O TRIO AMOROSO

Um conto erótico de DIRETOR
Categoria: Grupal
Contém 4277 palavras
Data: 16/12/2011 10:53:43
Assuntos: Grupal, Sexo

Ah, como estava linda a mulher do Juca! Marina é o nome dela.

Aquele era para ser um fim de semana simples na casa de praia deles, dois casais de amigos em uma viagem comum. Para ser sincero, eu tinha um pouco de ciúmes do Juca com Adréa, minha esposa, pois percebia certos olhares e gestos suspeitos às vezes, quando saíamos ou nos encontrávamos para um bate papo, sempre acabando por me convencer de que era “coisa da minha cabeça”. Eram pequenos olhares, sorrisinhos, atenções. Nada realmente significativo.

Estava tudo combinado para a viagem, mas, já na sexta feira começaram os estranhos acontecimentos. Minha esposa me ligou do trabalho, dizendo que não poderia ir conosco, pois sua mãe estava doente e sua irmã, viajando. Caberia a ela cuidar da mãe. Saco!!

Eu disse-lhe que ficaria também, mas ela insistiu para que eu fosse. Já estava tudo acertado e acabaria estragando também o final de semana de nossos amigos. Além disso, ela teria que estar com a mãe e eu acabaria ficando sozinho em casa de qualquer maneira. Então, acabei concordando.

Arrumei as malas e cheguei à casa deles mais cedo, perto das 18 horas. E Marina estava linda, incrivelmente linda! Usava uma saia azul, que cobria até pouco acima dos joelhos, permitindo uma visão deslumbrante de suas pernas de mesma adjetivação, uma blusa ligeiramente decotada que, de justa que era, contornava-lhe a cintura e os seios, revelando-os mais que cobrindo pela falta de sutiã, os mamilos rijos espetando o tecido como se o quisessem romper. Sandálias de salto alto com tirinhas bem finas que mal cobriam seus pezinhos lindos, delicados e sempre bem cuidados, seus cabelos castanhos e soltos tremulando abaixo dos ombros com seus movimentos graciosos, mãos bem cuidadas como todo o resto, que fizeram questão de retocar o batom diante do espelhinho do quebra-sol, contornando aqueles lábios carnudos em movimentos que me pareceram propositadamente sensuais. Ela é uma mulher linda. E naquela tarde, quase ao anoitecer, estava especialmente linda!

O Juca? É, acho que ele também estava legal!

Enquanto dirigia, meu amigo conversava sobre assuntos banais, coisas de trabalho, economia, política. E Marina participava, vez por outra, distraidamente. Eu, sentado atrás dele, respondia e até chegava a formular questões, embora meio que imerso o tempo todo no mundo dos sonhos. A curva do ombro, a nuca que se revelava ligeiramente por entre fios delicados, afastados delicadamente com a mão quando ela se virava para falar comigo, o seio rijo, as pernas cruzadas, a boca sensual.

Duas horas de estrada, duas horas de ereção! Devo ter estabelecido algum recorde, talvez. A certeza foi uma cueca tão melada que tive que trocá-la logo que chegamos.

Pedimos uma pizza, pegamos umas cervejas e fomos sentar à mesa. Mas Juca disse que não queria cerveja e foi fazer uma caipirinha de pinga, voltando com uma jarra enorme! Marina torceu o nariz.

- Vai beber isso tudo sozinho?

Juca deu de ombros e sentou-se à cabeceira. Comemos, conversamos e Juca bebeu. Depois, fomos para o sofá e Marina sentou-se em uma poltrona à nossa frente. Conversamos mais e Juca bebeu mais. Tudinho, a jarra inteira! Então se levantou e foi até a cozinha, jarra na mão.

Marina estava visivelmente contrariada. Olhou para mim com vergonha no rosto.

Juca voltou, a jarra cheia.

- Você não vai mais beber, Juca!

- Ah, não me amola! - Voz já meio embotada. – É fim de semana!

