJ, junto da Gávea); loirinho, olhinhos castanhos claro, branquinho que só ele e um corpo moldado pelas ondas da praia do Leblon, um surfista saradinho.

Não estava gostando dele, nem nada parecido, só que ao contrário dos outros que pegava, esse não era só sexo, ele um papo delicioso, logo começou a rolar uma amizadezinha. No dia da festa ele foi pra minha casa cedo, fizemos o que tínhamos que fazer e depois partimos pra casa da Julia. Cheguei lá já agarrando ela e a girando no ar, ainda dei um selinho na boca dela:

- Feliz aniversário Juh!

- Poxa, obrigado Will, que parabéns caloroso, nossa, estou até suando.

- rsrs, sou assim amore, quente! Rsrsrs... enfim... este é o John, um amigo meu.

- Oi, feliz aniversário – ele estava vermelho, uma graça ao lhe entregar o presente.

- Oi querido obrigada, seja bem vindo e sinta-se em casa.

Fui ao encontro da minha filha e fiquei brincando com ela. Ela adorou o John e me falou em segredo:

- pai, ele é muito bonito, quero me casar com ele quando crescer!

- kkkkk só você mesmo Clara, quando você tiver idade pra casar com ele, ele já vai estar velho demais, não acha?

- ih é verdade rsrs, mas quero um igualzinho.

Nós dois ríamos demais com ela. Ela saiu correndo pra brincar com os primos, sobrinhos da Julia, por que eu sou filho único. Fui à mesa dos meus pais e sentei lá. O dia estava maravilhoso, muitos familiares meus estavam também presentes porque, mesmo separados, a Juh continuou frequentando as festas da minha família e tudo mais. Enquanto contava ao John algumas histórias de família, vejo entrar pelo portão o Rafael. Eu não o via desde o dia que saiu da empresa. Desde esse dia, ele não voltou mais e não deu mais as caras. Nossa, fiquei muito puto por ele estar lá, mas continuei na minha e tentei agir normalmente. Mas ele era desgraçadamente educado e foi cumprimentar todos que conhecia, inclusive meus pais #puxasaco!.

- Oi dona Lili, tudo bem com a senhora? – falou ele com minha mãe.

- Ótima querido, feliz em ver você, faz tempo heim! – eu continuava conversando com o John.

- É sim, mas e o senhor? Tudo bem? – perguntou ao meu pai.

- Sim garoto, to bem sim, só um pouco de dor nas costas, mas já vai passar.

- o senhor tem que fazer exercício, não é dona Lili, igual a senhora faz?

- eu chamo, mas essa mula é preguiçosa pra cacete!

- kkk... oi William. – Eu que estava sério, dei meu mais belo sorriso.

- Rafael, Rafael, que bom que você veio, a Julia te chamou né?

- Sim, fui convidado e fiquei feliz com o convite... – e para o John – Oi, prazer, Rafael.

- Opa, tudo legal? Sou John.

- Não te conhecia, é parente da Julia?

- Não, ele está comigo. – ele que sorria, fechou a cara na hora e eu me deliciei com seu visível ciúme.

- ah, prazer John. Bem, vou falar com os pais da Juh.

- Tchau Rafa – disse meu pai.

- Algum problema com ele?

- que nada John, é só um idiota que eu chamava de amigo.

As pessoas foram chegando e a festa foi crescendo, logo o jardim estava cheio, comida, bebida a rodo, e já se via algumas pessoas meio embriagadas. Era muito engraçado ver todos brincando e se divertindo. O John era tão bem sociável que logo ele fez amizade com algumas pessoas da festa e eu pude circular, pois ali, muitos me conheciam e também tinha que ficar de olho nas coisas, não poderia deixar nada dar errado nessa festa.

Eu estava doido por um beijo do John, então o chamei e fomos para atrás da casa e demos um amasso rápido, o que era uma doideira terrível, já que qualquer um ali poderia pegar a gente. Mas tudo estava bem, exceto pela cara do Rafael ao ver a gente voltar de lá. O John voltou para a mesa com os colegas e eu fiquei em pé, conversando com um amigo também. Logo entrei pra resolver alguma coisa, mas enquanto eu terminava o que estava fazendo o Rafael chegou e ao passar do meu lado disparou:

- Você é muito baixo em trazer seu peguete pra casa da sua ex... não esperava isso de você! – minha língua coçou e não consegui segurar.

Fiz um biquinho e falei com ele como se fala com uma criança, em puro sarcasmo – Own! O rafinha está com ciúme, está?

