YKNP III

Um conto erótico de killinghearts
Categoria: Homossexual
Contém 964 palavras
Data: 03/01/2012 21:21:32
Última revisão: 03/01/2012 21:25:47
Assuntos: Gay, Homossexual

Sábado, 11h da manhã. Já faziam 15 horas desde que tinha adormecido e minha barriga começou a 'manifestar' o seu desagrado por tanta hora sem comida. Mal cheguei perto da cozinha já estava imaginando o que iria comer... e imaginem só? Quase comi tudo o que tinha no frigorífico. Fui ver TV, e estava assistindo um filme qualquer, até que recebo uma mensagem de Diogo.

Até ali eu não tinha lembrado dele por muito estranho que pareça. Acho que no início, quando você está muito apaixonado, sente uma adrenalina quando vê o nome do seu mais-que-tudo no ecrã de um simples telemóvel mas só lembra desse mesmo nome durante 2 minutos e consegue passar 3 horas sem lembrar dele. A mensagem dizia: 'O que aconteceu ontem não pode morrer ali. Temos que conversar, para achar se foi certo ou errado. Da sua parte parece que foi errado, mas quero conversar com você... Tabom?'. Bem... o que é que eu iria fazer? Passei uns minutos pensando e o convidei para vir na minha casa mesmo, já que meu pai e minha mãe tinham um almoço com uns tios meus e então iriam passar a tarde fora. Ele não sabia onde é que era exatamente, mas com algum esforço consegui que ele soubesse onde era minha rua. Combinamos que ele apareceria pelas 16.00h, o suficiente para eu pensar bem nas coisas que ia dizer... quero dizer, eu nunca na vida ia estar preparado, mas me dava uma certa calma ter esse tempo.

As horas foram passando, e uns 3 minutos depois das 16.00h já tinha recebido uma mensagem de Diogo, dizendo que estava no início na rua. Decidi sair de casa e ir ao encontro dele não fosse ele tocar na campainha errada! Logo o vejo em sua bicicleta, sorrindo. Ele estava vestido normalmente, como sempre vestia... mas esse normal o fazia destacar, nem sei explicar. Eu também. Nunca fui um menino de vestir roupa chique como vejo em outros contos, me visto normalmente. Não me visto como se fosse a um casamento para falar com alguém em minha casa. Chegamos em minha casa, ele guardou sua bike.

- Nossa, aqui é bem mais fresco que lá fora! - exclamou Diogo, satisfatoriamente.

- É... Sabe, é por isso que eu não saio assim tantas vezes de casa, é bem fresco mesmo... - eu estava super nervoso, mas fazer o quê? Tinha que falar algo.

- Pois, entendo... É por isso que você é assim branquela! - brincou.

- É, mas eu não odeio ser assim... Acho até engraçado.

- Eu também.

Bom, ele deu um riso meio malicioso que me matava por dentro. Eu estava ali para ter uma conversa séria e nada saía sério. Ficamos umas duas horas comendo sorvete (dessa vez foi de graça para os dois!), ouvindo Beirut e rindo imenso. Até que ele começa me encarando de um modo estranho. Ele estava sempre me encarando.

- Engraçado como eu vim aqui para falar sobre o que aconteceu e ficamos assim, ouvindo música e engordando! - disse Diogo, dando uma risada.

- O que nós temos para falar dura dois minutos...

- Eu te amo. Durou uns quatro segundos.

A partir dali vocês já sabem. Nos beijamos, nos abraçamos, rimos, caímos do sofá... O clima ficou mais quente... As roupas iam saindo do nada e de repente Diogo estava por cima de mim me beijando e tirando minha cueca, e eu a dele. Ficamos ali nus, sedentos de desejo. A sala tinha um espelho, não grande mas suficiente para mais uma vez notar os contrastes existentes. Eu estava nu beijando um morenaço, com o seu corpo definido. E Diogo perdeu a sua virgindade comigo e eu com ele. Eu como passivo, ele como ativo. Pude sentir o sabor do seu pênis, ele sentiu o meu. Pegamos numa camisinha, ele me beijava a toda a hora. E chegou a hora. Doeu, soltei lágrimas mas estava ali por nós. Não posso dizer que foi super prazeroso... porque não foi. Mas valeu a pena. Eu me entreguei para quem eu sentia amar, e ele também.

A partir desse dia fomos construindo e solidificando uma relação... Eu nem sabia bem se era seu namorado. Eu gostava de estar com ele, de ficar com ele, de dançar com ele, de almoçar com ele, de fazer amor com ele... Ele me completava. Mas não sabíamos se éramos namorados.

- Você acha que somos namorados? - perguntei um dia, mais ou menos um mês depois de ter oficialmente me entregue a Diogo.

- Não sei. Eu amo você, mas nós somos qualquer coisa que ainda não inventaram o nome. Mais do que amigos, menos que namorados mas ao mesmo tempo mais. Sei lá... - riu.

- Bobo. Mas você ficaria com alguém mais para além de mim?

- Não, Bruno. Nunca.

- Então podemos ser namorados.

- Sim, podemos ser isso...

É, nós éramos assim estranhos. A relação não era repleta de 'meu amor', 'quero ficar consigo para sempre'... Jogávamos video-games juntos, íamos a concertos juntos, passávamos noites juntos... E claro que às vezes rolava um 'eu te amo'. Mas isso do 'eu te amo' hoje em dia é muito superficial... Então a gente ia dizendo timidamente... Partilhávamos os cigarros, ficávamos bêbedos juntos... Claro que isso não ocorria sempre!

E de repente já estávamos a mais de meio do Verão. Restava meio Verão, portanto. Se meio Verão me trouxe isso tudo, o que trará outro meio Verão?

Eu só sabia que agora já não pensava nele em 2 minutos e esquecia em 3 horas. Agora pensava nele em 3 horas e esquecia em dois minutos.

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e este é o 3º. espero que gostem... independentemente de não ser tão meloso como alguns contos, mas isso sou eu. e obrigado a todos os que comentam e àqueles que mesmo não tendo registo aqui na cdc seguem o YKNP. abraços!

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Comentários

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olá plutão. sim, sou português, mas escrevo desta maneira porque assim penso que há uma maior compreensão. sou do norte carago! :D

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Gostei muito dos três, muito realistas. Pena não teres detalhado mais a cena em que ambos perderam a virgindade (entendo, pela intimidade do fato e pela dor que registraste teres sentido). Por faovr, continua e detalha mais os momentos de amor (não digo sexo, pois seria vulgar e impróprio para um sentimento igual ao de vocês).

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