Meu Amigo me Amava – Capítulo 99
Fortes Emoções – Momentos Finais
Durante muito tempo uma frase de um amigo meu, o Jhonny, marcou-me muito “ A vida é feita de escolhas” E realmente isso é uma grande verdade. Durante esses meses fiz muitas escolhas, algumas errei feio, outras acho que acertei, porém a vida na verdade é uma grande escola, em que aprendemos um pouquinho a cada dia. Mas até então ainda estava indeciso em relação a mim mesmo. Não decidi ainda se curto definitivamente homens ou mulheres, sendo que namorei na minha adolescência algumas meninas, mas agora na minha juventude, com meus 23 anos de idade, ando me relacionando mais com caras, na verdade um cara em especial, o Pedro. Gosto do Jhonny, não vou negar, sinto algo forte por ele, porém isso é mais que sexo, mais do que aquela atração física de sentir o cheiro, estar perto, sinto uma louca vontade de transar, como acontece com o Pedro.
Durante seis meses comecei a relatar toda a minha vida, sem poupar nenhum detalhe num site, de inicio era mais um desabafo, estava a ponto de explodir, uma pressão interna que só eu sabia que só eu passava e não podia contar a ninguém, não tinha a quem contar, então comecei a contar a estranhos. Acho que isso acontece com muitos que assim como eu tem dificuldade de se aceitar, então criam fakes em Orkut, falsos MSN e começam a adicionar estranhos e mostram verdadeiramente quem são. Eu fiz de uma maneira diferente, escrevendo. Mas o Estevão, o cunhado do Jhonny, a pessoa mais cruel, e terrível que conheci na vida acabou descobrindo, também, dei um grande mole, e começou a usar dessas informações para me atingir, já que nosso relacionamento nunca foi dos melhores, e sempre fiz questão de bater de frente com ele. Porém, numa conversa anterior que tive com o meu mais novo amigo, que conheci por força do destino num hospital me fez refletir, uma simples frase, por isso destaco o poder dar palavras “ A vida pode te derrubar, mas a escolha é sua de se manter caído ou querer levantar”. Quem na vida não passa todos os dias por inúmeros problemas, que às vezes parece que querem nos destruir mesmo, mas como somos fortes, guerreiros, sempre nos reerguemos, nos levantamos.
O Estevão estava com uma importante arma nas mãos, estava disposto a me ameaçar, era minha escolha acatar todas as suas imposições em prol do seu silencio, ou enfrentar todos, minha mãe, meu irmão que me flagrou beijando o Jhonny, mas que devido a forte pancada do acidente não lembrava-se mais de nada. O Pedro, a Luciana, Alessandra, D. Nuancy e seu Mauricio pais do Jhonny, a Estela, sua irmã. Alessandra, Mauricio, Alan, Kátia, meus amigos de trabalho. Vinicius, Kadu, Camila, Jéssica sobrinha do canalha do Estevão e namorada do Mathias, rapaz que conheci em Cabo Frio em que por instinto cometi uma das maiores loucuras da minha vida. E o próprio Vinicius que com seu jeito espevitado e divertido me conquistou e me ensinou muitas coisas que para sempre levarei na minha vida.
A vida como o Alan me disse estava me dando uma grande oportunidade, que jamais ambicionei na vida, ser o responsável por um escritório, sabia que não era capaz, tenho apenas 23 anos, porém com muita vontade de aprender, de por em prática o que aprendo na faculdade, e disposto a dar o meu melhor. Não era justo comigo primeiramente, passar por tudo o que eu passo e quando a vida me dá uma oportunidade, me deixar levar por ameaças, por chantagens e não aceitar.
Nestor - E então Breno o que você me diz, aceita ou não a proposta que te fiz. Deseja assumir a responsabilidade deste escritório, exercer a função do Mauricio. Preciso da sua resposta agora, pois caso não aceite chamarei um outro profissional, que não tem o perfil que você tem e que normalmente trará grande atrito na rotina de trabalho aqui de vocês, que exceto meu sobrinho canalha, sempre orgulho e satisfação me trouxeram e tenho certeza, que ainda vão trazer.
