Meu amigo me amava - Capítulo 65

Um conto erótico de Multiplosex
Categoria: Homossexual
Contém 3802 palavras
Data: 28/07/2010 00:15:52
Assuntos: Gay, Homossexual

Meu Amigo me Amava – Capítulo 65

Saindo da padaria levamos um susto. Nos damos de cara com o Estevão todo de terno e gravata, parecendo um homem direito, um advogado exemplar, ele sorri e fala.

Estevão - O que o Breninho está fazendo em Cabo Frio meu Deus?

Na hora me bate uma raiva imensa, respiro fundo, a vontade que tive foi de jogar a garrafa de coca na cara do canalha, porém o Jhonny percebendo qual seria minha reação logo intervém.

Jhonny - Não vale a pena Breno, isso é o que ele quer, nos descontrolar.

Estevão - Hummm! Olha o bastardinho, tão centrado esse menino. As vezes penso que você seja um santo sabia Breninho, ou um anjo, sei lá, alguma pessoa iluminada, disposta a se sacrificar pelos outros, fazer o impossível pela felicidade dos outros. Por que pensa bem, um cara sair do Rio de Janeiro, vir pra Cabo Frio, uma cidade que nunca viera antes, apenas para socorrer um amigo, um colega, isso chega a ser bonito sabia, emocionante.

Breno - Nossa Estevão, me emocionei. Olha Jhonny, fiquei todo arrepiado.

Jhonny - Nossa Breno, verdade, olha , os pelos dos seus braços ficaram todos assim, arrepiadinhos.

Breno - Nossa que emocionante. Jhonny pega lenços, acho que vou chorar.

O Jhonny vai correndo no balcão, pega umas folhas de guardanapo e finge enxugar minhas lágrimas, decidimos zuar com a cara do Estevão, e ele ficando vermelho.

Jhonny - Senta aqui Breno, vou pegar um copo d’água.

Breno - Com açúcar Jhonny, com açúcar por que foi muita emoção, e acho que vou desmaiar.

Estevão - Agora sim estão mostrando o que são de verdade: dois viadinhos afetados.

Breno - Aí, Jhonny, ele nos chamou de viadinhos afetados.

Jhonny - Aí meu Deus, será? Nós dois viadinhos afetados?

Breno - Por que o Estevão nos chamou de viadinhos afetados meus Deus?

Jhonny - Por que ele quer nos possuir e já o descartamos.

Breno - Por que nós dois viadinhos afetados descartamos o Estevão meu Deus?

Jhonny - Por que além de ser ruim de cama, ele tem a pica pequena.

Breno - Toca aqui amigo. Bate a foto.

Saímos correndo rindo muito da cara do idiota, que fica pasmo, vermelho de ódio, nos fuzilando com o olhar, em pé, prostrado, na padaria.

Breno - Nossa Jhonny, que divertido cara.

Jhonny - Nunca vi o Estevão com aquela cara, muito engraçado, viu como ele com raiva fica vermelho?

Breno - Ele não esperava essa nossa reação, ele veio disposto a nos desequilibrar, a nos irritar, tirar do sério como sempre ele faz e desta vez ele não conseguiu, ou seja, seus planos não deram certo desta vez.

Jhonny - Mas quase que você vai na pilha dele né cara.

Breno - Pow cara, eu em um dia aqui andando, já vi várias padarias, e o cara vem logo nessa, ah! Pelo amor de Deus, assim não há santo que agüente.

Jhonny - Cara, ele mora aqui, trabalha aqui esqueceu. Ele vai ao Rio sempre nos perturbar, ele sente prazer nisso, mas o escritório matriz dele, as causas dele todas são aqui de Cabo Frio. Na verdade a cada dele e da Estela são aqui no final dessa rua.

Breno - Cara parece mentira, já reparou que tudo nos leva ao Estevão, parece algo planejado, nossa, que coisa horrível.

Jhonny - Cara não quero saber de Estevão, não quero saber de nada. Uma coisa que ele disse e realmente é verdade, você é capaz de tudo pela felicidade dos outros, tudo que você já fez por mim, só em você cara vir aqui, estar preocupado comigo, isso já me enche de alegria, de coração cara.

