Cotidiano de Amores Cruzados - Penúltimo Cap. PT 1

Um conto erótico de Contos Em Série
Categoria: Homossexual
Contém 3747 palavras
Data: 21/05/2012 21:54:38
Última revisão: 24/05/2012 17:19:55

Então, galera. Inicio me desculpando pela demora na publicação, afinal vocês sempre acompanham com muito carinho e gentileza, e o mínimo que devo é uma explicação. Mas tive alguns problemas somados a minha rotina cansativa que me fizeram demorar a conseguir escrever. De qualquer forma, fico muito feliz e grato por ter conseguido concluir algo (sim, pois muitas das coisas que inicio ou escrevo, eu não concluo) e tudo graças aos comentários e notas de vocês, que me deram estímulo. Aqui vai meu muito obrigado ;D E agora, a primeira parte, pois esse penúltimo episódio ficaria muito longo se fosse postado em parte única. Amanhã, SEM FALTA POIS JÁ ESTÁ ESCRITO, postarei a outra parte. E por fim, na quinta-feira, o último episódio. Obrigado a todos pela experiência ;D contadordeserie_rj@hotmail.com

O encontro de dois desconhecidos predestinado a um mesmo amor gera expectativas...

— Uau! — exclamou Diogo admirado, encarando Paulo colocando caixas no caminhão.

Com isso, os antigos amores são lançados juntos a cinzas...

— Eu amo você, meu guri! — disse Diogo se aproximando de Biel e o beijando, mas logo se afastando — Mas não volte para me buscar porque eu também sei caminhar sozinho com a minha vida.

Que ressurgem e se cruzam aos aleatórios problemas do cotidiano.

— Paulo é você, meu amor? É você... Você veio me salvar, me resgatar, me cuidar! Ta tudo tão alto... Eu vou cair daqui, meu amor, me salva, me salva. — implorou Suzana.

Porém quando as expectativas se frustram, atingem-se grandes dimensões e novas perspectivas...

— Eu prometo que você só vai chorar de ardência da minha vara atolada no seu rabo. Porque agora você é meu. E esse drogado filho de uma puta da morte! — disse Ricardo entre gargalhadas.

A submissão e passividade se acorrentam ao medo da solidão.

— Você ta bem? — perguntou Sônia preocupada, ao ver Roberto caído no chão, recebendo um sonoro tapa no rosto.

E tentar ser livre é sobreviver ao duelo com a própria morte.

— Não! Não! Me larga, Biel, me larga! Pauloooo! Sai daí! Me solta! Paulo! Foge, foge! Paulooooooooooooooo — gritou Diogo em extremo desesperoCOTIDIANO DE AMORES CRUZADOSO silêncio pode carregar em si um barulho ensurdecedor. Silêncio de espera. De incapacidade. E em silêncio, sentados um ao lado do outro, respectivamente, Paulo, Diogo e Biel esperavam, incapacitados, o próximo roteiro da vida.

— Droga! — exclamou Paulo levantando-se já irado — Eu to cansado de esperar! Nenhum telefonema da Suzana, nenhuma notícia da minha mãe! E de quem foi mesmo a idéia de esperar o anoitecer?!

Biel soltou uma gargalhada incrédula e levantou-se irado.

— Eu só tô aqui pelo Diogo! E quem foi mesmo o tanso que esqueceu de encoleirar o papai drogado e a esposa adoidada?!

Imediatamente, Paulo fechou o punho e partiu para avançar em Biel, porém Diogo levantou-se e impediu, se colocando entre seus dois amores.

— Parem! Não é hora pra isso! Dá pra focar no real problema?!

— Eu vou focar! Eu vou focar a minha mão pra esmurrar a cara desse franguinho de merda! — gritou Paulo.

— Pois esse franguinho de merda é o homem com quem eu vivo e eu amo!

Paulo ficou surpreso e abaixou a cabeça, decepcionado. Biel, que estava atrás de Diogo, abraçou o cafuzo e lhe deu um carinhoso e provocativo beijo no canto da boca.

— É uma pena que nem todos consigam cuidar e proteger a quem se ama. — provocou Biel olhando para Paulo sorrindo.

