A porta do inferno

Um conto erótico de Knight Rider
Categoria: Heterossexual
Contém 2320 palavras
Data: 16/11/2010 18:55:38
Última revisão: 21/11/2023 20:54:45

A TERRA

Rockland City era uma terra sem lei, onde só o mais forte ou o mais esperto sobrevivem. De um lado as terras áridas e vermelhas do deserto de Nevada, do outro os campos verdes com florestas de pinheiros, cercados pelas montanhas cobertas de neve do Colorado. Era o lugar onde céu e inferno se encontram.

As noites eram iluminadas pelos poucos lampiões nos alpendres das casas e dentro dos inúmeros bordéis, de onde se ouviam gritos, cantorias de bêbados, e os estrondos decorrentes das brigas e duelos que lá aconteciam, e não raro terminavam em mortes.

Os corpos dos perdedores eram empilhados e neles era ateado fogo, num bizarro espetáculo medieval. De dia o cheiro de carniça era insuportável, mas ninguém se importava: as ruas ficavam desertas quando iluminadas pelo sol, como se todos estivessem se recuperando da bebedeira anterior e se preparando para a noite seguinte.

Diz a lenda que nem sempre foi assim. Rockland já havia sido uma cidade próspera e pacata nos tempos da corrida do ouro, quando os primeiros pioneiros ali chegaram. Mas tudo mudou quando um grupo de forasteiros conhecidos como “diabos do leste” desembarcaram na cidade.

Ninguém sabe ao certo de onde eles tinham vindo: uns dizem que eram imigrantes romenos fugindo da inquisição da Igreja, outros, que simplesmente haviam emergido do inferno. Chegaram numa noite fria de outubro; mataram o prefeito, o xerife, o padre, e incendiaram a igreja, nessa ordem. Agora eles eram o poder mais respeitado em Rockland.

O HOMEM

Tiros foram disparados na entrada de Rockland naquele fim de tarde. Mas ninguém se importou, foram só mais algumas balas disparadas em meio às outras tantas que eram ouvidas ao mesmo tempo.

Knight, Bryan Mc Knight, americano descendente de irlandeses recém chegado ao local, girou então seu revólver Smith & wesson no dedo indicador e o guardou de volta no coldre enquanto os cinco guardas que vigiavam a entrada de Rockland agonizavam no chão, e aos poucos a vida ia se esvaindo de seus corpos, perfurados pelos tiros de Knight.

Seu trabalho era resolver problemas, oficio que lhe fora ensinado por seu pai, que por sua vez foi ensinado por seu avô. Em troca de ouro e um pouco de uísque, ele resolveria algo que incomodasse qualquer pessoa. Mas dessa vez era diferente, era pessoal.

Adentra o bar que lhe fora indicado por um pistoleiro que vagava por aquelas estradas, pouco antes do homem também morrer pelas mãos de Knight. Informações arrancadas sob uma tortura bem feita geralmente são as mais sinceras.

Atrás do balcão, Selene, a dona do lugar, colocava alguns copos em cima da prateleira, e recebeu Knight com um sorriso. Ao lado, em cima de um palco, as duas ajudantes de Selene; Alicia, loira de olhos azuis, tipo mingnon, e Nina, morena de seios fartos e olhar desafiador, ensaiam uma dança juntas ao baixo som de um blues. Nina envolve Alicia com os braços, que de costas para ela esfrega seus quadris na amiga. As duas também sorriem matreira e simultaneamente para Knight. Apenas os quatro estavam no lugar.

- Vocês ainda não abriram?

- Abrimos sim, mas aqui o movimento só começa depois que o último raio de sol se põe – responde Selene.

Knight pede um copo de uísque, puro e sem gelo para Selene, que busca a garrafa e enche seu copo. A dona do bar olha para o visitante que bebe todo o conteúdo em um gole, já indicando o copo para a garota encher de novo.

- E então, estranho, o que o traz aqui?

Knight vira o segundo copo e tira uma foto de um homem de pele branca e cabelos negros penteados para trás. As duas pupilas dos olhos dele num vermelho tom de sangue. Ao ver aquele rosto, Selene empalidece.

- Eu vim quebrar um pacto, e esse é o homem que eu vou matar.

Selene agora olhava com espanto e piedade para seu novo amigo.

- É melhor você ir embora daqui, enquanto ainda pode – ela diz virando as costas e voltando a organizar as bebidas da prateleira.

- Essa não é uma opção – Knight responde.

- Muitos já tentaram matar o líder dos diabos do leste, e todos tiveram uma morte lenta e dolorosa.

- Foi para isso que eu vim aqui.

- E o que te motiva a ter uma idéia tão estúpida?

O homem então tira outra foto do bolso. Uma garota de cabelos loiros e olhos claros, com um bonito sorriso que lhe realçava os brancos dentes da frente. Sorriso que Knight daria sua vida para ver de novo.

