Um Amor Invulgar II

Um conto erótico de Sonhador
Categoria: Homossexual
Contém 2204 palavras
Data: 02/03/2012 21:02:49
Assuntos: Gay, Homossexual, Romance

Olá pessoal obrigado pela força e pelos votos. Aqui vai o segundo Capitulo.

O JANTAR

Capítulo II

Stive saiu do escritório de Stuard encabulado e confuso com as sensações que ele despertava nele. Passou pela srta. Carter e apenas fez um gesto de adeus com a mão e nem lhe deu tempo de perguntar nada.

Chegou a sua sala rezando para que o amigo já tivesse ido embora e não ter que falar com ninguém neste momento. As suas preces foram atendidas. Luck já se tinha ido embora e deixou um papel com uma mensagem: “amigo tive que ir embora, porque tenho um compromisso, mas manhã falamos e quero saber tudo. Ah! Podes me dar os parabéns eu consegui o cargo…já sei que não fomos chamados para o mesmo. Abç.”

Stive saiu da empresa ainda pensado numa desculpa para não aceitar a proposta de Stuard. Mas por mais que desse voltas a cabeça não encontrava uma desculpa suficientemente convincente.

Chegou a casa, num apartamento muito bonito e aconchegante, que na maioria das vezes achava grande demais para ele sozinho e até já tinha pensado em dividi-lo com mais alguém mas ainda não tinha encontrado a pessoa certa.

Tirou a roupa e encaminhou-se para a casa de banho, mas antes de chegar a porta o telefone tocou. Pensado que fosse o Luck decidiu que não ia atender e ele que deixasse mensagem no atendedor. Porém a pessoa insistia muito. Stive decidiu atender, mas antes que tivesse apanhado os auscultadores ouviu a voz de Stuard. “Olá, Stevie, aqui é Stuard, desculpa estar a ligar-te mas é que esqueci-me de te dar o meu endereço. Street Henrique VIII, porta 32. Ao chegares toca a campainha e a porta há-de de abrir-se automaticamente entre e dirige-se para a porta principal.”

Stive acabou de ouvir as informações mas, não se atreveu a atender o telefone. Ficou como que paralisado pela voz de Stuard que parecia ter invadido a casa toda.

Depois de ter voltado a realidade foi para o banho e para se acalmar, decidiu que tomaria um banho frio. A agua deslizava pelo seu corpo relaxando todos os seus músculos e diminuindo a ansiedade de encontrar-se com Stuard.

Saiu do banho e sentiu-se outra pessoa, olhou no espelho confiante, e disse para si mesmo que se tinha enfrentado o seu pai e o seu irmão podia muito bem enfrentar Stuard Bretson.

Escolheu um conjunto muito elegante e informal para o jantar. Umas calças creme e uma camisa de manga curta preta. Sentiu-se incrivelmente sexy e um pouco ousado, mas já tinha decidido que não ia mudar, já que Stuard tinha dito para ir com traje informal.

Apanhou a chaves do carro e nem esperou pelo elevador e desceu as escadas cantarolando. Entrou no carro e seguiu para o endereço que Stuard havia indicado. Quando chegou a parto da grande mansão Bretson sentiu-se um tanto intimidado, a casa revelava o seu dono. Era um edifício muito antigo com colunas a entrada que fazia lembrar um grande templo romano com grandes árvores e muitas flores parecia uma casa dos contos de fada. Tocou a campainha a porta abriu-se num instante e deixou deslizar o seu carro para o interior do pátio. Stuard apareceu a porta acendo com um sorriso amplo, parecendo que tinha acabado de ganhar uma grande batalha. Caminhou em direcção de Stive e cumprimentou-o estendendo a mão. Estava vestido informalmente com uns jaens e uma t-shirt azul, tinha os cabelos molhados parecendo que acabara de sair do banho.

- Olá, Stive…bom posso tratar-te por tu? Afinal estamos fora da empresa.

- Com certeza sr…

- Nada de senhor se te posso tratar por tu, deves fazer o mesmo.

- Ok, está bem Bretson…

- Stuard por favor…

- Ok, Stuard.

- Vamos entrar?

Stuard indicou o caminho para Stive, colocando a mão no seu ombro. Stive sentiu uma descarga eléctrica percorrer a sua espinha e arrepiou. Stuard notou a reacção de Stive e retirou a mão achando que estava a incomoda-lo.

A casa era realmente estupenda. Stive estava acostumado a requinte e riqueza mas, nada que se comparasse a casa dos seus pais.

- Queres beber alguma coisa, Stive? – perguntou Stuard.

- Água, por favor…

- Água? Eu pensei que teria motivo para comemorar, por isso tomei a liberdade de preparar um vinho…

- Comemorar? Eu ainda não decidi…

- Bem, se vieste até aqui é porque a resposta que me tens a dar é positiva. Afinal eu consigo tudo o que quero e acho que tu também queres. Não ias perder uma oportunidade destas na tua idade…vinte e quatro não?

- Vinte e três…e é por isso mesmo que decidi não aceitar, por eu ser muito novo para dirigir um grupo este que o senhor propõe.