Entristecido, Paulo resolveu ir embora, mas Diogo rapidamente soltou-se dos braços de Biel e correu para impedi-lo, o segurando.

— Paulo, espera! Fica! Estamos todos nervosos, precisamos nos acalmar e...

— Não! Eu falhei em cuidar e proteger as pessoas que eu amo. Mas eu ainda posso lutar. Eu não vou esperar 24 horas, eu vou procurar minha mãe. E quanto ao Wandinho, ele sempre foi nosso filho. E eu confio que você o encontrará, mesmo que com a Suzana, e trará o nosso bebê de volta para os nossos braços.

Paulo aproximou lentamente sua boca da de seu menino, mas ao perceber o olhar incômodo de Biel, desviou e lhe deu um beijo no rosto seguido de um abraço apertado. Diogo correspondeu ao abraço, emocionado, mas logo Paulo o largou, abaixou a cabeça e foi embora.

— Mas bah! — exclamou Biel indignado — Esta anta de teta pensa que..

— Vai com ele... — interrompeu virando-se para Biel.

— Qui é? Eu ir com ele? Tu endoidaste de vez?

— Você precisa ir com ele! Eu preciso achar a Suzana, o Wandinho, e eu sinto que ele precisará de ajuda e eu confio em você, eu tenho a você, por favor, meu guri... Faça isso por mim, para que assim possamos finalmente viajar por nós!

Ao perceber que o pedido era inegável, Biel bufou de raiva e saiu furioso atrás de Paulo. Diogo apenas silenciou-se pelo constrangimento.

Já era madrugada. A viatura policial já andava por horas e horas. Ricardo a dirigia, mal encarado e em silêncio, enquanto na parte de trás da viatura, Jeff e Cláudio apenas se entreolhavam aflitos e algemados.

— Eu não agüento mais! Eu não agüento mais isso, eu não agüento mais essa tortura, pára essa viatura! — ordenou Jeff explodindo no choro — Please, diz pra onde você está nos levando... Please...

— Jeff, se acal...

— Cala a boca, Cláudio! Cala a boca porque eu só tou aqui por causa das suas drogas que eu nunca quis usar! Eu to aqui porque de alguma maneira você me fudeu tão bem que eu acabei fudidamente apaixonado por você. Eu passei meus últimos meses condenado a uma vida marginalizada regada de promessas e amores que você me fez idealizar! Sendo que sua paixão é o padê, taba, crack e toda essa coisa trash! Você me roubava para manter esse vício, me levava pro seu mundo mesmo eu conseguindo resistir, e quando eu ameaçava te deixar, você me agarrava e fodia o meu rabo tão gostoso que me fazia prometer não deixá-lo! E me deixou apaixonado. Pois eu te amo muito para deixá-lo, assim como você amas as drogas! E eu não posso competir. Então porque você não largar esse maldito vício? Gosh! Porque você não pára?!

Diante da pergunta, Cláudio apenas abaixou a cabeça, lhe passando em sua mente todo o percurso que o levou à miséria. Pois sim, ele sempre foi um mauricinho rico sucesso entre a mulherada. Porém logo após a humilhação que Jeff o vez passar em assumir sua bissexualidade, Cláudio trancou a faculdade e acentuou suas saídas com amigos playboyzinhos usuários de drogas. Para não ser taxado de careta e por diversão, Cláudio experimentava apenas as drogas leves. E realmente não se via viciado. Mas de onde vieram as drogas leves, vieram as pesadas e pressionado pelos problemas que criava, Cláudio acabou experimentando segundos extremos de prazer e excitação seguidos por minutos terríveis de alucinações. Ao passar o efeito, ele já não era o mesmo e necessitava sentir tudo de novo, usando e misturando todos os tipos de drogas no intuito de obter um efeito maior. Assim, Cláudio foi sacrificando sua vida, dinheiro, status e amigos. Começou a furtar em casa para manter o vício e quando começaram o impedir de sustentar seu vicio, ele teve de ir pra rua se prostituir, e acabando por ficar noite e noite dormindo num papelão sujo de urina, junto de drogados, aidéticos e putas. E foi na rua, abandonado e num coberto molhado, que Cláudio reencontrou Jeff. O afeminado, solidário, ofereceu abrigo sem mesmo ter pra si próprio, e em agradecimento, Cláudio o fudia. Jeff acabou se apaixonando e Cláudio também, porém as drogas comiam todo o seu discernimento disso. E agora, ali no carro, diante a pergunta de Jeff, Cláudio apenas levantou a cabeça e declarou:

— Porque se eu parar, eu morro.

