Meu amigo me amava - Capítulo 50

Um conto erótico de MULTIPLOSEX
Categoria: Homossexual
Contém 2204 palavras
Data: 05/06/2010 23:44:25
Assuntos: Gay, Homossexual

Meu Amigo me Amava – Capítulo 50

Fico balançado com as palavras do Jhonny, realmente depois de tantas brigas, revelações, confusões, o Jhonny havia se tornado agressivo, não era mais o mesmo, estava mudando bruscamente e isso me atingia por completo. Aquele Jhonny que me passava tranqüilidade, paz de espírito, que de certa forma, do jeito dele tranqüilo, meigo, me transmitia tanta segurança, estava mudando, e radicalmente.

Breno - Jhonny, sair de casa, por que?

Jhonny - Por que não quero ficar morando aqui com vocês e se,pré discutindo contigo cara, não quero esse clima. Por que tenho que aceitar sua decisão de continuar sua vida, e você não pode aceitar as coisas que escolho.

Breno - Como não aceito cara?

Jhonny - Não aceita. Hoje você faltou pouco voar no pescoço da Alessandra, estava me fulminando com os olhos. Você pensa que não te conheço cara?

Breno - Eu não esperava foi só isso. Jhonny eu não fiz, eu não falei nada.

Jhonny - As vezes os nossos gestos falam mais do que mil palavras, e você como um cara inteligente sabe disso.

Breno - Não saia daqui por favor, fique o tempo que quiser. Não quero que se aperte ainda mais pagando aluguel, também não quero ficar brigando com você. Vou tentar mudar.

Jhonny - Breno não queria que chegasse a esse ponto.

Breno - Tudo bem, entendo. Vou procurar mudar. Desculpas.

Jhonny - Breno, também não quero que você fique assim. Poxa cara.

Vou ao banheiro, escovo os dentes, troco de roupa e me deito na cama. O Jhonny fica de pé, perto da minha mesa do computador a me olhar, não fala mais nada, também não tinha mais o que ser dito pois só iria piorar ainda mais as coisas. Estávamos numa situação delicada, em que qualquer palavra mal dita, qualquer frase mal empregada arruinaria nossa amizade que de tão sólida que era antes, estava se tornando frágil, podendo desmoronar repentinamente pra sempre.

Vou me deitar com o coração em pedaços, o que mais me faltava acontecer, que privação era essa que minha vida estava se tornando. Por que, eu me perguntava, de tantos problemas, tantas coisas erradas na minha vida. Será que era pelo fato de sempre eu ter pecado, ter feito sexo com homens? Comecei a me questionar sobre essa possibilidade, pois sinceramente não estava agüentando mais, e as únicas coisas boas da minha vida estavam se afastando de mim: que era o Jhonny e o Pedro, mesmo do jeito dele, instável, impulsivo, as vezes até meio infantil, mais sempre demonstrou que gostava de mim, e nesse momento, no dia de hoje, comecei a enxergar na dor um Pedro frio, calculista, racional, que até então desconhecia.

Amanhece, me levanto e faço o mínimo de barulho possível para não acordar o Jhonny, que acordava um pouco mais tarde pois não precisava pegar o ônibus, tinha moto, já eu tinha horário para embarcar, e chegar no trabalho, e depois de quase cumprir um aviso prévio não podia vacilar, precisava trabalhar. Vou pro banheiro, tomo banho, me arrumo e quando volto pro quarto o Jhonny está sentado na minha cama, deveria ter acabado de acordar, dou um seco bom dia, e começo a me vestir. Ele nem me responde, fica um eco de silencio no quarto, e mais ainda no meu peito. Estava mais do que claro, estava perdendo o Jhonny, nesse dia, em que ele não responde o meu bom dia, deu-me uma enorme vontade de chorar, porém o orgulho falou mais alto e me controlei, meu olhos chegaram a se encher de lágrimas, meu peito gelou, aquela dor de tristeza me feriu mortalmente na alma, mais encontrei, suguei as últimas forças que me sobraram e agüentei. Respirei fundo, me levantei e fui em direção a porta, sem olhar pra ele. Até que quando vou abrir a porta para sair, ele segura na minha mão, tranca a porta e me dá um forte abraço. Me mantenho firme, forte.

Jhonny - Breno... por que isso agora. Depois te tudo que passamos juntos, de tantas coisas, o que estamos fazendo cara. Agora que tudo parece está voltando ao normal, que era para ficarmos juntos, unidos, tentarmos sermos felizes, cara, estamos nos afastando mesmo estando próximos, estamos nos magoando mutuamente, cara, por que disso?