- Voltaste novamente as formalidades eu disse-te que hoje estas proibido de tratar-me como se estivesses na empresa. Pensa na oportunidade que tens. Os teus pais iam ficar muito orgulhosos de ti…

- Meus pais! Minha mãe morreu a cinco anos… meu pai só quer saber do meu irmão mais velho que faz tudo o que ele quer. Ser advogado como ele.

- Então, és a ovelha negra da família que não seguiu os passos do clã? – brincou Stuard.

- Basicamente, sou isso… - respondeu Stive mais descontraído. E Stuard notando que estava mais relaxado estendeu-lhe o copo e este acabou aceitando. Bebeu quase tudo de uma vez…e com certo humor Stuard acrescentou:

- Calma a noite só está a começar.

- Desculpa é que estou um pouco nervoso…

- Estás com medo de mim ou do trabalho…?

- Medo de ti, porque?

- Não sei, parece que tenho este efeito nas pessoas.

- Convencido, tu hien…

- Eu tenho os meus motivos. Então façamos um brinde ao teu novo emprego? Ou preferes saber antes quanto é que vais ganhar?

- O dinheiro para mim não é problema, e não estou desesperado. Além do mais já tenho um emprego esqueceste?

- Não claro que não me esqueci, mas podes ficar ainda melhor posicionado em relação ao que tens agora. E podes provar ao teu pai que escolheste bem o teu próprio caminho.

- Deixa o meu pai fora disso, não preciso de provar nada a ninguém.

- Desculpa não sabia que não podia tocar neste assunto.

- Podes tocar a vontade, eu já deixei a muito tempo de querer provar o que quer que seja ao meu pai, eu confio em mim mesmo e sei que posso vencer.

- Então agarra esta oportunidade. Se eu não confiasse nas tuas capacidades não te ofereceria este cargo – disse Stuard aproximando mais de Stive. Colocou a mão não seu ombro e este baixou a cabeça. Segurou-lhe o queixo e obrigou-lhe a olha-lo nos olhos. O que Stive viu deixou-o desconsertado e afastou-se bruscamente.

Stuard incomodado pela reacção de Stive e procurou conter-se mas era-lhe impossível estar perto dele e não querer toca-lo. A sua pele macia convidava para toca-la, acaricia-la. Os seus lábios era um convite apara o beijo. Desde que o viu entra a na sua sala que desejou tocá-lo e beija-lo…

Stive estava confuso, será que Stuard queria o mesmo que ele? Será que homem aquele estava a tentar seduzi-lo. Pelo que tinha ouvido dele tinha todas as solteiras de Londres a seus pés! Porque então estes gestos?

Quem quebrou o silêncio foi Stuard.

- Mais um pouco de vinho?

Stive apenas estendeu o copo sem dizer nada.

- Obrigado.

- De nada vamos, comer?

- Sim, se não te importas…

Stuard estava tenso com o clima que acabou por criar e não sabia como pôr Stive a vontade com antes. Ele parecia nervoso e com medo. Havia muita tensão entre os dois. Ao voltar para indicar o caminho para Stive. Ambos abriram a boca para dizer algo…

- Eu… – começou Stive.

- Por…- ia a dizer Stuard.

- Desculpa, tu primeiro – disse Stuard.

- Não tu primeiro…insistiu Stive.

- Desculpa se eu te pressionei. É que tenho andado muito tenso com este assunto e gostaria de resolve-lo o quanto antes, porque tenho que viajar amanhã no fim da tarde e devo dar uma resposta aos meus sócios na nossa reunião da noite e tinha prometido, que resolveria o assunto.

- Sinto muito – disse Stive.

- Bem, vou dar um jeito. Vamos jantar que estou faminto.

- Eu também – disse Stive sorrindo, agora já mais descontraído.

- Fiz uma grelhada com salada fria, gostas?

- Adoro grelhada, aliás é o meu prato preferido!

- Óptimo! É o meu também.

- A serio?

- Sim eu gostava muito quando saía com os meus colegas de faculdade para irmos a praia para fazer as nossas festas privadas, eu era sempre o cozinheiro de serviço.

- Hum, não sabia que tinhas tantos dotes, além de seres um empresário de sucesso.

- Tenho mais dotes do que possas imaginar.

- Imagino…

- Bem mas, isto vais ter que descobrir depois.

- Não tens que me provar nada, Stuard eu acredito em ti.

- Mais um pouco de vinho?

- É melhor não, já tomei duas taças é o suficiente. Além do mais não sou um bom bebedor, fico bêbado com pouco e vou conduzir.

-Eu posso te deixar em casa, e manhã vens buscar o teu carro ou podes dormir aqui, a casa é muito grande.

- Não acho boa ideia, dormir na casa do patrão e muito menos a de me levares a casa.

- Porque?! Eu não vou te atacar durante a noite e obrigar-te a trabalhar para mim - Balbuciou Stuard.

- Não eu não tenho medo de ti, mas sim de mim…o que quis dizer é que vou estranhar a minha cama.

- Já sei, tens alguém a tua espera?

- Não, já te tinha tido que não. Sou livre como um pássaro sem nada que me prenda.