Neste momento, a viatura freou bruscamente em frente a um campo muito extenso e longo. Ricardo abriu a porta da viatura, saindo, e logo abriu a porta de trás, apontando do lado de fora uma arma para Jeff e Cláudio. Rapidamente, Ricardo pegou Cláudio pela blusa e o arrastou para fora do carro, o jogando na grama e começando a chutá-lo violentamente. Cláudio tentava reagir, mas por estar drogado e algemado, não conseguia e apenas gritava de dor. De dentro do carro, Jeff nada podia fazer e então limitava-se em chorar e implorar que Ricardo parasse.

— Drogado filho da puta! — bufou Ricardo, parando e recuperando o ar, enquanto Cláudio permanecia no chão humilhado e ensangüentando — Marginais como você merecem ser arquivado!

Jeff saiu do carro e correu em direção a Cláudio, se ajoelhando e tentando reanimar o namorado. Ricardo soltou uma gargalhada.

— Calma, meu viadinho. Calma. Que eu prometo que você só vai chorar de ardência da minha vara atolada no seu rabo. Porque agora você é meu. E esse drogado filho de uma puta da morte!

Jeff encarou Ricardo enfurecido.

E o sol demorava a raiar. A chuva começava a cair forte. Já eram 4 horas da manhã e Diogo esperava na sala da casa de Paulo, deitado no sofá, por algum sinal. Nisso ele acabou se perdendo entre os pensamentos de toda sua vida. Dos seus conflitos amorosos com sua alma gêmea Biel. De como relutou em aceitar Paulo como namorado, quase que o perdendo. Relembrava também de Wander e Jeff, de Suzana como concorrente da empresa em que trabalhava, do acampamento onde disse “eu te amo” para Paulo, e enquanto sorria perdidos em seus pensamentos, o telefone tocou. Imediatamente, Diogo se levantou e saiu correndo em direção ao telefone.

— Alô?! Quem é? Com quem eu falo? Responda!

Ninguém respondia. Ouvia-se apenas o barulho da chuva. Mas de repente, ouviu-se choro agonizante de um bebê e os soluços de uma mulher.

— Suzana?! Suzana eu sei que é você! Onde você ta? Cadê o Wandinho?!

— Morreu. — Diogo entrou em choque — Eu to tonta... Aqui em cima é muito alto, eu não consigo respirar... Ta alto demais, eu vou cair da passarela, eu tenho medo e vou cair, me ajuda Paulo... Eu vou cair... Eu vou...

O telefone desligou. Diogo tentou falar, mas era em vão. Então, apenas se sentou e pensou em como extrair pistas pelo telefonema que recebera. E logo decifrou a charada “chuva + altura + passarela”, levantando-se e saindo desesperadamente ao encontro da mulata.

A chuva ainda caía forte. Já amanhecia, mas o céu nublado bloqueava qualquer sinal do sol. Paulo e Biel, cada um com sua mochila nas costas, seguiam a trilha depressa e encharcados d’água. Paulo seguia na frente, andando rapidamente e facilmente entre os matos e com a ira estampada no rosto. Já Biel tentava correr para alcançar o rival, mas ficava sempre pra trás e tentava driblas as pedras, matos e mosquitos que o incomodava.

— Barbaridade! — gritou dolorosamente Biel se jogando no chão e fazendo Paulo parar e olhar pra trás — Torci meu pé!

A ira estampada no rosto de Paulo se acentuou e sem saída, ele foi até Biel e facilmente o carregou nas costas, mas logo se cansou pela chuva e pelo peso do catarinense, e os dois tiveram que esperar numa gruta.

— Droga! — exclamou Paulo andando sem parar de um lado para o outro — Mas é claro! Quem mandou eu trazer esse frangote a tira-colo!

