Life As It Should Be – Parte 16

Um conto erótico de Leo
Categoria: Homossexual
Contém 1714 palavras
Data: 04/03/2012 12:02:29

Desculpem a demora, tive alguns probleminhas aqui... Continua agradecendo por estarem lendo e comentando!

-Depois do que aconteceu? – eu fiz uma cara de quem não estava entendendo nada.

-Ai droga, ele não te contou… - ele ficou vermelho e começou a gaguejar – eu achei que ele tivesse falado, mas esquece, não é nada demais.

-Me fala, por favor.

-Leonardo, não é nada…

-Oi amor, voltei – ele me deu um selinho e sentou do meu lado e ficou me olhando – o que foi?

-O que aconteceu? – eu falei meio bravo.

-Do que você está falando?

-Não se faça de bobo, o Fernando falou que você está desse jeito por causa do que aconteceu, o que aconteceu?

-Amor, é que… Lembra quando eu falei que só tinha ficado com outros 2 caras além de você… - ele abaixou a cabeça – o Fernando é um deles.

-O que? – falei de boca aberta.

O silêncio então pairou no ar, ninguém falava nada, era incrível, as coisas entre eu e o Matheus nunca se acertavam, sempre cresciam barreiras parar atrapalhar e agora um ex-sei lá o que, que também é meu médico entra em cena.

-Há quanto tempo vocês tiveram um… - fiquei pensando na palavra pra definir o que eles tiveram, que na verdade nem eu sabia – lance.

-Nós namoramos faz uns 8 meses atrás.

-Por que ninguém me disse nada? Matheus, porque você não contou?

-Amor, eu queria, mas isso não significa mais nada pra mim, então achei que não era importante – o Matheus estava nervoso tentando explicar tudo, eu e o Fernando olhando pra ele, ele estava muito intimidado.

-Não significou nada? – O Fernando se pronunciou bravo, indignado com o que o Matheus disse – a gente ficou mais de 1 ano juntos e não significou nada?

-Eh… Não é isso que eu quis dizer…

-Vocês ficaram 1 ano juntos? – eu perguntei sem esperar ele responder a primeira pergunta.

O Matheus começou a gaguejar, responder coisas que ninguém estava perguntando, ele já estava ficando doido com tantas perguntas.

-Eu… Vou embora – ele se levantou e nos deixou no bar, a princípio eu não fiz nada, o que eu poderia fazer? Além do mais eu estava chateado com a situação, mas calma, o Matheus foi embora, então como eu iria voltar pra casa? Droga, tentei correr e alcançar o Matheus, mas quando estava lá fora, o carro não estava lá mais.

Fiquei lá fora pensando no que ia fazer, me sentei na calçada e fiquei esperando…

-Perdeu a carona? – o Fernando tinha acabado de chegar atrás de mim.

-Acho que sim.

-Eu posso te levar pra casa?

-Você pode me levar pra casa?

-Posso – ele disse dando um sorriso.

No carro não conversamos sobre nada, apenas olhando pra frente, até que eu fiz uma pergunta.

-Fernando, porque você também não me disse nada? Eu confiei em você, mesmo você suspeitando ou sabendo de mim, mas eu tive que ter coragem pra te falar, você devia ter sido honesto comigo.

-Eu vi como o Matheus estava feliz com você, o jeito que ele sorria, o jeito que ele te olhava, ele te ama muito, eu não queria atrapalhar de alguma maneira, mas acabei fazendo.

-Não foi culpa sua… - fiz uma breve pausa, ainda tinha mais uma coisa que queria saber – Vocês… Já se amaram?

-Sim, nós fomos os primeiros namorados um do outro, a gente tinha um sentimento muito forte, isso foi um dos motivos de eu não ter falado nada, eu tenho saudade disso, amor, estava com medo de tudo voltar à tona, porque como dizem, o primeiro amor a gente nunca esquece… Acho que fiquei com inveja de você…

Eu nem sabia o que dizer, ele tinha acabado de confessar que ainda amava o Matheus, que ainda sentia algo por ele, e essa coisa de “primeiro amor a gente nunca esquece”, será que também estava valendo pro Matheus, será que ele ficou balançado com essa coisa de ficar perto do Fernando? Que droga!

-Se a gente não se ver mais, eu vou entender… - o Fernando disse olhando pra estrada.

-Eu não sei, eu tenho que ver o Matheus, eu não sei bem o que fazer.

-Vocês estão moram juntos na casa dele também?

-Não. Por quê? Vocês…

-É que quando a gente estava namorando, a gente morava só nós dois na casa dele, aí achei que ele já tinha te chamado pra morar lá.

-Não, vou pra minha casa – será que tem mais alguma coisa que eu preciso saber? Legal, ele tinha chamado o outro pra morar junto e eu não… Estava começando a sofrer um complexo de “ele não gosta tanto de mim quanto gostava do Fernando”.

-Sabe, isso é engraçado, ex e atual, conversando… Como amigos.

-É, isso é mesmo estranho, mas eu acho que se eu soubesse, não seríamos amigos..

-É… Acho que chegamos… - ele parou o carro em frente a minha casa – Até…

-Até.

Fui pra casa e fui pro meu quarto, quanta coisa, meu namorado tem um ex que até pouco tempo era só diversão, mas foi mais de 1 ano de diversão, eu tinha que conversar com ele, mas não queria fazer isso por telefone, falaria com ele no dia seguinte.