- Então, não percebo…és sempre tão rígido contigo?

- Às vezes...

- ok. Como queiras. Eu quero que tu te sintas bem comigo e sem pressões.

- Eu estou bem…

- Prova…

- Como?

- Bebe mais um pouco de vinho e faça-me companhia, eu não gosto de beber sozinho.

- Está bem, está bem, me convenceste.

Stuard levantou-se para servir Stive e este segui-lhe com os olhos. Por momentos seus olhares encontraram-se e Stive sentiu novamente aquela descarga eléctrica que sentiu quando ele lhe tocou a momentos atrás.

Stuard sorriu revelando os seus dentes brancos, parecendo que queria devora-lo. Stive procurou afastar estes pensamentos.

- Obrigado.

- De nada é um prazer servir-te – disse Stuard com voz rouca.

O resto do jantar correu maravilhosamente bem e Stive sentiu mais a vontade muito por culpa do vinho.

- Bebes café ou chá?

- É melhor não porque já e tarde e amanhã preciso de tratar de umas coisas bem cedo.

- Amanhã é sábado e não tens que trabalhar...

- Como já te tinha dito tive que deixar umas coisas por concluir e trouxe-os para casa para terminar.

- Será que por um momento podes esquecer o trabalho e descontrair!? - Disse Stuard bem-humorado.

- É quase impossível com o chefe que tenho.

- Eu, sou assim tão exigente? Nem sequer queres trabalhar para mim!

- Mas eu já trabalho por ti…

- Não trabalhas para a Bretson Compagnie, esta empresa é familiar e não é minha, enquanto que, a sucursal vai ser. Prometo que se fores trabalhar para mim vou dar-te um dia folga sempre que pedires.

- Ah ah ah ah ah. Não precisa tanto. A tua proposta é tentadora…

- Então aceita, por favor… bom não te posso deixar ir embora sem te fazer uma ultima proposta eu pago-te este valor - Stuard entregou-lhe um papel com um numero de sete dígitos. Stive ficou perplexo.

- Não, não posso aceitar isto, Bretson…

- Gosto quando pronúncias o meu nome, assim…

- Não sejas parvo. Eu não posso aceitar uma oferta desta. Não é justo.

- Vá lá, então trabalha para mim, ou implorar-te de joelhos.

- Stuard Bretson, não te atrevas a fazer isto – tarde de mais Stuard, já se tinha ajoelhado aos seus pés.

- Stevie Stonson, trabalha para mim. Stive ficou sem jeito perante esta atitude de Stuard e disse:

- Stuard, levanta-te daí por favor não sejas parvo.

- Só levanto-me quando ouvir o teu sim…

- Sim, sim eu trabalho para ti.

- Eu não ouvi bem…

- Stuard Bretson, eu trabalho para ti.

Os olhos de Stuard brilharam como uma criança que tinha acabado que ganhar a prenda que tanto desejava. Levantou-se eufórico e abraçou Stive. O contacto deixou Stive com o corpo rígido e cheio de desejo. Stuard foi afastando lentamente de Stive notando que tinha ficado perturbado com aquele abraço. Olhou-o nos olhos e não conseguia dizer nada. Stive gaguejou.

- S…sim.

Neste instante Stuard foi se aproximando dos lábios de Stive. Tocou primeiro com a ponta dos dedos e depois aproximou para beija-lo. Stive sentiu-se fora de si. Quase que desmaiou, nunca tinha sentido tal sensação. De repente ficou sem chão, sentiu as pernas bambas, o corpo a tremer. Stuard insistia no beijo e depois sentiu a correspondência de Stive lentamente. Era a primeira vez de ambos a beijar um homem. Era uma sensação fora do comum. Algo completamente novo. Stuard nunca se imaginou a beijar outro homem, aliás, achava impossível. Mas ali estava ele a beijar um rapaz que acabara de conhecer e era correspondido. Aos poucos foi recobrando a consciência a voltou a realidade e Stive afastou-o bruscamente.

- Isto não podia ter acontecido - disse com os olhos cheios de lágrimas. – Como é que foste capaz de fazer isto comigo?

Quem não sonha ser beijado assim?

Mas porque Stive teve esta reação. isto vamoa saber no proximo capitulo.

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Comentários

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Por acaso achei sua história.. Tenho por habito seguir alguns contos cujos altores me tornei fã. Sem sombra de dúvida agora tenho mais um autor para seguir .. Adoro a qualidade de uma boa bescrita. Saber fazer uso da palvra escrita pra mim é uma arte e vê-la bem utlizada por veias tão criativas é melhor ainda.Li todos os seu contos de única vez.

Todos sabem que este site é de contos eróticos mas como amante de uma boa leitura, ao navegar por aqui encontrei, como já disse, autores, assim com você que sabem fazer a união perfeita entre bom enredo, a sensualidade, e o erotismo sem a vulgaridade característica existente, na maioria das vezes. neste tipo de site.

Por tudo que já falei acho 10 pouco mas...não há nota maior.rsrsrss

LAMENTO QUE TEUS ESCRITOS NÃO ESTEJAM AINDA ENTRE OS MAIS LIDOS.

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