Prisioneiro da paixão 2 - X

Um conto erótico de Will
Categoria: Homossexual
Contém 2808 palavras
Data: 29/05/2012 02:02:30

Puxei sua mão e colei meu corpo no seu, nariz no nariz, hábito misturado, olho no olho, alma na alma. Ele sabia o que eu queria e foi logo me dando sua boca deliciosa. Nossos lábios se tocaram, em um pequeno selinho, depois do outros, para enfim as bocas se abriram e as línguas se enroscaram. Ele colocou leu braço na minha cintura e puxou forte contra seu corpo, assim como sua outra mão agarrou minha nuca, ou seja, que pegada foda! Ele me prendeu, colou meu corpo no dele e não largou. Logo meu corpo acordou, meu ar faltou, meu coração disparou, todo o meu corpo suava, eu sentia um frio no estômago... era o que diziam mesmo, a gente sente frio e calor, dor e prazer, medo e felicidade.

Eu fervia! A muuuuitos anos eu não sentia isso. Com o Rafael a minha alma esquentava, meu coração pulava, suava por todo o corpo e meu estômago gelava e minha rola... nem preciso falar né?! Enquanto nosso beijo acontecia, um beijo avassalador, fui puxando ele, e fomos andando até chegar no meu quarto. Lá sentei ele na cama e comecei a tirar minha roupa, comecei a puxar minha camisa pra cima, mas ele segurou minha mão.

- o que foi?

- não é o momento Will. – sorri e tive a certeza que ele era diferente.

- Tudo bem.

Voltamos a nos beijar. Deitamos na cama e ficamos só nos acariciando, nos beijando, tudo era delicioso. Quando nossos lábios já estavam vermelhos, ele me virou e se encaixou em mim. Foi uma conchinha deliciosa, tão deliciosa que adormecemos assim.

- Então? – eu perguntei.

- Eu ia te perguntar a mesma coisa. Como ficamos?

- O que você quer?

- Não é óbvio?

- Não...

- Quero você... Quero você de um jeito que eu só tinha nos meus sonhos – falou ele sorrindo – Isso saiu piegas demais rsrs, mas é verdade. Te quero.

- Não posso fazer isso com você.

- Porque não? Eu sou uma boa pessoa cara, e gosto de você de verdade.

- Não, não é por você... Eu... Eu não sou pra você Rafa... Você é uma pessoa incrível, mas eu não fui feito para o amor... você vai sofrer e eu não quero te fazer sofrer.

- Toda vez que você fala isso, eu fervo de raiva de você. Você é muito cego sabia? Você não consegue enxergar um palmo na frente do seu nariz...

- Você que não me enxerga como deveria... Eu sou uma merda cara, num era nem pra você estar aqui... volta pro rio vai, me deixa quietinho no meu canto...

- você é um idiota cara! Mas deixa estar, vou dar um jeito nisso, você vai ver só. – falou ele levantando.

- Onde você vai?

- Embora ué! Onde tem um hotel legal por aqui?

- Não vai pro Rio?

- Não, te falei que só volto pra lá com você.

- Mas e a empresa? – ele riu.

- Se você se importasse tanto, estaria lá cuidando dela. Você não se importa, não é mesmo?

- Me importo com o sustento da minha filha. N

- Não se preocupe quanto a isso, mesmo se a empresa falir, você agora tem um emprego bom, pode sustentar ela. – eu fiquei olhando boquiaberto pra ele, como ele poderia ser tão frio assim. Mas sabia que ele estava irritado.

- Sabia que você tem que aprender a controlar sua raiva?

- É... eu sei. Mas isso só acontece com você. – ficamos os dois sem ter o que falar. Enquanto isso ele ia se arrumando pra sair. – Olha, eu te amo tá! E ver que você não percebe isso me irrita demais, então acabo fazendo ou falando coisas pra fazer você me notar, mas você não me nota do jeito que eu quero...

- Cala a boca!

- Como é?! Eu estou falando uma parada difícil pra caralh... – É, o beijei.

- Vou falar uma frase que eu ouvi da pessoa que mais me amou nessa terra: “ Eu te curto demais play boy”. – ele sorriu – Então para de palhaçada, pega suas roupas e coloca no meu armário. Eu não vou voltar, então vamos ter que dividir essa porra dessa casa. – Dava pra ver que ele não sabia se ficava feliz por ter ficado comigo, ou se ficava triste por não voltar pro Rio. – Troca essa roupa, que vou te levar pra relaxar um pouco.

