Carmem, Carmem...

Um conto erótico de Glinos Meferr
Categoria: Heterossexual
Contém 4785 palavras
Data: 23/03/2010 14:05:43
Última revisão: 23/03/2010 14:21:47

- 1 –

O carnaval desperta a libido das pessoas. É uma característica trazida desde a sua origem. Nos seus primórdios as pessoas usavam máscaras para que pudessem ter mais liberdade de ação. Havia um consentimento geral sobre as extravagâncias cometidas pelos foliões, uma tolerância improvável noutras ocasiões.

Nada disso tinha me ocorrido até esse último carnaval. Acostumado a freqüentar os bailes nos clubes da cidade não vi com bons olhos irmos a um desses clubes de campo à beira do Rio Grande. Numa reunião de vizinhos, ocorrida num aniversário de criança, alguém lançou a idéia que foi imediatamente aprovada pela maioria. Fui voto vencido. Pensei nos inúmeros flertes que perderia me escondendo num lugar daqueles. Para tentar me convencer, minha irmã prometeu que levaria sua amiga que eu achava linda, mas que não tinha nenhum interesse em mim.

-- Quem sabe? -- Insinuou.

Mas não foi isso que me animou e, sim, saber que a minha vizinha, a Carmem, iria também. E quem é a Carmem? A mulher mais interessante que já conheci na minha vida. Ela é maravilhosa! Fina, educada, gentil, alegre, uma mulher de bem com a vida, com quem passaria horas e horas conversando.

Bom, a coisa ficou assim: por questão de economia alugamos um chalé grande para todos. Iam meus pais, já beirando os cinqüenta anos, um casal de amigos da mesma idade (que meu pai considerava como parentes), sua filha adolescente, acho que com uns dezesseis anos, minha irmã, uns dois anos mais velha, e sua amiga, com uns poucos anos mais que minha irmã, da minha idade aproximadamente. E, finalmente, Carmem e seu marido, Carlos, mais jovens e sem filhos. Ela deve ter quase trinta anos e ele uns cinco ou seis a mais.

- 2 –

Os preparativos, a viagem e a instalação ocorreram sem maiores contratempos.

Percebi logo que Carlos não estava preocupado comigo; no seu conceito, não representava nenhum perigo em relação sua esposa. Aliás, Carmem estava tão compenetrada em arrumar as coisas e a descobrir os detalhes do chalé que quase não reparou em mim. Eu, ao contrário, com a maior discrição possível, não perdi um só de seus movimentos. Seu corpo esguio, bem delineado, com os quadris e os seios se destacando do corpo, era digno de adoração. Principalmente para um jovem como eu, que tinha certa dificuldade para conseguir mulheres dispostas a transar. Ficava imaginando como seria gostoso tocá-la, penetrá-la. Sua bunda saliente, redonda, despertava em mim pensamentos insanos!

O primeiro almoço foi só alegria. A cerveja, que levamos em caixas, contribuiu para liberar os últimos recatos. Foi assim que percebi o olhar de Kátia, amiga da minha irmã, flertando com Carlos, que sem maiores rodeios, correspondia. Kátia também era bonita, mas não se comparava a beleza de Carmem. Acredito que o interesse dele se deveu ao inusitado, ao diferente, quem sabe, à cerveja. O fato é que estava trocando olhares comprometedores. Não percebi se todos viam a mesma coisa. Acredito que não, pois eu estava meio desligado das conversas, preocupado apenas em almoçar e apreciar a minha eleita.

Dali até à noite tudo correu sem novidades. Estava anunciado que nas quatro noites haveria bailes que começariam às dez e terminariam às quatro da manhã. Seis horas de folia!

Meus pais e seus amigos não iriam, queriam apenas o sossego do chalé vazio para jogarem cartas. Nós outros, vestimos o mínimo possível por causa do calor e fomos.

- 3 –

Carmem estava com uma camiseta que ia pouco abaixo dos seios, deixando a barriga à mostra, além de um short bem curto, que expunha suas pernas bem feitas, e uma sandália aparentemente delicada. Estava sensual como nunca a tinha visto.

