A primeira vez que dei o cu

Um conto erótico de Ruffus
Categoria: Homossexual
Contém 1392 palavras
Data: 30/03/2010 11:32:57
Última revisão: 26/04/2010 01:21:19

Já fiquei com garotas, não vou mentir; mas sempre gostei de homens, e já havia pago boquete em mais de uma dúzia de caras quando dei o cu pela primeira vez. Curiosamente, isso só aconteceu aos 21 anos. Por que demorei tanto assim, não cabe aqui justificar. Talvez mesmo eu não saiba explicar... “Há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe a nossa vã filosofia”, escreveu Shakespeare. E ele tinha razão. Sendo assim, deixa estar. O que eu sei bem é que o cara se chamava Jorge, e era meu vizinho. Moreno, forte, peludo e de aparência rude – ele não era exatamente do tipo que me despertava tesão. Pelo menos, era isso o que achava. Até aquela noite, véspera de Natal.

Conto como foi.

Fazia dois anos que eu me mudara para o Rio de Janeiro. Morava com dois irmãos – um deles casado.

Naquela noite, meus brothers e minha cunhada haviam saído para uma festa com uns amigos. Apesar de insistirem muito para que eu fosse com eles, eu preferi ficar.

Assim que eles saíram, abri um vinho que tinha na geladeira e pus uma música bem romântica, se não me engano “Smoke gets in your eyes”, dos Platters. Fiquei bebendo e pensando em algumas bobagens quando ouvi baterem na porta. De um pulo, corri e abri. Achava que fosse minha amiga Lia, que morava ali perto. Não era. Era o Jorge.

“Posso entrar?”, disse ele.

“Claro, entra aí”, falei sem entender o porquê daquela visita repentina.

Percebendo a minha cara apalermada, ele se explicou. Disse que se deitara para dormir e tinha ouvido a música. Como estava sozinho em casa – sua esposa fora passar o Natal com os pais – pensara em vir conversar um pouco comigo.

“Aceita um pouco de vinho?”, perguntei.

Ele prontamente aceitou. Bebeu um gole bem grande e disse:

“Eu vi os seus irmãos saindo...”

“É, eles foram a uma festa com uns amigos...”

“Por que você não foi com eles?”

“Não gosto dos amigos deles. São tudo gente chata!”

Ele riu:

“E eu, você acha que sou chato?”

Fiquei meio encabulado, mas consegui dizer:

“Não, eu sempre te achei um cara legal...”

Ele tomou outro gole:

“Se me acha legal, por que você mal comigo? Faz dois anos que você veio pra cá e, nesse tempo todo, a gente só se falou uma cinco vezes, no máximo!”

“É que sou meio tímido”, expliquei.

Ele olhou bem dentro dos meus olhos:

“Não precisa ter vergonha de mim, rapaz. Eu moro bem do seu lado. Quero ser seu amigo pro que der e vier.”

“Valeu”, eu falei sorrindo. Devia estar com a cara mais vermelha do que um pimentão.

Para disfarçar, falei que ia ao banheiro.

“Coloque aí o cd que você quiser”, eu disse.

Quando voltei do banheiro, nem sinal do Jorge.

“Ué”, pensei, “onde ele se enfiou?”

Abri a porta, olhei – e nada.

Fechei a porta, me sentei do novo na poltrona e vi que o vinho acabara.

Pensei:

“O safado só veio acabar com meu vinho e deu no pé. Palhaço!”

Procurei um cd e estava colocando no som quando a porta se abriu e o meu vizinho, com um sorrisinho matreiro, adentrou carregando duas garrafas de vinho.

“Fui pegar uma bebida pra nós. Você não se importa, não é?”

“Claro que não, fique à vontade!”, eu falei.

Apertei o play e uma música – a minha predileta – tomou conta do ambiente.

“Quem é este que está cantando?”, perguntou Jorge.

“John Denver”, respondi. “Você gosta?”

Ele não respondeu. Em vez disso, serviu meu copo e o dele. Ao me entregar o copo, sentou-se de repente do meu lado; até então ele estivera no outro sofá. Eu me afastei um pouco. Ele me segurou.

“Não precisa ter medo de mim”, ele cochichou.

E, antes que eu pudesse dizer alguma coisa, ele meu deu um violento beijo na boca. Tentei me desvencilhar, mas ele me segurou com tanta força que o meu copo caiu e se espatifou no chão.

“Me desculpe”, ele gaguejou, todo sem jeito.

Mal refeito do susto, fui até a cozinha e peguei o baldinho do lixo. Em silêncio, fui catando, um a um, todos os cacos de vidro espalhados pela sala.

“Você me desculpe, viu, Marcos? É que eu não resisti...”