Breno - Para pow nada haver.

Jhonny - Sério, tu é muito especial pra mim cara. Muito mesmo.

Chegando na casa de Vinicius ele com aquele jeito dele na varanda logo grita, o Vinicius é um leke muito alto astral, na verdade o vendo pela primeira vez, na praia, tive uma imagem completamente contrária, um cara magro, cara de sério, porém, muito simpático, pensei até que fosse um nerd, mas não, ele é divertido, alto astral, e sempre de muito bem com a vida independente das dificuldade que enfrenta.

Vinicius - Olha pensei que tivessem de olho no padeiro. Já falei, podem ficar com o confeiteiro, os dois atendentes e aquela baranga loira da caixa. Agora Joaquim o padeiro é meu... meu, estou de olho nele há anos.

Jhonny - Para com isso Vinny, ta louco.

Breno - Que isso gente, o cara não saiu com o cara da internet hoje, que fogo é esse?

Jhonny - O Vinny é garganta Breno, conhece vários, sai com vários, na verdade o que ele quer é encontrar um grande amor, ele ainda sonha com um cara perfeito, que venha num cavalo branco, e saia cavalgando com ele a beira mar todo de branco, e que no final do trajeto fale assim “Y Love you’.

Vinicius - Breno mentira, pode tirar o cavalo branco por que me contendo com um corpinho definido e uma bela cueca branca, de preferência boxer. Pode tirar a cavalgada a beira mar, sou humilde e me contento com uma boa trepada nas dunas hoje a noite.

Jhonny - Vinny para com isso, o Breno vai pensar que você é um cara vulgar.

Breno - Que isso Jhonny, olha eu não penso nada na boa. Nem ouvi. Bom.. vamos lanchar.

Vinicius - Bom... vamos lanchar, tomar um banho por que hoje é sexta feira e tem barril.

Breno - Barril! Que isso?

Vinícius - Explica pra ele Jhonny, explica.

Jhonny - Breno barril é um bar que tem aqui em Cabo Frio, um bar super maneiro. Muita gente bonita, boa musica, antes quando morava aqui sempre ia as sextas e sábados lah, tem até a domingayra.

Breno - Como assim domingayra.

Vinicius - Breno para de graça. É isso mesmo que você está pensando, um bar gay. Mas tira esse preconceito da mente beleza, vai héteros, pais de família com a esposa, todo o tipo de gente se divertir. Não tem nada de promiscuidade, vulgaridade, tudo isso que se imagina quando se trata de uma festa ou um bar gay.

Breno - Eu não disse nada pow.

Vinicius - Nem precisa, fez uma cara que já diz tudo. Não adianta, você vai e pronto.

Entramos e vamos ao banheiro, lavamos as mãos e começamos a lanchar, estava muito divertido, o Vinicius com suas piadas, sua mãe também entrando na pilha, por uns instantes no meio de toda aquela descontração esqueci de todos os meus problemas, me senti mais leve, mais feliz, estava bom o clima leve da cidade e do próprio Jhony sorrindo, bronzeado, até a coceira e os sintomas da dengue estavam indo embora, apesar de ter perdido alguns kilos. Vou pro quarto e logo vem o Jhonny que tranca a porta.

Jhonny - Que cara é essa, estava tão animado na mesa, o que foi?

Breno - Não... nada, vou ligar pra minha mãe.

Jhonny - Breno se não quiser ir ao bar tudo bem cara, fico em casa com você, não tem problema.

Breno - Não é isso Jhonny, relaxa.

Jhonny - Eu vi sua cara de espanto quando o Vinny disse que se trata de um bar gay, parecia que ele tinha falado de ir ao inferno, a um tornado, sei lá.

Breno - É que nunca fui a um ambiente assim entende, não sei como é, sei lah cara, você não vai me entender, mas não é preconceito.

O Jhonny vem me abraçando, me senta na cama, segura minhas mãos e olha fixamente em meus olhos, as vezes, mesmo com toda fragilidade, o Jhonny era muito forte, demonstrava a personalidade adormecida que tinha, e umas das coisas que mais o irritava em mim era isso... eu ser tão preconceituoso.

