2 - Tinoco

Um conto erótico de Nadja Cigana
Categoria: Homossexual
Contém 1253 palavras
Data: 02/06/2010 18:03:02

2 - Tinoco

O sarro com o Tinoco teve consequências. São aquelas coisas que fazemos e que marcam caminhos e escolhas em nossas vidas, mas que na hora ninguém sabe. Uma primeira consequencia foi minha Avó ter ficado sabendo. Uma vizinha que a odiava me viu da janela dando beijinhos no pau do Tinoco, e me oferecendo para ser sarrada. A fofoca passou por umas duas ou três bocas, até chegar no ouvido da minha Vó.

Ela foi muito legal, mas me deixou sem jeito. Falou para a Ceição me deixar ficar no quarto trancada com os amiguinhos de escola sempre que eu quisesse, mas me pegou uma noite para falar sobre sexo, homens, mulheres e viados. Minha Vó sempre elogiava os viados quando os via na televisão, em shows de calouros do Sílvio Santos, do Chacrinha, ou em matérias de carnaval na Fatos e Fotos e na Manchete, e eu me sentia meio que acolhida quando ouvia esses elogios. Naquela noite ela me disse que eu era ainda muito novinho para isso, e que tivesse cuidado para que os outros não escolhessem por mim se eu queria ser homem ou viado. Perguntou se eu tinha algum amiguinho com quem pudesse conversar essas coisas, e lembrei do Moisés.

O papo com minha Vó teve uns efeitos confusos sobre mim. Ao mesmo tempo me senti aliviado, mas também muito muito envergonhado. Neguei o tempo todo qualquer coisa, e disse que gostava de garotas, e que tinha sido apenas uma brincadeirinha. Acho que ela não acreditou, e para falar a verdade nem eu mesmo. Passei a procurar o Moisés, e ele me disse que tinha tesão em meninos, que queria dar para alguém, arrumar um namorado, e que já tinha batido umas punhetas e que queria sentir o pau do Tinoco gozar na boca dele. Passamos a olhar revistinhas pornô juntos, e a nos punhetar, mas sem nunca nos tocarmos um ao outro. Acho que sabíamos por instinto que nós dois queríamos machos. Foi assim que gozei a primeira vez, e isso durou meses.

Já naquele época peguei o gosto por porra. Quando me punhetava com Moisés, ou sozinha no quarto, ou no banheiro, comecei a me forçar a beber minha porra. No início era forçado, porque depois do gozo eu ficava meio com nojo da gosma, mas depois me dava tesão mesmo. Adorava ir para a escola sentindo o cheiro da minha porra mesmo secando nas minhas cuequinhas (sempre apertadinhas quando ainda não usava calcinha, porque cresci muito rápido, e com muito bundão, e minhas cuequinhas ficavam sempre menores), e nas aulas ficava cheirando minha mão, com cheiro de porra e de pau, o tempo todo.

Isso tudo me fascinava mas também assustava. Para piorar minha situação, as coisas na escola mudaram. Eu já era sacaneada, já me chamavam de bichinha pelos meus gestos delicadinhos, e o Tinoco passou a me dar mais atenção, me tratando como menina que seria comida a qualquer momento. Sorria sacanamente para mim, me passava a mão na bunda na frente dos outros, me chamava para sentar juntinho e eu ia. Uma vez, na hora do recreio, no meio da rodinha o Tinoco me agarrou por trás e me fez sentar em seu colo e ficou sarrando. Eu esperneava e me debatia fraquinho, para não largar, e ficava super envergonhada pelas sacanagens que os outros meninos diziam cruelmente, mas a verdade é que eu adorava.

Antes daquilo eu tinha arrumado uma namoradinha, uma menina loirinha e sardenta, mais branquela que eu, a Darlene, com quem tinha trocado uns beijinhos puros. Ela viu o que acontecia comigo, e apenas disse que não queria mais me namorar e acabamos. Simples e indolor. Foi melhor assim.

Eu queria mesmo era ser pega por um menino, e não precisava ser o Tinoco, de quem eu gostava mas que não me atraía em nada. Até que um dia ele me encoxou no banheiro, enquanto o Moisés tomava conta. Tinoco me puxou para o reservado e queria me tirar o shortinho. Eu, nessa época, já usava shortinhos bem menores do que devia, embora por acaso, já que meu bundão crescera demais. Então foi fácil não deixar ele tirar meu short. Ele colocou o pau para fora e estava durinho, e já não parecia aquele pauzinho de menino que eu beijei inocente. Pegou minha mão e cuspiu muito nela. Tive nojo, mas ele não deixou eu tirar. Então ele colocou minha mão pra trás, no meio do meu reguinho, com a palma para ele, e ficou esfregando seu pau, me agarrando, até gozar em cheio na minha mão.

Quando ele me soltou já tinha porra no meu short e pingava no chão também. Mas ainda tinha o bastante na minha mão para que eu ficasse olhando encucada. Eu olhei de perto, intrigada com aquelas partes mais transparentes, que nem água, e aquelas mais brancas, que nem leite. Era mais grossa e branca do que a minha porra, e o cheiro também era mais forte e mais gostoso que o da minha porra. Também era bom. Aliás, com todas as variedades, grossuras, grudes e gostos diferentes, o cheiro de porra é um troço maravilhoso, que me atiça até hoje. Tinoco me viu olhando e cheirando, e mandou que eu lambesse minha mão. Tive nojo de novo, mas ele levou minha mão à minha boca e obedeci. O gosto não era ruim, só meio amargo, e gostei. Limpei minha mão todinha e ele me chamou de viadinho gostoso. E ficamos por aí.

Moisés tinha ficado tomando conta do banheiro, para não sermos pegos, e eu devolvi o favor várias vezes. Tinoco gozou na boca de Moisés e o comeu, várias vezes, nas semanas seguintes, enquanto eu tomava conta e olhava. Me impressionou muito o pau do Tinoco tirar sangue do cú do Moisés, e acho que aquilo me deu tanto tesão quanto medo, o que foi ruim pra mim depois. A garotada, claro, percebeu. Eu ficava mais envergonhada ainda, mas adorava que começassem a me chamar de rabuda, de bunduda, e de gostosa. Um neguinho baixinho que não lembro o nome sempre me pregava uma pecinha falando: Nandinho, teu ganhão pão tá sujo! E eu instintivamente batia as mãos na bunda para limpar o short, e todo mundo ria de mim.

De vez em quando alguém me encoxava e teve um garoto louro, muito bonito, alto, de franjinha, acho que o nome era Fernando, que um dia me pegou de noite, sozinha, na passagem da Anita Garibaldi. Eu achava ele muito bonito, mas ele logo me agarrou por trás, me imprensou na parede, e botou o pau pra fora. Queria me meter ali mesmo, mas era loucura. Ele me sarrou com o pau entre minhas coxas e popinhas da bunda, e tentou arriar meu short, mas foi mais uma vítima do meu bundão e do short minúsculo que não saía se eu não quisesse. Teve que se contentar em ficar esfregando gostoso nas popinhas da minha bunda e coxas, até gozar no meu short. Reclamei, mas claro que adorei a sensação do pau duro cuspindo porra na minha pele e no short. Escorreu bastante pelas minhas pernas, e depois fui pra casa tentando esconder a mancha com a mão. Mas era só tara de menino adolescente, e ele nunca mais quis nada comigo.

Nunca mais tive nada com Tinoco, de quem sempre gostei, mas que, estranhamente, pra quem não queria dar. E o Moisés, pouco depois, mudou de escola. Mas foi então que veio o Elton.

bonecanadja@hotmail.com

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