Lecionei em escolas particulares a minha vida toda. Logo após me formar, fui empregado como monitor e professor substituto, e pude realizar com calma minhas pesquisas de pós-graduação. Falo com orgulho que tenho título de Mestre em História, e reconheço que me falta apenas o doutorado. Não é um objetivo imediato meu: agora leciono em um dos melhores, senão o melhor, colégio particular aqui em São Paulo.
Devo dizer, aliás, que dar aulas me proporciona um prazer tamanho que reconheço que é esta minha profissão: sou e sempre serei professor. Não sou velho, devo dizer. Chegarei aos quarenta anos ainda, mas estou longe dos trinta. Não tenho problemas, de forma geral, com minha aparência. Passo longe da calvície, meu cabelo é curto e bem penteado, da mesma forma que não tenho barba: apesar de alguns anos rebeldes quando estudante, mantenho minha cara limpa como docente. Minha forma física não se destaca por nenhum atributo incomum, ou dado como ideal hoje em dia. Ainda assim, pratico exercícios regulares - nado religiosamente toda semana.
Quero contar como conheci uma das minhas últimas amantes. Antes que se levantem dúvidas, digo de cara: sou casado, desde os meus 24 anos, com Camila. Minha primeira filha nasceu quando tinha 28, e meu filho quando cheguei aos 30, junto com minha esposa. Não vejo a infidelidade como algo negativo, pelo contrário: fico com minha esposa porque a amo, não para manter as aparências de um relacionamento estável. Não enxergo minhas outras parceiras de outra forma, como senão um feliz encontro carnal. Creio em dois tipos de prazeres: o físico, que satisfaço quase que diariamente; e o psicológico, que resta em minha mulher. Fisicamente, tenho relações conjugais e extra-conjugais. Psicologicamente, onde encontro o carinho, o afeto, o amor, faço questão apenas de minha mulher.
Enfim, o caso que conto foi o único que se derivou da minha atividade docente. Sempre ensinei alunos do colegial. Lembro de uma aluna minha, Cristina. Quando me recordo dela, me recordo principalmente da impressão que ela deixou em mim, não dela propriamente. Nunca me esqueci das dúvidas que ela trazia para mim. O modo como ela prendia o cabelo, ou seu perfume inebriante - uma marca popular entre os jovens, que traz um alce como símbolo. A forma que seu rosto era esculpido por duas covinhas quando ela sorria na compreensão de certo raciocínio. Talvez fosse a penugem arrepiada de seus braços nos momentos de frio. Um quadro realista por certo não capturaria a miríade de detalhes da menina sentada em sala de aula. Ela estaria encostada na parede, ao fundo, pernas dobradas na cadeira e caderno no colo, os cachos loiros emoldurando o rosto franzido, de quem não está entendendo o material exposto na lousa. Sua pele era alva, contrastando com suas sardas. Seu rosto era doce, marcado por uma eterna expressão de ternura.
Nossa relação de professor e aluna se alterou, imagino, quando ela começou a ir mal na minha matéria. Seu rendimento realmente estava baixo, e ao se aproximar do final do bimestre suas férias estavam ameaçadas pela ameaça de não passar em minha matéria. Uma tarde, após ter dado como encerrada a aula, fiquei na sala ainda respondendo certas questões, de alguns alunos. Por último, ela veio falar comigo. "Prof. Zé", ela começou, meio tímida, "não sei se o senhor reparou, mas estou indo meio mal em sua matéria. Na verdade, muito mal." Eu apenas escutava, consentindo. "Os plantões de dúvida aqui não estão me ajudando. Tipo, só converso lá, em vez de focar. Queria saber se tem como o senhor, se der, claro, me der algumas aulinhas, assim, particulares." Fui sincero com ela: "Olha, Cris, sei mais ou menos com está sua situação. Eu pessoalmente acho que está tudo bem em relação às aulas, só precisamos combinar duas coisas: o preço, e o lugar". Ela sorriu, os olhos azuis, de um azul cristalino, fixos em mim. "Tá, vou falar com minha mãe, e a gente se acerta, ok?" Sorri de volta, e ela se foi, talvez aliviada.
