existe coisa pior ou melhor que o amor? 10(mal entendido)

Um conto erótico de summer nights
Categoria: Homossexual
Contém 2160 palavras
Data: 05/04/2012 10:13:24

Bom, eu ia contar tudo sobre como chegamos na casa de novo e tal, mas acho que não vou contar, porque não tem nada de ‘interessante’, se eu contar vocês vão dormir, vou resumir.

Chegamos na casa onde estávamos comemorando o natal, eu e Carlos entramos de cabeça em pé queixo erguido, ninguém dirigiu uma palavra para a gente, apenas olhavam com uma certa cara de compreensão, e um certo olhar que não consegui distinguir se era nojo, ou incomodo, não sei dizer ao certo, mas as únicas pessoas que realmente conversaram conosco naquela noite foram os meus pais e meus irmãos que fingiram não ter acontecido nada, como se nunca tivéssemos sido desmascarados e humilhados em frente minha família inteira, eles apenas falavam coisas superficiais, e eu achei muito bacana da parte deles não tocar no assunto, como por exemplo (vocês são gays mesmo?), (vocês tão juntos quanto tempo?) ,(quando você se descobriu?) ou o pior (quem é o passivo e o ativo).

Bom depois que conversamos até tarde entre familiares, eu soube que Flavio estava dormindo e esteve chorando um bom tempo, fiquei feliz por isso, não vou mentir, ele mereceu. Quando já era umas 4 da manha resolvemos dormir. Eu dormi com o Carlos em um quarto separado, eu adorei dormir o nosso primeiro natal de conchinha ^^. Tirei muitas fotos, mas Carlos não quer que eu mostre, por que estou de cueca e ele é possessivo.

Fomos acordados pelo meu pai as 9 da manha, estávamos atrasados para pegar o vôo. Enfim, chegamos a tempo, pegamos o vôo e chegamos no rio depois de umas horas.

Enfim, não pude ver o Carlos nos próximos 5 dias pois, assim que nos separamos no aeroporto, simplesmente não conseguimos nos falar, nem por celular, nem MSN, nem nada, nem podíamos nos visitar, pois estava um inferno o transito. Mas eu consegui planejar uma coisa bem bacana no ano novo, demorei um pouco pra convencer meu pai a me deixar passar o ano novo com o Carlos, e no fim ele cedeu.

Ano novo:

Bom, encontrei o Carlos no apartamento dele, então nos vestimos de branco e fomos andando até o calçadão da praia pra ver os fogos, porque ele morava há poucas quadras do mar (rico é foda). Bla bla bla, papo vai papo vem e enfim, estouraram os fogos e foi bem bonito, ficamos de mãos dadas no meio da multidão, duvido que alguém tenha notado, eu e carlos nos abraçamos e nos beijamos, sem nem ligar pra o que acontecia em volta e 2 ou 3 pessoas pareceram notar, mas nem ligaram, continuaram a se abraçar com parentes e ‘feliz ano novo, pra cá e pra lá. Estouramos champagne, dos bem caros, porque vocês sabem né, tem gente que gosta de esbanjar.

Quando estávamos voltando para casa lá pelas 5 da manha recebemos uma ligação de jhow la de SC nos mandando feliz ano novo e um monte de coisas, ficamos felizes pela ligação dele e combinamos de sair qualquer dia assim que ele chegasse, ele ficou super animado e desligou, assim que chegamos em casa pude fazer uma homenagem para o Carlos, ele se sentou na no sofá para tirar os sapatos e eu liguei o som que já estava programado e o tirei para dançar uma musica linda que eu adoro (http://www.youtube.com/watch?v=VAhQWwNFDU4) eu gosto dessa musica muito mesmo, sempre me deixa feliz, e então ela se tornou mais especial aquele dia com ele, o meu amado.

Nós dançamos, agarradinhos como nos filmes, e eu podia sentir sua respiração pesada e seu coração acelerado, seu braços em minha volta, gente, não tem situação melhor na face da terra que eu conheça, é como se tudo se tornasse perfeito e nada mais importasse, eu era dele e ele era meu, mais nada, nada... uma hora eu olhei para ele e ele havia deixado escapar algumas lagrimas, ele me disse que eram lagrimas de felicidade. Naquele instante volto a dizer que nada mais importava, nem o fogos infinitos, nem o barulho do trio elétrico, dos bares a todo vapor e tudo mais, era ali que eu queria estar. Ali, mais lugar nenhum.

Agora já não estamos em 2010, estamos em 2011! Sim, 2011, o que quer dizer, que tem pilhas de historias pra contar, boas e ruins.

Bom, dia 5 de janeiro peguei uma gripe e fui me cuidar na casa do Carlos:

- eu to legal, é serio! – eu disse tossindo

- to vendo, você vai ficar sentado ai e não vai se levantar – eu estava sentado na cabeceira da cama dele com o nariz vermelho, todo catarrento, com dor em todo meu corpo e com febre.

