A história de nós três - 2x18 - "Perigo"

Um conto erótico de My Way
Categoria: Homossexual
Contém 2790 palavras
Data: 08/03/2012 08:32:23
Última revisão: 09/03/2012 03:57:52

Olá galerinha esperta, então como vocês sabem o conto está chegando ao final. E como sempre gosto de mesclar vídeos e textos. No final desse conto vai ter um momento interativo com um vídeo, sei que muitos não tem acesso ao youtube, por isso que amanhã (9), eu publicarei a parte do texto nesse mesmo conto. Gosto de inovar... e espero que vocês não fiquem chateados comigo. Um super abraços... e aproveite. E aproveitando e deixando um Feliz Dia das Mulheres para todas!!!!!!

Na manhã seguinte acordei os meninos cedo, eles ficaram meio relutantes no inicio, mas acabaram levantando. Tomamos um café reforçado e fomos à casa do João. A mãe dele muito gentil nos preparou uma cesta com lanche para comermos no caminho. Na estrada tocou a música This Little Light of Mine. Para que não conhece é uma música que diz traduzindo – Minha pequena luz, vou deixar... Em todo lugar que eu for, vou deixar brilhar. É uma música linda que fala para nós deixarmos a nossa luz, a nossa bondade comandar a nossa vida. Quem tiver oportunidade procura no youtube.

Começamos a cantar todos juntos no carro. Um momento gostoso que faz a vida valer a pena. Chegamos ao nosso destino e eu pedi para o Phelip ir acertando o aluguel do barco. O João estava um pouco nervoso, brinquei com ele falei que não ia estupra-lo ou bater nele, ele ficou meio sem graça e riu da situação. Entramos no barco e eu preparei as pranchas, iriamos fazer wakeboard. Percebemos que o João ficou animado com a oportunidade de estar tendo uma tarde agradável, sem ser julgado pelos atos do passado.

Entramos na água e eu arrumei as pranchas nos pés dele. Perguntei se ele tinha força no braço e pedi para ele segurar firme. O Phelip já estava acostumado, sempre fazíamos aquilo. No inicio foi difícil para o João se segurar e manter o equilíbrio. Pedi para ele ficar calma, relaxar e lembrar de como era quando ele surfava.

- Você consegue. Não desiste por favor!!! – falei levantando ele novamente. – Vai Phelip!!!!

O João começou a chorar, fiquei meio preocupado quando ele conseguiu se levantar sozinho e começou a arriscar algumas manobras, e naquele momento o riso e o choro entraram em contraste. Quem já praticou Wake sabe a sensação de liberdade que dá o vento no rosto com a água, é muito bom. E eu acho que há muito tempo o João se divertia, ele caiu e eu pedi para o Phelip parar. Nadei até ele e o puxei de volta para o barco. Ele estava chorando e nos agradeceu, falou que se pudesse voltar no tempo ele não teria agredido o rapaz, e sim o defendido.

- Ei tudo bem. Às vezes as coisas acontecem por algum motivo. Você ainda pode ter muitas oportunidades na sua vida... é jovem. Vai se encontrar. – falei tirando o colete salva vidas dele.

- Obrigado Pedro. – ele falou me abraçando.

- Não tem de que... eu estou com fome, vamos devorar a cesta que a tua mãe mandou.

Fizemos um piquenique no barco, conversamos e rimos bastante. Apreciamos o sol. O vento. Os meninos foram para o outro lado do barco e nós ficamos conversando por algum tempo. Ele me disse como foi que a namorada o deixou, que ele ficou em depressão, que sua história virou noticia pela cidade e que as pessoas achavam que era castigo de Deus. Ele perguntou como foi para eu e o Mauricio brigarmos. Quando terminei de contar ele começou a rir.

- Que bom que a minha dor para você se torna alegria. – falei tomando um suco.

- Não é isso... deixa eu explicar... vocês se amam, e por causa de um beijo se separam... isso é no mínimo ridículo. Posso ser cego, mas ganhei um sexto sentido e tenho certeza que você ainda ama o seu marido da mesma forma... se não mais forte do que antes.

Continuamos a conversa por algum tempo e já estava queimado do sol. Fomos a praia e lanchamos mais. Era fim de tarde e pegamos o inicio do pôr-do-sol.

- Pedro... como está o Pôr-do-sol.... sem mentiras....

- verdade verdadeira... está laranja... quase vermelho... o mar reflete como se fossem raios de ouro tentado retornar para o céu... o sol está fraco, dando espaço para a lua... você já foi sufista e com certeza já viu milhares assim... use a sua imaginação. – falei abraçando ele. – Opa desculpa.

- Não tudo bem... você pode.