Em casa, pelo sistema online que tinha acesso, pesquisei as notas dela: só minha matéria, justamente a minha, em que ela tinha aproveitamento baixo. Acertamos, de qualquer forma, as aulas seriam de terça e quinta, quando ela tinha janelas de horário durante a tarde. Conversei até com a mãe dela, e que aquiesceu quando sugeri que as aulas fossem em meu apartamento. Por mais que tivesse ela como uma bela mulher, realmente linda, não nutria nenhum desejo pela Cris. Ainda. Acho que desenvolvi uma vontade por ela após ter me separado da mulher que eu estava comendo na época: ela quis aprofundar o relacionamento, no que eu imediatamente neguei. Ela não aceitou bem, e apesar de nunca ter me confrontado, deixa alguns recados me ameaçando de contar para minha esposa. Ela nunca o fez, mas seu último recado me comoveu um pouco: é horrível sentir quando você decepciona uma pessoa, ainda mais alguém que transava com você. No final, além de uma voz de choro, embargada, a mulher me xingou. Muito. Isso acaba pegando você na auto-estima, ou na moral. Era uma quinta-feira. Como não tinha que dar aulas no dia, resolvi tomar um uísque, para afogar o mal estar. Minha esposa não ia para a cama comigo fazia mais de mês: estava como professora convidada em uma universidade no exterior.
Parei na segunda dose, para receber a Cris de forma que conseguisse dar a aula, a primeira da semana. Foi o suficiente, entretanto, para que meu tesão acumulado viesse a tona, e plantasse a sementinha, para que fixasse em minha cabeça a necessidade de pegar ela. Já estávamos na terceira ou quarta semana de aulas. Lembro que quando abri a porta, segui a mesma rotina com ela: convidei-a para entrar, acomodei ela na mesa, e servi suco. Não deixei de notar que ela percebeu a garrafa começada, bem como uma última pedra de gelo derretendo no copo que estava lá. De qualquer modo, expliquei para ela o assunto do dia, totalitarismo europeu, e apontei alguns pontos que já havia ressaltado em classe. Por fim, entreguei uma folha com testes e uma questão. Como usava meu laptop para ilustrar a aula, acabei por adiantar meu trabalho. Notei que ela estava empacada na pergunta dissertativa: "Leia a letra da música 'Tanto Mar', de Chico Buarque, e examine o painel 'Guernica', de Pablo Picasso. Associe cada obra ao seu devido contexto histórico, explicando-o e justificando a escolha". Deixei ela pensar, pois senão não haveria como medir seu progresso. Acabei, então, divagando um pouco sobre minha situação, ainda frágil, e fiquei olhando para umas fotos de minha esposa. Estava com saudade.
"É sua esposa? Ela é linda". Olhei para ela, cortando as baboseiras da minha cabeça. Meu apartamento não tem fotos expostas, de forma que provavelmente era a primeira que ela via. "Que inveja, imagina só, ser bonita assim e ainda estar casado com o gênio da história".
Eu ri. "Obrigado, mas não sou nenhum gênio. Só tive sorte, só isso". "Que nada, algo mais do que sorte deve ter rolado para conquistar esse mulherão". Era o uísque que tinha tomado, ou ela estava me dando uma indireta? Tentei despistar o assunto. "Ah, se casamento fosse fácil assim...". Ela riu, e finalmente pediu ajuda. Mas daí minha concentração já estava no espaço: estava na pintinha que ficava perto de seu lóbulo, em seu pescoço, na curva de seus lábios franzidos, no cheiro que dela evolava. No final da aula, acompanhei-a até a porta, e me despedi, já pensando na senhora homenagem que dedicaria para ela no banheiro. Fui tomar antes outra dose de uísque. Mas certas coisas são engraçadas. Às vezes é o destino, ou seria a sorte?