Fico por um momento mudo, mil coisas passam pela minha cabeça. Estou realmente num momento delicado e crucial da minha vida, daqui a semanas tenho que entregar o meu Trabalho de Conclusão de Formação Profissional TCFP, defender a minha tese, formatura, provas, seminários, mil coisas, e ainda pra completar o meu emprego.
Breno - Seu Nestor, confesso ao senhor que não me acho capaz, mas não posse desperdiçar essa oportunidade que a vida está me dando. Aceito seu Nestor, e prometo ao senhor que junto com meus amigos faremos o melhor, daremos todo o nosso potencial para a rotina desse escritório não pare.
Seu Nestor levanta-se e bate palmas, deixando-me super constrangido.
Nestor - Muito bem Breno. O novo sempre nos dá medo. São desafios. Gostei quando você disse que você e seus amigos vão dar o melhor, isso mostra que você não tem uma visão egocêntrica, erro encontrado na maioria dos profissionais que pensam que sozinho conseguem tudo. Trabalhar em equipe hoje em dia é uma das maiores dificuldades enfrentadas pelas grandes empresas. E você tem um espírito de equipe, o Alan já havia me dito isso. Bom Breno tenho que ir para a matriz, passar na delegacia para esclarecer alguns pontos, reuniões com os sócios atingidos. Por pouco a credibilidade desse escritório que levei anos para construir não é arruinado pelo Mauricio. Devo isso a você rapaz, a você e ao Alan. Comunique aos seus amigos, faça as modificações que desejar, mas me deixe a par de tudo.
Breno - Seu Nestor .../
Nestor - Respire fundo, beba um copo d’água e comece a desfrutar de sua sala. Você é o novo supervisor do Escritório de Contabilidade Razão Contábil L.t.d.a. Senhor Breno Nunes Carvalhaes.
Seu Nestor sai da sala e no mesmo lugar em que estava em pé eu continuo, paralisado. Parecia que haviam engessado meus pés naquele lugar, pois não conseguia me mexer. Fiquei ali por uns instantes olhando aquela sala, as coisas do Mauricio, aquela cadeira confortável. Seu diploma na parede. Tudo muito surreal, inacreditável. Momentos depois bate o Pedro na porta todo assustado e entra. Quando vejo o Pedro começo a chorar, de felicidade, de medo do novo, estava assustado. Ele me abraça.
Pedro - O que foi leke, o que está pegando?
Breno - seu Nestor cara... Ele me promoveu.
Pedro - Como assim promoveu?
Breno - Promoveu cara, me perguntou se eu queria ficar no lugar do Mauricio e eu aceitei. Eu aceitei cara.
Pedro - Sério cara!
Breno - Pow! e você acha que eu brincaria com uma coisa dessas. Eu estava com medo mais aceitei. Não sei no que isso vai dar o que vai acontecer, mas aceitei cara, seja o que Deus quiser. Sei que não estou preparado, tenho muito ainda pra aprender, mas foi uma oportunidade que a vida me deu cara, não podia desperdiçar entende?
Pedro - E se você desperdiçasse eu te daria muita porrada. Caraca leke! Você meu chefinho, que massa. Cara tu está preparado sim, é o mais centrado de nós todos. Tudo o que aprendi devo a você aqui dentro cara.
Breno - Esquece isso cara.
Pedro - Isso eu não vou esquecer nunca.
Logo entram o Alan, Alessandra e Kátia.
Alan - E aí Breno?
Breno - E aí que aceitei.
Alessandra - Aceitou o que? Que comemoração toda é essa Pedro?
Kátia - Também quero saber. Seu Nestor madrugando aqui, esperando o Breno na sala. O que houve, o que aconteceu que não estou sabendo.
Pedro - O Breno foi promovido.
Alessandra - Como assim promovido. Promovido a que?
Alan - É devagar mesmo né? Deve ser a pintura no cabelo.