— Tu me trouxeste? Eu só vim porque o... — Biel interrompeu-se e desconversou — Porque eu quis. E as pressas né! Porque tu não deixaste trazer relógio, alimento, nada. Me deixaste todo esbudegado, pois andei na selva a madrugada toda a procura de tua mãe que já deve ter virado mortadela!

Paulo partiu pra cima de Biel, o agarrando pela camisa, imprensando-o na rocha, levantando o braço e fechando o punho. Biel temeu, mas Paulo desistiu, o largando e abaixando a cabeça. Biel apenas se calou e notou que o braço de Paulo sangrava.

— Ei! Tu te cortaste?! Me deixa eu ver...

— Não me toca!

— Bem nessa! Tu arranjas briga comigo enquanto eu to tentando ser solícito contigo?!

— Fica na tentativa porque você nunca vai conseguir!

Biel desatou na risada.

— Ai, ai... Quem tas acostumado a nunca conseguir as coisas aqui é tu! Não consegue conquistar as coisas que tem e acaba as perdendo.

Paulo engoliu seco.

— Se você ta falando do Diogo, ele é apenas uma boa lembrança do meu passado.

— E quem falou em Diogo? Mas é um bom exemplo, porque tu és muito mal amado! Mal resolvido, mal casado! Usa dos teus problemas para tentar se aproximar do meu guri, pois...

— Eu jamais faria isso! Eu amo o Diogo!

— Conjugaste o verbo errado! Esqueceste? Ele é um passado!

— Tão quanto você! Pois pra ele o amoroso Biel morreu, quando apareceu um emprego no exterior e você simplesmente se mandou, o deixando abandonado!

— Não te preocupas porque dessa vez eu o levarei comigo e ele largará mão de viver os teus problemas para sermos felizes juntos em Santa Catarina!

Paulo ficou surpreso, e Biel apenas respirou, tentando em vão se acalmar.

— Antes de tu apareceres com teus problemas, eu o convidei para morarmos em Santa Catarina. Ele relutou, enrolou na resposta, pois tinha a responsabilidade oculta de cuidar do teu piá! Mas agora acabou. Ele topou

Os olhos de Paulo se encheram d’água e ele acenou negativamente, entristecido.

— Pode dar meia volta, porque você já venceu a luta. Agora eu vou seguir, pois eu ainda preciso lutar pela minha mãe e o meu filho.

Paulo saiu da gruta, encarando a forte chuva. Biel apenas suspirou, arrependido, e mesmo com o pé doendo decidiu ir atrás de Paulo.

— Meu Deus... — murmurou Diogo ao ver Suzana toda molhada, sentada na ponta da passarela na parte que não tinha corrimão, com Wandinho também molhado em seu colo, em risco de ambos caírem.

A chuva diminuía. O sol já tentava aparecer. Os poucos carros que passavam em baixo da passarela passavam voando. E Suzana parecia inerte a tudo. Diogo caminhou lentamente até Suzana, manteve-se calmo e sentou-se na passarela, de costa para a mulata.

— Paulo... Paulo é você, meu amor? É você... Você veio me salvar, me resgatar, me cuidar! Ta tudo tão alto... Eu vou cair daqui, meu amor, me salva, me salva.

— Suzana, não é o PauloÉ o Diogo.

— Diogo? Não, não, não, você não vai arrancar, tomar meu filho de mim, não vai... — implorou ameaçando se desequilibrar e logo caindo no choro — Eu tou exausta... Tão exausta de ser mãe. De amar incondicionalmente. Eu não agüento mais ser cobrada, ser mãe, entende?

— Claro. Crianças dão muito trabalho. São rebeldes, choram, desobedecem...

— Não, não, não! Eu era uma criança quietinha...

— Era? — perguntou rindo.

— Aham! — respondeu caindo na risada — Eu queria ser passista! A mulata do Salgueiro! Sempre quis... Mas o Paulo... O Paulo era ciumento e eu optei por...

— Sacrificar um sonho?

— Eu era feliz! Se o Paulo quisesse ir pra cidade, eu iria, se quisesse que eu não sambasse, eu não sambava...

— Se quisesse que você tivesse um filho portador de síndrome de Down...

— Eu teria! — concluiu começando a chorar — Tudo por um amor. E eu consegui tê-lo, mas não consegui amá-lo, pois todo o meu amor secou e eu não consigo amar mais ninguém, não consigo. E eu não posso deixá-lo porque senão o que todos vão pensar de mim? Que tipo de mãe eu serei?