Tudo começou bem. Dançávamos e pulávamos sem parar. A cerveja começou a sobrar. Carlos pediu vodca e bebeu sob olhar de censura de Carmem.

Num certo momento comecei a perceber que Carlos estava deixando sua esposa de lado para brincar com Kátia. Estava exagerando em sua carícias e abraços. Vi, então, o olhar raivoso que Carmem cravou nele. Ele não notou. Estava tão envolvido naquela conquista que não se importou quando ela foi embora.

Achei que deveria alertá-lo. Aproximei-me e gritei-lhe ao ouvido o que tinha acontecido. Ele simplesmente respondeu:

-- Faça-me um favor: cuide dela para mim!

Disfarcei o espanto que me acometeu, balancei a cabeça e saí. Fui encontrá-la no estacionamento, encostada no carro deles, de braços cruzados, chorosa.

-- Oi, Carmem.

-- Oi.

-- Não entendi direito o que aconteceu.

-- Você viu o assanhamento dele?

-- Vi.

-- É sacanagem!

-- Concordo. Mas deve ser por causa da cerveja, da vodca...

-- Imagine! Eu também bebi. Nem por isso vou ficar dando em cima de qualquer homem que apareça!

-- É verdade.

-- Além do mais, eles estão assim desde o almoço.

-- Como?

Fiquei realmente surpreso. Não imaginava que ela tivesse visto o flerte deles.

-- Eles estavam flertando, sabia?

-- Você chegou a falar com ele?

-- Falei, claro que falei. Mas ele me disse que eu estava vendo demais, que não tinha nada a ver!

-- E tinha?

-- Claro! Tanto tinha que eles estão lá agora, se agarrando!

-- Estão só dançando...

-- Só dançando? Eu o vi esfregando o pau duro na bunda dela!

-- Heim!?

Desta vez a minha surpresa era dupla, primeiro pela revelação em si, depois por ter usado a expressão "pau". Nunca pensei que ela pudesse falar dessa forma.

-- Isso mesmo! Ele estava se esfregando nela!

-- Meu Deus!

Enquanto falava ela olhava para a entrada do clube, um tanto distante, na esperança que ele viesse procurá-la. Mas fazia algum tempo que estávamos ali e ele não se dignou a vir.

-- Nem veio atrás de mim...

-- Acho que não virá.

-- Por que pensa assim?

Hesitei um instante, apesar de ser verdade, o que ia dizer era meio leviano.

-- Ele me pediu que cuidasse de você...

-- Cuidasse de mim? Como assim?

-- Acho que pensou que você poderia fazer alguma bobagem e era melhor que alguém conhecido estivesse por perto.

-- Não acredito! É um sacana mesmo!

-- Mostra uma certa preocupação...

Ficamos em silêncio. Estávamos meio afastados de forma que o som da música chegava abafado até nós. Não havia ninguém por perto. E eu não sabia o que dizer. Ela continuava brava.

-- E pensar que ele me obrigou a por este sutiã horrível, que fica me apertando, me machucando. Eu queria vir sem nada!

-- Está claro que ele gosta de você.

-- Gosta? Ele quer é proteger o que é seu, o que ele acha que é sua propriedade. Desgraçado!

-- Não sei o que dizer.

Ela deu uns pulinhos histéricos e esmurrou o carro.

-- Preciso fazer alguma coisa!

-- Vamos dar uma caminhada.

Deixou os braços caírem ao longo do corpo, como se convencida e desanimada pela falta de opções.

-- Vamos. Só que antes de mais nada vou tirar esse sutiã!

Começou a levantar a camiseta.

-- Quer que eu me vire? — Indaguei, rapidamente.

-- Por mim, não.

Sem pestanejar tirou a camiseta, depois o sutiã. Seus seios balançaram livres. Meu Deus, eram mais belos do que imaginara!

-- Carmem, como são bonitos!

Ela parou um instante e olhou para eles.

-- Gostou mesmo? Estão meio flácidos...

-- São maravilhosos!

-- Obrigada.

Agindo ligeiramente, me aproximei e toquei um deles. Pude sentir sua maciez, mas ela se afastou.