Alessandra - Cala sua boca seu pirralho não começa. Aí! Que ódio desse pele e osso.
Kátia - Alessandra não começa.
Alessandra - Ele que começou esse tripa e osso. Não perguntei nada a ele.
Alan - Gatinha então preste atenção, se não terei que desenhar. O Breno foi promovido a supervisor do escritório. Vai ser nosso chefe, sentar naquela cadeira ali ohh na nossa frente, no lugar do Mauricio.
Kátia - O que?!
Alessandra - Jesus me abana que a ventania foi forte. Breno chefe?
Alan - Isso mesmo, nosso chefe.
Alan vem e me dá um forte abraço. O Pedro logo muda de fisionomia.
Alan - Que bom que você aceitou cara. Você merece, é o melhor.
Kátia - Isso quer dizer que teremos mudança aqui. Só falta agora eu ser incriminada também, perder meu emprego. Estou ferrada meu Deus.
Breno - Alessandra não teremos mudanças nenhuma aqui. Pelo menos no que diz respeito a demissões. O Mauricio foi quem errou. Você só cumpria ordens, assim como todo mundo aqui.
Alessandra - Nossa o poder já subiu a cabeça. Está já na imponência de chefe. Só o que me faltava aturar o Breninho dando uma de cacique aqui.
Breno - Não Alessandra, você está completamente enganada. Primeiro que isso aqui nunca foi e nunca será uma aldeia de índio, pelo menos pra mim. E segundo que continuarei sendo o mesmo Breno. Não vai ser um cargo que vai me fazer mudar de personalidade, que vai me fazer de ser o que realmente sou. Aceitei sim o cargo, mas contando com vocês. E Alan obrigado pelas suas palavras hoje cedo me ajudaram muito, por que confesso que quando recebi a noticia, quando entrei nessa sala o meu desejo foi de não aceitar. Mas o Alan me disse que eu não iria trabalhar sozinho, que teria a ajuda de todos vocês. Durante 3 anos eu trabalho aqui, conheço bem a Alessandra a Kátia, entraram aqui meses antes do que eu, depois veio o Pedro e agora por último o Alan, ou seja, só para somar.
Alan - Obrigado Breno.
Breno - A primeira coisa que proponho a fazer é que esta sala não será a minha sala.
Kátia - Mas essa sala sempre foi a sala do chefe, a sala do Mauricio.
Breno - Pois bem Kátia, ela agora será a nossa sala.
Alessandra - Como assim a nossa sala.
Breno - Sim. Está sala é ampla. Dá pra trabalhar 3 pessoas aqui ou até mais. Eu não sentarei nessa cadeira, tão pouco nesta mesa. Não é um lugar, uma cadeira que diz o que a pessoa é.
Pedro - Breno relaxa cara. Deixa pra fazer sua reunião amanha cara aí você propõe tudo o que tem em mente.
Breno - Não Pedro. Eu disse sim pro seu Nestor, mas nada me impede de mudar de ideia e não aceitar. Se for pra eu pegar uma coisa que vai atrapalhar a minha vida ainda mais prefiro nem começar. Continuo batendo meu ponto, fazendo o que tenho que fazer, recebendo o meu no final do mês e pronto.
Kátia - Calma Breno, também não é assim.
Alessandra - Breno se foi por causa da minha brincadeira, olha de coração desculpe.
Breno - Todos nós sabemos que toda brincadeira tem um pouco de verdade.
Alessandra - Está me chamando de invejosa?
Alan - Não estou dizendo que a tintura no cabelo está afetando o cérebro dessa pessoa. Ela tem problema.
Alessandra - Cala a boca seu magrelo!
Alan - Cala você sua doida.
Breno - Alan que isso cara?
Alan - Foi mal, mas ela me tira do sério.
Alessandra - Você que me tira do sério seu pele e osso.
Breno - Bem nesta sala eu pretendo montar o nosso escritório. A Alessandra pode ficar com a mesa do Mauricio, ali onde fica esse armário velho, pode ficar a mesa do Alan.