Marina fechou a cara vê vez e Julio se recostou em um divã que havia a um canto. Fiquei acanhado, sem saber o que fazer diante da discussão do casal e olhei para o chão. Algo brilhou e atraiu meu olhar. Era uma pedrinha que tremulava, pendurada em uma delicada tornozeleira logo acima do pé esquerdo de Marina, que balançava ligeiramente no ar, pouco acima do chão, pois suas pernas estavam cruzadas. Fiquei hipnotizado pelo pingente prateado com a pedrinha que quicava e rodopiava, lançando pequenos raios de luz para todo o lado.

Fiquei assim um tempo, nem escutando o que os dois discutiam. Até que o silêncio me despertou do transe. Olhei para Marina e ela estava me observando com um sorriso no rosto. Fiquei sem graça.

Marina se levantou, disse que estava com calor e abriu a porta da sala que dava para uma pequena varanda. Olhou novamente para mim e saiu.

Olhei para Juca. Com o copo na mão, ele procurava alguma coisa inexistente em meio aos cubos de gelo, obviamente embriagado.

Levantei e me aproximei da porta. Marina estava debruçada sobre o parapeito de madeira da varanda, olhando o mar à distância. Uma brisa revolvia alguns cachos de seus cabelos. Devido à posição, meio debruçada, sua bunda redonda e firme se avolumava logo abaixo da cintura fina, a blusa um pouco erguida permitindo que uma pequena faixa da pele de suas costas aparecesse entre ela e a saia, um pedaçinho de uma calçinha branca surgindo do lado direito. Saí.

Do lado de fora, na varanda, há duas poltronas de vime e me sentei na da direita, mais perto da porta, calado.

Marina virou-se e olhou em meus olhos, pensativa. Depois, sem dizer nada, sentou-se na poltrona a meu lado esquerdo. Ficamos ali um tempo, sentados lado a lado, apenas olhando a espuma distante das ondas iluminadas pela lua crescente.

- O que você estava olhando lá dentro? – Ela perguntou de sopetão, rompendo a magia.

- Olhando? Eu? O Que? Quando?

- Ora, você estava olhando para meus pés. Eu vi. – E levantou os pés, apoiando a ponta das sandálias em uma tábua da grade do batente à nossa frente, exibindo-os. Olhou para eles e acompanhei seu olhar. Eram pezinhos lindos, realmente, e a pedrinha estava ali, balançante.

Ela riu, girou os pés no ar, divertidamente, voltou a pousá-los no chão e olhou para mim.

- Você é pedólatra, Sergio? (Aliás, esse é meu nome).

Olhei para ela. Seu rosto estava alegre, exibindo um sorriso lindo, um tanto maroto.

- Eu... é... bem... Sabe, Marina, na verdade... Acho que sou. Aliás, acho que sou pedólatra, pernólatra, bundólatra, peitólatra, bocólatra... enfim, mulherólatra!!!

Ela riu, ajeitou uma mecha de cabelos que lhe caíra sobre a face e se virou para mim, recostando-se meio de lado no encosto da poltrona, cruzando a perna esquerda sobre a direita, o que fez com que seu pé ficasse ainda mais perto de mim, iluminado pela luz da sala que entrava pela porta entreaberta, além de revelar uma porção mais generosa de sua coxa. Fiz uma força danada para não olhar.

- Mesmo? Mas você é sempre tão sério...

Apenas sorri e olhei para a lua que já ia um pouco alta no céu, mas que ainda deixava um rastro prateado nas águas escuras. Tentava dissimular, mas ela não permitiu a evasiva.

- Você me acha bonita?

- Claro, muito! – Respondi sério, sem tirar os olhos do satélite. – Até demais.

- E o que você acha bonito em mim? – Insistiu ela em tom curioso e um tanto divertido, voltando como se estivesse participando de um jogo qualquer, o que eu começava a perceber que era verdade, embora relutasse em participar dele. Ela voltou a balançar a perna cruzada lentamente, tentando claramente atrair meu olhar para seu pé. Olhei. Depois, meu olhar foi passeando por sua perna, por sua coxa meio descoberta, por sua cintura curvada pela posição, por seus seios rijos, até vislumbrar seu sorriso maroto antes de atingir um par de olhos divertidamente desafiadores. Fiquei assim um tempo, apenas analisando aquele olhar.