Quando sorvi o último gole do copo, toca a campainha. Uns instantes depois da Cristina ter ido embora, a pé, sua casa era perto, havia começado a chover a cântaros. Abri a porta: lá estava ela, completamente ensopada, com um leve pavor na face. Fiz ela entrar. Ela se virou, os olhos completamente marejados. Sua regata branca estava transparente, a correntinha de ouro que ficava em seu pescoço era visível, bem como seu sutiã, também branco, que não escondia em nada seus peitos, agora arrepiados. Ela desabou chorando em mim. Segurei-a forte, e acalmei ela. Fiz o que deveria ser feito, não o que gostaria de fazer: disfarçando minha ereção, coloquei-a com uma toalha no banheiro, enquanto suas roupas foram para uma sacola. Esperei o barulho de água caindo no banheiro cessar, para avisar ela. "Cris, tem um vestido na cama. É da Camila, mas pode usar, ela está viajando de qualquer jeito. Suas roupas estão em uma sacola. Vou estar na sala esperando para te levar de carro". Ela respondeu um rouco ok, e saí do quarto.
Quando ela foi para a sala, tive a segunda visão gloriosa do dia. O vestido se ajustara perfeitamente nela. O cabelo ainda estava úmido. Seus mamilos furavam o tecido leve da roupa. Em contraste, seu rosto estava inchado do choro, um pouco vermelho. Uma verdadeira ninfa grega: é Dafne, pensei, logo após Apolo a ter importunado. Fomos em silêncio no carro. Sei que, por mais que fosse perto, a casa dela da minha, a passamos uns bons 30 minutos no trânsito. Ela foi relaxando, descontraindo um pouco da vergonha, e talvez humilhação, de ter sido pega de surpresa pela chuva. Coloquei Ella Fitzgerald para dar o tom musical definitivo. Para minha surpresa, consegui arrancar um sorriso da Cris quando cantarolei alguma música. “Você devia escutar Duane Eddy, procure por ‘Rebel Rouser’”, comentou. Entrei com o carro na garagem dela, sob protestos. Mas meu argumento foi vencedor: qual o sentido de deixá-la tomar chuva mais uma vez, ainda que na frente do prédio?
Finalmente, parei o carro. Ela agradeceu, e foi aí que o céu veio abaixo. Ao tentar deixar aquele beijinho na bochecha, acabamos nos beijando. Nossos lábios se tocaram, e rapidamente se separam. Mas daí era tarde demais: nossos corações começaram a bombear sangue mais rápido, aquele frio na barriga surge de repente. Confesso que pisquei surpreso quando isso aconteceu, mas assim tive a sorte de ver ela, de olhos fechados, recuar um pouco e avançar de novo, em busca de minha boca. Não neguei. Beijamos-nos lentamente, sentindo bem os lábios de cada um. Mordisquei de leve o canto de seu lábio inferior. Ela aproveitou minha boca entreaberta e senti sua lasciva língua se enroscando em um duelo longo com a minha. Eu a beijava sôfrego, desejoso por mais, e ela me correspondia na mesma medida. Larguei de sua boca e soltei-a do cinto, enquanto ela arfava. Afastamos-nos apenas o suficiente para que o cinto voltasse para sua posição original, e retomamos o beijo, agora ardente, explorando cada pedacinho da boca um do outro. Ela, apesar de ter 17 anos, beijava com desenvoltura: puxou-me e segurou firme pelo pescoço, enquanto sua outra mão passeava por meu ombro.