Alan - Perto do insuportável.
Breno - Sim, bem perto da Ale.
Pedro - E eu Breno vou pra rua?
Breno - Não Pedro, tudo o que u fazia você quem vai fazer, você e o Alan vão trabalhar juntos agora.
Kátia - E eu Breno sobrei nisso tudo.
Breno - Não Kátia, você não sobrou. Como eu disse, só aceitei a esse cargo contando com a ajuda de todos vocês e sua ajuda é fundamental. Ninguém mais do que você conhece a rotina desse escritório e todas as suas partes burocráticas. Afinal você trabalhou diretamente com o Mauricio nesse escritório. Kátia você será a verdadeira responsável por toda documentação, contatos com os clientes, esclarecimentos, e pra isso trabalharemos juntos. Você concorda com essa decisão. Alguém discorda de alguma coisa, tem sugestões?
Alan - Caraca! Breno você pensou nisso tudo agora? Por que na boca cara tu criou algo fantástico.
Pedro - Realmente Breno se tudo o que você bolou cara fundionar, acho que temos tudo para darmos conta do recado.
Breno - E vamos dar cara, pra isso só depende de nós mesmos.
Breno - Tudo bem pra você Alessandra. Satisfeita com sua sala, cadeira?
Alessandra - Bom... não é bem o que eu gostaria mas ta bom né. Fazer o que preciso trabalhar, tenho contas pra pagar, ainda mais agora que vou casar, pra tudo preciso de dinheiro, e meu noivo está desempregado coitado.
Breno - Beleza Alessandra. Com licença a todos.
Pedro - Breno você vai aonde?
Breno - Pensar um pouco. Depois eu volto.
Alan - E o escritório Breno?
Breno - Na responsabilidade de vocês.
Saio da sala e deixo todos lá, ainda meio tontos e sem entender nada. Venho caminhando pelas ruas meio tonto, ainda no impacto de tudo, enxergava tudo e não via nada. Um caminho que sempre percorria parecia completamente desconhecido para mim, os carros passavam a minha frente, as pessoas, o dia estava um calor escaldante aqui no Rio de Janeiro. Caminho até chegar ao mar, aquela brisa fresca no meu rosto suado. Tiro meu tênis, dobro a calça jeans e começo a molhar meus pés na água do mar e a caminhar. Sinto algo gelado escorrendo pelo meu nariz, quando passo a mão percebo que está toda suja de sangue, me abaixo e lavo as mãos no mar. Passo no nariz novamente e não sai mais nada. Me levanto e continuo a caminhar, até que me sento a frente do mar e começo a pensar na minha vida e em tudo o que está acontecendo, não estava sendo fácil, não seria fácil. Assumi um compromisso de ser responsável por um escritório de contabilidade, a cobrança seria ainda maior. Tinha poucas semanas para entregar o meu trabalho de final de curso, dar conta dos meus trabalhos e provas, seminários, toda a rotina estressante de um universitário. Fora meus problemas pessoais, a situação delicada do meu irmão, e para completar o Estevão descobriu tudo a respeito dos contos, e ele me ameaçou explicitamente que caso eu aceitasse essa promoção, que ele iria contar e mostrar a todos as copias dos contos que escrevo, ou seja, estou literalmente numa sinuca de bico.
Olhando pro mar, sinto a brisa suave em meu rosto, respiro fundo e olhando aquela imensidão azul, me sinto forte, consigo reunir forças não sei onde, me levanto e decido enfrentar todos os meus problemas, pois dele não devemos fugir e sim enfrentar de peito aberto. Chego ao escritório e encontro todos conversando, entro e sento a minha mesa e ligo o meu computador, logo chega o Alan.
Alan - Tudo bem Breno?
Breno - Sim Alan, está tudo bem. Então cara vou poder contar com você?
Alan - Claro, comigo você vai poder contar sempre. Breno estava na praia cara?
Breno - Sim, vou arejar um pouco a cabeça.
