Um Amor InVulgar IV

Um conto erótico de Sonhador
Categoria: Homossexual
Contém 2722 palavras
Data: 05/03/2012 17:57:33
Assuntos: Gay, Homossexual, Romance

OLá Galera, não sei o que aconteceu mas ja havia publicado este capitulo. Mas como não apareceu voltei a posta-lo.

boa leitura.

Stuard olhou para o número de telefone e viu que era a sua irmã, Michaela. A sua irmã estava casada com Louis um grande empresário americano do ramo da fast-food e estava de volta a Inglaterra para o visitar, pois não se viam há algum tempo. Os dois sempre se deram muito bem e tratavam-se por “amor” um ao outro. Por isso tinha que voltar logo para casa e matar as saudades e contar as novidades a irmã.

Mas, uma coisa estava a preocupá-lo. Porque será que Stive tinha saído a correr sem se despedir dele? O que ele tinha feito de errado? Bem, como ele tinha dito que tinha que resolver uns assuntos teria que conversar com ele no outro dia. Agora precisava de ver a sua irmã.

Stive passeava ao longo da margem de um lago artificial envolvido pelo cheiro das flores silvestres que se encontravam ao longo dos jardins. Podia ver os casais de namorados sorrindo e beijando-se. Sentiu-se sozinho e ficou a imaginar se algum dia seria feliz assim! Achava impossível qualquer futuro com Stuard. Ele mesmo não tinha a certeza que o queria. Pois, depois de ter visto a mensagem tinha a certeza de que ele tinha sido apenas uma aventura ou pura curiosidade de alguém que estava descobrindo algo novo. Mas, ele não estava disposto a ser uma mera experiência ou o “outro” na vida de Stuard.

Passou por ele um rapaz muito lindo que fixou nele o olhar e depois sorriu sensualmente, mas Stive não fez nada. Aliás, não estava habituado a este tipo de cena. Ficou intrigado e questionando-se será que depois de ter tido a sua experiência com Stuard ia aparecer novos pretendentes? Era tão evidente na cara dele que tinha tido a sua primeira experiencia sexual com alguém? Novamente outro rapaz olha para ele e piscou-lhe um olho. Stive ficou apreensivo e resolveu mudar de direcção. Porém, quando ia mudar de rumo para dirigir-se ao estacionamento deu de caras novamente com aquele rapaz que lhe tinha sorrido antes. Agora ele foi mais ousado e esbarrou de propósito em Stive que quase cambaleou. Ele segurou-lhe firme pelo braço e desculpou-se.

- Desculpa, estava distraído – disse ele.

- Não faz mal. Eu também estava distraído – disse Stive tentando não parece ridículo.

- Sou Adrien – disse o rapaz.

- Stive…quero dizer, Stevie - disse Stive meio sem jeito.

- Prazer Stevie, é destes lados? – Pergunta Adrien.

- Sim sou. Mas não costumo vir aqui. Só venho aqui quando preciso de pensar.

- Hum, então hoje é um dos dias em que precisas de pensar? Desculpa, sou um pouco ousado. Não devia ter-te perguntado isto.

- Sem problema. Realmente hoje preciso de pensar por isso vim aqui.

- Bem eu venho aqui sempre que a noite está bonita como hoje. Dá para sentir o cheiro das flores e ver o céu sem problemas.

- Pois, a noite está muito bonita mesmo. Desculpa mas vou andando – disse Stive.

- Não queres tomar algo comigo? Eu pago – convidou Adrien.

- Desculpa mas não posso. Estava mesmo para ir-me embora. Fica para a próxima.

- Que pena… não sei se haverá outra oportunidade. Mas espero que haja. Talvez possas vir pensar para aqui mais vezes e com um pouco de sorte voltemos a ver-nos.

- Pois que sabe. Adeus Adrien.

- Foi uma prazer Stive. Adeus.

Stive achou engraçado conversar com um desconhecido, não era o seu costume ser abordado nem abordar pessoas na rua. Era óbvio que o rapaz queria falar com ele e provocou o encontro, mas mesmo assim foi engraçado.

Quando chegou em casa entrou tudo as escuras e sentiu-se aliviado por não encontrar Stuard por lá. Tomou um banho e foi para cama. Não conseguia dormir, deu muitas voltas á cama até por volta das três da manhã e por fim adormeceu.

Foi acordado pelo telefone. Quem estaria a telefoná-lo a aquela hora da manhã. Como estava muito insistente acabou por atender.

- S…sim estou?