Jhonny - Olha, senta aqui. Se acalma pow.

O Jhonny me abraça forte, meu coração batia acelerado, estava realmente tenso, preocupado, na verdade com muito... muito medo de ir a esse bar gay.

Jhonny - Calma cara, relaxa. É um bar legal, normal como qualquer outro, o único diferencial é que a maior parte da clientela é composta por gays, não vou dizer pra você que não tem pegação, beijos, amassos, isso tem em qualquer festa, em qualquer boate, super normal. Não quero te forçar a nada, quero seu bem, que você se sinta a vontade, bom vou te deixar ligar pra sua família e depois eu volto aqui você pensa e me diz o que decidiu, sem pressão. Tu sabe que quero seu bem, que te amo né.

Fico meio sem ação sentado na cama, o Jhonny vem e me dá um beijo na boca, o abraço forte, estava tremulo, mas sabia que era a hora de enfrentar de frente, de encarar algo que sempre fugi, que sempre escondi de mim mesmo, e nada mais oportuno do que numa cidade onde não conhecia ninguém, onde não teria qualquer pessoa que pudesse me conhecer, mas estava indeciso, e tinha que pensar.

O Jhonny sai do quarto e eu ligo pra casa, converso com minha mãe que estava morrendo de saudades e olha que eu não estava nem um dia ainda fora de casa, converso com o prego do meu mano, que não esquece de me lembrar varias vezes para que o Jhonny venha a seu niver, mesmo dizendo que ele já sabe, que ele já leu a carta, isso não é o suficiente, “Breno fala pro Jhonny vim ta bom meu aniversário é semana que vem, dia 16”.

Desligo o telefone, ainda sorrindo do chato do meu mano, como um cara de 15 anos pode ser tão pentelho. Poucas foram as vezes que dormir, que fiquei fora de casa, na maioria das vezes quando saia era junto com o Rick, dessa vez vim sozinho, e no fundo estava sentindo saudades dele. Fico pensando nas palavras do Jhonny, na minha ida a esse bar, de como seria tudo, do meu medo, na verdade desespero de ir a um ambiente gay, algo esse que sempre fugi, evitei mesmo, no fundo não estava preparado. Logo entra o Jhonny, encosta na porta, e me pergunta.

Jhonny - Então Breno, está afim de ir ao Barril ou não?

Respiro fundo, não sei de onde me vem uma coragem, como estava longe da minha família, dos meus amigos do Rio, decido ir.

Breno - Bom... se é para a sua felicidade cara, eu vou.

O Vinicius indiscretamente cai no chão quando o Jhonny sai da porta, estava atrás, ouvindo tudo, mesmo depois do mico ele indiscretamente fala.

Vinicius - Poxa Jhonny, quase quebrei meu nariz, não quero ir pro barril hoje deformado.

Jhonny - Desculpas amigo, mas é uma vitória, o Breno ir a um bar gay, nem nos meus melhores sonhos imaginei isso.

O Jhonny vem e me abraça, depois do sim dito me bate uma angustia e uma indecisão, mas não poderia voltar mais atrás, tinha que cumprir minha palavra.

A casa se torna uma festa, o Vinicius tira todas as suas roupas do guarda roupas, o Jhonny tira as suas das malas, uma festa. Fico no canto, ainda meio indeciso, e eles dando opiniões, um na roupa do outro, até que antra D. Maristela mãe do Vinicius abre a porta do quarto.

Maristela - Gente o Breno? Animo menino, filho, separa uma roupa pro Breno e leva na área de serviço pra mim passar, daqui a pouco vou sair também ok.

Vinicius - Breno anda, separa uma roupa. Vai Jhonny, alguma coisa pro desanimado ae, aposto que quando chegar ao barril tu vais e soltar.

Jhonny - Breno, tu fica lindo com calça Jeans e essa blusa social aqui olha.

Breno - Ir de social, fala sério.

