Coração Otário Parte 3

Um conto erótico de Passionate Boy
Categoria: Homossexual
Contém 2669 palavras
Data: 05/10/2011 16:18:08
Última revisão: 06/10/2011 19:00:41

Coração Otário

Capitulo: Ironia (3)

Esses três dias podem parecer o mais sem graça possivel, mas foram eles que decidiram o rumo da minha vida. Durante esses três dias, uma parte de mim estava morta. Eu estava o tempo todo me sentindo triste. Tive que começar a aceitar o fato... Estava apaixonado por ele.

Me arrastando pelos cantos sem vontade de fazer nada. Estava começando a viver meu primeiro amor platônico. Platônico, porque é quando não se é correspondido. É o que eu acho. Queria ter coragem pra ligar, falar. Só quem já passou por isso sabe.

Não conseguia parar de pensar e falar nele, comentava com quem podia, que queria muito poder apoiar, falar com ele e dar os pêsames. Minha mãe abriu meus olhos e disse que seria péssimo se eu fosse até sua casa pra lamentar. Fiquei com raiva, pois pra mim eu deveria estar lá, era inaceitável.

Então, combinei com meus amigos, Guilherme, Vinicius e Alencar que não comentassem nada sobre o assunto.

Davi, o garoto que entregou a Ben meu número, disse que sentia muito pela perda dele na Segunda-Feira. Eu olhei pra ele com uma cara de "Sinto muito, eu fiquei sabendo, se precisar..." e como já comentei, nossos olhares valiam mais que mil palavras. Ele assentiu com a cabeça muito calmamente, estava sereno, apenas com um olhar um pouco mais desanimado.

Muitas coisas aconteceram, muitas conversas, eu grudei nele e não larguei mais. Precisava garantir que ele não fosse cometer alguma besteira, (como começamos a chamar "suicidio" dai pra frente) assim em publico, eu ainda poderia reforçar a positividade na mente dele. Estava apavorado, medo de perde-lo.

Os dias passaram, seu rendimento escolar havia caído bastante. Eu já não conversava tantas vezes com Henri e Franciele, já que eles não faziam questão de falar comigo quando eu estava com Benjamin. Henri realmente me perturbava, acho que Franciele até me entendia, o garoto não tinha a mais ninguém, graças ao que nós fizemos. Foram as piadas . Acho que Henri sentia ciúmes.

Passaram-se mais dias.

Muitas vezes, durante a educação fisica os alunos eram encaminhados até um lugar do colégio que tinha bastente sombra e vento, arvores enormes, era calmo, tinha um campo de futebol pra eventos. Como não gosto do esporte, me sentei num dos bancos e observei alguns garotos jogando. Eles não eram da nossa turma.

Benjamin resolve falar, nós tivemos mais um de nossos dialogos hilários. Ou não.

_Quer ir no balanço? - Disse ele sério.

_Ãhn? - Fiz cara de "Tá louco?"

_Vamos, ta vazio. Por favor. - Ele queria me levar pra um lugar mais afastado.

_Nesses ultimos dias, percebi o quanto eu te considero meu amigo. Mesmo você tendo deixado claro que me odeia. Eu sou seu amigo, espero poder contar com você.

_Ãhn.. Dã? Quem disse que eu sou seu amigo? - Disse e ri com um ar de debochado. Odeio clima tenso, começo a fazer piadas. Tipico.

_Ah é... é sim, pode falar. Mesmo me odiando. - Ele riu daquele jeito que eu não via a muito tempo.

_Tá ok, me pegou. Eu não te odeio... Eu falava isso porque te considerava... Vai saber, sou estranho... Mas saiba que eu... Eu... É... - começou a falar, agora termine. pensei comigo mesmo e continuei - Eu te amo, cara.

_*-* Eu também te amo. - Ele disse e eu me senti leve.

_Graças a você não fiz aquilo... - Ele hesitou em continuar.

_O que você não fez? - Já tinha até imaginado.

_Eu amarrei uma corda no teto, mas faltou alguma coisa. Senti que deixaria algo pra trás. Minha mãe dizia que suicídio era pros fracos, e que eu não devia ser um.

_Sabe, até te daria um abraço... Mas néh! Quem sabe em outro lugar? - Gargalhei alto.

_Mas por favor, nunca mais pense nisso. Eu preciso de você. - E o assunto acabou.

Eu não conseguia acreditar. Minha preocupação triplicou, ele ja havia claramente tentado cometer suicidio outras vezes. Se a mãe dele o ensinou isso, ela temia o futuro do filho sem ela. Mãe do Ben, se você estiver lendo isso de algum lugar, saiba que eu amo seu filho, enquanto eu estiver ao lado dele, não permitirei que ele seja um fraco.