Um ruído chamou minha atenção na sala, virei e olhei para Juca que agora ressonava pesadamente, babando em uma almofada.

- Tudo. – Respondi, voltando a olhá-la diretamente, sentindo que estava sendo totalmente derrotado em uma luta. Afinal, podia combater quase tudo nessa vida, exceto a mim mesmo. – Difícil seria encontrar algo que não gosto em você.

Aquele sorriso aumentou ligeiramente, a cabeça tombou um pouco para o lado e cabelos deslizaram, ficando pensos no ar.

- Assim não vale. Eu quero que você diga, claramente, tudo o que gosta em mim.

Suspirei rendido. Fui olhando demoradamente e falando:

- Acho seus pés lindos..., suas pernas maravilhosas..., suas coxas belíssimas..., suas nádegas uma delícia..., seus seios enlouquecedores..., sua boca...

Parei de falar e olhei em seus olhos. Havia calor.

Falando nisso, hoje imagino que o meu olhar, acompanhado por minhas palavras, vislumbrando lentamente parte a parte daquele corpo, fizeram com que Marina sentisse toda a atenção que eu dava a cada pedaçinho dela, como se fosse um toque carinhoso e sensual. Em seu olhar, havia desejo.

Sua boca entreaberta se moveu mordendo o lábio inferior, os olhos sempre fixos nos meus.

- Pode beijar. – Falou.

- Que? - Falei eu, tentando ganhar milésimos de segundos para pensar. – Beijar? O que?

- Meu pé... – Disse ela, erguendo o pezinho no ar, em minha direção. – Pode beijar, se quiser.

Era uma decisão bastante séria que estava diante de mim. Meu próximo gesto determinaria toda uma série de acontecimentos, indo da negação de tudo, do fingimento de uma absoluta indiferença que transformaria tudo aquilo em uma mera brincadeira, até a aceitação daquele jogo perigoso, que poderia levar-me à traição terrível de um amigo, com sua esposa, uma das mulheres mais lindas que já vi, sem falar de minha própria esposa. Decisão muito séria, muito séria mesmo, mas não muito difícil de tomar. Olhei para aquele delicado pezinho lindo diante de mim e me ajoelhei no chão.

Eu lambia aquela língua, apertando aqueles lábios ansiosos contra os meus, segurando suavemente sua nuca com uma das mãos, enquanto a outra lhe segurava um seio.

Minha boca já passeara por todo aquele corpo, agora já quase desnudo, a saia levantada até a cintura, a blusa atirada a um canto. Lentamente, eu tinha beijado os pés e começado a subir vagarosamente, esperando por um protesto que nunca veio. Beijara suas pernas, seus joelhos, a parte interna de suas coxas sempre subindo até chegar a sentir o cheiro suave de seu sexo sob a calçinha, na qual roçei suavemente, fazendo a garota suspirar ansiosa. Mas também eu sei jogar, então continuei subindo para aumentar sua ansiedade. Fui levantando a blusa com as mãos, enquanto acariciava a pele de sua barriga e das laterais da cintura ao mesmo tempo, beijando tudo que estava sendo lentamente revelado. Suguei suavemente os mamilos, um após o outro, apertando a língua contra aqueles botões intumescidos. Passeei pelos ombros, pela lateral do pescoço, pela orelha, até chegar ao beijo longo, molhado, quente e definitivo. Ela era minha.

Meu pau, completamente duro dentro da bermuda de linho que eu usava, alojara-se entre as pernas que então me envolviam em uma espécie de abraço, puxando-me de encontro a seu corpo que se movia, se esfregava, queria mais. E eu a beijava, retardando propositadamente, instigando, fazendo-a ansiar até não mais agüentar.

Então, ela me afastou e me disse para levantar. Obedeci.