Eu o levei para casa e nós ainda ficamos alguns minutos, os meninos queriam trocar de roupa e tomar um banho.

Também tomei o meu e a mãe dele preparou um lanchinho para a viagem. O João me deixou na porta da casa dele e nos despedimos.

- Pedro, você não sabe o quanto eu tenho para te agradecer.

- Não João... é justamente o contrário. Eu aprendi tanto com você. Com seus erros, seu arrependimento. E não se preocupa, toda vez que eu vier aqui eu venho te pegar. – falei abraçando ele. – Agora deixa eu ir antes que fiquei tarde para pegar a estrada.

- Ok... e quando voltar passa aqui em casa, e me liga também. E Pedro... não deixa a raiva tomar conta da sua vida... fala com o teu marido, tenta se acertar... tudo vai ser bem melhor.

- Não se preocupa, todas as vezes que eu vier para cá, eu vou te levar lá pra casa já te disse garotinho, você vai ter o prazer de conhecer os loucos da minha família. – falei.

- E eu quero te ver com o Mauricio da próxima vez...

- Ver? – falei segurando o riso.

- Ahhh você entendeu!!! Um amor como o de vocês... é para sempre!

“Minha pequena luz... vou deixar brilhar... vou deixar, vou deixar, deixar brilhar”

Interior de São Paulo

- Mulher!!!

- Oi Felix. – falou a mãe do Duarte assustada.

- É hoje que aquele viadinho chega? – ele perguntou áspero.

- Para de falar assim do meu filho!!!

- Só pode ser mesmo o teu filho, pois, tá todo mundo falando dele... que ele se pega com o irmão daquele outro gayzinho que cuidou de mim no hospital.

- Nós temos que apoiar nosso filho!

- Quer apoiar porra nenhuma... eu quero ver aqueles viados mortos!!! – ele gritou.

- Não pelo amor de Deus!!! – ela gritou tentando segurar ele.

- Saí daqui!! – ele esbravejou agredindo a mulher. – É culpa sua!! Dele ter virado um viadinho!! – ele gritou dando vários chutes e deixando sua esposa no chão desmaiada.

Na estrada sentimos o cheiro gostoso da floresta, era uma viagem tranquila e eu acho que eu havia encontrado a resposta que eu queria. Quando meu celular deu sinal, liguei para o Mauricio levar o Paulinho para casa, a chave estava na minha mãe, pois, eu já estava chegando. Passamos no supermercado para comprar algo para o jantar. Chegamos e os meninos estavam famintos, decidi não passar na casa da minha mãe, pois, o Mauricio já estaria me esperando em casa.

Quando eu entro sinto um forte odor de gasolina na casa e o Paulinho estava brincando no chão, corri e peguei o meu filho. Me assusto ao ver o Mauricio deitado no sofá com a cabeça sangrando. Olho para o lado e sinto um baque forte na cabeça e desmaio. Acordo com o choro do meu filho, eu estava com as mãos amarradas, sentado no sofá ao lado do Mauricio, Duarte e meu irmão. Os meninos estavam assustados com a boca e os pés e braços atados e eu estava procurando o Paulinho, o meu filho estava brincando perto dali.

Não estava entendendo o que estava acontecendo e comecei a cutucar o Mauricio para ele acordar. Depois de muito esforço o Mauricio acordou assustado.

- O que... onde?

- Você está bem? – perguntei.

- Defina bem? Minha cabeça... onde está o Paulinho.

- Calma... agora eu preciso que você desamarre essa corda do meu braço.

- Pera aí... – disse ele se concentrado e conseguindo me livrar das cordas.

Rapidamente tirei as cordas do meu pé e desamarrei o Mauricio, pedi para ele levar os dois meninos para fara de casa, coloquei o Duarte no seu ombro esquerdo e o Phelip no direito e abri a porta. Pedi para ele ir na frente enquanto eu pegava o Paulinho. Corri e segurei o meu filho em meus braços. Percebi que a casa estava cheio de gasolina e tomei um susto ao me deparar com um homem grande e forte. Aparentemente ele estava bêbado, ele conseguiu de alguma forma trazer o Phelip e o Duarte para dentro de casa novamente.

- Vocês viados sempre se escondendo!!

- O que você quer de nós? Pode levar é dinheiro? É o carro? Apenas não machuque ninguém. – falei indo para trás e segurando firme o meu bebê.

- Ei moleque acorda. – ele disse batendo na cara do Duarte.

- Hum... o que aconteceu? Pai? O que o senhor faz aqui? – ele disse tentando se soltar das cordas.

- Você achou que eu não ia desconfiar viado!!! – gritou o homem dando em seguida um chute no filho.

