in Love - Parte Final

Um conto erótico de Sowhat
Categoria: Homossexual
Contém 1663 palavras
Data: 15/04/2012 18:38:44

Este é o fim, pessoal. E ele não vai ser tão feliz assim. Quando minha inspiração voltar, TALVEZ eu volte a escrever outro conto que não seja tão ‘boring’ quanto esse. Ajudem-me!

Simplesmente eu não sabia como reagir ao beijo do Caio. Eu resisti, mas tinha tanto afeto e carinho que eu correspondi e o beijei como se nunca mais fosse poder fazer isso de novo. Contudo, eu não podia o deixá-lo ter essas oscilações de humor comigo. O afastei e fiquei sério, quer dizer... Tentei.

— Você não pode brincar comigo desse jeito. - Olhei para o chão, não tive coragem de olhar seus olhos. E de novo ele levanta meu rosto pelo queixo. Ele estava sério.

— Não estou brincando com você. – disse sorrindo no final. Seus olhos brilhavam. — Porque você acha isso? – soltou meu rosto.

— Uma hora você me machuca, outra você me ama. Você sorri, depois fica sóbrio. Você acha que eu sou o quê? Não sou... – ele colocou o dedo na minha boca, e encostou a boca na minha orelha e disse quase num sussurro:

— Porque você é tão detalhista? Tão observador? E Nunca observa que eu gosto de você? – deixei a resposta pra lá. A voz dele no ouvido era tudo que eu sentia agora. Meu corpo tremeu e se arrepiou todo. Por Deus! Tirei a força não sei da onde, mas falei:

— As feridas precisam se cicatrizar primeiro antes de te responder isso. – disse com certa melancolia. — Você me machucou demais nos últimos tempos, não pode querer de mim mais nada. Você me perdeu. – falei ainda querendo que ele implorasse por meu perdão.

— Te perdi? Você não me ama mais? – perguntou ele descrente.

— Eu acho que não. Eu não aguento mais ter que viver nesses seus balanços de humor.

— Você tem toda a razão... – ele suspirou. — Não era pra ser assim... – ele levantou e saiu. E eu novamente fiquei só. DROGA. Porque eu sou tão idiota? Eu não chorei, logo depois Bruna chegou e ficou comigo. No final disso, eu tenho certeza que sou eu quem vai atrás dele pedir perdão por tornar as coisas mais difíceis.

Uma semana se passou, e nem eu, muito menos Caio deu a iniciativa. Ele tinha terminado o namoro com a vadi... Quer dizer, Camila. A ela que veio tirar satisfação comigo! Era só o que faltava! Quase que a gente se mata no colégio aquele dia. Eu já não ficava sem meu ipod, e quase voltei a usar as lentes de contato vermelhas. Como eu ficava bizarro com aquilo, decidir ficar apenas com meus fones de ouvido brancos, eles tinham o poder me acalmar, mas não foi por muito tempo.

Não aguentando mais, fui a casa dele.

Sim, sou muito idiota. Choveu no meio do caminho, e cheguei lá ensopado e morrendo de frio. Quem atendeu foi uma das secretarias, ela foi gentil comigo, me deu uma toalha e um pouco de café.

— Vou chamar o Caio, espere um pouco. – meu coração estava pulando de apreensão. Ela subiu as escadas.

Eu deixei a xícara de café em um centro e fui em direção ao piano, eu simplesmente não aguentei! O abri, tirei o pano vermelho de cima das teclas e toquei a musica do nosso primeiro beijo, Moonlight Sonata – Beethoven. A música ecoou pela sala de uma forma tão doce, que me peguei dando um sorrido bobo. Quando escuto os passos de alguém descendo as escadas, paro imediatamente de tocar e me viro. E lá esta ele, lindo com uma camisa branca gola V, e uma bermuda azul. Hesitou um pouco e quebrou o silêncio.

— Então... Veio me visitar? – riu um pouco, pouco até demais.

— Não exatamente... – disse um pouco tímido. Ele desceu os degraus que faltavam e chegou perto, não muito. Seu perfume doce mais uma vez me tira da terra. — Eu...

— O que quer Daniel? – disse diretamente sem me deixar falar, seu rosto tinha um pouco de raiva. Eu sabia que ele não me queria aqui. Mas eu já cheguei até aqui não é?

— Eu sei que não devia ter vindo aqui, e que talvez eu tenha te magoado, o que não tive a intenção... – outra vez ele me corta.

— Sério? Não teve? – a ironia me machucava.

— Claro que não! – quase gritei. — Como pode dizer uma coisa dessas?

— Pelo amor de Deus! – ele se virou e sentou no sofá. — Eu me declaro para você, depois me vira às costas! Me abandona! – esbravejou.

— Me desculpa... – levantei e ajoelhei na sua frente. Suas mãos estavam no seu rosto, soluçava. Não agüentaria ver aquilo. — Por favor, Caio!

Coloquei a minha mão no seu rosto para poder tirar a sua de lá. Ele tirou e eu limpei seus olhos com a ponta dos meus dedos. Quando ele abriu os olhos, pude ver o quanto ele estava triste. E a culpa era minha.

— Eu pertenço apenas a você, Caio. Não chore mais. – fiz um carinho no seu cabelo.