Marina olhou para o volume abaixo de minha cintura, pulsando sob a bermuda meio molhada que ficara diante de seu rosto. Abriu rapidamente o botão, abaixando-a de uma só vez junto com a cueca. Ela não queria mais jogar. Segurando na base do meu pau com uma das mãos, forçou-o em sua direção e enfiou tudo na boca, de uma só vez, até o fundo da garganta. Segurei sua cabeça, ajudando nos movimentos de vai e vem, literalmente fodendo aquela boca.

- Pare, vou gozar! – Falei como que ao vazio, porque ela simplesmente ignorou. E gozei profusamente, sem que uma só gota tenha caído ao chão.

Marina levantou-se à minha frente e, olhando-me nos olhos, soltou a saia que caiu no chão. Depois me abraçou forte por cima dos ombros. Retribuí ao abraço com uma das mãos em suas costas, a outra, indo pousar em sua bunda, entrando por dentro da calcinha, depois afundando-se mais e mais até meus dedos atingirem seu sexo. Ela estava encharcada. Abaixei sua calçinha, fiz menção para que ela se recostasse novamente na poltrona e mergulhei por entre suas pernas como se buscasse um vital néctar dos Deuses.

Lambisquei, mordisquei e passeei por aqueles lábios carnudos, suas entrâncias e saliências, adiando o encontro com o “botão do prazer”. Ela gemia, estremecia e contorcia-se lânguida diante de mim. Quando por fim aprisionei seu clitóris entre meus lábios, passando a língua firmemente sobre sua ponta, ela iniciou uma longa série de orgasmos ininterruptos, o que me deixou extremamente excitado, com meu pau novamente ereto e pulsante.

Penetrei-a. Depois puxei seu corpo de encontro ao meu, segurei em suas coxas e a ergui sobre mim, levantei-me com ela agarrada, virei e a encostei no parapeito da varanda, beijando, apalpando e bombando forte até gozar novamente.

Na manhã do Sábado, acordei tarde. Vi pela janela que Juca e Marina já estavam na piscina tomando sol. Dei-lhes um breve “bom dia” e fui até a cozinha preparar alguma coisa para um desjejum, quando tomei um enorme susto: Andréa, minha esposa estava sentada na mesinha da cozinha, de biquíni, tomando um suco de laranja

Oi, meu amor – disse eu, completamente assustado pela presença inesperada de Andréa. – O que você está fazendo aqui?

- Lucila (a irmã) voltou para ficar com mamãe e pude vir. – Olhou para mim de forma inquisidora, um pouco acusadora, mas com um sorriso no rosto e completou: - Bom, não?

Dei um beijo rápido em seus lábios e me sentei a seu lado, procurando disfarçar minha surpresa e pavor.

- Claro que é bom! Faz tempo que chegou? Por que não me acordou?

Ela ainda olhou para mim por algum tempo, o sorriso aumentando um pouco, depois olhou para fora, pela janela, vendo o casal que tomava banho de sol.

- Deixei você dormir. Achei que estava cansado. Espero você lá fora, ok?

Levantou-se, sorriu carinhosamente para mim e saiu. Olhei enquanto ela afastava-se indo sentar-se ao lado da amiga.

E como estava linda a mulher do Juca! Em um biquíni vermelho, os cabelos soltos caindo sobre os seios, suas pernas meio dobradas, deitada sobre uma espreguiçadeira, a tornozeleira cintilando ao sol.

Dominei meu pânico. Tinha que agir com naturalidade, para não me entregar. Assim, tomei um rápido café com um pedaço de pão com manteiga, vesti um calção e fui encontrá-los na piscina.

Juca sorriu para mim. Parecia muito feliz ao me dar bom dia. Marina, que conversava com Andréa, também sorriu ao me ver e me cumprimentou quase em uníssono com o marido.

Fiz força para olhá-la nos olhos, pois minha reação instintiva era evitar esse contato visual, sorri para ambos e dei um bom dia que acabou por sair mais tímido do que eu gostaria. Sentei-me ao lado de Juca.