Não deixei por menos. Eu já arranhava suas coxas, arrepiando-a toda, como pude comprovar. Fui beijando seu pescoço, mordiscando de leve. Minha outra mão começou a apalpar seus seios, ela não ofereceu resistência. Que seios belos. Não os via, mas por baixo do tecido sentia que eram quentes e firmes, macios ao toque, porém desenvoltos, de quem está chegando ao auge da forma física. Seus mamilos estavam rijos, como se quisessem retribuir o toque de minha mão. Ela logo começou a suspirar, não se contendo em sua excitação. Resolvi testar os limites de seu tesão, mas suas pernas aceitaram docilmente quando enfurnei meus dedos para dentro de seu vestido. Logo senti sua chama, que mantém aceso todo o fogo da garota: sua xana estava em polvorosa, implorando para ser tocada. Fui, apressado, em busca de seu clitóris. Senti sua mão, frágil e firme, envolver meu pulso. "Cuidado, ainda sou virgem". Ela sussurrou em meu ouvido, em um fio de voz. Diminui o ritmo e cadenciei meus movimentos. Meus dedos indicador e médio giravam naquele monte intumescido, que ficava progressivamente cada vez mais lubrificado. Ela suspirava e gemia: "Ahn, hmm". Eu estava concentrado em sua expressão, aquela agonia prazerosa que antecede o gozo. Este mesmo não tardou. Ela logo empinou o quadril, rebolando involuntariamente. Sua mão apertava meu pulso com força. "Ah". Ela grunhiu alto, se flexionando, contraindo a pelve. Ela gozou intensamente, melecando minha mão e um pouco do banco do carro. Encostou-se em mim retomando a respiração, que estava ofegante.
Assisti ela se recuperando do orgasmo. "Desculpe por não ter separado uma calcinha para você". Comentei, depois de ouvir Ella cantando um pouco. Ela gargalhou, rindo gostosamente, e olhou para mim, radiante. "Obrigado pela carona, Zé". Inclinou-se, me beijou, e se foi com sua mochila, a sacola de roupas e seu cabelo todo desarrumado, me deixando na garagem. Só depois me toquei que alguém poderia ter passado e nos flagrado. Se isso aconteceu, não sei dizer. Dei aula no dia seguinte, mas não para a turma dela. Estava paranóico sobre a possibilidade dela contar isso para alguém, especialmente suas amiguinhas, que encarariam com a fofoca do século. Me acalmei apenas no recreio, quando um inspetor me entregou um envelope. Dentro, sua letra já me parecia familiar: "Não consigo me concentrar em nada sé de pensar que meu professor de história me deu uma das melhores pegadas que já tive, será nosso segredo, relaxa. Conversamos amanhã, quando eu for para a aula na sua casa!".
Meu lado racional estava com as rédeas, eu acabaria com a loucura ali. Faltavam poucas semanas para a prova final, ela poderia se virar, o grosso da matéria já tinha sido dado, de qualquer forma. Eu mesmo nem queria pensar no lado ético do problema, imagine só! Um professor não pode fazer o que eu fiz com uma aluna. Quando abri a porta para ela, entretanto, minha explicação quase veio abaixo. Lá estava ela, parada, sorrindo como sempre. O cabelo, que reluzia ouro, preso displicentemente por algum feixe. Usava uma camiseta pólo preta, sem alce dessa vez: era um crocodilo. Guardava um papelzinho de chocolate na bolsa. Jeans rasgada. All Star vermelho. A típica aluna que eu tinha em sala, mas ela era estonteante. Era Dafne, tinha certeza. Sentamos no sofá, após um momento de silêncio, bem constrangedor, e expliquei para ela meu ponto de vista. Ela ouviu tudo, esperou eu falar. Logo em seguida, brotava de seus lábios um sorriso maroto. "Poxa, Zé, se é para a gente acabar assim, vou ser bem imatura! Quero um último beijo!". Olhei para ela, abismado. Retruquei incrédulo. "Não acho que isso seja correto, vai ser só uma ilusão". Ela concordou, dando os ombros. "Tá". Olhei sério para ela, como faço quando meus filhos aprontam algo. Ela fez biquinho. "Poooooor favoooooor", ela pediu toda melosa, mas logo depois voltou a si, "tá, esquece esse por favor.Haha. Mas sacanagem você me pegar daquele jeito e se recusar a me beijar agora. Hipócrita". "Sua argumentação é horrível". Respondi, esquecendo que falava com uma adolescente. Mas fui tomado de surpresa por um selinho. "Vou ter que roubar, então". Ela tinha conseguido me provocar, aquele anjo sorridente. Beijei-a, não gostando da ideia do que fazia, mas adorando cada momento. Parecia que ela estava realmente dando mais paixão na coisa, como se quisesse extrair o melhor que pudesse: prendia meus lábios, sua língua digladiava com a minha. Voltei a se aventurar naquela boca proibida, que rescendia ao chocolate que ela havia comido. Aos poucos ela foi me abraçando, sentindo meu ombro. Fui deixando, perdido pelo beijo.