Vinicius - Fala sério mesmo, caça Jeans tudo bem por que está frio e ele estava com dengue né não pode vacilar, agora blusa social é o ÓÓÓ´. Toma aqui, olha, essa blusa preta vai ficar show.

E realmente o Vinicius estava certo, a calça jeans com a blusa ficaram bem em mim, o Jhonny estava a vontade com essas bermudas estampadas de náilon, já o Vinicius ousou, gel no cabelo, calça Jens, tênis e uma camiseta branca, nem ficou muito bem nele por ser magro, porém estava se achando o Maximo e isso na verdade que importa.

Vamos pro ponto de ônibus e maior animação, em plena sexta feira, Cabo Frio estava animada, bares lotados, movimentação de carros, fiquei de certa forma admirado com tanta animação, pensei que fosse uma cidade de interior, mas quebrei a cara, pois a cidade é bem animada. Descemos perto de um super mercado e vamos andando, logo vimos maior animação, rapazes se pegando em arvores, na rua, meninas também se beijando, olho meio assustado, mas isso vejo no Rio também, logo ouvimos o som, uma batida eletrizante, o bar fica em frente as dunas, assim que eles chamam, montes de areia, e ao fundo a famosa Praia do Forte. Entro no bar olhando por todos os lados, com medo ainda de ver alguém conhecido. O Bar escuro, luzes, pessoas dançando, muita animação, Vinicius vai logo pra pista e se soltando, dança, pula, estava em frenesi, procuro logo um canto para sentar, uma mesa num cantinho e me sento. Vem o Jhonny sorrindo do meu desespero.

Jhonny - Olha vou pegar uma bebida pra nós. Sei que você não bebe, mas aqui serve drinks muito bons e com pouco álccol.

Breno - Olha Jhonny se você quiser dançar cara ir pra pista beleza. Eu vim, mas pode me esquecer aqui ok.

Jhonny - Deixa de bobagem, vou ali no balcão pegar uma bebida e já volto beleza.

O Jhonny sai, fico da mesa olhando pro bar, observando tudo. Logo vejo o Vinicius se acabando, muito animado mesmo, e o legal do bar é que ele é escuro, somente as luzes as fumaças dando efeitos, me divirto vendo o pessoal dançando, realmente tinha rapazes com mulheres, se beijando, maior clima de respeito. Olho pra trás da minha mesa e vejo duas meninas dando maior beijão na boca, fico meio perplexo olhando, elas sorriem e dão um beijo de língua. Chega o Jhonny com duas bebidas.

Jhonny - Pra você eu pedi caip fruta beleza e sem álcool, lembrei que você tomou remédios.

Breno - Obrigado.

Jhonny - Então... ta curtindo o ambiente.

Breno - Tranqüilo... pessoal animado.

Jhonny - Relaxa Breno, fica tranqüilo, nada de mais, você está num bar com amigos e pronto.

Breno - Estou calmo pow, olha se você quiser ir pra pista, dançar com seus amigos, o Vinny, pode ficar tranqüilo que estou bem aqui.

Jhonny - Deixar você dando sopa aqui nunca.

Breno - Fala sério Jhonny, é mais fácil você fazer sucesso do que eu.

Jhonny - Engano seu. Tu não sabe como está difícil encontrar caras assim como você Breno. Sério, compromissado, que tem um objetivo na vida, que é másculo, discreto, gostoso, e principalmente tem pegada, é bom de cama, todas essas qualidades num cara só é raro brother e você tem de sobra.

Breno - Putzzz, vou até anotar, mais acho que não sou tudo isso não, não sou mesmo.

Jhonny - E acima de tudo é humilde, nossa, uma raridade.

Breno - Jhonny me deixa quieto aqui e vai dançar vai. Vou ficar olhando vocês daqui.

Jhonny deixa seu copo de bebida na mesa, vem pra me dar um beijo, logo evito e olho rápido pra todos os lados, ele sorri e vai pra pista, começa com movimentos tímidos, logo é cercado pelo Vinicius e seus amigos da praia, começa a festa, estava feliz. O clima do bar é realmente alto astral, sem nenhuma promiscuidade como imaginava preconceituosamente, como pessoas fazendo sexo nos balcões, na pista, tudo isso eu imaginava e não vi nada além de pegação nos bares, algo super normal e que acontece em todas as festas.