A manhã foi transcorrendo assim, ensolarada, com conversas amenas e pouco importantes. Resolvemos não almoçar, mas ficar beliscando salgadinhos, azeitonas e outras coisinhas até o fim do dia. A certa altura, por volta das duas da tarde, Juca foi preparar uma caipirinha para nós. Bebi pouco, mas percebi que os três ficavam mais e mais alegres, entornando sucessivos copos.

Andréa parecia muito feliz. Cochichava no ouvido de Marina o tempo todo e riam alto. Por vezes, olhava para mim e, cada vez mais, seu olhar demonstrava que havia algo por detrás dele.

Marina também me olhava ocasionalmente, sempre sorridente, um tanto cúmplice, mas animada e divertida, como se soubesse do constrangimento que eu sentia e isso a divertisse. Em um momento quando Andréa estava de olhos fechados apreciando o calor do sol em seu rosto e Juca tinha ido providenciar uma nova jarra de caipirinha, Marina olhou em meus olhos, afastou os joelhos e, olhando em meus olhos com desejo, colocou a mão entre as pernas, movimentando os dedos por sobre o biquíni em uma descarada masturbação em minha honra.

Desviei o olhar imediatamente, imaginando que ficar olhando só iria reforçar aquele comportamento absurdo e perigoso daquela mulher já meio embriagada. Levantei-me e mergulhei buscando refúgio nas águas frias e límpidas. Nadei por um tempo, até ter certeza de que Juca estava de volta e só então saí da água. Marina ria-se satisfeita, enquanto Andréa tentava inutilmente arrancar dela o motivo de tanta graça.

Aproximei-me de Andréa, agachei a seu lado e a beijei calorosamente, na esperança de que Marina compreendesse o recado. Andréa retribuiu o beijo com fervor maior do que eu esperava, puxou-me para si e quase caí sobre seu corpo quente. Ficamos nos beijando um tempo e senti que meu sexo se avolumava. Quando terminamos de nos beijar, minha esposa me olhou com uma ternura profunda, misturada com desejo e senti remorso por tê-la traído. Ela escorregou a mão para meu pau e o tocou levemente, já totalmente ereto. Eu estava excitado, mas imediatamente e como por reflexo, olhei para Marina, depois para Juca e ambos nos olhavam atentamente. Fiquei envergonhado e me afastei.

Andréa ficou obviamente desapontada com minha atitude, abaixou a cabeça e suspirou melancolicamente. Nesse momento, Marina levantou-se, pegou a mão de Andréa e disse simplesmente:

- Vem, vamos nadar, amiga.

Andréa levantou-se e as duas entraram na água. Sentei na espreguiçadeira ao lado de Juca e fiquei observando, tentando ocultar com as mãos a minha ereção.

Elas entraram juntas na água e Andréa disse algo no ouvido de Marina que, por sua vez, fez que não com a cabeça, respondendo algo no ouvido de minha esposa.

Juca agora tomava sol de olhos fechados, alheio ao mundo que o rodeava, um sorriso satisfeito no rosto denotando um prazer qualquer em seu íntimo.

As duas estavam bem próximas, falando uma no ouvido da outra, olhando-se nos olhos entre as falas intercaladas. Andréa parecia preocupada e até meio triste e comecei a ficar nervoso imaginando o que Marina podia estar contando a ela. Já bastante alteradas pela bebida, meu casamento podia estar prestes a acabar naquela tarde. Marina parecia incisiva em alguma argumentação qualquer, enquanto Andréa parecia não aceitar totalmente o que a amiga se esforçava para fazê-la compreender.

Meu nervosismo aumentava mais e mais enquanto eu tentava ler seus lábios na vã tentativa de compreender o que diziam, então algo aconteceu:

Marina disse alguma coisa a Andréa e sorriu. Andréa olhou em seus olhos, deu de ombro e sorriu-lhe de volta... então se beijaram.

Não havia mais sol, não havia mais árvores, ou pássaros, céu ou mar. Em minha mente, havia apenas aquela cena em que duas mulheres se beijavam, se abraçavam e se esfregavam dentro d’água, lânguida e calorosamente. Meus olhos viam, mas minha razão não acompanhava as imagens que lhe eram transmitidas. Desconcertado ali fiquei, apenas assistindo às calorosas carícias que trocavam com total intimidade, como em um sonho com uma sensação de irrealidade tomando conta de meu ser, até que a voz de Juca me trouxe de volta ao mundo.