Ele colocou uma bermuda e uma camiseta e fomos saindo. Não guardava todo o meu material de pesca no restaurante, tinha alguma coisa na minha casa, assim sai com ele para a praia. No caminho fui pensando em como eu definiria essa relação... pelo que eu pensava, ainda éramos amigos que se beijaram. Eu, sinceramente não sabia se aceitaria namorar com ele. Na minha mente ainda doía o peso da culpa, a inferioridade, o pessimismo, e o desprezo por mim mesmo... sintomas clássico da depressão. Não entrava na minha mente como ele poderia querer namorar comigo...

No caminho eu ia cumprimentando as pessoas, boa parte do povo ali do centro me conhecia, ele ficou admirado.

- Pode se candidatar a vereador rsrs.

- Boa ideia, sou um bom administrador, me daria bem na política.

- Ou não né! Kkkk. Estamos precisando do seu talento nas negociações... eu tento, mas não tenho tino para isso, os fornecedores acabam me enrolando. Você venderia até geladeira pra pinguim cara!

- Você é doido ou cego, sei lá, claro que não sou isso, só dava sorte. – ele me deu um tapa na cabeça.

- Para de falar mau de você mesmo, ok? Você está proibido!

- Não sou criança cara! Falo o que eu quiser!

- Se fizer, você vai se arrepender... para de se negativar, você é maravilhoso e ponto!

- Tá, chegou já colocando moral é?

- É... e pra onde vamos? To cansado de andar.

- Pescar ué!

- Olha a praia aqui, vamos jogar essa linha aqui logo!

- Não pode, é área de banhista. Vamos ali para aquelas pedras.

Lá eu preparei o molinete dele e o ensinei a lançar, mas ele não tinha jeito, então jogava muito perto, tive que entrar na água 3 vezes pra desagarrar o anzol. Por fim ele pegou o jeito e lançava longe. Enquanto colocamos as varas no descanso, eu não conseguia parar de olhar pra ele.

- o que foi? Nunca me viu?

- Não como te vejo agora.

- E como você me vê?

- Você é lindo. – ele ficou muito vermelho, tive que rir. – Falo sério. Sabe... nesses 7 meses eu não passei um dia sequer sem pensar em você.

- E porque pediu para mentirem quando eu vim te procurar?

- Porque ao mesmo tempo que queria te ver, queria ficar bem longe de você.

- Sei bem como é isso. Já senti isso com você.

- Você gosta de mim desde quando?

- Ah, sei lá... faz tempo... Mas sabe, não sou gay! Bem... acho que sou agora né? Sei lá, isso tudo é muito confuso... eu sei o que eu quero, mas tenho medo de pegar, me entende?

- Não... você sabe que não pude escolher quanto a isso, fui forçado a gostar de homem, bem... forçado entre aspas né, fui forçado a experimentar, então eu gostei depois de provar. E você? Nunca provou?

- Depois daquele beijo que dei em você, eu pensei em beijar outros caras, mas não dava, é você... entende?

- Sim... e como entendo. Acho que você pegou alguma coisa? Deve ser siri, você jogou muito perto. – Ele puxou e era mesmo um siri, um enorme rsrs. - O que você quer comigo?

- Ficar com você...

- você quer namorar comigo?

- É um pedido?

- Não, uma pergunta.

- Quero... mas sei que não é isso que você quer...

- você é maluco cara, como quer ficar comigo? Você viu pelo que o Diego passou, o que a Julia passou, o que o Rodrigo passou e ainda me quer? Gosta de sofrer?

- Por que eu vi o que eles tiveram que eu te quero. Você é o melhor homem que alguém pode querer.

- Tu é muito mazoquista! Kkk.

- E você é muito idiota. – fiquei mudo. Não que eu tenha me aborrecido, mas eu sentia a necessidade de ter uma resposta pra ele.

Continuamos conversando sobre pesca, depois que peguei um robalo de bom tamanho. No meio da manhã, eu tinha que ir embora, porque a tarde eu tinha que ir para o restaurante.

- Vai fazer esses peixes para o almoço?

- Não, esses aqui são para a Ângela.

- Quem é Ângela?

- Uma visinha. Vamos passar lá antes de irmos pra casa, ok?

Fomos andando e por fim chegamos à pequena casa da Ângela. Essa senhora tinha batido na minha porta a uns meses atrás pedindo dinheiro para comer, como io tinha acabado de chegar de uma pescaria, entreguei a ela uma bolsa com alguns peixes, alguns ainda vivos. Ela ficou muito feliz, assim falei pra ela ir de dois em dois dias que eu sempre teria peixes pra ela. Assim era feito, toda segunda-feira eu levava alguns pra ela passar a semana, com seus dois filhos pequenos.