Alan - Vai dar tudo certo cara. E na boa, você hoje se superou.
Breno - Me superei por que?
Alan - Porque? Pow você quebrou a inveja da Alessandra com maestria. Mas a Alê não faz por mal cara, ela é meio infantil ainda, tipo uma menina num corpo de mulher.
Breno - Nunca tive a ambição de sentar naquela cadeira, muito menos ocupar aquela sala. Se esse é o desejo dela que use e abuse.
Alan - Você é foda cara, na boa.
Breno - Bobo.
Alan - Bom... Vamos trabalhar né?
Breno - Já estou fazendo isso.
O Alan sai e logo vem o Pedro, com a cara meio fechada, estava confuso.
Pedro - Leke que doideira foi essa?
Breno - Doideira não cara. Se vocês concordarem vai ser assim que vamos trabalhar e vai dar tudo certo, creio eu.
Pedro - Mas aquela sala é sua cara, do responsável pelo escritório.
Breno - Pedro não é uma sala cara, uma cadeira que torna uma pessoa líder, e sim suas atitudes. Sabe a maior virtude de um líder cara, ele respeitar a sua equipe, isso o Mauricio nunca fez, nunca valorizou, nunca nos respeitou. Somos uma equipe e temos que trabalhar assim, cara um trem para andar precisa da união dos trilhos, se não tudo desanda e se um trilho estiver separado do outro o trem não anda. Sozinho ninguém faz nada, preciso de vocês mas do que vocês precisam de mim.
Pedro - Aprendeu isso na faculdade cara.
Breno - A faculdade dá a teoria cara, mas a vida nos ensina bem mais.
Pedro - Muleke as vezes você é infantil pra caramba, mas tem momentos que você tem uma maturidade além dos seus 23 anos.
Breno - Valeu.
Pedro - Te amo pacas sabia.
Breno - Pedro você bebeu? Parece doido.
Pedro - Por que disse que te amo?
Breno - Que ideia cara, vai que alguém escuta isso?
Pedro - Beleza então.
Pedro sai rindo, continuo a trabalhar. Alessandra e Kátia ficam direto conversando, e olhando pra mim, finjo que nem estava percebendo, mas vendo tudo. Antes de dar a hora do almoço começo a mudar o meu lugar, e chamo Alessandra e Kátia.
Breno - Alessandra e Kátia, caso vocês queiram já podemos fazer a mudança agora, e continuamos depois do almoço.
Alessandra - Breno você estava falando sério, eu que vou trabalhar na sala e na mesa do Mauricio?
Breno - Não estava brincando Ale, é isso mesmo.
Alessandra - Nossa que tudo! Que máximo!
Kátia - Breno obrigada pela consideração e confiança.
Breno - O Mauricio que não te valorizava Kátia. Na verdade ele nunca valorizou nenhum de nós. Temos a oportunidade de mostrar para seu Nestor que somos capazes e isso que vamos fazer, e juntos.
Alessandra - Bom... então vou pegando minhas coisas. Nossa que show, que máximo.
Alessandra sai eufórica e Kátia super agradecida. Saio do escritório e decido ir pra casa, vem o Pedro até a mim na rua.
Pedro - Vai pra casa cara, não vai almoçar.
Breno - Não Pedro, estamos fazendo rodízio, eu e minha mãe para cuidar do Rick, ele não pode ficar sozinho.
Pedro - Nossa é mesmo, até esqueci. E como ele está cara?
Breno - Bem na medida do possível. Ainda não lembra bem das coisas, mas o pior já passou.
Pedro - O que houve Breno. Até hoje você não me contou direito o que aconteceu. O que rolou pro seu mano sofrer esse acidente?
Lembro que realmente não contei ao Pedro o real motivo do acidente do meu irmão. Também pudera, eu contar que foi por conta de um beijo que o Jhonny me deu, e que meu irmão flagrou, foi o real motivo de tudo o que aconteceu, isso ofenderia o Pedro mortalmente e jamais faria isso, não mesmo.