-- Opa, nem pensar! Contente-se em ter visto.

Rapidamente vestiu a camiseta. Sorri, balançando a cabeça pesarosamente.

-- Foi irresistível...

Ela riu finalmente.

-- Você também não presta. Nenhum homem presta!

-- Foi irresistível... -- repeti.

Numa atitude inesperada, Carmem estendeu a mão e me puxou para andarmos.

-- Vamos? Precisamos esfriar a cabeça–

Fomos em silêncio, sentindo a brisa, olhando o céu tão bonito, como dois namorados. Quem nos visse de mãos dadas pensaria isso.

Pegamos uma trilha, parcamente iluminada, que nos levaria ao ancoradouro. Pensativa Carmem girava o sutiã no ar.

-- Não pode ficar assim... Não pode...

Falava baixinho, com seus botões. De vez em quando me olhava de soslaio. Preferi manter o silêncio.

Chegamos à plataforma. Uma única lâmpada tentava minimizar a escuridão. O som do baile nos alcançava baixinho. Carmem passou o braço sob o meu e encostou-se em mim. Senti seu seio e, num reflexo, empurrei meu antebraço nele. Ela manteve-se passiva, enquanto meu braço achatava seu seio.

Depois de um tempo, passei o braço sobre seus ombros para abraçá-la e poder senti-lo melhor. Carmem não me refutou, ao contrário, compreendeu a minha intenção e aconchegou-se a mim.

-- Homem não presta mesmo, já está querendo se aproveitar da situação.

-- É irresistível.

Chegamos. Encostei-me no parapeito e a vi aproximar-se esticando o peito para salientar os seios.

-- Você quer curti-los um pouco?

-- Adoraria.

Sem rodeios, ajeitou-se de forma a encostá-los no meu peito. Depois, começou a movimentar-se lentamente, amassando-os contra mim, para que pudesse senti-los melhor. Eram apenas dois tecidos finos separando nossas peles.

Tinha levantado o rosto e sua proximidade me impeliu a beijar-lhe. Mas não quis roubar-lhe um beijo. Por isso, fui me aproximando devagarzinho para que ela tivesse tempo de desviar. Não o fez. Recebeu o primeiro beijo com naturalidade. E no seguinte, entregou-se com lascívia. Senti o gosto da cerveja em sua boca. A minha também devia estar igual. No entanto, foi um beijo delicioso. E durou um tempo maior que o esperado.

-- Tire a camiseta... -- sussurrou.

Em um segundo minha camiseta jazia no chão. Ela levantou a sua camiseta e encostou seus seios diretamente no meu peito. Pele com pele. Podia sentir seus bicos, sua maciez...

-- Está melhor assim?

-- Meu Deus, eles são tão macios!

Levei as mãos neles e comecei a boliná-los. Nossos olhos se encontraram e pude ver que ela estava gostando.

-- Quer que eu te masturbe?

-- Quero comer você!

-- Nem pensar! O Carlos fez vasectomia e não posso me arriscar. Já pensou se me engravido?

-- Ah!...

-- Eu te masturbo... Assim você se alivia...

-- Então, me deixa gozar na sua boca!

-- Você está suado... Eu não gosto!

-- Do suor ou de fazer?

-- Se ele estivesse limpinho eu faria. Eu gosto de fazer... Gosto mesmo... Mas assim não!

Como se para me convencer enfiou a mão dentro do meu short e pegou o pênis que, neste momento, estava completamente endurecido. Vi seus olhos se arregalarem.

-- Nossa, como é grande!

Sua mão pequena tateava, tentando conhecê-lo. Da cabeça a base, depois o escroto, e voltava.

-- É maior que o do meu marido! Bem maior. E como é grosso! Meu Deus!

-- Tá sentido o que vai perder?

-- Não posso, querido...

-- Então me deixe comer sua bunda.

-- A minha bunda? Você quer comer a minha bunda? Por que todo mundo quer comer a minha bunda?

-- Porque ela é tentadora! Aposto que o Carlos não perdoa.

-- Mas o pau dele é pequeno, o seu é enorme!

