O Irmão Ogro X

Um conto erótico de CrisBR
Categoria: Homossexual
Contém 786 palavras
Data: 26/06/2012 10:36:48

Galera, a história tá tomando um rumo mais direto e logo os contos vão aumentar e tamanho. Obrigado pelos comentários e pelos votos. Espero que gostem e continuem dando dicas hein, boa leitura!

- Bruno, nossa conversa não acabou.

- E por que tu não vai adular seu namoradinho em vez de ficar me enchendo?

- Eu achei que você já tinha passado dessa fase ogro.

- Foi mal cara, não quero ser grosso não. Mas tem algumas coisas que eu não consigo te explicar velho.

- Faz como você quiser, eu vou estar aqui pra ouvir o que você quiser falar.

- Já que você quer tanto saber eu falo então. Tô achando que eu sou viado cara.

Pense no que é ouvir isso de um cara declaradamente homofóbico. Pensei em brincar com a situação, mas por um instante eu pude pensar que se era chocante pra mim ouvir isso, imagina pra ele que está sentindo isso.

- Bruno, como assim? Me fala mais sobre isso.

- Ah, quer saber. Eu vou provar pra mim mesmo que eu não viado porra nenhuma.

Ele saiu em disparada. Dessa vez eu não ia atrás. Achei realmente que ele precisava de um tempo. E eu segurando essa bomba, sem poder contar pra ninguém. Fui dormir ainda pensando nisso e ele nem apareceu, mas eu sabia que ele voltaria. Acordei com ele entrando no quarto, mas nem fiz menção de abrir olhos. Estava de bruços e vi ele se aproximar da minha cama. Pensei que talvez ele quisesse conversar, mas achei melhor continuar fingindo meu sono. Me assustei quando senti suas mãos passando no meu rosto de leve e sua lágrima caindo em mim. Ele deveria estar sofrendo muito!

Ele foi pra sua cama e dormiu. Acordei e ele já tinha saído, mas eu tinha que bolar um jeito de mostrar pra ele que eu tava do lado dele e que podia contar comigo. Mas talvez seria melhor ignorar. Tentei pensar que ele precisaria entender isso sozinho pra depois conseguir me contar. Decidido então, eu ia ignorar aquela conversa.

Ele chegou do trabalho e eu estava vendo tv. Era hora de mostrar que eu estava do lado dele, mas sem tocar no assunto. Seu semblante era triste, como quem pouco dormiu a noite. Me levantei e dei um abraço bem forte nele:

- Que recepção é essa cara?

- Nossa. Não posso nem abraçar meu irmão. Foi mal então.

- Poder você pode. Eu só assustei, nunca faz isso.

- Tá bom, mas agora eu vou fazer direto. Quero ficar bem com você, poxa.

- Então tá né.

Ele saiu para a cozinha e eu fiquei mais preocupado ainda com a situação. Será que ignorar seria a melhor saída? Eu não sabia de mais nada. Fiquei quieto enquanto ele almoçava na cozinha, até a campainha tocar. Me assustei ao abrir e ver o rosto de Marcos dividido entre estar sério e chorar.

- O que você tem Marcos?

- A gente precisa conversar sério.

- Tá, vamos no meu quarto.

Chegamos no quarto e ele desabou, eu ficando cada vez mais preocupado e ele chorando cada vez mais. Respirou fundo e começou:

- Eu não vou fazer rodeios Carlos, vou ser direto. Meu pai vai viajar de novo e eu vou ter que ir embora. Queria muito ficar aqui, mas meu pai não quer que eu fique.

Agora eu entendia. Estava tudo acabado entre nós.

- E você vai quando?

- Amanhã, bem cedo. Vim me despedir.

- Então é assim né, acabou!

- Não, não acabou. Eu amo você. Eu vou pra Bahia, mas a gente pode continuar namorando. Não precisa estar junto pra estar perto. Aceita continuar namorando comigo?

Suas palavras me comoviam. É claro que eu estava muito triste com sua partida, mas eu não o amava. Decidi me sujeitar a isso até ver no que ia dar.

- Eu aceito Marcos, vou sentir muito sua falta.

Demos um beijo longo e ele disse que precisava ir. A ficha havia caído. Enfim comecei a chorar ao vê-lo descer as escadas.

Tudo veio na minha cabeça, eu estava sozinho. O meu breve relacionamento tinha me feito muito bem. Não poderia dizer que o amava, mas com certeza sentiria muitas saudades daquele cara lindo que me conquistava a cada dia mais. Em meio a esses pensamentos eu comecei a chorar de verdade. Era um choro silencioso, porém intenso. Ouvi que alguém subia as escadas, era Bruno:

- Ei, por que o playboy saiu daquele jeito? Vocês brigaram?

- Ele vai embora Bruno... eu estou sozinho de novo.

Chorava muito.

- Você nunca vai estar sozinho.

Ele me abraçou. Um abraço terno, que me transmitiu uma paz enorme. Não era um abraço comum, nada comparado a todos os abraços que já tive na minha vida. Aquele abraço estava diferente, os sentimentos estavam diferentes.

CONTINUA...

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 12 estrelas.
Incentive CrisBR a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Este comentário não está disponível
Este comentário não está disponível
Este comentário não está disponível
Este comentário não está disponível
Este comentário não está disponível
Este comentário não está disponível
Este comentário não está disponível
Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

PERFEITO!! Só agr comecei a ler sua série pq não pude antes e está fantástica! Aguardo continuação

0 0
Foto de perfil genérica

Lindo, simplismente maravilhoso, vc deve ser o melhor escritor do site em... bjo lindo, e continue lendo meu conto :)

0 0
Foto de perfil genérica

Geeente, tá cada vez melhor!!! e que ótimo que o tamanho dos posts vão aumentar

0 0
Foto de perfil genérica

Crism como sempre perfeito miguxooooooo!!!!!! Nota 1000000000

Obs: Roubei mais uma vez a conta do B;

ass Ariel

0 0
Foto de perfil genérica

ai que conto OMG lindo fofo os dois quero continuação logo tá d nota 10

0 0
Foto de perfil genérica

Muito bom! continua logo por favor, estou morrendo de curiosidade

0 0