Os dias passaram... Após a Bianca aparecer no colégio, o showzinho começou. Ela chegou no Benjamin e deu um mega abraço nele, disse "Ben, to do seu lado ok? Se você precisar de mim, vai ser um prazer ajuda-lo". Repararam no jeito atirado dela? Mesmo que não fosse de proposito, essa menina só podia ser retardada. E vadia.

Mais alguns dias aturando ela puxando conversa com Benjamin, apenas pra saber se "ele ia bem" e sempre afirmando "me liga qualquer coisa!", senti um clima entre os dois. Não tomei atitude nenhuma, não havia o que fazer. Agora, ela... Ela tomou.

_Izaque, posso falar com você? - Disse ela fazendo gesto para sentar ao meu lado.

_Fale. - Disse com cara de poucos amigos.

_Então, você acha que o Benjamin gosta de mim? Eu devo ficar com ele? - Ela falou tão rápido que me assustou. Ela não faz o tipo indecisa, não faço ideia do porque ela perguntou isso.

_Você fica com quem quiser, eu acho. - Disse entre os dentes.

_Mas, será que ele quer? Não sei se devo. - Ela devia estar perguntando porque ele podia não estar afim, no momento. Peraii! Ela disse "Será que eu devo?" então ele deve ter pedido!

_Olha, você que sabe, sou amigo dele e tudo, mas se fosse você, não cometeria tal erro, por ai falam que ele é mó galinha. Seilá, talvez ele te coma e jogue fora. - Falei o que precisava falar. Não havia mentido, e definitivamente ele não gostava dela. Ela era feia até, perto das outras garotas.

_Nossa... Ah vou fazer o que eu achar melhor. - Ela disse como se sentisse um peso saindo de suas costas.

_Então porque perguntou? - Ela não respondeu, apenas levantou e saiu.

Fui imediatamente procurar o Benjamin. Ele ainda não havia saído para o recreio, estava terminando um trabalho ainda na sala de aula. Cheguei até ele em pouco tempo e disse talvez ríspido demais.

_Falei com a sua amiguinha, parece que ela quer dar pra você. - Opss! Calma, pensei.

_Oi? - Ele disse.

_A Bianca. Você pediu pra ficar com ela e nem me contou. - Disse irritado, mas irônico.

_Eu ia contar. Eu gosto dela. Eu to afim dela já faz um tempo. - Ele disse retornando ao caderno. Um ato de indiferença.

_"Zack, eu to afim da Bianca, pedi pra ficar com ela ontem." Pronto satisfeito? - Mais ironia.

_Você faz o que quer, nem sei porque me irritei... Só não acho certo você querer apenas comer ela. Pelo menos assuma então, sem esse papinho de que está afim dela a um tempo. Somos amigos pra que? Eu já vi o jeito que ela esfrega a bunda em você na porta, por exemplo. Isso se chama tesão. Não amor. - Falei o que tinha pra falar e me virei, sai dali e fui falar com a Franciele e o Henri, que estavam nos mesmos lugares de sempre.

_Oi estranho! - Disse Henri.

_Ahh não começa. - Me virei e sai.

O recreio já ia acabar de qualquer jeito, então apenas me dirigi até a sala de aula. No caminho parei pra tomar água. Voltando pra sala lá estava Henri e Franciele, ela não parecia nem ai com o que estava acontecendo na outra fileira. Benjamin e Henri estavam brigando.

_Você... O que você fez com ele? Porque ele não quer mais conversar com a gente? - Ele disse de punhos cerrados. Ameaçou um soco. Não pensei em intervir.

_Talvez porque vocês preferem rotula-lo porque ele conversa comigo? - Opa, ele estava certo. Agora Henri iria xingar. Ainda mantinha o ar ameaçador, apesar de ser mil vezes mais fraco, creio eu.

_Babaca, rotular? Você tá drogado? - Me dirigi até eles como se estivesse fascinado e curioso, então como se fosse muito mais sábio que eles, disse.

_Henri, sente-se. Não faça shows desnecessários, eu sai de lá apenas porque você não soube iniciar uma conversa decente. - Falei mas nem o olhei.

_Você, não fale assim com o Henri. - E acertei um soco no seu ombro. Henri já estava em seu lugar.