- falando nisso onde você pensa que vai? – disse para ele meio nervoso.

- vou buscar remédios pra você seu lindo. – disse ele na maior falsidade.

- só isso?

- não, na verdade vou pegar remédios e mais alguma coisinha pra você pra você se distrair enquanto eu estiver fora.

- o que? Você me trás aqui pra sua casa pra me deixar me curando sozinho? Que legal, agora vi que você gosta MESMO de mim.

- eu vou sair, buscar seus remédios, voltar, e sair de novo. Mas é rápido.

-runf...

- eu tenho que conversar com meu pai... coisas urgentes sobre a posse da minha Irma. – disse ele se ajoelhando do lado da cama e fazendo bico.

Eu não consegui ficar bravo com ele.

- porque não consigo ficar bravo com você?

- por que sou lindo demais pra você conseguir.

- claro. Dããã. Porque não pensei nisso. – nós rimos

-bom, eu vou indo e já venho. Relax. Já volto. – disse ele indo para a porta

- mas, se você for, vou ficar sem sentir seu cheiro.

Ele parou, pensou um pouco e começou a tirar toda a roupa.

- o que você ta fazendo?

- dando um cheiro meu pra você. – ele pegou a cueca Box dele e pendurou no ventilador de teto, e ligou.

Eu não pude deixar de rir.

- pronto. Agora você e o quarto inteiro vão sentir meu cheiro maravilhoso.

Ele sorriu e pôs toda sua roupa de novo exceto a cueca, me deu um beijo de despedida e saiu voando pela porta.

Eu fiquei ali deitado vendo TV, e percebi que não fazem mais desenhos no cartoon network, como faziam antigamente, cadê os desenhos bons? Du, Dudu e Edu? A vaca e o frango? Jonny bravo? Laboratório do Dexter? Cadê? Simplesmente sumiram e foram substituídos por padrinhos mágicos? Wtf? Bom, de qualquer forma fiquei feliz por bob esponja sobreviver por 11 anos, bom fiquei vendo bob esponja e depois fui fazer um miojo porque já era quase 11 hrs da manha. De repente alguém entra na casa escancarando a porta, levei um puta de um susto.

Mas por sorte era o Carlos com uma sacola cheia de caixinhas de remédios. E outra cheia de coisas que não sei dizer o que eram de cara.

Ele entrou e logo atrás dele veio outra pessoa, um rosto conhecido e sorridente.

Jhow estava com ele. Trazendo uma outra sacola cheia de parafernalhas.

- jhow!! Iai cara, como você esta meu brother?

Abracei ele todo alegre e Carlos só olhando de canto de olho, achava isso muito lindo da parte dele.

- to bem, mas você eu já não sei, ta com uma cara de abatido.

- não to nada. mentira de vocês.

Ficamos conversado sobre as férias e tal. Até que Carlos falou:

- bom, preciso mesmo ir, meu pai precisa falar comigo urgente nessa reunião e vocês se cuidem em. e não se divirtam sem mim.

- ué? Você não ia ficar aqui com agente? Pra pirar um pouco? – perguntou jhow, meio desapontado.

- não posso mesmo, desculpem.

- ta, vai logo, nos deixe aqui sozinhos no escuro, tremendo de frio, sem amor nem carinho. – eu disse fazendo bico.

- ta bom, tchau. – Carlos girou os calcanhares e saiu voando.

- e o meu beijo? – gritei pra ele ouvir.

- já te dei demais, vai ficar sem seu egoísta! – ele riu e saiu fechando a porta.

Ficou aquele silencio chato então jhow puxou assunto.

- e então que quer fazer a tarde toda? - ele começou a guardar as sacolas.

- bom, eu não posso sair dessa cama, não muito pelo menos então correr na praia não rola hoje. – eu disse sorrindo.

Ele ficou me olhando um tempo e disse.

- você tem um belo sorriso. Serio mesmo.

Eu fiquei meio envergonhado e apenas agradeci com a cabeça.

- não se preocupe não to dando encima de você.

Alivio

- serio? Porque não? Não sou sexy? – brinquei com ele.

- ohhh. Com certeza você é sim. – ele me devorou com os olhos. – mas eu não daria encima de um amigo meu, ainda mais comprometido. Odiaria desmanchar o relacionamento tão lindo de vocês. – ele sorriu tão verdadeiramente que não duvidei de uma palavra sua.

- muito obrigado cara. Bom saber que você pensa assim da gente. Me sinto lisonjeado. E não esquente agente arranja alguém pra você. Você também é lindo, consegue de boa.

- lindo? Só se for de costas. - disse ele tirando um pote de sorvete da sacola. E uns filmes também.