Breno - Pow cara nada demais, ele estava distraído, veio o carro e o resto você sabe. Bom Pedro tenho que ir cara, uma hora e meia de almoço passa rápido.
Pedro - Te levo.
Breno - Vai almoçar cara.
Pedro - Que isso, te levo leke rapidinho, e aproveito e almoçamos na sua casa.
Breno - Então vamos.
Entro no carro e começamos a conversar.
Pedro - Então cara como anda a vida?
Breno - Na mesma você sabe.
Pedro - Nunca mais foi lá em casa.
Breno - Pow cara depois de tudo isso. Hoje pra ajudar ainda tenho um trabalho na faculdade.
Pedro - Está acabando cara, no final vai valer a pena.
Breno - Tomara que valha cara, estou no meu limite, acordando cedo todos os dias, dormindo tarde. Está sendo cada vez mais doloroso levantar de manha. E os finais de semana que não tenho mais. Só no trabalho de final de curso. Minha orientadora não deixa passar uma vírgula, tive que refazer um capitulo temático inteirinho por que a citação eu não encontrei de jeito nenhum a página do raio do livro.
Pedro - Nossa que doideira.
Breno - Doideira, ela disse se não tem página melhor nem citar no trabalho, se é uma citação tem que constar a prova, quase que inventei um número qualquer, mas tudo bem. Tem gente que ainda vai escrever a introdução, eu já estou no segundo capitulo temático.
Pedro - Danado mesmo hein leke.
A conversa estava boa, mas acabamos chegando em casa. Nisso encontro minha mãe saindo correndo de casa.
Breno - Oi mãe.
Zilda - Filho que bom que você chegou, já estou atrasada. Fiz o almoço, deixei seu irmão comendo. Tenho que ir se não perco o ônibus.
Breno - Vai mãe, vou lá ficar com o Rick até ele ir pra casa de D. Nuancy.
Zilda - Oi meu filho tudo bem, desculpe a correria?
Pedro - Tudo sim D. Zilda, quer que a leve para o trabalho?
Zilda - Não querido, olha aqui o cartão. Mesmo assim obrigada.
E sai minha mãe, fico olhando pra cara do Pedro.
Breno - Dando uma de simpático pra minha mãe é?
Pedro - Claro, não sabe que um segredo de um casamento é agradar primeiro a sogra.
Breno - Babaca mesmo.
Pedro - Te amo nem.
Pedro começa a rir e eu aproveito e entro logo em casa.
Breno - Oi Rick.
Rick - Oi Breno.
Breno - Quer alguma coisa cara?
Rick - Não. Breno quando vou tirar essas ataduras, ta coçando muito.
Breno - Quando o medico disser que pode cara.
Rick - Que droga.
Breno - Lembra do Pedro Rick?
Rick - Lembro sim, seu amigo do trabalho.
Breno - Isso mesmo.
Pedro - Fala muleke, o que você andou arrumando aí?
Fico olhando para o Rick com um frio na espinha, ele me olha e olha para o Pedro.
Rick - Cara nem me lembro.
Pedro - Como assim?
Rick - Não sei, eu tento lembrar, mas fica tudo branco na minha cabeça.
Breno - Pedro vou pegar um prato, quer comer.
Pedro - Sim pow, estou cheio de fome.
Rick - Olha hoje então você teve sorte, minha mãe fez bolo de batata com carne moída, uma delicia. Olha cara se não fosse esses gases até estaria gostando de ficar doente.
Breno - Rick não fala besteira.
Rick - Verdade pow. Olha não precisa ir pra escola, acordei dez horas, só jogando vídeo game, comida gostosa. Tudo de bom.
Pedro - Umas férias de patrão né.
Rick - Isso mesmo, férias de patrão.
Breno - Rick você é um besta mesmo.
Pego dois pratos, o Pedro vai logo se servindo.
Breno - Pedro que isso?
Pedro - O que foi leke ?
Breno - Vai lavar as mãos. Chegou da rua e vai logo comendo.