- Estou aqui por ela – Diz Knight para a perplexa Selene.

A garota loira se chamava Jill.

- Esqueça-a, disse Selene. Beba, divirta-se com as minhas meninas e ao nascer do sol vá embora, vai ser o melhor para você.

Ao dizer isso, As duas garotas descem do palco e começam a beijar juntas o pescoço de Knight. A loira avança a mão para o meio das pernas do forasteiro, sentindo o volume crescer dentro da calça jeans.

Knight então pega Selene pela nuca e aproxima-a do seu rosto, num movimento brusco, fazendo-a subir sobre o balcão. Ele diz num tom ríspido, de quem já perdeu a paciência:

- Eu sei quem é você; Selene, a feiticeira, e você vai me ajudar a achá-la.

- Se o pacto foi cumprido, ela está no inferno. É uma serva de Dante agora, e nada pode tirá-la de lá! – grita Selene.

- É o que vamos ver... – responde Knight.

A LUTA

Aos 17 anos Knight deixou a fazenda de seus pais para lutar na guerra de secessão. Mesmo vindo de uma rica família, ele queria fazer algo por seu país e deixar seu nome na história. A mesma utopia ambiciosa, inocente e imbecil de todo jovem nessa idade.

Pela influencia de seu pai, conseguiu um importante posto no exército confederado, imaginando que essa seria a carreira respeitável que seguiria para o resto da vida, e que assim conseguiria seu próprio dinheiro, o suficiente para levar uma vida bem confortável e se casar com Jill quando voltasse.

Mesmo com as lágrimas da amada, que implorou para ele desistir da idéia e arranjar outra coisa para ganhar a vida, Knight partiu.

A guerra não seguiu como Knight planejou. O que todos os sulistas esperavam que fosse uma rápida vitória, acabou por se tornar uma guerra demorada, dispendiosa e sangrenta. A única coisa que animava a Knight eram as cartas trocadas com Jill.

Numa noite, após uma vitória em um combate campal, Knight comemorava bebendo com seus amigos. Os confederados avançavam rumo ao estado do Tenesse, cada vez mais próximos de vencer a guerra. Em alguns dias ele voltaria para casa e para Jill.

Quando a bebida acabou no acampamento, o jovem coronel se ofereceu para ir buscar mais no vilarejo mais próximo, uma cortesia para os amigos que em breve ele deixaria. Apesar de gostar do que fazia, Knight não via a hora de voltar.

No caminho, foi surpreendido por uma emboscada feita por oficiais da União. Knight matou seis deles antes de ser derrubado por um tiro de fuzil. Ainda vivo, foi capturado pelo exército inimigo. Ele estava entre a vida e a morte.

Sem Knight, o exército confederado não era mais o mesmo, e em pouco tempo a União venceu a guerra. Chegaram até a cidade de Jill e a capturaram, ela e suas irmãs, todas belas mulheres. Os generais inimigos consideravam a futura esposa de um oficial da confederação como um ótimo espólio de guerra, e levaram as garotas para um campo de prisioneiros.

Jill chorava dia e noite, por Knight e por suas irmãs. Ela sabia que ele havia sido baleado, mas não tinha mais notícias, o que a deixava desesperada. Somando-se a isso, as humilhações que ela e as irmãs passavam nas mãos dos inimigos era insuportável.

Era madrugada quando Jill chorava naquele celeiro onde haviam colocado ela e as irmãs, que dormiam.

Depois de muitas noites rezando para sair dessa situação e rever Knight, ela desistiu de rezar. Então, passou a sentir raiva das orações que não lhe eram atendidas, o que daí pra frente só aumentou. No momento que a raiva se transformou em um ódio que parecia querer explodir seu peito, ela recebeu a visita de um homem.

Assustou-se com a figura de pele branca, cabelos negros e olhos vermelhos que havia aparecido naquele celeiro, ninguém entrava ali sem passar por dezenas de soldados, e ele não parecia ser um deles.

Ele então fez a proposta para Jill: a vida de Knight seria salva e suas irmãs seriam libertadas. Tudo isso em troca de um pequeno presente de Jill: a alma da garota.

De inicio ela acreditou ser alguma piada, mas o homem parecia falar bem sério. Ele garantiu que em troca do “favor” que ela lhe faria, o pacto seria cumprido. Jill olhou para as irmãs que dormiam com as roupas rasgadas, pensou em Knight entre a vida e a morte, e tomou sua decisão. Dessa noite em diante ela nunca mais foi vista.

* * *

Knight se recuperou e voltou para a sua cidade. Quando soube pelas irmãs de Jill que ela havia desaparecido, resolveu que faria justiça com as próprias mãos.

Foi até a base do exército da União onde as garotas haviam sido mantidas prisioneiras e matou incontáveis soldados e oficiais, mas sem conseguir nenhuma informação útil de nenhum deles. Se tornou um fora da lei desse dia em diante.