Quando bati na porta ela veio me atender com um sorriso no rosto. Pediu para entrarmos, eu apresentei o Rafa e ela nos deu um pouco de café e admito, o melhor café do mundo. Ela era jovem, tinha uns 30 anos e poucos anos e foi abandonada pelo pai dos filhos, assim não conseguia completar o orçamento, assim, os peixes poupava ela de comprar a chamada “mistura”, termo que lá, eu aprendi bem o que significava.

Conversamos um pouco e logo saímos de lá, fomos para minha casa. No caminho fui contando essa história para ele, de como a conheci e o que já passamos juntos.

- E você ainda fala que é um merda? Como você é tão cego?

- Como assim cara?

- Você não percebe o que faz por aquela mulher? Se não fosse você, ela passaria por mais necessidade que já passa. Como uma pessoa assim pode ser ruim?

- Ih, que nada Rafa, não como em casa cara, os peixes que pego tem que ser dado pra alguém mesmo.

- mentira! Você sai pra pescar só pra ela, não é? – fiquei em silêncio – Não é?

- E daí? O que isso muda?

- Muita coisa... bem, pra mim nada né, eu acho normal você fazer isso, mas você deveria entender a coisa linda que faz.

- Puxa-saco!

Foi isso o dia todo. Nesse dia ele foi comigo pro restaurante e lá não ficou parado, quis me ajudar. Então coloquei ele pra arrumar as mesas e os talheres, enquanto eu conferia as reservas e dividia o trabalho. De noite, como o movimento estava baixo, nós jantamos lá mesmo. Quando deu umas 1:30 hs, nós saímos do restaurante e fomos para casa. Lá ele tomou banho, deitou na cama e logo adormeceu. Eu também tomei meu banho, mas me enrosquei nele pra dormir, como na noite passada, em uma conchinha acolhedora.

No outro dia acordamos umas 9 da manhã. Dessa vez eu fui cuidar da minha casa. Limpei tudo, lavei roupa e separei as contas pra pagar. Ele me ajudava em uma coisa ou outra. Na hora do almoço eu fui trabalhar e lui preferiu ficar em casa, estava cansado. Quando voltei, ele já estava dormindo.

Foi essa rotina a semana toda, só ficávamos juntos pela manhã e enquanto eu trabalhava, ele ia a praia, cuidava da casa, e o que vim a descobri depois, ele trabalhava na empresa via skype. Essa convivência com ele acendia mais o meu sentimento e cada dia mais eu gostava dele.

Um mês se passou e nada demais aconteceu. Ficamos juntos na casa e cada vez mais nós ficávamos juntos. Ele continuava na sua rotina de acordar, ficar em casa arrumando tudo, depois começava a trabalhar na empresa, depois me encontrava e íamos pescar de madrugada...ele se apaixonou pela pescaria, assim como eu. Nesse mês não rolou sexo, na verdade nem me lembro se beijo rolou mais... sei que era cumplicidade, era carinho, afeto... ele fazia de tudo para que eu ficasse bem. Aos poucos aquelas sensações de invalidez, pessimismo, iam passando. Eu gargalhava com ele, nos divertíamos muito eu estava adorando a presença dele ali.

Em um dia da minha folga, nós fomos a praia do Geribá, um pouco agastada do centro, mas muito boa pra curtir. Enchemos a mochila de comida e pinga e partimos pra lá. Ficamos lá brincando, rindo e bebendo o dia todo, foi ótimo. Naquele dia eu senti algo mais diferente ainda pelo Rafael, uma vontade louca de nunca mais me separar dele, assim como um medo enorme de que isso acontecesse.

Nós estávamos sentados, lado a lado, olhando o mar e conversando. Numa hora eu parei de falar e só fiquei escutando, olhando seu rosto esculpido, seu cabelo levemente cacheado, seu nariz lindo, sua boca carnuda. Por fim ele reparou que eu não olhava pra ele como se estivesse interessado no seu assunto, mas sim nele.

- O que foi? Porque tá me olhando assim?

- Nada, não posso mais ti olhar?

- Num sei, faz tempo que você num me olha assim...

- pois é, você também não me olha

- SOcoooroooo! – gritou uma mulher na água. Uma onda tinha batido e a arrastado para as pedras.

Não pensei duas vezes e corri pra água, não tinha um salva vidas ali.

- Você é maluco! Não vai lá!

- Tenho que ir, nado bem pra calho, relaxa. – Pulei na água e fui até a mulher.

Só que ela era gorda pra caramba e no desespero, ela agarrou na minha cabeça e ficou me empurrando pra baixo, dificultando que eu respirasse. Mulher maldita! Sei que com muito custo ela me largou, mas eu estava tão sufocado que não consegui levantar pra pegar mais ar.