- Isso é lindo, não é? – Disse ele em alto e bom tom.

Olhei para ele que sorria satisfeito, apreciando o desenrolar dos acontecimentos dentro da piscina. Acompanhei seu olhar.

Marina soltou o laço da parte de cima do biquíni de Andréa, livrando-lhe os seios e passando a acariciá-los. Talvez eu devesse sentir ciúmes, ficar bravo pela exposição dos peitos de minha esposa aos olhos de outro homem, mas confesso que nada disso aconteceu. Eu estivera excitado há pouco e agora estava mais ainda, embora completamente desconcertado.

- Andréa te ama, cara. E muito. – disse-me ele, sem tirar os olhos das garotas. – Por causa disso, do medo de que você não compreendesse já que sempre foi meio “careta”, ela nunca te contou nada. Mas as duas são amantes desde a adolescência e nunca deixaram de ser.

Olhei para ele e ele se virou para mim. Não havia maldade em seu rosto. Nem mesmo um arrogância qualquer por compartilhar de um segredo como esses, enquanto eu o ignorava totalmente. Havia companheirismo e amizade.

- Você sabia o tempo todo? - Perguntei em um tom um tanto tenso. - Já tinha visto elas juntas assim?

Juca fez um gesto meio acanhado com as mãos, como se estivesse se desculpando:

- Sempre soube. Isso sempre aconteceu.

Fiquei chocado. Olhei novamente para frente e agora Andréa sugava e lambiscava o seio esquerdo de Marina que jogava a cabeça para trás em êxtase.

Comecei a imaginar as duas com Juca em uma cama enorme, em um ritual maligno de sexo e luxúria, cheio de velas em volta, mas como se adivinhando o que se passava em minha cabeça, Juca falou:

- Olha, cara, não fique pensando besteira. Nós sempre quisemos te contar tudo, mas a Andréa achava que você não ia entender e tinha muito medo de te magoar. Então, acabamos bolando essa viagem, aquela coisa toda da Marina com você ontem à noite...

Me senti um idiota completo.

Um gemido chamou minha atenção e vi minha esposa se contorcendo abraçada ao corpo já totalmente nu de Marina que agora tinha uma das mãos entre as pernas de Andréa, os biquínis de ambas boiando oscilantes sobre as águas agitadas pelos corpos em movimento.

Definitivamente, eu estava magoado.

Marina me olhou. Estava claramente excitada, mas acho que percebeu o que eu sentia. Tirou a mão de minha esposa e disse-lhe alguma coisa. Andréa então também me olhou, sorriu para mim com ternura, deu uma piscadela e fez sinal com a cabeça para que eu me aproximasse.

Fiz que não com a cabeça, visivelmente chateado.

Então Juca insistiu:

- Vai lá, cara! Elas estão chamando você.

Olhei para ele e depois para elas, ainda abraçadas sorrindo para mim. Hesitei.

Juca, então, pegou gentilmente em meu braço, deu uma empurrada na direção da piscina e disse amistosamente:

-Vai, cara!

Hoje penso como somos tolos às vezes. Cheios de tabus e regras as quais nem sabemos por que seguimos, escravos daquilo que nos ensinaram como sendo o certo, sem jamais questionar. Ao menos, eu era um tolo.

Acanhadamente, sentei-me à beira da piscina com os pés na água. Estava contrariado e confuso, ainda sem saber como agir, evitando olhar na direção daqueles corpos nus diante de mim. Fiquei olhando os azulejos no fundo da piscina.

Senti uma mão pousar delicadamente em minha perna e fechei os olhos, envergonhado. Depois senti outra mão na outra perna e a presença das duas garotas que se aproximaram, seus corpos encostando-se em minhas canelas, mãos me puxando gentilmente para dentro d’água. Abri os olhos ainda mirando meu próprio corpo e vislumbrei quatro jovens seios rijos logo à minha frente, bem perto. Entrei.