Pedro - Putzz foi mal.
Rick - Não liga cara o Breno é assim mesmo, uma mala, ele consegue ser pior que a mamãe. Cara tive muito azar, ter um irmão igual ao Breno é o terror pra qualquer irmão. Ele sempre tira excelentes notas, eu só tiro a media. Ele sempre passa direto. Olha eu não lembro do Breno ter ficado em de recuperação nenhuma vez, nem na faculdade. Já eu, fico direto. Aí minha mãe fala, seja igual o Breno Rick. Uma droga.
Breno - Nossa Rick todos os meus amigos você faz questão de me detonar.
Rick - Diz aí cara, estou mentindo?
Pedro começa a sorrir das doideiras do Rick.
Pedro - Não cara. Eu acho que qualquer um no seu lugar acharia a mesma coisa. O Breno é certinho demais.
Breno - Pedro vai lavar as mãos e come valeu. Doi contra um é sacanagem.
Nisso vai o Pedro, e depois eu lavar as mãos. Sirvo o Pedro e faço meu prato, começamos almoçar normalmente, até que entra D. Nuancy acompanhada do Jhonny. Depois da briga terrível entre o Pedro e o Jhonny, onde os dois se enfrentam feito animais e eu saio correndo, essa foi a primeira vez que os dois se viram depois da briga, loco começou uma troca de olhares sinistra mudando todo o clima do almoço.
Nuancy - Oi Breno tudo bem meu filho?
Breno - Tudo sim D. Nuancy.
Nuancy - Cheguei agora com o Jhonny da rua. Estou igual a uma louca. Você sabe que a festa de noivado do Jhonny é nesse sábado agora não é?
Breno - Sim, a Alessandra já entregou o convite para todo o escritório.
Nisso olho firme pro Jhonny que encara o Pedro e esse corresponde.
Nuancy - Bom Rick minha amiga me ligou, vou cuidar de você nessa tarde por que o Breno precisa trabalhar. O Jhonny veio pra te levar lá pra casa, vocês não se largam mesmo, aproveita a joguem a tarde toda.
Olho pro Rick que faz uma reação estranha, ele não pula de alegria e isso antes do acidente era motivo pra festa. Mas nem D. Nuancy, tão pouco o Jhonny notam, pois estava preocupado com a presença do Pedro.
Nuancy - Quem é esse Breno.
Pedro - Prazer D. Nuancy, sou o Pedro amigo do Breno do trabalho.
Nuancy - Prazer, eu sou a Nunay a mãe desse garotão lindo aqui.
Nisso D. Nuancy faz um carinho do Jhonny que encara feio o Pedro. Tento cortar o clima.
Breno - Quer almoçar Jhonny.
Jhonny - Não, obrigado.
Nuancy - Bom Jhonny espera aí o Rick que vou adiantando as coisas lá em casa.
Breno - Obrigado D. Nauncy.
Nuancy - De nada meu filho.
Breno - Bom Rick você vai ficar com D. Nuancy e com o Jhonny tudo bem.
Rick - Eu não quero Breno.
Breno - Como assim você não quer Rick?
Jhonny - Aconteceu alguma coisa Rick, por que você não quer ir lá pra casa?
O Rick fica nervoso e não consegue encarar o Jhonny.
Breno - Isso mesmo Rick, diz pra mim por que você não quer ir com o Jhonny pra casa dele?
No constrangimento do meu irmão.
Continua...
Galera obrigado pelos comentários, fico feliz pela paciência e carinho de vocês. Bom gente sei que o período em que fiquei ausente foi torturante para muita gente, porém, em saber que vocês me entendem isso me deixa muito feliz, estou fazendo o máximo para conseguir tempo para postar os contos, graças a deus tudo está começando a se encaminhar. Espero que dê certo. Aguardo comentário de todos vocÊs e anjin por favor cara me envia um e-mail dizendo qdo posso te encontrar online. Bjão.
Multiplosex@hotmail.com
Aguardo os e-mails.