Voltei ao mundo quando senti sua mão apalpando minha virilha por cima da calça. "O que você está fazendo?". "Ah", ela sussurrou em meu ouvido, distribuindo beijos pelo meu pescoço, "sabe como é, eu te devo uma gozada, não?". Ela estava conseguindo me seduzir. "Não sei se isso é certo". Estava possuído pelo tesão, mas tentei uma última vez. Ela riu. "Foda-se". Beijamos-nos, sendo que agora eu destilava todo meu desejo em sua boca. Tateando cegamente, sua mão abriu minha braguilha, e por cima da cueca, encontrou meu pau, que já se levantava, esperando pelo melhor. "Você vai amar isso aqui", ela falou orgulhosa. Ajoelhou em minha frente, e abaixou minhas calças até os tornozelos. Depois olhou para minha cueca, totalmente retesada por causa de minha ereção, como que mede o que está por vir. Com os dedinhos finos e ágeis, ela puxou a barra da cueca ao mesmo tempo, expondo o me pau, mordendo o lábio e o tocando com a ponta dos dedos. Sua mão estava gelada e em contato com meu membro que estava quente, me provocou um arrepio que deu em um gemido baixo, no que ela viu como incentivo, segurando-o e o masturbando de leve. Foi beijando aos poucos minha coxa, minha cintura, meu saco. Seus beijinhos continuaram por toda a extensão de meu membro, culminando em uma lambidinha em minha glande. Ela olhou para mim, direito nos meus olhos, sorriu. Deu uma piscadinha singela. Depois lambeu toda a extensão de meu pau, e o abocanhou, descendo sua boca até onde conseguiu. Senti sua língua girando em volta de meu membro. Ela sugava com força, e começou a me masturbar. Vi aos poucos aquele anjo, aquela ninfa grega se transformar em uma puta: ela nem de longe era a santinha inocente que eu fantasiava. Ela ergueu sua cabeça, olhando para mim, passando a língua entre os lábios. "Está gostando?". "Parou por quê? Não sabia que você era assim, vadia". "Só na cama", respondeu, estampando um sorriso malicioso. Aquilo me excitou demais. Comecei a acariciar seus cabelos sedosos, enquanto ela retomava o vai-e-vem com a boca. Sua mão livre começou a apertar e massagear minhas bolas. Sua língua passeava pelo meu pau de vez em quando, me deixando arrepiado. Eu gemia, pedindo mais. "Vou gozar!", alertei. Ela recuou sua cabeça, mantendo minha glande dentro de sua boca, e acariciando-a com sua língua, ao mesmo tempo em que passou a punhetar ferozmente meu membro. Quando gozei, gozei muito. Grunhi, enquanto ela tomava toda a porra que liberei: devo ter gozado rios, fazia tempo que não dava uma trepada. Ela tomou tudo. Mamou, literalmente, até secar. Observava-me arfar com aquele sorriso sapeca, os dentes brancos expostos, e seus olhos azuis brilhando. Beijou-me de leve. "Você foi maravilhosa". Ela riu, meio que orgulhosa. "Não, você que deixa para trás os outros". Daí ela gargalhou, aquela risada contagiante, do próprio comentário. "Melhor não falar coisas indecentes".