Eu tinha baixado o short e exposto meu pênis duro, ela continuava movimentando a mão com a intenção de me fazer ejacular.

-- Goza assim...

-- Será um desperdício...

-- Pelo menos você se alivia...

-- Mas quando terei outra oportunidade desta? Eu te desejo há tanto tempo!

Ela me encarou sorrindo com doçura.

-- É mesmo? Desde quando?

-- Desde que se mudou para lá...

-- Nossa você era um adolescente.

-- Era.

-- Sabia que sempre te achei uma gracinha?

-- Não acredito!

-- Educado, gentil... E com umas pernas lindas!

-- O que? Você reparou em tudo isso mesmo?

-- Reparei. Mas você, sempre tão tímido!

-- Perdi tempo então?

-- Não disse isso. Só que talvez pudéssemos ter sido mais amigos, conversado mais...

Eu estava a ponto de gozar, mas a possibilidade de conseguir mais dela martelava minha cabeça.

-- Me deixe por na sua bunda...

-- Ah, querido, querido, não insista. Eu não estou preparada e ele vai se sujar. Depois você vai ter nojo de mim!

-- Claro que não!

-- Claro que sim! Olha o tamanho dele! Vai chegar ao meio da minha barriga!

Sua voz já não estava tão firme, senti que estava cedendo, resolvi tentar. Virei-a de costas e abracei-a, mas com delicadeza, encostando o pênis na sua bunda. Ela esfregou-se nele.

-- Você não vai desistir, não é?

-- Não...

-- Está aproveitando porque estou bêbada e a fim de me vingar do meu marido...

-- Estou querendo realizar um desejo...

-- Egoísta. Só está pensando em você.

Os movimentos que fazia com os quadris não estavam de acordo com suas palavras.

-- Pode ser. Mas tenho certeza que vai gostar também.

-- Será?

-- Tenho certeza.

-- Por que acha isso?

-- Porque está a fim também.

-- Estou gostando mesmo...

-- Então!

-- Não seria melhor procurarmos um lugar mais escondido?

Fiz com virasse para mim.

-- Está querendo mesmo? Seria tão bom se fosse verdade.

-- Estou pensando em dar o troco no meu querido esposo que nessa hora deve estar se esfregando naquela menina!

-- Só isso?

-- Além disso, acho que tem razão quando disse que não podemos perder a oportunidade. Mas não queria que comesse a minha bunda hoje.

-- E se ficar grávida?

-- Oh, meu Deus!

-- Então... Vai ter que ser!

-- A responsabilidade é sua, tá ouvindo?

- 5 –

Caminhávamos abraçados para um lugar mais escuro. Ela começou a rir.

-- Não acredito no que vamos fazer...

-- Nem eu.

-- Põe devagar, tá?

-- Ponho.

Fomos para longe de tudo, porém, a escuridão era perturbadora. Ademais, queria ver sua bunda no momento que a estivesse penetrando. Pensei em retornarmos para onde estávamos.

-- Vamos voltar, Carmem?

-- Estava pensando nisso. Vamos.

- 6 –

Demoramos menos para chegarmos ao ancoradouro.

-- Tire o short...

Ela obedeceu, depois se debruçou sobre a amurada, empinando a bunda.

-- Passe bastante saliva, tá?

Cuspi duas vezes no seu rego e comecei a esfregar a cabeça do meu pênis nele. Não encontrava o orifício. Estava ficando ansioso, nervoso. Ela levou ambas as mãos às nádegas e as separou tentando me ajudar. Não adiantou. Continuava a errar a entrada. Nunca esquecerei sua risada.

-- Está difícil?

-- Muito!

-- Vou te ajudar...

Pegou meu pênis e o esfregou na sua bunda para lubrificá-lo na saliva que estava lá e o colocou na entrada do ânus. Empurrou o corpo para trás e aí senti que começava a invadi-la. Carmem deixou escapar um gemido de dor. Mas repetiu o gesto. Entrou mais um pouco. Ela então, parou e se afastou o suficiente para que eu saísse dela.

-- Não vou agüentar!