Breno - É por que agora não existe grandes desafios para superarmos, é simples, acho que o que nos mantinham unidos, era o fato de termos o Estevão nos ameaçando, ter o Pedro, do jeito dele sempre me dominando. Agora que os problemas, digamos, que os grandes problemas aparentemente se foram, as coisas meio que estão mais as claras, e agora temos apenas eu e você. Um enxergando mais profundamente como é o outro, identificando os defeitos, as coisas que nos irritam, o que nos incomodam.

Jhonny - Como num casamento?

Breno - Exatamente, como num casamento. Sabe... uma vez uma professora no ensino fundamental falou uma coisa que nunca mais esqueci, e acho que a fala dela se encaixa perfeitamente no que estamos vivendo agora.

Jhonny - E foi sobre o que ela falou?

Breno - Ela falou a respeito dos contos de fadas, que sempre terminam com o casamento e no final... “viveram felizes para sempre”.

Jhonny - E o que isso tem haver cara?

Breno - Tudo. Por que eles não contam sobre o que aconteceu depois que a princesa venceu a bruxa e se casou com o príncipe? Será que realmente eles viveram felizes para sempre? Olha os exemplos de casamentos próximos que temos, o da sua irmã com o Estevão, da sua mãe com seu pai, do Pedro com a Luciana, todos complicados, com segredos, meias verdades, sujeiras.

Jhonny - Então você acha que agora que estamos próximos, estamos um conhecendo o outro, está caindo a ficha de que o sentimento que achávamos que sentíamos um pelo outro não passa de um fogo de palha, algo vulnerável que com o tempo passa, se vai? Você não acredita na força do meu sentimento por você Breno.

Breno - Se você acha que está provando esse sentimento, esse AMOR, que você diz ter por mim ficando com a Alessandra, trazendo ela pra minha casa, esfregando seus beijos nela na minha cara. Se pra você isso é amor, é sentimento verdadeiro, eu não quero nem pensar no que seria pra você fogo de palha.

Após dizer isso saio, bato a porta e deixo o Jhonny no meu quarto. Ao bater a porta, o barulho maior é no meu coração. Tinha que falar aquilo, estava engasgado desde ontem, o que iria acontecer realmente não queria nem pensar, só uma coisa me importava naquele momento, saber o que ainda aconteceria na minha vida, sabia que não seria nada bom, porém, desejaria no fundo do meu íntimo saber.

Chego ao trabalho, ao descer do ponto, vejo o Pedro passando de carro, nem para, prossegue, nesse momento até dou uma risada, mesmo sem achar nenhuma graça, mais sorrio da minha vida. Eu comigo pensava “Meu Deus, depois de mais uma discussão com o Jhonny, de quebra, logo em seguida tenho que agüentar as infantilidades do Pedro.

Entro no escritório e a Alessandra comenta a todos sobre o seu namoro com o Jhonny, que foi a minha casa num jantar feito pela minha mãe para sua “sogra querida” e eu tendo que sorrir, e aturar tudo aquilo, balançando a cabeça feito uma vaca de presépio, para confirmar todos os inúmeros detalhes dados pela Alessandra sobre a noite anterior.

Logo chega a hora do almoço, não estava com muito apetite para almoçar e decido pedir a Kátia que me traga um biscoito com um refrigerante no escritório, decido ficar pra estudar. Na verdade nem estudar eu estudo, tirei meu tênis, fui para o almoxerifado, pego um colchonete e decido deitar, pensar um pouco na minha vida, refletir sobre que caminhos tomar, decisões, e nesse momento veio na minha cabeça a lembrança que até então havia desaparecido da minha cabeça: o beijo que o Estevão tinha me dado. Sinto uma sensação estranha, até que percebo um barulho estranho, mas nem me incomodo, pensei ser alguém voltado para pegar alguma coisa, fecho os olhos e deito.

Sinto uma mão tapando minha boca, abro os olhos no susto, quando iria pensar em reagir é o Pedro. Nem acredito.

Pedro - Você ta mal não é leke?

Quando o Pedro fala essas palavras, me chama de leke, na boa eu desarmei naquele momento. Mesmo sem nem pensar na reação que ele teria lhe dou um abraço e começo a chorar, inesperadamente ele corresponde, lembro que chorei muito, estava triste pra caramba.

Pedro - Calma pow... que isso cara, está tudo bem.

Breno - Tudo mal isso sim.

Pedro - Ta mal com o lance do Jhonny com a Alessandra não é?

Breno - Ah! Cara... estou mal com tudo, por tudo.

Pedro - Imagino...

Breno - Por que me tratou tão mal ontem, com indiferença. Fingiu que eu nem existia.