De repente eu comecei a tossir e um rapaz em cima de mim. Como ainda tossia e jogava água pra fora, nem liguei, mas logo quis entender como tudo tinha acontecido... O susto foi tão grande que tive una crise de tosse, onde eu não conseguia puxar o ar e ficava lutando para respirar. Sinto alguém batendo nas minhas costas e por fim fazendo boca a boca de novo. Consegui expelir a água do pulmão e fiquei lá, deitado na areia, retomando o fôlego.

- Meu filho, quero te agradecer por ter me salvado... e desculpa por quase fazer você se afogar, eu fiquei desesperada..

- não se preocupa, estou bem agora, todos nós estamos.

- tudo bem, mas obrigado mesmo.

- você é um herói!

- ih, para de graça! Qualquer um faria isso...

- não, senão já teriam ido. Você quase se afogou pra salvar aquela mulher, você sabe o que é isso?

- sim, algo que qualquer um faria.

- Claro que não, para de se menosprezar, você é maravilhoso Will, você é perfeito, o homem mais perfeito nesse mundo.

- Rafa... fica comigo? Não me abandona não, por favor!

“ Você é assim, um sonho pra mim e quando eu não te vejo... (http://youtu.be/Il6OwhsebMc)

- Ah Rafa não canta não! – falei sorrindo. – você canta bem, mas poxa...

- “Eu penso em você desde o amanhecer, até quando eu me deito.”

Eu gosto de você

E gosto de ficar com você.

Meu riso é tão feliz contigo.

O meu melhor amigo é o meu amor.

E a gente canta

E a gente dança

E a gente não se cansa

De ser criança.

A gente brinca

Na nossa velha infância. – eu deitei minha cabeça no seu ombro e fiquei ouvindo.

Seus olhos, meu clarão,

Me guiam dentro da escuridão.

Seus pés me abrem o caminho;

Eu sigo e nunca me sinto só.

Você é assim:

Um sonho pra mim;

Quero te encher de beijos.

Eu penso em você

Desde o amanhecer

Até quando eu me deito.

Eu gosto de você

E gosto de ficar com você.

Meu riso é tão feliz contigo...

O meu melhor amigo é o meu amor.

E a gente canta

E a gente dançar

E a gente não se cansa

De ser criança.

A gente brinca

Na nossa velha infância.

- Meu melhor amigo é o meu amor... eu te amo cara! – e assim ele segurou meu pescoço e me beijou.

- Namora comigo? – pedi.

- Claro, isso que eu quero desde que te conheci. – suas lágrimas já rolavam.

É isso! Mais uma fase da minha vida começando e dessa vez ela tinha o gosto mais doce possível. Nesse mês, o que eu sentia por ele só aumentou de uma forma incrível a ponto de eu não querer mais ficar longe dele. Agora ia ser pra sempre! Nos beijávamos, comemorando nosso inicio de namoro, mas de repente ele parou de me beijar, ficou gelado e começou a tremer.

- Rafa?! O que houve? – ele estava branco igual papel! – Rafa! Me responde!Oi meu povo! Desculpa a demora, mas escrever está difícil, estou sobrecarregado, mas como não gosto de deixar vcs esperando muito, consegui terminar mais um... não deu pra revisar, logo se tiver algum erro de gramática e/ou grafia peço desculpa, estou fazendo um exercício do curso de italiano junto, então se eu misturei as regras ortográficas, scusa, Grazie! rs

Bjus...

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Comentários

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cara vc esta escevendo cada vez melhor seu conto esta d+ por favor não deixa agente esperando muito não

bjs

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SENSACIONAL CONTINUA LOGO POR FAVOR NÃO NOS DEIXE NESSA AFLIÇÃO! BJUS

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Adorei! vou morrer de curiosidade, continua logo

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Cara, sem palavras! É INCRÍVEL como eu consigo sentir todo sentimento, todas as emoções! Já leio seu conto há algum tempo, confesso que eu tive um preconceito no início por envolver presidiários e estupros, mas com o tempo o conto ficou tão romântico, mais TÃO romântico que se tornou simplesmente MÁGICO! E agora está mais do que Mágico, mais do que perfeito, sério mesmo, sem exagero, é o melhor conto que eu já li cara, O MELHOR! Não é um simples conto, é uma OBRA PRIMA! O único que me fez chorar, cara... um "parabéns" não basta para te agradecer... MUITO OBRIGADO POR COMPARTILHAR SUA HISTÓRIA! Um grande abraço!

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