Acordei de manhã bem cedo, já eram 8 da manhã, mas não podia procura-lo a essa hora, fiquei esperando o tempo passar, estava tão ansioso que meu relógio parecia estar parado, deu umas 10 horas e eu não aguentei, fui até a casa dos seus pais, quem atendeu foi a Dona Lilian – era ótima pessoa, super atenciosa, me tratava como um filho, ela adorava quando eu ia lá.

-Leonardo querido, entra, aconteceu algo? Você nunca veio tão cedo assim.

-Não é nada, é só que eu queria falar com o Matheus.

-Ele está no quarto dele, vai lá.

Subi as escadas, o caminho tinha ficado tão longo, eu cheguei em frente a porta dele e bati.

-Mãe, eu já disse que não estou afim, me deixa sozinho.

Eu bati novamente, esperando ele me atender, a porta se abriu rápido.

-O que você quer agora? – a sua expressão mudou ao me ver – Leo? Desculpa, eu pensei que…

-Tudo bem, podemos conversar?

-Entra aqui.

Entrei, ele trancou a porta e ficamos sentados na cama, olhando um para o outro.

-Eu queria esclarecer tudo o que está acontecendo…

-Eu não queria ter ido embora ontem, como você voltou pra casa?

-O seu “EX” – enfatizei a palavra – me deu uma carona.

-Eu… - ele deu um suspiro – me desculpa, eu devia ter contado, é que eu achei que não ia ser legal falar de relacionamentos anteriores.

-Mas não se trata só disso, primeiro você fala que só teve dois namorados e que não significaram nada, mas na verdade foi um namoro de mais de um ano, você escondeu isso de mim e também você gostava mais dele do que gosta de mim.

-Claro que não meu amor, você é tudo pra mim, nunca amei tanto uma pessoa quanto você.

-Porque você nunca falou nada de morarmos juntos? O Fernando disse que vocês moravam juntos na sua casa.

-Amor… É que você é… Quer dizer era menor de idade e também seus pais não sabem de você, o Fernando não tinha problemas com isso, então eu queria deixar isso mais pra frente…

-Mas e… - ele me interrompeu com um beijo.

-Não vamos colocar coisas entre a gente, somos ótimos juntos e o Fernando não tem nada a ver com isso, foi um capítulo da minha vida que já passou, o resto do livro é todo ao seu lado.

-Tudo bem, só me diz uma coisa que eu não entendi, por que você odeia tanto o Fernando?

-Eu terminei com ele por causa de certas atitudes e o desgaste do namoro, quando vi que ele era seu médico, eu meio que pensei que ele poderia se aproximar de você de alguma forma pra me fazer ciúmes…

-Ele conseguiu?

-Sim – ele ficou me olhando vendo eu fazer uma cara triste, mas ele deu um sorriso – ciúmes de você, eu quebraria a cara dele se desse em cima do meu namorado.

-Sabe, eu considero o Fernando um amigo, ele me ajudou muito, vou precisar me afastar?

-Não… Eu não vou te obrigar a fazer nada, só toma cuidado.

-Tudo bem.

-Almoça aqui.

-Ok, vou ligar pra minha mãe e avisar, se não ela pira, depois dessa coisa de sequestro, eu tenho que avisar até quando vou no banheiro – falei rindo

Descemos até a cozinha e encontramos a Dona Lilian conversando com a cozinheira.

-Mãe, o Leo vai ficar pro almoço.

-Que bom Leo, vai ser ótimo, a casa parece estar tão vazia sem a Alice, vai ser como ter um terceiro filho – ela deu um sorriso – se você não fosse da sua mãe, já tinha pegado pra mim… - era engraçado o jeito que ela falava comigo, ela me tratava como o amiguinho da segunda série do Matheus, mas também, ela trata o Matheus como se ele estivesse na segunda série, mas ela era ótima – ia ser ótimo ter você na família.

O Matheus olhou pra mim levantando as sobrancelhas, eu não entendi o sinal e fiquei olhando pra ele com cara de bobo, cara de interrogação.

-Leo, vou lá pra fora, você fica? – Essa era a deixa, adeus Dona Lilian.

-Eu estou indo também.

Saímos da cozinha e fomos pra fora da casa, ficamos na varanda.

-O que foi aquela cara? Você precisa melhorar sua língua de sinais, não entendi nada.

-Você viu o que minha mãe falou? Queria que você fosse da família.

-Sim, sua mãe é muito simpática, gosto muito dela também.

-Amor, você não está vendo a oportunidade?

-Ela vai me dar um emprego? – fiz uma piadinha e ri.

-Não bobo, pode ser uma oportunidade de contar a ela sobre nós, ela te adora, tenho certeza que ela vai nos apoiar.

-Isso… Isso é tão… Repentino, não sei se é o melhor a fazer.

-Não, na verdade não, eu já pensei sobre contar aos meus pais há muito tempo, só não tinha coragem, mas agora eu tenho um motivo, não quero viver o resto da vida namorando você escondido, quero poder dizer em voz alta e pra todos ouvirem o quanto eu te amo… - ele segurou minhas mãos - o que você acha da gente contar aos nossos pais?

CONTINUA…

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Comentários

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Muito bom! Mas nao entendi como o fernando morou com vc e seus pais.. Se puder explicar *-* e continua logo =)

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Rssrsrs ri muito quando vc falou o negocio la da 2º serie rsrsrs. Muito Bom, aguardo o proximo...

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Otimo como sempre a e não demora a postar

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nosssaa cara tah d + seuuu conto nota 1000000000

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