- Para pai!! – ele gritou chorando.

- Para!! – gritei.

- Vocês viados são um bando de merda... Eu quero que vocês apodreçam no inferno!!

De alguma forma o meu irmão conseguiu se soltar das cordas e atacou o pai do Duarte, enquanto eu desamarrava o menino. Depois de alguns minutos de luta o meu irmão foi praticamente lançado em cima da gente e caímos no chão. Corri e peguei o Paulinho novamente.

- E agora viados... o momento final do nosso show!! A queima de fogos!!! – ele riu descontroladamente.

- Pai!! Para com isso pelo amor de Deus!!! – disse o Duarte se aproximando e sendo arremessado em nossa direção.

- Ele está louco!!! Ele está jogando gasolina no chão!!! – gritou o Phelip.

- Meninos afastem-se ele vai acender o isqueiro.... corram!!! – gritei levando eles para uma parte afastada da sala.

O fogo se alastrou rapidamente. O pai do Duarte simplesmente sentou próximo a parta com uma garrafa de whisky e ficou comemorando, enquanto muitas pessoas se aproximaram e ligaram para os bombeiros, não demorou muito para a minha mãe e meu pai chegarem, desesperados. Pouco tempo depois, o Mauricio acordou e avisou a todos o que haviam acontecido, os moradores pegaram o pai do Duarte e deram uma surra nele e o amarraram com uma mangueira do meu jardim.

Dentro de casa o fogo se alastrava de uma maneira como eu nunca imagina e todas as portas e janelas estavam bloqueadas com tabuas. Tentamos tirar em vão.

- Pedro!! Nós Vamos morrer... ele jogou gasolina em tudo que é canto. Teu pai é louco? – perguntou o Phelip tentando manter a calma.

- Segura o Paulinho Duarte.... Duarte!!! – falei olhando para ele. – Temos que nos acalmar agora. Preciso que você segure o Paulinho para mim. – falei entregando o bebê.

- Phelip me ajuda aqui... por trás dessa parede de gesso conseguimos alcançar as escadas, podemos esperar ajuda lá em cima. – falei pegando um castiçal de vela e batendo contra a parede.

Com muita dificuldade conseguimos quebrar a estrutura de gesso, mas para o nosso desespero o fogo já estava na parte de cima. Ele já havia colocado gasolina em toda casa, mesmo assim pedi para subirmos, pois, em baixo já estava ficando quente. Ao chegar ao meu quarto percebi que ele havia tapado todas as entradas com madeira.

- Nós vamos morrer queimados!! – o Duarte gritou assustando o Paulinho.

- Pedro... o que nós vamos fazer?! – gritou o Phelip.

O tempo parou na minha frente, eu não era mais uma criança ou um adolescente, haviam pessoas que dependiam de mim naquela situação não poderia me deixar abalar. Levei eles para o banheiro e liguei a torneira da banheira e meti eles lá dentro, fui até o frigobar do meu quarto e peguei todo o gelo, suco, água congelada e taquei na banheira também. A fumaça já estava tomando conta de todo o quarto, peguei o ventilador e coloquei no basculante e liguei no máximo. Voltei no quarto e já estava um pouco zonzo devido a fumaça, peguei um respirar que ajuda o Paulinho quando ele estava com o nariz entupido e fechei a porta.

- Vamos... usar um pouco cada um... eu quero que vocês dois se deitem na banheira, precisamos ficar bem próximo ao chão, já que o ventilador está levando a fumaça para fora. Fiquem calmo a ajuda está vindo. – falei deitando no chão.

De repente uma grande explosão e todos nós nos assustamos. Saí do banheiro para ver o que era, e eu olhei havia um grande rombo no chão. Eu vi naquele momento uma oportunidade de escapar daquele inferno. Tirei todos da banheira, usei vários lençóis para usar como corda e conseguimos descer pelo buraco. Quando chegamos na cozinha, tudo estava destruído. Fiquei horrorizado tudo o que eu havia construído com o Mauricio estava se acabando em chamas, a porta estava na mesma situação, cheia de madeira, os meninos estava pretos e suados e eu percebi que o Paulinho estava dormindo. Sentamos no chão e eu comecei a chorar... o Duarte abraçou o Phelip, estávamos nos entregando, eu estava cansado, queria dormir.

- Ei!!! Você vai desistir agora? – o Paulo falou se aproximando de mim.

- Desistir do que... acabou... acabou o jogo!! – falei chorando.

- Olha para os teus braços... – ele disse.

Olhei e o Paulinho estava dormindo.

- Você precisa ser forte, eu não quero te encontrar agora!!! – ele disse me dando um tapa.