- Bom-dia… queria convidar-te para tomares o pequeno-almoço comigo – ouviu Stuard dizer do outro lado da linha entusiasmado.

- Desculpa, mas ainda estou na cama…

- Estou a caminho daí e levo pão fresquinho…

- O quê? – Já não obteve resposta pois Stuard já tinha desligado o telefone.

Instantes depois ouviu a campainha. Era Stuard. Como é que tinha coragem de ir lá depois de ter passado a noite com a sua amante? Devia ter tomado o pequeno-almoço com ela e deixá-lo em paz de uma vez por todas. Ele insistia na porta. Stive levantou-se relutante disposto a manda-lo embora.

- O quê… - não teve tempo para terminar o que estava a dizer porque Stuard já lhe tinha tomado nos braços e beijava-o. Tinha a barba feita os cabelos ainda molhados e cheirava a colónia. Stive derreteu-se nos seus braços embriagado pelo perfume de Stuard. Mas mesmo assim ainda conseguiu afastá-lo.

- O que foi… fiz algo de errado? – estranhou Stuard.

- Como é que tens a coragem de aparecer aqui depois de ter passado a noite com a tua amante. “Amor, espero-te em casa…”

Stuard ouviu perplexo o que Stive dizia e teve vontade de rir, embora estive chateado que ele tivesse visto a mensagem que lhe enviou a irmã e não ter confiado nele. Depois começou a rir e disse:

- Estás com ciúme? – perguntou Stuard.

- Porque é que estás a rir, não graça nenhuma, e não estou com ciúme. Só não gosto que brinquem com os meus sentimentos.

- Mas quem é que está a brincar com os teus sentimentos? Eu estou aqui, não estou? E para a tua informação eu não passei a noite com a minha “amante”. Onde é que foste tirar isso? Eu não ando por aí a pular de cama em cama.

- Então e a mensagem? Não faças esta cara eu não mexi no teu telefone. Estavam a ligar-te e como insistia muito apanhei o telefone para to levar a casa de banho quando chegou a mensagem e sem querer a vi.

- Pois, pelos vistos, viste mal. Devias ter continuado a ler a mensagem e saberias que se tratava da minha irmã. Agora já percebo foi por isso que depois que saí do banho estavas frio comigo e resolveste sair para me evitar. Eu sei que é uma situação completamente nova para mim e para ti, mas vamos aproveitar este momento e depois no futuro a gente vê no que vai dar.

- Perdoa-me se tirei conclusões precipitadas, mas eu acho melhor esquecermos tudo o que aconteceu entre nós. Aliás, não devia ter acontecido. Eu não sei se estou preparado para assumir uma relação neste momento. Tu tens a tua vida profissional e eu não quero ser um obstáculo.

- Claro que te perdoo, se fosse comigo se calhar acontecesse o mesmo. Mas, não te deixaria ir embora, sem antes esclarecer tudo. Quanto ao aconteceu entre nós foi lindo e mágico, nunca tive experiência igual com nenhuma mulher. Aconteceu porque ambos o quisemos e desejamos. A minha vida privada está independente da minha vida profissional.

- Não. Não está Stuard e tu sabes isso. Os teus negócios podem ser afectados por teres uma relação com outro homem e eu não quero ser o culpado por isto.

- Não serão afectados. Eu conquistei tudo o que tenho hoje com esforço profissional e nunca misturei a minha vida privada com o trabalho as pessoas conseguem fazer esta distinção, não te preocupes por mim.

- Além do mais, tu és heterossexual, esta foi a tua primeira experiência com um homem. Não sei se amanhã não vais encontrar alguém por quem te apaixones e descobres que não passou de uma simples aventura?

- Mas porque é que já estás a pensar no amanhã…deixa as coisas acontecer e depois vemos o que acontece.

- Stuard, esta foi a minha primeira experiência sexual. Eu sempre procurei afastar destas coisas para não me magoar. Eu não quero sofrer. Já sofri o bastante para saber que se eu me apaixonar por ti não serei capaz de me recuperar tão cedo novamente caso me venhas a deixar. Por isso, acho melhor acabarmos com tudo.

- Mas porque temos que acabar com algo tão bonito?

- Porque eu não quero viver uma relação onde estarei sempre a pensar podes vir a me deixar.

- Nós não conhecemos o futuro, Stive. Tu não podes simplesmente achar que tudo vai acabar amanhã! Eu tenho a certeza que neste momento és tu que eu quero.

- Neste momento, e depois Stuard?