Desorientado, procurava por qualquer pista dela. Em uma de suas andanças encontrou em um bar um velho índio que fumava um canudo com erva alucinógena. Resolveu compartilhar com ele a sua história. O velho então revelou tudo para Knight, sobre o lendário Dante, líder dos diabos do leste, e sobre o pacto. Era só uma história contada por um índio idoso e chapado, mas a melhor pista que Knight conseguiu até então. Resolveu continuar suas investigações a partir dali.

Agora ele havia chegado a um ponto onde não havia mais volta: o saloon de Selene.

* * *

- Se você quer ir até o inferno, tem que morrer antes.

- Eu sei, vim preparado para isso.

Knight e Selene se olharam por um longo momento, e ela completou:

- Eu posso tentar te ajudar, mas não garanto nada.

- Estou disposto a correr o risco.

A dona do bar então pegou o forasteiro pela mão e juntos subiram uma escada, até um dos aposentos de Selene que ficavam no segundo andar do bar.

Knight entrou primeiro, e atrás dele Selene fechou a porta. Uma cama grande de casal era rodeada por imagens místicas nas estantes, e nas paredes se viam desenhados pentagramas e outros símbolos que Knight sabia serem de culturas bárbaras da Europa oriental, há muito desaparecidas.

Selene pegou algo que parecia ser o topo de um crânio, encheu-o com um liquido vermelho e disse para Knight beber:

- É aguardente com sangue de bode, vai fazer sua mente viajar até onde você quer ir. Quanto ao seu corpo, deixe que eu cuido.

- Até parece que eu vou beber isso, para você me apagar e roubar a minha grana – diz Knight num tom cético.

Selene tira então um revolver da prateleira, aponta-o para Knight e completa:

- Tem duas maneiras de te mandar para o inferno. Qual delas você quer?

Knight então bebe, contrariadamente, o conteúdo do crânio.

Sua visão fica turva, e ele sente seu corpo apagar, parte por parte. Os pensamentos, porém, continuam claros em sua cabeça, e ele se sente mais leve. Talvez essa seja a sensação de morrer.

Ele pode ver Selene tirar o vestido, deixando-o escorregar pelo corpo. A bela garota de cabelos castanho acobreados e pele branca fica nua, apenas usando os sapatos de salto.

Tira as roupas de Knight, peça por peça começando pelos sapatos, e o deixa despido. Deita por cima dele, fazendo com que o forasteiro sinta todo o corpo de Selene em contato com ele. Selene beija a boca de Knight, um beijo doce, gelado, e desce pelo corpo todo dele, passando a ponta da língua pelo tórax, abdômen, até chegar ao pênis, já duro e pulsante pelas carícias que a feiticeira fazia com a mão enquanto o beijava. Passa a língua por ele todo, demoradamente.

- Acho que você está pronto, forasteiro.

Ela então sobe seu corpo sobre o de Knight e encaixa o pênis em sua vagina, mordendo os lábios enquanto é penetrada por aquela tora de carne e veias. Começa a cavalgar sobre o homem, apoiada no peito dele.

Knight apenas sente o prazer, estando ali totalmente entregue a Selene. Sente as paredes da vagina da garota, macias e molhadas, afagando e apertando seu pênis dentro dela.

A feiticeira abre um baú ao lado da cama e tira uma serpente, com a língua tremulando fora da boca e os chocalhos fazendo barulho. Knight a olha assustado.

- Não se assuste – ela diz – o veneno dela é que vai transportar seu corpo até o inferno. Quando for a hora certa, eu te dou o antídoto e te acordo.

Selena coloca o animal sobre o peito de Knight e continua a cavalgá-lo. Acelera os movimentos, fazendo seus quadris irem de encontro ao corpo do homem. A garota geme e se contorce em cima dele, na posição que lhe tornava o sexo mais agradável.

- Quanto maior o prazer que você sentir nesse momento, com mais força irá chegar até lá.

Transam como se os corpos fossem um só naquele momento. Selene então solta um grito agudo e libidinoso, como se houvesse sugado a vida de Knight por sua vagina e agora a soltasse pela boca. Goza com o pênis dele arrombando-a até o útero.

Knight, já num estado de transe, goza junto com ela, despejando seu leite dentro da feiticeira num orgasmo que parece durar uma eternidade, como se ela sugasse todos os fluidos dele. Seu prazer só é demonstrado pela quase não notada expressão no rosto.

Nesse momento, a serpente morde Knight no pescoço, que apaga na cama, sob o corpo de Selene.

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Comentários

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Amei... comentário completo na segunda parte. rsrs... ;)

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Adorei nota 10... é do tipo , q vc quer saber o restante da historia logo. e eu li a segunda parte primeiro :(

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