- pra que tudo isso? – perguntei feliz da vida pelo sorvete. Adoro sorvete, pode até ser de alface que eu como de boa.

- pra gente, Carlos me disse que você ta com a garganta boa, então não tem problema tomar sorvete com essa gripe.

- demoro!

Ele correu na cozinha pegou duas colheres jogou o sorvete em mim e foi escolher um filme.

- que filme você quer?

Ele falou alguns, mas não lembro de cabeça.

Acabamos assistindo um filme de guerra, chato pakas.

Quando acabou o filme ficamos conversando sobre um monte de coisas e eu tive uma idéia, pegamos o notebook do Carlos e começamos a ver vídeos engraçados na net. Vimos, uns vídeos bem bacanas, esse vídeo não existia naquela época, descobri ele recentemente e coloquei aqui pra vcs darem uma olhada, achei super legal, não tem nada a ver com a historia, mas acho bacana. (http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=BoXl00-h3aw)

Vejam também, patthy que te pariu, no canal galo frito, também recomendo, ela só fala merda. Ficamos rindo um monte e foi uma tarde bem proveitosa, exceto pelo ranho e espirros a todo momento. E daí as coisas começaram a dar errado.

Nós começamos a assistir um filme chamado se beber não case, é um filme legal, mas se vc estiver deitado vc dorme com toda certeza, e foi assim que nós dois caímos no sono, eu nem me lembro direito como dormimos, ele estava do meu lado, não muito perto quando estávamos vendo o filme, eu simplesmente apaguei e não lembro de muita coisa.

Só me lembro do Carlos entrando em casa e me vendo dormindo na mesma cama que o jhow, na mesma coberta e quase abraçados, nossa, não gosto nem de lembrar da cara de decepção que ele fez ao entender tudo errado, eu acordei e ele estava nos olhando com uma cara de... eu nem sei descrever do que, uma cara tão decepcionante, tão triste, ele tinha olhado e pensado tudo errado. Jhow acordou também e viu nossa situação e a primeira coisa que ele disse foi

- Carlos, calma vey, não foi nada, juro, agente não fez nada...

Mas era tarde demais, Carlos com os olhos cheios de lagrimas saiu do quarto batendo a porta. Eu no desespero todo sai da cama correndo com tudo, mas esqueci que estava doente, não consegui ir muito longe, estava totalmente lezado, maldita gripe que não deixa agente caminhar direito, eu mal passei do corredor, enquanto Carlos já estava fora do apartamento. Eu entrei em desespero, não conseguia ir atrás dele, mal conseguia chamá-lo, um nó se formou na minha garganta, jhow, saltou do meu lado e disse:

- eu vou acha-lo e flar com ele. – ele disparou atrás do Carlos, enquanto eu sentava no chão do corredor com um forte enjôo, quase vomitei ali mesmo. Parecia uma espera sem fim, ficar ali, sentado olhando para a parede e sem fazer nada, enquanto meu amor pensava que eu era um traidor sem coração.

Logo jhow entrou com tudo no apartamento, eu esperava poder ver Carlos entrnado logo atrás dele, mas não veio.

Jhow me olhava com cara de culpa.

- foi tudo culpa minha, que droga! – disse ele sentando do meu lado.

- nada a ver, não é culpa de ninguém.

- aff vey, não acredito nisso. Estraguei tudo !

Eu estava meio zonzo ainda.

- onde ele esta? – perguntei.

- eu o alcancei no saguão, ele não quis me ouvir, apenas pegou um taxi e disse pro taxista que ia pro shopping aqui perto.

- eu vou atrás dele. – disse me levantando.

- mas ta chovendo, e vc ta ruim, não vai não.

- vou sim. Não tente me impedir.

- não vou, mas quero que tenha juízo, não faça nada que ponha vc em risco.

- é só uma gripe eu vou sobreviver.

Eu sai dali desci cambaleando até o estacionamento e peguei minha moto, se soubesse o que iria acontecer em seguida, não teria pego...

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive summer nights a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Nossa muito legal seu conto é demais sem palavras lindo sensacional nota 1000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000

0 0
Foto de perfil genérica

Putz cara, depois de 5 min q eu li seu conto eu tava ouvindo Avril Lavigne e pensei "merda, ele sofreu tm acidente?". cara seu conto é mto bom, 10 é claro. me add no msn pf: danilo_gueriguel@hotmail.com

0 0
Foto de perfil genérica

Ja descobri o obvio no minimo o Carlos tava agarrrado c alguem, se beijando. Ta ficando chato, todos contos a mesma coisa

0 0
Foto de perfil genérica

muito lindo nao demora postar a continuaçao

0 0
Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

Estou muito curioso pela continuação...seu conto esta ótimo.Continua logo

0 0
Foto de perfil genérica

Demorou einn u.u... É esta muito bom, continua logo *-* !!!

0 0
Este comentário não está disponível