Pedro - Você me tratou super mal no hospital aquele dia. Juro que tentei não falar contigo mais, te esquecer mesmo, mais não consigo cara. Ainda mais te vendo assim tão mal, pra baixo, nem parece o leke que sempre me ajudou aqui no trampo. Sempre me colocou pra cima, sempre brigou comigo, me bateu, está super pra baixo cara.

Breno - Estou sim, mas, desculpas beleza.

Pedro - Toma trouxe seu lanche, come aí.

Breno - Estou meio sem fome.

Pedro - Come porra, para de show leke, sei que tu come bem pacas. Vai.

Breno - Você de babá é ótimo. Assim que você fala com a Luana quando ela não quer comer.

Pedro - Claro que não. Que espécie de pai você pensa que eu sou?

Breno - Desculpe.

Pedro - Sempre me julgando não é?

Breno - Já pedi desculpas. Vai querer brigar comigo também?

Jhonny - Ué? Você já brigou hoje. A tah... agora estou entendendo, brigou com o Jhonny não foi?

Breno - Pedro esquece cara.

Pedro - Vai come, come e descansa.

O Pedro se levanta e sai do almoxerifado, fico ali olhando pra aquele biscoito e a garrafa de suco, realmente estava sem fome, deixo tudo de lado e tento dormir, acabo adormecendo ali mesmo, estava cansado.

Alguns minutos depois vem o Pedro novamente que me acorda, começa a me sacudir e logo acordo.

Pedro - Faltam cinco minutos, vai lavar o rosto. Não comeu mesmo não é teimoso, você é foda.

Breno - Valeu, obrigado.

Volto a trabalhar normalmente, olho pro Pedro que neste momento também estava me olhando e dou um sorriso, me bate um alívio no coração, mesmo depois das nossas indiferenças, apagar tudo o que vivemos, tudo o que passamos juntos, num espaço de tempo tão curto não é assim, de uma hora pra outra. Aquele momento me fez sentir uma energia, me deu um gás , um animo assustador. Estava feliz de certa forma, só não sabia até quando.

Saio do trabalho correndo, pego minha mochila e vou pra faculdade, dia de aulas chatas normal, aquelas enrrolação de lingüiças nas aulas de direito do consumidor e filosofia da administração que ninguém merece, as vezes vamos mais para a facul por conta das presenças, pois se você falta leva 3 faltas, e num curso presencial em que tem que ter no mínimo 75% de freqüência, não se pode dar mole.

Chego em casa, depois de pegar um buzão lotado como sempre exausto. Vejo minha mãe e meu mano na sala, pergunto sobre o Jhonny e minha mãe diz que havia saído, que até pensou que iria me buscar. Não dou muita importância, pois já estava aliviado só em saber que ele não tinha saído de casa depois de nossa discussão pela manha, tomo um banho e vou jantar. Sento na sala e vejo um pouco de televisão, até que vou pro quarto, ligo o computador, entro no meu MSN e não vejo ninguém online especial que gostaria de conversar, começo a ler uns contos num site de contos que logo vem no Google ao digitar contos eróticos, o site se chama casa dos contos, começo a ler aquelas histórias, muitas vazias, sem graça, pura apelação, pois relatam apenas sexo. Penso, por que não escrever sobre mim nesse site, fico com aquilo na cabeça, até que por impulso, vem a minha mente flashs de tudo o que tinha vivido até então, decido escrever um conto, escrevo sobre o dia em que o Pedro apareceu no escritório, decido relatar tudo, realmente como aconteceu até então, só que não poderia restringir tudo isso a apenas um conto, pois trata-se de algo real, que estava vivendo, decido compartilhar isso com os outros, pois quem sabe eles não poderiam me ajudar. Na verdade depois pensei que ninguém iria se interessar pela vida de um cara normal, sem muita graça, porém mesmo assim decido escrever, então escrevo. Depois de escrever o primeiro conto, sem revisar sem nada, puramente na emoção, eu decido colocar o Título “MEU AMIGO ME AMAVA”. Então eu penso: “se alguém se interessar eu continuo, caso contrario nunca mais escrevo aqui”. Bom... “MEU AMIGO ME AMAVA, tinha que ficar a grande pergunta, que amigo é esse? O Jhonny, ou o Pedro? Que amigo é esse que me amava? Acho que o fim disso tudo está chegando mais próximo do que nunca. E a resposta que não quer calar? Com quem o Breno ficou, está afinal de contas.

Continua....

multiplosex@hotmail.com

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Comentários

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Nota 10 mano!!!! parabéns.........continue publicando!!!!

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pois é estou super curioso pra saber, espero a continuaçao

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