Fico uns instantes na mesa, dançando com a cabeça, no fundo estava com vontade de ir até lá, na pista, pular um pouco, comemorar a volta do meu amigo Jhonny, feliz, animado, mesmo com todos os problemas que enfrentara, realmente um guerreiro. Até que chega um rapaz na minha mesa, branco, brinquinho na orelha, bonito até, com barba, se senta e começa a puxar assunto, não demonstrava ter nada de gay e no fundo nem havia maldado, começamos a bater um papo.

Rapaz - Oi.

Breno - Oi.

Rapaz - Você é daqui show?

Breno - Não, cheguei hoje, sou do Rio.

Rapaz - Sabia...

Breno - Sabia, por que?

Rapaz - Se fosse daqui eu já teria me esbarrado com você por aí.

Fico sem graça, de inicio deu vontade de levantar da mesa, mas como o rapaz estava sendo super educado e gentil, não seria nada aceitável eu sair da mesa feito um bicho do mato, mas estava tenso, pois ser cantado assim numa festa por um homem nunca me ocorreu, e a primeira vez a gente nunca esquece, mesmo o cara sendo lindo, devia ter 1,75 de altura, corpo definido, não forte, apenas definido, barba feita, cabelo lisinho, sorriso perfeito, olhos castanhos, reparei tudo isso.

Breno - É... vim com meus amigos, primeira vez que venho a Cabo Frio.

Rapaz - E está gostando?

Breno - Poxa... até que sim, só hoje já fui a praia do Forte, comi bobó de camarão, dormir, e hoje estou aqui no bar, pra um primeiro dia numa cidade estranha até que está bem animada.

Rapaz - Cidade estranha, como assim?

Breno - Estranha... Desconhecida.

Rapaz - Posso ser seu guia turístico se você quiser, eu adoraria te mostrar toda cidade.

O rapaz se anima, acho que pensou que por causa da minha educação e gentileza estava dando mole, então ele foi e pôs as mãos em cima da minha, nisso chega o Jhonny e o Vinicius, o Jhonny pra minha vergonha pega o copo da sua bebida que havia deixado na mesa dá um gole, olha pra cara do rapaz, que já estava sendo fuzilado pelo Vinicius, senta na mesa me abraçando e me dá um beijo na boca, dentro do bar, eu fico tremulo de nervoso.

Jhonny - Algum problema amor?

O rapaz me olha, fica meio sem graça, e pensa em levantar, eu olho pra cara do Jhonny que se levanta, o Vinicius fica o encarando, percebo o quanto o rapaz ficou vermelho. Jhonny vai se levanta e vai pra pista, o Vinicius faz sinal com as mãos, dizendo estar de olho no cara. Ficamos eu e o cara na mesa, igual dois otários e os dois se divertindo.

Rapaz - Cara desculpas, pensei que não estivesse acompanhado. Vou nessa não quero arrumar confusão.

Tentando remediar a situação, tento explicar as coisas.

Breno - Eles são meus amigos. Fica calmo, olha prazer, meu nome é Breno.

Rapaz - Me chamo Felipe, prazer.

Apertamos as mãos, vejo o Jhonny na pista me encarando, o Vinicius o puxando, pedindo para desencanar que não tem nada haver, até que seus amigos fazem aquela famosa rodinha, e todos começam a dançar, voltamos a conversar novamente, era minha primeira conversa assim com um estranho, com uma pessoa que eu tinha certeza ser gay, e que de certa forma tinha certeza sobre mim também, de inicio dava aquele nervosismo, mas com o passar da conversa percebi que muitas coisas eu fantasiava, era puro preconceito.

Felipe - Então... se aquele rapaz és eu amigo, isso quer dizer que você está solteiro.

Fico meio sem graça, abaixo a cabeça e dou um gole no caip fruta, o cara começa a sorrir da minha timidez.

Felipe - Acho maior chame isso.

Breno - O que?