Reuni todas as forças do meu ser e consegui de alguma forma tirar as tabuas que estavam pregadas na porta. Procurei as chaves e elas estavam no meu bolso consegui abrir e tirei todos de dentro.

Momento interativo

- https://www.youtube.com/watch?v=58pGXlNtWcg&feature=channel -

Esse texto está no vídeo -

O primeiro que nos viu quando demos a volta pela casa foi o meu pai que saiu correndo em nossa direção, eu o abracei e o beijei. Minha mãe também correu e abraçou o Phelip.

O Mauricio estava sentado na calçada chorando muito, eu me aproximei e entreguei o Paulinho para ele. Ele correu para uma ambulância com o nosso filho nos braços e começou a atendê-lo.

Minha irmã veio a meu encontro e me deu um saco de leite para eu tomar. Falei que estava bem, mas ele praticamente me jogou numa maca e começou a me atender. Eu virei para o lado e vi o pai do Duarte sendo carregado pela policia ensanguentado.

O Phelip e Duarte estavam abalados, mas estavam bem. A rua estava cheia de curiosos e eu levantei e corri para ver como estava o Paulinho. O Mauricio falou que tinha que levar ele para o hospital.

Eu estava totalmente sujo e cansado, mas fui na ambulância. Encontrei com a Marcela no corredor e ela se aproximou de mim. Ela disse que o meu filho ficaria bem, porque, apesar dos nossos impasses, ela não deixaria meu filho na mão.

Olhei pela janela do Pronto Socorro e vi o Carlos fazendo um curativo nas mãos do Mauricio. Meu pai disse que ele tentou entrar várias vezes, mas foi impedido pelo vizinhos. Quando ele saiu eu abracei e chorei muito. Ele disse que ia dar tudo certo que o nosso filho era forte.

A Polícia nos investigou e fez várias perguntas. Quando dei por mim estava de dia, não havia pregado o olho. Meu irmão estava dormindo e o meu filho estava bem. Fui até o escritório do Mauricio e não estava sala.

A minha mãe trouxe uma carta do Mauricio. Eu abri meio receoso... respirei fundo e comecei a ler.

“Pedro,

Tantas palavras ditas e quantas promessas desfeitas, eu sei que eu tenho culpa nisso. No que aconteceu conosco, mas eu falo, eu não te odeio... Eu sempre vou sentir um carinho muito grande por você. Eu cometi um erro, eu sei. Mas espero que esse tempo sirva para a gente refletir no que queremos mesmo da nossa vida, e quanto aos meninos, eles devem ficar com você. Uma pessoa guerreira e cabeça dura.

Quanto ao que aconteceu hoje... Está tudo bem, o nosso filho está bem. A Marcela o atendeu perfeitamente. Hoje eu senti a mesma coisa que eu já senti há anos atrás, mas com um peso a mais. Eu iria perder você e o Paulinho. Seria dor demais. Eu sei que o Paulo vai ficar bens, estou indo para São Paulo e depois eu vou para o Rio de Janeiro passar um ano.

Eu sempre te amei. E nunca te trai. Viva uma vida plena, Deus te ama muito.”

"O que eu farei? Vou peder o grande amor da minha vida? Agora que eu já sei tudo... o que eu devo fazer?"

*Se vocês curtiram, por favor comentem e votem no meu conto e ajudem a divulgar também para amigos e colegas. Agradeço vocês e boa leitura.

Se tiver dúvidas ou comentários podem enviar para o email:

contosaki@hotmail.com

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Comentários

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sua historia é perfeita!!! amei a primeira musica pois sou fã doo bruce, e a do video nem se fala eu adoro!!!.pena a nota máxima ser 10 pq eu queria te dar 100000000000000

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Que coisa triste. Só você consegue me fazer chorar

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Oin Meu Deus é uma pena ver isso... por que existe gente para tudo nesse mundo... caramba... as pessoas tem seus defeitos e erros, mas somos humanos... que bom que ele foi preso... que isso sirva de lição, nunca ficamos inpunes por um ato de covardia.

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nossa,num tem nem como expressar oq to sentindo agr,perfeito teu conto..me emocionei d mais,espero q tudo der certo,to ancioso pelo proximo..

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mt bom, ha e nao deixa teu amor ir embora, parabens mas um excelente conto.

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amigo adorei estou sem palavras nota:100000000000000000000000000000000000000000000000000000000000 vou ficar a espera do próximo.

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Xesus!!!! Simplesmente sem palavras!!! Q perfeiçao!!!!

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Nossa. Ansioso demais pra ver a próxima parte... Posta logo, por favor

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Maravilhoso! o conto e o video ficaram muito bons, parabéns! vc me surpreende a cada conto, continua logo

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