“Não foi nada, esquece”, eu falei sem olhar para ele.

Levei o baldinho para a cozinha. Quando voltei, Jorge disse:

“Eu vou pra casa!”

E levantou-se decidido.

Não sei o que deu em mim, mas corri até ele e o segurei pelo braço.

“Por favor, fica. Fica comigo esta noite...”

Ele abriu um sorriso largo e me abraçou.

Ficamos dançando coladinhos por algum tempo, até que ele sussurrou no meu ouvido:

“Eu sou louco por você. Desde a primeira vez que eu te vi eu senti um desejo tão intenso que, muitas vezes, transando com minha mulher, eu penso estar com você...”

Me beijou de novo, mas dessa vez tão delicadamente que eu me senti pairando sobre as nuvens...

Ele foi tirando minha roupa, ao mesmo tempo em que se despia atabalhoadamente. Estava tão nervoso quanto eu.

Ficamos nus e ele me deitou no sofá.

“Apague a luz”, eu pedi.

Nunca vou me esquecer daquelas mãos enormes explorando minha boca, meu pescoço, meu tórax, o meu corpo todo...

“Me chupa”, ele disse dirigindo minha boca em direção ao seu cacete.

Engoli aquela rola gigante com o mesmo gosto com que saboreava um sorvete de chocolate. Ele gemia de prazer enquanto me acariciava os cabelos e, com leves movimentos de vai-e-vem, enfiava o pau até minha garganta.

Em dado momento, ele me pôs de quatro.

“Cuidado”, eu disse, “é a minha primeira vez...”

Ele parou um instante, depois falou:

“Não tenha medo, eu não vou lhe machucar...”

Ouvi que ele cuspia na mão; em seguida passou no meu cuzinho. Aquela sensação do cuspe me lambuzando foi uma das coisas mais gostosas que já senti em minha vida.

Então Jorge me penetrou. No princípio devagarinho, depois cada vez mais firme.

Eu me contorcia de dor e prazer. A cada estocada, eu queria pedir para ele parar, mas tudo que eu conseguia era gemer, e gemer, e gemer...

Senti com as mãos que ele enfiara o caralho todinho no meu rabo. Massageei suas bolas, e ele parece ter gostado, pois sua respiração se tornou mais ofegante na minha nuca.

“Gostoso, você é muito gostoso!...”, era o que ele ficava dizendo o tempo todo no meu ouvido. Eu me arrepiava inteirinho – metade pelo que ele dizia, metade por aquela barba cerrada que ele esfregava em mim sem parar.

Daí a pouco sua respiração ficou tão intensa que eu me assustei.

“Vou gozar”, ele disse. “Pode ser dentro, meu bem?”

“Dentro, não”, eu disse.

“Então na sua boquinha?”

“Não, no meu peito...”

“Está bem...”

Descemos para o chão e ele se escanchou sobre mim. Enquanto ele punhetava, eu acariciava ora suas pernas, ora suas costas.

E então Jorge gozou. Gozou abundantemente. A cada esguicho, meu corpo tremia em êxtase.

Jorge caiu sobre mim, ainda ofegando.

Beijei-lhe o pescoço, as orelhas e finalmente a boca.

E nos deixamos ficar ali, agarradinhos, totalmente acolhidos pela escuridão e por aquela música maravilhosa que tocava e, certamente, nos tocava no mais íntimo dos nossos sentimentosDepois daquela noite, transei muitas vezes com Jorge. Transávamos geralmente na casa dele, na cama dele, uma vez que sua mulher não voltara mais depois daquela viagem que fizera no Natal para a casa dos pais dela. Perguntei se a separação tinha alguma coisa a ver comigo, mas ele negou veementemente.

“Há muito que o nosso casamento tinha acabado”, explicou.

Em nossa despedida – eu havia decidido de uma hora para outra retornar ao meu estado de origem –, Jorge me levou a um motel bacanérrimo.

E fizemos amor como se fosse a primeira vez...

No dia seguinte viajei.

...

Lembro sempre de Jorge. No começo eu ligava para ele constantemente, mas teve um dia que uma voz diferente atendeu ao telefone dizendo que ele vendera a casa e se mudara.

Coloquei o fone no gancho e chorei como uma criança...

Vez por outra ainda choro, pensando nele.

Agora estou ficando com um cara super gente-fina... e se algum dia ainda verei aquele homem maravilhoso, eu não sei. O que sei de mais certo é que jamais vou esquecê-lo. Disso tenho certeza. Toda a certeza do mundo!

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Comentários

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Se fosse comigo eu queria que enchesse o meu cu de gala e a minha boca também pra mim engolir aquela delicia morna.

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se quizer provar uma pica arrumada kratus-17@hotmail.com,

to te esperando vlw.

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