_Eu DETESTO QUANDO ME DÃO SOCOS POR "BRINCADEIRA" que saco porque você não vai socar o Henri caralho? - Ele estava gritando. Esse dialogo eu não lembro direito. Até hoje tenho no caderno que não joguei fora, o que eu escrevi e senti naquela hora. Ele parecia que havia sido manipulado. Pegou sua mochila com uma cara emburrada, e agressivamente recolheu seus materiais. Sentou na classe detrás, junto com o Davi. E era do Davi que eu mais tinha ciúmes. Nós somos primos. Não acho que seja relevante esse detalhe. Eu fiquei o resto da aula sosinho. Me senti mal

pelo acontecido, mas era uma brincadeira. Ah! Chega dessas brincadeiras, eu não aprendo mesmo! Pensei em ir sentar com o Guilherme, Vinicius e Alencar, mas apenas Guilherme havia voltado do recreio, deviam ter matado os dois ultimos períodos. Fiquei sozinho e quieto. Em algum lugar do colégio, estava Alencar e Vinicius, a essa hora, na segunda transa.

Vinicius tem cabelos curtos loiros algumas luzes mais escuras, usa topete, tem um rosto belo e é caucasiano. Tinha olhos castanhos claros, e é pouco mais alto que Alencar. Este por sua vez, tinha o cabelo preto, e uma pele muito branca, varias manchas vermelhas no rosto, mas nada (que eu considere) feio, tinha um jeito marrento, mas tinha a voz fina quando falava normalmente. A voz era baixa, provavelmente por vergonha, ou por ser mais fina. Simulava exalar testosterona, mas parecia uma menina. Nunca o achei afeminado, em publico ele andava de um jeito playboy e fazia caretas como se intimasse briga, mas o jeito que eles se olhavam e as brincadeiras, que por vezes eu fazia inconscientemente com Ben me deram a certeza.

O colégio é grande, existem vários banheiros espalhados. Imagine se toda área "verde" (lugares com arvores e gramas altas) fossem mais salas de aula... Já era fácil fugir e se esconder lá dentro, por isso haviam câmeras. Mas elas não davam conta, apenas protegiam a entrada de salas importantes. O banheiro mais afastadodas salas, era também o mais cuidado.

Dentro do reservado, eles faziam mais uma vez, o que já estavam habituados. Do começo então: Um entrou no reservado enquanto o outro olhava o grande espelho e cuidava a entrada. Quem ficasse cuidando a porta, por alguns minutos, deveria ir até ela e espiar o corredor, que era mais afastado, muito propicio para o que desejavam fazer. Então quando o lugar estivesse vazio, ele entraria no reservado. Muito calmamente, Alencar, que havia cuidado da porta, entrou no reservado. Vinicius já estava sem camiseta. Quem diria, o Alê e o Vini, eram namorados. Então eles ficaram apenas beijando, como se tivessem todo tempo do mundo, o que de fato não tinham, mas uma hora e meia, era garantido. Períodos de artes, ninguém se importava muito mesmo. Após matar a vontade que passaram a aula toda evitando, Vinicius decide que é hora de ganhar a recompensa por não ter pulado no colo de Alencar na sala. Ele desce os beijos em direção a calça do garoto, mesmo por cima da camiseta, era excitante. Alencar retira então a camiseta e Vinicius abre o ziper, com uma vontade grande... Finalmente ele chega até a cueca de Alencar, uma vermelha com elastico branco. Ele passa a mão, dá varias mordidinhas, enquanto Alencar olhava pra cima, evitando gemer. As mordidas ficaram intensas, então o garoto puxa rapidamente pra baixo a cueca, libertando então o pênis muito molhado de Alencar. Pra Vinicius, aquela era uma bela visão. Um pênis de 15cm, reto, apontando pra cima, com uma cabeça grande e vermelha, pele bem branca e um saco grande e vermelho. Como eles não transavam a uma semana, e haviam prometido não se masturbar SOSINHOS, a sensibilidade de Alencar estava alterada, até mesmo um toque fazia ele sentir dor, mas o tesão e o ritmo do Vinicius não deixavam ele parar de gemer baixinho fechando a mão com força, ou forçando a cabeça de Vinicius que engasgava mas continuava, prazer ininterrupto ao seu amor.

_Ahhhhhhh issssssss. - Ele gozou na boca de Vinicius, pegando o garoto desprevenido. Ele engoliu e disse.

_Já? Minha vez - Ele falou isso abrindo o ziper enquanto Alencar descansava. O garoto tratou de tirar a Boxer de Vinicius sem demora e abocanhou tudo de uma vez só, parecia mesmo que estava com saudades. Vinicius deu um gritinho.

_Ahh! Nossa... Chupa bem, amor. - Precisava pedir?