- Eu não sei, e tu também não. O tempo dirá – disse Stuard aproximando-se de Stive, que se afastou bruscamente.

- Não, não me toques que depois será difícil para mim ver-te partir. Acabou Stuard o que nunca devia ter começado. Por favor quero ficar sozinho.

Stuard ficou sem saber o que fazer. Tinha tido uma das melhores experiências da sua vida. Estava tão feliz quando acordou de manhã, até estava a cantar coisa que não fazia desde que se separou da sua última namorada. Nem quando se separou dela sentiu tão mal. Porque é que Stive não podia deixar as coisas acontecer simplesmente sem estar a pensar no futuro? O que tinha vivido era tão bom. E quem sabe durasse por muito tempo. Mas tinha que pôr a insegurança no meio deles para complicar.

Quando chegou em casa sentiu-se tão sozinho. A casa que tanto amava parecia mais uma prisão que uma casa propriamente. Tanto espaço por ocupar…mas espaço maior estava no seu coração. Por horas sentiu-se preenchido completamente sem necessidade de mais nada a não ser Stive. Tudo fazia lembrar a cara de Stive o seu sorriso. Os seus olhos, os seus lábios carnudos, o seu beijo. Será que estava mesmo apaixonado por ele ou era apenas uma paixão fugaz. Porque é que as coisas tinham que ser tão difíceis?

Quando Stuard saiu, Stive caiu no sofá sem ânimo e chorou muito até não ter mais lágrimas que derramar. Sentiu um vazio que nada nem ninguém podia preencher a não ser Stuard. É, ele tinha-se deixado apaixonar desde o momento que o viu sentado no seu escritório no dia em que o entrevistou. Mas nunca imaginou que eles pudessem ter alguma coisa. Pois Stuard era o galã mais falado e desejado por todas as mulheres de Londres.

Ele não ia suportar viver com este pesadelo de acordar um dia e descobrir que ele não estava mais ao seu lado porque estava nas mãos de uma dessas mulheres.

Preferia sofrer agora que ainda podia esquecê-lo do que no futuro. Mas mesmo assim estava a sofrer tanto que perdeu a vontade de lutar por sobreviver a sua primeira desilusão de amor.

Com muito custo e quase se arrastando foi para o quarto e tomou um banho frio para relaxar-se e tentou dormir. Porém, deu muitas na mas não conseguia dormir. O tempo estava quente, mas sentia frio. Estava habituado a dormir sozinho, mas nesta noite sentia a falta de ter alguém ao seu lado que o abraçasse, precisava muito de sentir o conforto do abraço de alguém. Lembrou-se da sua mãe e chorou. Se ela estivesse viva as coisas teriam sido mais fáceis. Ele lhe daria o conforto do seu colo e o sofrimento seria menor. Ainda bem que a sua mãe tinha sido sempre o seu apoio. Quando sofria alguma decepção quer na escola ou nos jogos de futebol do colégio ao contrário do seu pai ela estava sempre ali para o apoiar. Quando começou por ter dúvidas em relação a sua sexualidade, foi a ela que ele contou primeiro e teve todo o seu apoio. Ela disse-lhe que fosse qual fosse a sua opção sexual o apoiaria sempre. Ao contrário do seu pai que disse preferir ter um filho ladrão a um filho boiola.

Stive lembrou-se do seu irmão que quando pequeno tinha sido sempre o seu ídolo o seu melhor amigo, mas quando soube da sua sexualidade preferiu ficar do lado do seu pai com medo de perder a sua confiança. Ficar longe do seu irmão talvez tenha sido a pior coisa que tinha enfrentado. Quando mais novos, embora a diferença de idade fosse grande eram muito unidos. Marck tinha oito anos quando Stive nasceu. Os seus pais queriam uma menina, mas ele sempre dissera que queria um irmão. Foi Marck que lhe ensinou a dar os primeiros passos a jogar futebol a lançar pipa. Onde quer que fosse levava-o sempre. Marck foi o primeiro rapaz que tinha visto nu quando este tinha dezasseis anos e foi nesta altura que sentiu que era diferente dos outros miúdos da sua idade. Desejou ver outros rapazes nus e faziam de tudo para ver o seu irmão nu novamente. Entrava no seu quarto sem bater para o apanhar desprevenido. Entrava de manhã cedo no seu quarto enquanto ele estava dormindo para admirar o seu corpo, tudo isto por volta dos seus doze ou treze anos. Nutria um sentimento de admiração pelo seu irmão que lhe tornava possessivo em relação a ele. Não gostava que ele trouxesse amigos em casa e ficasse com eles durante muito tempo sem lhe dar atenção.