Sua boca entreaberta vermelha fazendo contraste com sua pele branca estava mais convidativa que nunca. Atrevi-me a beijá-lo. Primeiro beijei sua bochecha e fui indo em direção a sua boca, mas ele desviou e levantou, fiz o mesmo.

— Desculpa, eu... – tentei explicar, mas ele me agarrou como se nunca fosse me soltar e me beijou.

Sua língua procurava a minha com muita vontade, seus lábios esmagavam os meus em uma violência que chegava a machucar. Eu apenas respondia com a mesma intensidade. Sua mão percorria minhas costas, quanto eu o abracei pelo pescoço. Ele então puxou minhas pernas e eu as prendi na sua cintura.

— Você vai conhecer meu quarto agora. – disse ele feliz, voltou a me beijar com vontade e me colocou contra a parede.

Puxei um pouco seu cabelo para poder respirar. Depois ele me carregou até sua cama (que era enorme), parei um pouco para observar seu quarto, lindo. Tirou a camisa e vi seu tórax lindo, tinha vergonha de ficar sem camisa na frente dele, quer dizer de qualquer pessoa. Mas tudo bem, era para uma boa causa! Tirei timidamente. Ele deitou sobre mim, e suspirei e o beijei aonde fosse possível. Fui passando a mão do seu peito até o cós da sua bermuda que agora eu tive mais facilidade para abrir.

— Seu safado... – disse no meu ouvido, e eu adorei. Mordeu minha orelha, depois meu pescoço, agora ele estava só de cueca e fez questão que eu ficasse também.

Eu estava por cima dele, agarrei seu cabelo e beijei todo seu peito, que subia e descia junto com sua respiração pesada. Seu abdômen que trincou quando passei a língua entre os gominhos.

Nós transamos... Duas vezes. Quando acordei em seus braços percebi já era noite. Ótimo! Maravilha! Minha mãe ia me matar! Procurei minha cueca e meu short, meu celular tinha 20 chamadas perdidas, algumas da minha mãe e outras de Bruna. Revirei os olhos e me vesti. Caio dormia feito um anjo, encostei a mão no seu rosto e o beijei na testa. Deixei um bilhete no criado-mudo.

“Quando acordar, eu já estarei em casa. Não se preocupe comigo. Te amo. Daniel.”

Sai escondido dali e corri para casa. Eu estava tão feliz que nem sei qual a desculpa que daria para minha mãe. Ah! Que se dane!

Minha mãe veio com uma cara que nem consigo descrever, abriu o portão e me mandou entrar e sentar na sala. Quando ela chegou sentou e respirou fundo.

— Mãe, desculpa! Eu tava na casa da Bruna...

— Eu sei onde você estava realmente Daniel... – disse calmamente. Eu tentei não entrar em pânico nesse momento. Será possível isso? Ou ela esta blefando? Não sabia o que dizer! Observei que a calma dela era demais, e com certeza ela sabia.

— Como? – perguntei estático.

— Daniel... Eu sei de TUDO. – Agora eu me desesperei. Meu coração parou, comecei a suar frio.

— De tudo o que? – perguntei ainda com uma esperança de ser uma brincadeira.

— Sobre você e o Caio. – eu com certeza fiz uma cara de morte, não sei como é, mas fiz. — Calma Daniel, não precisa se desesperar porque eu não vou te bater, nem dizer para você ser aquilo que não quer. – as palavras me confortaram por um momento, mas somente por um momento. Porque depois eu desabei em lágrimas, solucei e tudo. Não queria que ninguém soubesse, muito menos minha mãe.

— Como você soube disso? – perguntei depois que ela sentou do meu lado e fez carinho na minha cabeça.

— Acho que sempre soube... Intuição de mãe. Claro que não sabia com quem, mas isso ficou claro depois.

— Não queria que soubesse. Não assim. – disse levantando.

— Filho... – ela ia fazer um carinho, mas levantei.

— Não quero falar disso agora mãe.

Saí, me tranquei no meu quarto. Deitei e olhei para o escuro, onde tinha apenas a luz do meu relógio na escrivaninha Caio me mandou uma mensagem: “Eu também te amo, seu lindo. You’re in my heart.” Dei um sorriso bobo.

Minha mãe e eu ficamos um pouco calados por um tempo, mas eu acho que ela que estava me dando “tempo”. Depois ficou como tudo era antes. Eu e Caio estávamos completamente apaixonados, e não nos desgrudávamos.

Ele me deu uma corrente que uso até hoje, talvez em símbolo da nossa amizade, mas não por causa do nosso amor. Sim, ele não foi como planejei. Nosso amor acabou há três anos, quando sua mãe descobriu a nossa relação e o mandou para os EUA. E hoje não tenho nem se quer uma noticia dele, porém lá ele está com pessoas que o apóiam ao contrário da mãe. E eu, pobre de mim... Sofri tanto que nem sei por que não me matei.

Hoje, faço faculdade em salvador e moro em uma republica. Não vou nem detalhar como foi que contei para meu pai, porque isso quase está apagado minha cabeça. Sim, foram horas de discussão e quase apanhei. Meu irmão não fala mais comigo, o que eu ignorei, porque nunca fomos apegados mesmo.

Fora isso, minha vida foi quase tudo isso, por enquanto...

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Comentários

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Lindooooooooooooo, poxa pensei q não voltaria mais, amei seu conto, espero q faça outro, Nota 100000000000000000000000000000000......

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