Ao contário de Alencar, vinicius durou uns dez minutos, e avisou o que estava pra acontecer, quatro jatos atingiram a boca de Alencar, ele saboreou e então engoliu, tossindo em seguida. Vinicius tirou do bolso da calça no chão uma camisinha, e deu pra Alencar, este, posicionou a cabeça e então empurrou devagar enquanto só se ouvia "Isfhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh" "Hmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm".

_Tá todo dentro. - Alencar fala e já começa a dar umas mexidas.

_Hmm ta apertadinho depois de uma semana! - Se não fosse o oral de antes, teria gozado. Ele começou a mexer a cintura pra frente e pra trás, sem mexer muito o corpo por causa do espaço, lentamente o ritmo acelerava.

_Ahhhhhhhhh caralho mete com força! - Vinicius estava adorando, ele sentia como se estivesse perdendo a virgindade outra vez.

_Hmmm Hmmm Hmmm Hmmm. - A cada batida que a virilha de Alencar dava na bunda de Vinicius ele gemia, como era rápido, o som da voz era cortado pelo impacto. Os dois começaram a gemer mais alto juntos, isso sem fazer escândalo, é claro. Vinicius já estava ciente do prazer de Alencar e começou a apertar o pau dele com a bunda, os movimentos intensificaram e Alencar começou a apertar forte o corpo de Vinicius, onde ficaram marcas. Ele até pensou em retirar a camisinha para gozar em Vinicius, mas não foi rápido o suficiente, nem ao menos tentou, estava em transe.

Ainda dentro do corpo agora não tão mais apertado de Vinicius, Alencar começou a masturbar seu amor e ajuda-lo a gozar, oque não demorou muito.

Beijaram até ficarem excitados novamente, e Alencar chupou mais uma vez o pênis de Vinicius, que media 14cm, e era encurvado para a esquerda. Quando decidiu parar, se posicionou com as mãos na parede e esperou pela penetração. Ela foi lenta, Vinicius ficou brincando, quase fazendo Alencar implorar pra meter.

_Hmmm que bundinha linda. - A pele de Alencar, era tão macia e feminina, que Vinicius sentia até pena.

_Vamo, enfia logo... Falou como se estivesse sem força, estava em prazer intenso apenas com caricias da glande tocando seu ânus.

_Você quer...Então... - E meteu de uma só vez. Alencar já estava mais acostumado, apesar de ele não ser o "passivo" da relação, até eles estranhavam a facilidade que ele tinha. Mas não evitou um gemido.

_Ahhhhhh aiihh, doeu. - Mas ele havia adorado.

Na sala de aula, eu não aguentava mais nenhum segundo. Estava irritado e me sentia um lixo.

_Prof, posso ir ao banheiro? - Levantei a cabeça e disse tentando aparentar estar com dor de cabeça e sono. Queria chorar. Resolvi ir ao banheiro mais afastado possivel, assim evitando alguém me ver chorando. Caso acontecesse.

Chegando no banheiro, escutei uns barulhos estranhos vindo do reservado do canto...

Obrigado a todos que leram e comentaram, votaram, ou apenas leram e gostaram. Obrigado a todos vocês! Escrever é uma paixão minha, um dos meus hobbys, embora não queira ser escritor, já que possou paixões maiores... Meu Ben é uma.

Pretendo criar um B-sides (acho que é assim que se chama), são coisas que aconteceram mas deixariam o conto extremamente longo se colocado junto com os acontecimentos principais. Com isso é possível entender os personagens e suas motivações, atitudes, sentimentos e pensamentos.

O Enredo é real, por isso sexo é pouco apresentado. As expressões locais, e o que for dispensavel foram removidas do texto. Nomes são mascáras, mas as descrições são fiéis.

Comentem, votem, criticas construtivas são sempre bem vindas.

Abraços!

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Comentários

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Uau...uma pena que vc não quer ser escritor!! Porque são perfeitos!!!!

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O final do texto? O final da série ainda está longe... No momento, a data é 09/09/10 ainda falta bastante história...Obrigado pelo comentário e voto

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MUITO BOM, CARAMBA!!!!!!! FICOU MARAVILHOSO O FINAL!!!!!

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Mais uma vez, parabéns, sou um grande fã seu... adoro seus contos... quero trocar ideias com vc... beijos

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A observação do H. Goulart exemplifica o que quero dizer.

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atençao às transições de cenas. Ela precisam de alguma forma serem explicitadas. As descrições doos personagens assim que eles entram em cena tb é importante. Na escreita é preciso que sejam explicitadas as circunstancias (cenário, personagens, cheiros sons, etc) que na conversa real já estão dadas (a 'pragmática' da situação). Vc é um escritor nato!

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Otimo, mas eu n entendi como vc conseguiu descrever o sexo entre o Vinicius e o Alencar

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