- Que ciúme o que! É muita safadeza você fazer isso!

E o sarcasmo continua: - Oh, é mesmo? Sabe rafinha, eu acho muito mais sujo, você trair a pessoa que jurou amar pra sempre. Baixo é enganar quem se entregou de corpo e alma pra você. Então não vem querer me dar liçãozinha de moral, porque se tem alguém baixo aqui é você! Você é o pior tipo de pessoa que pode existir, as falsas, que beijam seu rosto e apunhalam suas costas. Você é asqueroso! Sujo, baixo, vil, sórdido, eu tenho nojo de você e sinceramente, não sei o que você ainda faz aqui! Já era pra ter ido embora a muito tempo! – Seus olhos encheram de lágrimas. E eu fazendo novamente a voz infantil – Owm! O bebê vai chorar, vai? Coitadinho do neném...

Ele me deu um empurrão e saiu depressa para fora da casa. Fechei a porta da sala de estar e fiquei lá dentro ainda, tomando um fôlego, mas não consegui, comecei a chorar. Deixei para despejar minhas lágrimas ali, onde ninguém me veria. Mas rapidamente eu estava “bem”, coloquei um sorriso na cara e fui pra fora. Lá eu não avistei o Rafael. “Menos mau” - pensei.

- Galera! – chamei a atenção de todos. – Eu gostaria de dar o meu presente para a Julia, a melhor pessoa que eu já conheci nessa vida e que me deu o melhor presente do universo! Minha filha Clarinha. Então, abram o portão por favor!

Assim que abriram, um rapaz da concessionária entrou com o carro zero que comprei para ela. Todo mundo começou a gritar e a aplaudir, ela ficou esbabacada com aquilo tudo, veio correndo e pulou no meu pescoço, me enchendo de beijos e agradeciemntos. Eu estava bem por vê-la feliz, ainda que eu mesmo estivesse infeliz por dentro.

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Comentários

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Ri alto aki com a parte de vc chingando a sua vizinha kkkkkkkk... é isso aiii...Mas to muito triste pelo Rafa.. to curiosa pra saber oq ta acontecendo..

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William não tenho palavras pra expressar o quanto voce me surpreende a cada relato !! Nada melhor do que mudar radicalmente tanto por dentro como por fora !! Abrç, espero ansioso a continuação... 10...

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Adoro o modo como vc escreve este conto e uma delicia!!!

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boa tarde.

Estou sem palavras para descrever a perfeiçao d seu conto, obg pela maravilhosa leitura. cogitei a possibilidade d deixar d acompanhar seus contos, todavia com a maravilhosa reviravolta no enredo estou ciente d q um escritor d seu porte n decepcionaria seu publico. Mais uma vez obrigado.

Att. Akino

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To louco pra saber prque que o rafa te deixou, ta acontecendo algo grave pra ele ter terminado cm vc e ainda dizer que estava apaixonado pr outro. Bom estou ancioso pele continuacao

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Tenho medo...mas muuuuito medo destas explosoes de "eu me amo" .....tem algo muito mais profundo ai.....vamos esperar.....bjao!

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To adorando essa mudança toda, aconteceu algo muito grave para o rafa ter feito o que fez,espero a continuação logo,bjs

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O que falar?? sem palavras hehehe.., muito engraçado o corte que tu deu na tua vizinha , fiquei aqui rindo sozinho kkkkkk.., e cá entre nós , eu acho que tu tomou a atitude correta , sofrer não tá com nada , e depois que essa situação acabar (pq tá na cara que o rafael n te traiu) vcs vão voltar firme e forte.! abraço ae fera!!!!

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Nossa, que tirada foi essa no Rafael?? Nuuu Sem nem mais comentários. Nota 10. Continua logo, parabéns

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Anciosa para saber o que acontece com o Rafa e adorei mudar o visu, temos que nos cuidar e amar primeiramente!

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cara que fase foi essa hein vc chutou o pau da barraca mesmo e apesar de achar que isso vc so fez para esconder o sofrimento que estava passando foi muito legal conhecer esse seu lado will e eu tambem acho que aconteceu alguma coisa com o rafa para ele te abandonar.

seu conto esta cada vez mais legal bjs

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adorei ,vc a cada dia me surpreende mais adoro tudo q vc escreve aq menino

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kraca eu tava morrendo de medo e ao msm tempo ansioso para ler essa parte mas algo ainda me diz que o rafa nao abandou o will pq quis e sim pq foi precionado to amando o conto apesar de esta muito triste com a separação desses dois

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