Felipe - Um cara tímido, envergonhado. Sério desde que você entrou fiquei te filmando cara, seu jeito discreto, macho, sua boca, bem interessante você.

Breno - Pow eu acabei de me recuperar de uma dengue, perdi seis quilos, estou maior bagaço cansado da viagem, e você ainda diz que tenho charme, que filmou minha boca, na moral parece piada.

Felipe - Nossa lindo seu sorriso, bem sincero.

Meio que começa a me estressar os papos do Felipe, ele vendo que havia fechado a cara logo... logo muda de assunto.

Felipe - E você faz o que lá no Rio.

Breno - Cara na boa, minha vida não é nada divertida, trabalho num escritório de contabilidade há 3 anos, faço administração, passei pro sexto período. Maior correria todos os dias... é isso.

Felipe - Poxa cara legal. Sou professor de Inglês.

Breno - Sério. Wath your name ?

Ele começa a sorrir.

Breno - Legal cara. E você é gay, bi, hetero.

Felipe - Curto a vida, já fui noivo acredita?

Breno - Sério cara, mas e aí o que houve?

Felipe - Não estava completamente feliz, a minha noiva era uma mulher encantadora, mas no fundo vi que não estava realizado completamente, decidi terminar.

Breno - Você falou para ela que curtia homens?

Felipe - Não pow.... Louco, isso nunca. Sou na minha, discreto, difícil abordar caras assim como fiz com você.

Breno - Cara na boa nem dá pra acreditar, tu veio assim tão atirado que quase me levantei.

Felipe - Um segredo Breno, todo professor, digo professor de verdade, ele é meio vidente, meio psicólogo, meio terapeuta, ou seja, ele é meio tudo, além de ter que exercer magistralmente sua missão que é ensinar.

Breno - Com isso você quer dizer que desde que eu entrei você já tinha feito um relatório mental sobre minha pessoa, detalhou todos os pontos importantes, criou uma estratégia e a pôs em prática, isso em questão de minutos.

Felipe - Exatamente.

Breno - Fiquei com medo dos meus professores agora.

O Felipe começa a sorrir, estávamos começando a ficar super a vontade, as vezes olhava pra pista e via o Jhonny dançando, alguns rapazes se esfregando nele, ele aproveitou e tirou a camisa, e pronto, um peitoral definido, peludo, todo suado a mostra, as mariposas aproveitaram e começou a show, a atitude do Jhonny no fundo me deu um pouquinho de raiva, dou um gole no caip fruta e começo a conversar com o Felipe, deu na hora uma vontade de sair e ir embora, como não sabia o caminho tive que agüentar.

Felipe - Todo professor sabe quando o aluno é esforçado, quando ele está colando, quando não faz o trabalho e ao colega põe apenas o nome.

Breno - Isso acontece muito na minha sala, e olha que estou numa faculdade.

Felipe - Quando estudei também, e isso sempre vai acontecer.

Breno - Na boa, vamos deixar esse papo de escola pra lá, daqui algumas semanas volto a sofrer de novo, vamos curtir nossas férias.

Felipe - Seria maravilhoso curtir com você, no meu apartamento, mas como o gatinho é teimoso.

Breno - Poxa cara na boa, você é um cara maneiro, bonito, gente boa mesmo, mas vamos ser amigos tudo bem.

Felipe - Estou brincando... relaxa.

Me levanto para ir ao banheiro, quando olho pra pista e vejo um rapaz moreno, forte, marombado mesmo sem camisa, apenas de bermuda branca, ele segura a cabeça do Jhonny e lhe tasca maior beijão na boca, colante, a rodinha em volta grita com euforia.

No meu choque.

Continua....

Desculpe a demora gente, as vezes estou online mas fazendo um monte de coisas, obrigado pelos e-mails, e nos próximos relatarei todas as minhas aventuras na região dos lagos, mas precisamente em Cabo Frio e Búzios. Abço.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Sexyboy a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Nota 10 mano!!!! parabéns.........continue publicando!!!!

0 0
Foto de perfil genérica

demorou mesmo mais enfim postou...

bom d mais

0 0