— A mãe moderna! — respondeu caindo na risada e arrancando um tímido sorriso de Suzana — A mulata do Salgueiro! A sambista, passista, a mulher feliz.

Suzana olhou para Wandinho e começou a balançá-lo lentamente, enquanto Diogo levantou-se e se posicionou ajoelhado atrás dela.

— Me entrega o Wanderson.. Wanderzinho. Wandinho. Ele é seu filho. Sempre será. Mas ele precisa agora de um amor que não o machuque.

Suzana tentou entregar Wandinho para Diogo, porém seus braços paralisaram-se. Cuidadosamente, Diogo se encurvou e tirou o menino dos braços da mulata, ficando de pé e constatando que mesmo bem molhado o menino respirava. Suzana apenas olhava para baixo, vendo os carros passando, e com os olhos cheios de lágrimas.

— Eu vou sambar... Eu vou me amar, ser a mulata do Salgueiro! A mãe, sem filho fardo, feliz! — disse entre gargalhadas e levantando-se sem muito cuidado — Fui ser feliz! Pois eu preciso da felicidade!

Suzana abriu os braços e desceu enlouquecidamente a passarela correndo. Diogo até tentou impedi-la, mas desistiu, e ao constatar que a chuva parava, desceu na passarela contrária com o seu novo filho em seus braços.

“E a policia anunciou hoje a descoberta dos policias envolvidos na fuga de Romualdo, mais conhecido como Roberto. O bandido, muito conhecido na década de 80, foi preso há 6 meses atrás e desde ontem pela tardinha que se encontra foragido. Ainda não se sabe o paradeiro de Romualdo, e nem dos policias que o ajudaram, mas a policia garantiu, apesar do escândalo, que em breve os foragidos serão localizados.”

A chuva parou. O sol se abria. Mas naquela casa era impossível saber disso. Na verdade era um local com apenas dois cômodos. Não possuía móveis, janelas, nada, apenas uma resistente porta que trancava o local. Jeff e Cláudio, sendo que o segundo estava todo cheio de hematomas, estavam algemados dentro de um móvel menor e apenas escutavam a conversa de Ricardo no telefone, que estava no cômodo maior.

— Puta merda! Isso não podia ter acontecido! (...) Como assim delataram?! (...) Tem que arquivar, parceiro, meter tiros nos cornos de X-9! (...) Deu bobeira porra! Mas fica sussa, que a gente vai sair desta! (...) Sei lá porra, só facilitei a fuga, ele deve ter ido pro tal acampamento da Ilha MonstroTranqüilidade! Porra eu to com uma boneca aqui, vou dar um trato nela legal e já meto pé (...) Falou!

Jeff olhou assustado para Cláudio, que apenas abaixou a cabeça. De repente, Ricardo surgiu, com o zíper da calça aberta, exibindo sua rola mole, mas grossa e mole. Jeff salivou.

— Vem mamar seu macho, vem, minha putinha...

Jeff olhou para Cláudio com um olhar “do que ele deveria fazer”. Cláudio apenas manteve a cabeça abaixada, envergonhado. Jeff voltou a olhar para Ricardo e acenou negativamente, fazendo o policial bufar de raiva.

— Porra, sua cadela desgraçada, vai ficar de caô? Eu to no estresse, precisando fuder, e querendo aliviar leitando essa sua carinha. Vem cadelinha. Vem tirar leitinho da minha pica!

— Ok... Eu vou. Mas antes solta o Cláudio, que eu...

Ricardo nem deixou Jeff completar e avançou em cima do menino, o pegando pelos cabelos, tirando o perto de Cláudio e o jogando no chão. Ricardo sentou em cima do peito Jeff e começou a dar tapas forte na cara do menino.

— Escuta aqui, seu viadinho da porra! Você vai mamar a pica do teu macho, ta me ouvindo? — Ricardo saiu de cima de Jeff e o pegou pelos cabelos, o sentando e o fazendo olhar para Cláudio — Ta vendo aquele viadinho ali? Aquele drogadito? Ele não é homem pra você!