“Eu não sei se consigo te dar uma aula agora”. “Tudo bem, em 10 minutos ela vai acabar mesmo”. Rimos juntos. “Sério, vou te mandar alguma coisa sobre o totalitarismo na América Latina. Prometi para sua mãe que te ensinaria toda a matéria da prova”. “Zé, você é muito preocupado. E depois, eu já não garanti uma nota alta depois disso?”. Ela falava risonha, testando minha reação. “Sonha, Cris, sonha. O que aconteceu foi um delírio nosso, algum ato falho freudiano que teve conseqüências extremas”. O celular dela tocou. Reconheci ‘Pipeline’, do Surf Coronados. Ela levantou e foi atender na janela. Peguei meu computador e comecei a selecionar alguns textos que mandaria para ela. Por alguma razão que eu desconheço até hoje, estava até conseguindo me concentrar no que fazia. “Zé, posso tomar um copo d’água? O gosto da minha boca está uma merda”. Eu gargalhei, e servi ela. Aproveitei e fui buscar uma dose de uísque para mim: fiquei com dó de acabar a garrafa, então servi vodca no meu copo. Ainda admirava ela. Como aquela menina, de aparência angelical, quase esculpida por algum renascentista, se transformava no impulso sexual que eu testemunhei momentos atrás?
“Gosta de surf music?”. “Amo”. “Reparei pelo seu toque”. “Ah, é verdade, ‘Pipeline’ é muito legal, quase dá vontade de dançar”, Ela sorria, pensativa, e continuou “mas Dick Dale é meu preferido. Já ouviu Surfaris? Devia. Aliás, era minha mãe que ligou, ela vinha me pegar, mas vai atrasar. Temos uma horinha para matar”. Agradeci pelas crianças estarem na escola, com a saída marcada uma hora depois do que Cristina falava. Ela pegou a garrafa da minha mão e olhou. “Nossa! Importada?”. “A do supermercado é horrível”. “Dinheiro próprio é outra coisa, né”. Ela tomou um gole do gargalo mesmo. Ótimo, agora também estava dando bebida para ela. “Gostosa, não se compara com as que servem nas festas do colégio”, disse, fazendo careta. Voltamos a se beijar, ainda sentindo a vodca queimando na garganta. Apertei sua bunda, perfeita, durinha, como falam, coisa de quem faz exercícios localizados. Começamos a esquentar o clima novamente, agora se apalpando por cima da roupa. Estávamos já entrosados quando beijávamos, quase que antecipando os movimentos seguintes. “Se eu não fosse virgem, daria para você”. “Quem disse que precisa ser virgem para me dar?”. “Seu tarado”. “Que tal? Você topa por trás?”. “Não sei”. Ela franziu a testa, mordendo os lábios, em dúvida. Estava visivelmente excitada, assim como eu, que estava louco pela bunda dela, e ainda mais por seu cu. “Se você quiser parar, a qualquer momento, eu vou entender”. Eu olhava para ela, fazendo carinho no seu pescoço. Ela tomou mais um gole. Um gole generoso, devo reconhecer. “Tá, mas quando eu quiser parar, você vai parar, né?”. Ela tomou mais algumas goladas. “Claro”. Eu tirei a garrafa da mão dela, não sem antes ela tomar mais um pouquinho. Metade da garrafa já tinha ido embora. Beijamos-nos, a abracei, levantando-a para meu colo. Senti mais uma vez aqueles peitos em minha mão. A outra massageava sua virilha, por dentro da calça: sua calcinha estava ensopada.
“Vou ir para o banheiro primeiro”. Ela interrompeu, se levantando. Fomos para meu quarto, onde ela se trancou por alguns momentos no banheiro. Aproveitei para separar um pacote de camisinhas no criado-mudo, enquanto ela cuidava de suas abluções íntimas. Mal acreditava que estava prestes a ir pra cama com ela. Ela saiu em seguida, e colocou a mochila, JanSport vermelha, aos pés da cama. “Dá para colocar música?”. “Claro”. Apontei o rádio, que emulava um toca-discos antigo. Reparei que ela estava com as pupilas já um pouco dilatadas, as mãos tremiam um pouco. A voz alta. Não é que ela quis ficar alegrinha bebendo? Ou era impressão minha? Ela plugou o ipod, e logo preencheu o quarto com música, que localizei pertencente aos anos 60. “Apache, Shadows!”. Falou a música, e a banda. Começou a dançar para mim, no ritmo da música. Ali vi que ela não era uma simples mulher: era a encarnação de uma ninfa, de algo movido pela paixão do momento. Rebolava ao ritmo da bateria e do baixo, mas sua cabeça e braços dançavam com a guitarra, que conduzia a música. Não era rápido, era lento, e bem sexy. Ela provocava, levantando um pouco a camiseta, desabotoando as calças. Seus tênis tinham ficado abandonados nos primeiros passos. A música era curta, e começou logo em seguida uma que reconheci de cara: ‘Beatnik Fly’, versão sem teclados, por Johnny & The Hurricanes, devido ao meu gosto por cinema: essa música foi recorrente em filmes gregos nos anos 60. Ela começava o strip-tease agora. Ela sabia dançar twist, e enquanto esboçava isso com os pés, soltou seu sutiã, escorregando-o por debaixo da camiseta. Só de calcinha e camiseta, ela se aproximou da cama, ainda dançando timidamente, sorrindo, envergonhada, mas ainda impelida por desejo, em minha direção. Foi dobrando, aos poucos, sua pólo, revelando seu abdômen. Sua última dobra parou justamente em seu busto, deixando a vista apenas a curva de seus seios. Eu não agüentava mais. A música acabou, e ela sorriu, quando começou ‘Wipe Out’, do Surfaris. Não resisti todos aqueles estímulos, sua visão e a música: puxei ela para mim, tirando sua camiseta com uma mão e a calcinha com outra. Ela era minha.
Sentia finalmente seus seios. Os massageava, com vontade, e beliscava seus mamilos. Logo beijei seu pescoço, e desci, em uma trilha de fogo, em busca deles. Os beijei, vendo seus mamilos se retesarem, para logo depois lambê-los, com gosto. Chupava seus seios todinhos, esfomeado. Fazia da minha língua um chicote, queria provocar Cristina. Ela suspirava, rendida, aproveitando tudo. Fui descendo, beijando, mordiscando, chupando toda sua barriga e suas coxas em seguida. Deixei uma mordida forte na parte interna da coxa direita: é minha marca. Fui subindo, agora em direção ao quadril. Abri suas pernas, contemplando aquela rosa parcialmente desabrochada, os lábios interiores úmidos, os exteriores inchados. Sua virilha quase não tinha pelos, e a rala pelagem existente era loira. Aspirei fundo, sentido aquele cheiro embriagante. Sua perna enlaçou meu pescoço, me empurrando para começar logo. Primeiro lambi tudo, mordisquei, explorei sua xana. Suas mãos faziam carinho em minha cabeça, e logo comecei a sugar seu clitóris, a lambê-lo. Ela gemia, em êxtase. Comecei a masturbar o seu grelo com os dedos, dando atenção ao mel que transbordava de seu corpo. Cristina arfava, arqueando a coluna. Ela iria gozar, e aproveitei para introduzir meu dedo médio em seu ânus. Ela levantava o quadril, buscando minha cara. “Vai Zé! Vai!”, grunhia, e começou a gozar. Senti nos dedos suas contrações, enquanto seu corpo inteiro se flexionou. Foi um orgasmo intenso, profundo.
Deitei-me ao lado dela, e ficamos abraçados, por alguns instantes. Ela me beijou, em mudo agradecimento, e começou a me masturbar, carinhosamente, devagar em seus movimentos. Escutamos o clássico ‘Ghost Riders in the Sky’, na interpretação do The Fendermen. Ela se ergueu, ficando em cima de mim, e desceu sua trilha de beijos, percorrendo todo meu corpo. Pediu a camisinha, que logo providenciei: ao som de Ventures, ‘Walk Don’t Run’, ela rasgou a embalagem com os dentes, sempre massageando meu falo, e a colocou com a boca, em um único e fluído movimento. Agora eu estava ajoelhado, ela estendida na minha frente, as pernas abertas. Passei minhas mãos por suas coxas, aproveitando cada segundo. Flexionei-as, segurando uma de suas pernas com minha mão esquerda, seu joelho dobrado em seus seios. Ela fazia o mesmo com a outra perna. Cris, com sua mão livre, masturbava seu clitóris, já intumescido, e lubrificado. Ajudei-a, levando o que podia de sua lubrificação natural para seu orifício anal. Deixei o dedo pressionado contra ele, e fui entrando com ele, até que entrou todo. Fiz movimentos circulares e foi abrindo o diâmetro aos poucos. O dedo entrou todo. O anel foi-se afrouxando lentamente. Fiz a mesma coisa com outro dedo e depois de um tempo lá estavam dois dedos. Ela suspirava, sua feição retorcida em uma careta de prazer. Movia meus dedos lentamente, ao mesmo ritmo dos dedos dela. Encaixei meu membro em sua entrada, pressionando de leve. Olhei para a imagem em minha frente: ela, ambas as pernas flexionadas, apertando seus seios; os olhos fechados em uma expressão de ansiedade e desejo. Pressionei com mais força minha entrada, e percebi que ela contraia a musculatura de seu reto com que para repelir o que estivesse ali, ou seja, facilitava minha penetração. Minha glande já estava dentro dela. “Quantos já tiveram essa visão?”, perguntei, arfando. “Você é o terceiro”, veio à resposta, em um fiapo de voz. Eu era o terceiro, mas era virgem, gravei. Que safada. Gradualmente, preenchi o cu de Cristina com meu membro. Fitamos um ao outro. Dick Dale rasgou o ambiente com ‘Misirlou’, a guitarra pulsando.
“Vai devagar”. Comecei a estocá-la, ritmicamente, com força. Sentia suas pregas se abrindo. Ouvia-se apenas a música e nossos gemidos, os barulhos de nossos corpos se encontrando. De vez em quando ela reclamava de dor, mas logo pedia para não parar. Estava me controlando para não parecer sedento, mas acabei acelerando os movimentos: quem consegue se controlar nessas horas? Ela gemia. “Vai Cris, está gostando? Ham?”. Ela concordava, e mordia meu pescoço de leve. Reparei que seus dedos se moviam frenéticos em seu grelo. “Vai gozar?”. “Ai! Me come, professor, seu imoral! Desnaturado!”. Ela me provocava, logo senti seu orgasmo, sua musculatura rija. Ela deu um gritinho: “Ah!”. Eu não agüentava mais, e gozei também, longamente, despejando todo meu esperma na camisinha. Cai ao seu lado, completamente esgotado. Dei o nó, e coloquei o preservativo de lado. Ficamos retomando o fôlego, curtindo o pós-gozo escutando ‘Surf City’, de Jan & Dean.
Por fim ela se levantou e tomou banho. Voltou para o quarto, e colocou roupa. Eu estava de shorts. Fitei ela, tentando entender o que movia aquele ser, que já tinha novamente uma postura angelical. “Vou descer, ok? Minha mãe deve estar chegando”. Ela arrumava seu ipod na mochila. “Espera, me conta uma coisa. Você não aparenta a experiência que você tem. Como isso funciona?”. Ela me olhava divertida. Então veio sua resposta, cantada: “Let’s go surfin’ now, everybody is learning how, come on and safari with me!”