Andréa ergueu minha cabeça com a mão em meu queixo, gentilmente. Olhei-a e só o que havia em seu rosto era amor e ternura.

- Eu amo muito você. – Ela me disse, e havia verdade em seus olhos. E me beijou. Depois me abraçou forte e disse em meu ouvido que tinha muito medo de me perder. Ficamos assim um tempo, abraçados sem dizer coisa alguma, apenas sentindo toda a compreensão do outro que mudaria nossas vidas para sempre.

Então senti o corpo de Marina se encostar ao meu lado e seus braços macio contornando meu corpo. Abracei também sua cintura e olhei para seu rosto já muito próximo ao meu. Ela estava séria e claramente desejosa. Apertando seu corpo contra o meu, me beijou enquanto começava a se esfregar em mim, seus pêlos pubianos roçando em minha coxa, aquela região toda desesperada por um pouco de atenção.

Meu membro respondeu e começou a subir, tocando a pele de Andréa que escorregou uma das mãos para ele.

Naquele momento eu era o centro das atenções. Sabendo que eu me sentia magoado e enganado, aquelas duas fêmeas no cio fariam de tudo para convencer-me de que valia a pena ceder à toda aquela loucura, para tornar-me cúmplice de suas lascívias, para me perverter. E fizeram um ótimo trabalho, devo reconhecer.

Marina enfiava meu pau em sua buceta desesperadamente, enquanto Andréa sugava minha língua ou esfregava os peitos em mim, meus dedos acariciando seu clitóris intumescido de desejo intenso e feroz. Logo, não agüentando mais, ela escorria a mão para interromper o coito, esclarecendo que agora era sua vez e montando em mim com selvageria, enquanto a outra vulva desesperada pela perda do falo, buscava alguma satisfação esfregando-se em alguma parte de meu corpo, buscando minha mão ou se masturbando até não agüentar mais e voltar a exigir a presença do meu cacete dentro de si.

Êxtase. Em puro êxtase, gozei, enlouquecido de prazer, entorpecido de realidade. Nenhum sonho erótico jamais seria suficientemente satisfatório depois daquilo. Eu estava simplesmente exaurido! Mas elas não.

Caro leitor, é impressionante a capacidade sexual de uma mulher liberta de suas amarras morais, principalmente quando na realização de suas mais antigas e profundas fantasias.

Elas voltaram a se beijar, se acariciar e se esfregar desesperadamente, depois que amoleci e na ânsia de satisfação de seus desejos, buscavam no corpo alheio em todos os seus contornos e saliências. Mas não era o bastante, precisavam de mais. Permaneci ali, ajudando como podia, logo meu sexo respondendo àqueles apelos intensos e se refazendo para ser novamente requisitado incessantemente.

Quando gozei novamente, me afastei das duas um pouco para me refazer. Olhei para Juca que assistia a tudo de sorriso no rosto, obviamente divertido e excitado, já nu com o pinto duro na mão. Senti que seria uma pena se tudo aquilo acabasse ali. Eu queria que aquilo continuasse, não queria que aquilo tudo acabasse, então fiz sinal para ele entrar e juro que jamais senti ciúmes de minha esposa novamente, nem durante o resto do fim de semana quando ela tinha orgasmos intensos com outro alguém, Marina ou mesmo Juca.

Minha vida mudou. Nunca cobrei de Andréa qualquer explicação, pois não era necessário. Eu fora um “babaca” fantasiando possuir a mulher do amigo e hoje tenho uma compreensão muito maior da vida, de mim mesmo e de minha sexualidade. Sou grato a ela, eternamente.

Ah, como estava linda a mulher do Juca! Como estava linda a minha mulher! E como estavam lindas as duas juntas.

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Comentários

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Belíssimo conto... talvez o melhor que li por aqui. Escrito com muitos detalhes e com jeito de romance. Parabéns!!

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Mente aberta nessa hora é o melhor caminho,parabens !!!!!!!!!

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