Quando o seu irmão começou a namorar a sério aos dezoito anos, viu-o afastar-se e sofreu muito. Já não lhe dava atenção, não saia com ele, não ia ver os seus jogos de futebol. Sempre que o procurava estava com a namorada. Foi aí que começou a ter problemas no colégio, arranjava sempre brigas com os seus colegas par superar a ausência do irmão tentando chamá-lo atenção.

Quando viu que isto não adiantou nada. Um dia enquanto comiam e os pais faziam os planos de casamento de Marck e tinham dito que ele seria o próximo. Ele simplesmente disse que nunca iria casar-se. Perguntado porque disse que não gostava de meninas, mas sim de meninos.

Achando que se tratava de uma piada todos começaram e rir dele. Foi quando abandonou a mesa e foi chorar para o quarto, é que viram que não estava a brincar. Pouco tempo depois chega a sua mãe e conversa com ele querendo saber se era realmente verdade ou se fazia aquilo para chamar atenção. Ele disse-lhe que se sentia diferente dos seus colegas e amigos, que se sentia incomodado quando no vestiário durante as mudas de roupa para a ginástica e quando tomavam banho e que por causa disso era sempre o último a se trocar e a tomar banho.

A mãe lhe tinha dito que aquilo passaria com o tempo e que apenas estava confuso, pois era normal sentir-se assim na sua idade. Mas o tempo foi passando e foi ficando cada vez mais difícil. Até quando foi para a universidade as coisas tornaram-se mais complicadas, pois os corpos dos seus colegas estavam mais definidos e atractivos. Mesmo sendo um desportista nato nunca se acostumou com a nudez dos outros ficava sempre excitado. E uma forma de ter passado despercebido perante os seus colegas que eram muito preconceituosos foi tornar-se arrumador dos equipamentos, assim podia ficar para o fim e ser o último a tomar banho sem levantar suspeitas.

A vida não tinha sido fácil para ele. Por isso tinha evitado apaixonar-se por alguém para não sofrer. Assim dedicou-se aos estudos com afinco para preencher este espaço vazio dentro dele. O irmão embora o aceitasse como era foi-se distanciando cada vez mais. Já o seu pai o rejeitou completamente. A muito tempo que não o via e nem tinha vontade para isso.

Quando consegui o emprego de publicitário Bretson Compagnie sentiu-se feliz. Por fim ia realizar o seu sonho de desenhista. Estava tão bem no emprego, gostava de trabalhar na Bretson tinha feito alguns amigos em poucas semanas. Porque é que tinha que encontrar-se com Stuard? Ele deu uma reviravolta na sua vida de tal maneira que não esperava recuperar-se tão cedo. Mas, estava decido a esquece-lo ainda que isso lhe causasse o pior sofrimento que alguma vez experimentara. Ele não podia apaixonar-se por alguém como ele. Uma pessoa que se limitava a viver o momento e não pensava no futuro. Alguém que embora lhe fizesse sentir bem e querido não lhe dava segurança para o futuro. Envolver-se com ele tinha sido um erro tremendo o qual nunca se perdoaria.

Stive tem Medo de Ser feliz nem que seja por um dia...sofrerá mas será que vai voltar atraz ou arranjará um novo romance...para esquecer Stuard? saberemos nos proximos capitulos

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Comentários

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Por acaso achei sua história.. Tenho por habito seguir alguns contos cujos altores me tornei fã. Sem sombra de dúvida agora tenho mais um autor para seguir .. Adoro a qualidade de uma boa bescrita. Saber fazer uso da palvra escrita pra mim é uma arte e vê-la bem utlizada por veias tão criativas é melhor ainda.Li todos os seu contos de única vez.

Todos sabem que este site é de contos eróticos mas como amante de uma boa leitura, ao navegar por aqui encontrei, como já disse, autores, assim com você que sabem fazer a união perfeita entre bom enredo, a sensualidade, e o erotismo sem a vulgaridade característica existente, na maioria das vezes. neste tipo de site.

Por tudo que já falei acho 10 pouco mas...não há nota maior.rsrsrss

LAMENTO QUE TEUS ESCRITOS NÃO ESTEJAM AINDA ENTRE OS MAIS LIDOS.

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De fato, ter relações com outros homens afetam os negócios... quer dizer... afeta o negócio... he he he (http://contosdahora.sites.uol.com.br)

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