Ricardo jogou Jeff de volta no chão e aproximou seu pinto da boca do afeminado, esfregando o pinto, que exalava um cheiro leve de mijo, na cara de Jeff. Cláudio olhava assustado e com medo de fazer algo. Aos poucos o caralho de Ricardo foi ganhando vida, se transformando numa pica grossa cheia de veias, e Jeff começou a se render, esfregando o rosto na pica, mas ainda dividido entre o medo e o tesão. Jeff abriu um pouco a boca e sentiu a cabeça daquela rola invadir sua boca, sentindo o gostinho salgado da baba que escorria. E logo se viu com a rola toda em sua boca, com Ricardo fudendo sua boquinha.

— Hum... Delicia! Puta boca gostosa! — gemia Ricardo.

— Jeff não! — gritou Cláudio interrompendo — Não faz isso! Não precisa fazer isso! Eu te amo!

Jeff se afastou da pica de Ricardo e viu o olhar enternecido de Cláudio. Logo após viu o olhar de fúria de Ricardo. Sabia que já havia estado naquela situação, e desta vez, fez uma nova escolha. Jeff sorriu para Cláudio e tentou correr engatinhando até a ele, porém Ricardo foi mais rápido, o pegou pela cintura, e com sua força bruta exagerada, o jogou contra a outra parede.

— Jeff! — gritou Cláudio preocupado.

— Drogado filho da puta! — xingou Ricardo, avançando em cima de Cláudio e lhe dando um chute, fazendo-o cair de cara no chão — Amor? Amor é o caralho! Aqui oh! Aqui ta o seu único amor!

Ricardo tirou furiosamente do bolso da blusa, vários saquinhos de cocaína e jogou no chão. Jeff chorava no canto da parede e Cláudio observava as drogas, tentado.

— Cheira! Anda, filho da puta, suja esse narizinho de pó e cheira! — ordenou Ricardo tirando a arma do bolso e fazendo um disparo para o teto.

Desesperado, Cláudio rasgou o saquinho começando a cheirar pó entretidamente excitado. Ricardo se afastou rindo, enquanto Jeff apenas chorava. E aproveitando a distração de Cláudio, Ricardo pegou Jeff pelos cabelos, o arrastando até o outro cômodo.

O policial jogou Jeff no chão. Tirou toda sua farda policial, calça, sapatos e ficou nu somente de meia. Jeff que estava deitado no chão tentou se levantar, mas Ricardo pisou com um pé nas costas de Jeff, e logo subiu em cima do menino. Sem agüentar o peso do policial, Jeff implorou e logo Ricardo saiu de cima do afeminado, aproximou um de seus pés da boca de Jeff, que teve de tirar a meia do policial. Ricardo esfregava o pé na cara de Jeff, que começou a chorar e se viu obrigado a lamber aqueles pés grossos.

— Hum... Putinha safada. De volta pro teu dono! Lambe direito porra! Isso... Hum... Diz que eu sou teu dono! Diz que eu sou teu macho, porra!

Jeff nada respondeu. Ricardo se enfureceu e sentou em cima das costas de Jeff, arrancando furiosamente a roupa do menino. Jeff logo sentiu seu corpo desnudo, desprotegido, e seu rabo sendo atolado e bombado por aquela rola grossa. E em meio a vários sentimentos — humilhação, tesão, nojo — optou por apenas gemer e fingir que aquilo lhe dava prazer.

E ninguém se atrevia a falar nada. Caminhava-se para o meio-dia e o sol já estava bem forte. Biel e Paulo seguiam a trilha, mudos, o primeiro sempre atrás. Eles já haviam ido pra principal praia e não encontraram nenhum sinal de Roberto ou Sônia. Agora voltavam para trilha, rumo a praia menor, batizada de Ilha Monstro. Então, o silêncio foi interrompido.

—Barbaridade! — gritou dolorosamente Biel fazendo Paulo parar.

Paulo se emputeceu e ao olhar para trás com raiva, seu chão desmoronou. Biel havia tropeçado, e estava no mato, caído e espantado perto do corpo de sua mãe Sônia, que estava totalmente pálido, sem cor e sem vida. Paulo gritou em silêncio na perda.

CONTINUA...

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Contos Em Séries a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários