Unhas Vermelhas

Um conto erótico de Sweet Kruella
Categoria: Heterossexual
Contém 1837 palavras
Data: 24/03/2011 11:07:16
Última revisão: 25/03/2011 08:33:13

Conheci Karina quando ainda morava em minha cidade natal. Éramos duas meninas 'anormais' por sermos bem mais altas que a média da sala, então, logo a nossa excenticidade nos aproximou e firmamos uma sólida amizade. Não digo que éramos unha e carne, mas éramos a alma e o corpo da nossa amizade. Tudo que me envolvia a envolvia também, desde conversas na hora do intervalo à festas e trabalhos em grupo. Tudo, mesmo. E eis que numa sexta à tarde, depois da aula, combinamos de ir à minha casa para assistir uns filmes, como na época fazíamos um dia por tema, cada dia com três filmes. Eu havia escolhido terror, mas assim que ela chegou, me mostrou um que havia encontrado no quarto do irmão e disse que gostaria de saber o que era. Aquele papo de 'ele me perturba, então vou descobrir o passado negro e ameaçá-lo', bem típico de irmãos. Coloquei o dvd e fomos assistir comendo fastfood.

O começo do dvd era bem normal, era a história de um casal apaixonado que resolvia ficar junto apesar da oposição de ambas as famílias, tendo um filho juntos. Bem água com açúcar mesmo. Entre risadinhas contidas, disse que ou o irmão dela era gay ou estava apaixonado. Ela concordou, rindo. O dvd seguiu nesse filme até por volta de uma hora de filme, quando muda para uma cena escura e perde o som. – Que lindo, seu irmão é viciado em Creepypasta – eu disse, ironizando-o. Karina continuou olhando para a tv tentando distinguir as formas escurecidas da tela, até que ela solta um grito e diz:

– Aquele do canto, é o Mário! – o cameraman estava se aproximando do Mário, irmão dela. Os dois se falaram, mas não conseguimos entender por falta de som, como já dito. Algum tempo depois o cameraman vira a câmera para a esquerda onde há um foco de luz e uma coisa meio humanóide sentada numa cadeira. Por causa do contraste entre as cenas, de pronto não conseguimos ver o que era, mas depois de uns ajustes tanto da câmera quanto da tv, conseguimos ver uma mulher nua sentada na cadeira.

Ela estava acuada e tinha tanto medo quanto desafio nos olhos. A câmera tremeu, provavelmente o que filmava riu dela ou de algo. De repente, o que parecia ser o chefe do grupo entrou no foco da luz e mostrou-se parcialmente nu, da cintura para baixo. Karina tapou os olhos de vergonha, mas eu continuei assistindo. Ele tinha o pau duro e se aproximou da mulher com o claro intuito de violá-la, ao que ela respondeu com um grito bem forte. Só consegui saber disso quando vi o vídeo pela segunda vez, sozinha; ela pedia para que eles parassem, que estava com medo e que não havia feito nada para eles, mas eles seguiam. O chefe puxou os cabelos dela, expondo-a totalmente nua, com um tufo de pêlos ruivos entre as pernas. Avançou para seus seios e atacou-os ferozmente, mordeu, chupou. Nessa hora o que filmava trocou a câmera de mãos, minha mente nada santa notou que ele batia uma com a mão direita. Um tanto envergonhada, me senti bastante excitada com a cena toda. Tentei me imaginar sendo violada por eles todos como a mulher do vídeo estava sendo, mas o máximo que consegui foi um leve tremor de pernas.

Quando abri os olhos de novo, Karina me olhava assustada. – No que você estava pensando, amiga? – ela me perguntou de forma acusadora. Não respondi e voltei a assistir o filme. Eles haviam posto a mulher de quatro e um dos homens fodia o rabo branco dela, o outro forçava um boquete e gritava quando ela, sem querer ou não, mordia seu membro. Karina parou o dvd e ficou em frente à tv, me olhando.

– Que foi?

– Você estava gostando, vagabunda.

– E daí? Isso não tem nada a ver contigo.

– Mas tem com o meu irmão. Ele estava lá e não fez nada. – Me levantei e fiquei de frente para Karina, tinha uns cinco centrímetros a mais que ela de altura, mas ela era mais pesada que eu. Numa possível briga, ela ganharia, mas eu tinha agilidade e ela, não. Empate. Droga. – Vai negar? O Mário é um pé no saco, mas não dá para negar que ele não fez nada.

– E daí? Vai denunciá-lo só por causa de um fetiche? Olha para a cara da mulher, ela 'tá é gostando e não duvido que tenha sido paga para fazer isso.

– O Mário tem namorada, não precisa de uma puta para comer. – Karina não era de todo inocente, mas podia ser muito, muito lerda. Me sentei na cama e peguei o notebook. No Google eu pesquisei por vídeos de sadomasoquismo e escolhi um de femdom e outro de submissão. Chamei-a para se sentar ao meu lado e começamos a assistir o primeiro vídeo, de femdom. A Rainha usava uma cinta com um consolo E-N-O-R-ME e com ele penetrava o escravo, mas, ao contrário do que Karina esperava, ele não reclamava nenhum pouco. Só urrava de prazer e depois, quando a Rainha o mandava calar-se, pedia desculpas e abaixava a cabeça, para em seguida receber o membro de plástico em seu rabo. Senti minha vagina vibrar toda vez que a Rainha o penetrava, sempre soube que tinha um lado sado em mim, mas nunca havia tentado nada por medo.

– Isso... isso é de verdade? – a voz de Karina estava falhando, respondi que sim. Que há pessoas que sentem prazer no ato de se submeter a alguém, tanto quanto há pessoas que gostam de submeter as pessoas. A essas pessoas, dá-se o nome de dominadoras e aos demais, escravos. Expliquei também que era muito provável que o Mário tivesse esse fetiche, de ser um dominador, e que por isso juntara-se com os amigos e contrataram aquela mulher, que provavelmente era uma puta qualquer, paga para se fazer de vítima deles.

– Ou... pode ser um estupro de verdade, mas ai é crime. – Eu, de fato, não tinha muita certeza, mas acabamos combinando de tentar descobrir o que se passava e, como já passava das 17 horas, Karina disse que ia embora. Acompanhei-a até o portão e ela se foi, pensativa. Acho que havia sido meio demais para ela saber que havia pessoas assim, já que ela foi criada num casulo de seda pela família. Educada para casar-se virgem.

Como ainda estava sozinha, terminei de assistir o dvd - que continuou quase na mesma coisa, mas como não é o ponto principal, não vou relatar o desfecho dele - e depois fui tomar um banho para me deitar. Não que eu estivesse com sono, era só que precisava pensar no que fazer, de preferência com o pensamento de um pau bem grande me comendo. Já no banho, me toquei, mas não me permiti gozar, senão a graça da brincadeira acabaria. Quando sai do banheiro, só me sequei e fui me deitar nua mesmo, ainda pensando no vídeo. De vez em quando me tocava de novo, mas sem gozar, até que pela manhã eu achei a solução perfeita e só então me permiti gozar. Foi lindo. Fiquei muito molhada e me levantei para me arrumar de uma vez, não para a escola, mas para me encontrar com o Mário. Disse para minha mãe que estava com dor de barriga pelo fastfood do dia anterior e fiquei deitada, esperando a hora do sinal do primeiro horário tocar. Depois de uns cinco minutos, vesti um casacão que tenho e sai de casa, encontrei o Mário em frente a casa dele com uns amigos, olhando as meninas atrasadas passarem. Chamei-o.

– É verdade então. Ontem a Kari e eu vimos aquele seu dvd e eu vi o tamanho do seu pau. – disse baixinho, mostrando o meu colo. Ele entendeu e me convidou para subir dizendo para os amigos que eu precisava de um caderno da Karina e que o quarto dela era trancado e a chave dele abria a porta. O acompanhei e, já no quarto dela, enquanto eu tirava o casaco deixando a mostra meus seios cobertos apenas por um top minúsculo e tomava sua mão entre as minhas pernas, ele me ameaçou. – Eu não vou contar para ninguém, seu idiota. Mas só se você fizer comigo o que fez com aquela mulher.

– Não, tu é amiga da minha irmã, não dá.

– Não é o que parece, e deixe de ser idiota, eu estou me oferecendo para você.

Puxei a bermuda dele e expus aquele pau maravilhoso, já ereto. Quando ia abocanhá-lo ele me segurou pelos cabelos e mandou que eu ficasse de quatro sobre a cama, o que eu fiz de pronto, mostrando meu lindo rabo para ele. Me chamou de cachorra e pincelou a cabeça em minha vagina. – E a safada não é virgem, olha só. – Eu só sorri e disse que ali já haviam entrado e saído vários antes dele, o que, em parte, não era mentira, mas eu só havia tido cinco relações ao todo. Ele sorriu e ficou brincando na entradinha, fazendo que ia e voltava, até que não aguentei mais esperar e forcei meu corpo para trás, entrando tudo de uma vez. Ele me deu um senhor tapa na bunda e começou o vai e vem, fazendo aquele barulho de 'ploft' toda vez que entrava. O membro dele não chegava a me preencher totalmente, mas eu não podia reclamar nem de tamanho nem de espessura. Era, como diziam, na média. Alguns minutos depois do meu primeiro orgasmo, ele se abaixou e perguntou ofegando ao meu ouvido, se podia gozar dentro. Fiz que não, mas mostrei que podia no meu rabinho, ao qual expus mais abrindo a bunda com as duas mãos.

Mário não se fez de rogado, mas foi com cuidado suficiente para não me machucar. Eu não havia tido tantas experiências com sexo anal, mas já tinha aquela manha para não me machucar. Ele gozou um pouco depois de me penetrar e eu recebi tudinho piscando o ânus um pouquinho. O membro dele havia trabalhado duro, então, não exigi muito mais. – Promete que da próxima faz que nem no vídeo? – fiz voz de manhosa e o fiz prometer que sim. Depois vesti o casaco e peguei um caderno qualquer no quarto da Karina, indo embora logo depois. Ainda ouvi alguns comentários dos amigos dele sobre o meu 'caderno', mas me fiz de desentendida e segui meu caminho. Nos encontramos mais algumas vezes depois disso, de forma que curiosamente, em todas as vezes eu havia pintado minhas unhas de vermelho. Por fim, acabei ganhando o apelido de Gata das Unhas Vermelhas, apelido esse que acabou tomando um sentido mais suave depois que me mudei de cidade, mas que persiste até hoje sempre que ele me liga e eu estou nas proximidades. Já a amizade com Karina, infelizmente, rompeu-se quando ela foi obrigada a se casar por ter engravidado de um garoto qualquer, mas ainda assim, trocamos e-mails esporádicos, mas não é mais a mesma coisa. Quanto ao dvd, tenho comigo até hoje, para qualquer emergência, rs.

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Comentários

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Bélissimo conto. E aposto que daria um bélissimo filme tbm em versão de DVD!

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