-- Claro que vai. Você está acostumada!

-- Mas o pau dele é pequeno!

-- Tente de novo.

Ela retrucou chorosa.

-- Você está judiando de mim...

Podia ser, mas a maneira com suas mãos manipulavam meu pênis indicavam que ela estava gostando.

-- Põe de novo nele... -- pedi.

Carmem o fez. E desta vez jogou o traseiro com força para trás, indicando: ou vai ou racha!

E foi. E um grito saiu de sua garganta quando a invadi! Agarrou-se a amurada e respirou fundo.

-- Ele está me arregaçando! Fique parado um instante para eu me acostumar!

Respirava com forca e gemia ao mesmo tempo. Alguns segundos depois, começou a rebolar suavemente indicando que eu podia voltar à carga. E foi o que fiz. E fiz devagar, com cuidado. Empurrava um pouco, tirava um pouco. Empurrava mais, tirava o mesmo tanto. Seus gemidos começaram a mudar o tom, eram agora menos sofridos, com uma ponta de prazer. Quando finalmente minhas virilhas tocaram suas nádegas, compreendemos que estava inteiro dentro dela. Não resisti em falar-lhe.

-- Estou inteiro dentro de você!

Ela gemeu.

-- Pensei que não fosse agüentar...

-- Ele não é tão grande como pensava...

-- É sim! Eu é que não sabia que era tão profunda.

Passou a mão na barriga antes de completar.

-- Ele está aqui dentro...

-- Está doendo?

-- Um pouco. Estou me sentindo arreganhada!

-- Queria ficar a noite inteira dentro de você.

-- Que é isso? Goze logo. Minhas pernas estão ficando cansadas... Daqui a pouco eu caio!

Comecei a me movimentar e a arrancar suspiros e gemidos de dor dela. Fui dando cada vez mais impulso em minhas estocadas. Enfim senti o gozo atravessar meu pênis e esguichar lá dentro. Carmem sentiu também e riu numa mistura de prazer e alívio.

- 7 –

Depois de um minuto ou dois, Carmem endireitou o corpo.

-- Fique dentro de mim...

Quando a abracei, pegou minha mão e a levou em sua vagina. Queria ser masturbada! Segurando minha mão orientava os movimentos no seu sexo. Levei a outra mão nos seus seios e comecei a apertá-los e a amassá-los com força. Ela me repreendeu.

-- Devagar...

Entendi que Carmem era capaz de permitir tudo, desde que fosse feito com carinho.

Quando enfiei o dedo médio em sua vagina, respirou profundamente aprovando gesto. Sentindo-se preenchida na frente e atrás, imediatamente começou a rebolar.

-- Que delícia, querido! Vou gozar assim!

-- Goze... -- sussurrei em seu ouvido, -- vou ficar imensamente feliz...

Seus gemidos foram aumentando até que um uivado anunciou o orgasmo que lhe bambeou as pernas. Precisei ampará-la para que não caísse. Meu dedo que estava dentro de sua vagina serviu de anteparo como se fosse um gancho. Caímos no chão rindo de satisfação. Somente agora meu pênis saiu de sua bunda.

- 8 –

Deitou-se de costas e eu me aconcheguei a ela, passando o braço sob sua nuca. Coloquei minha camiseta sob o cotovelo para ficar mais confortável. Olhamos-nos com carinho.

-- Vou dizer ao Carlos que você cuidou bem de mim.

-- Estarei sempre a sua disposição.

-- Quer ser meu amante?

-- Quero!

-- Brincadeirinha. Sabe que nunca traí meu marido? Acredita nisso?

-- Claro que acredito... Esquece que te conheço há muito tempo?

-- É mesmo.

-- Mas eu quero ser seu amante.

-- Não podemos, sabe disso.

-- Nem uma escapadinha de vez quando?

Ela me deu um tapa no peito.

-- Lá vem você tentando me convencer de novo.

-- Não gostou de ter transado comigo?

-- Gostei muito. Gozei tão gostoso!

-- Então!

Tornou a me bater.

-- Você não vai desistir, não é?

-- Não!

Deu-me um beijo rápido.

-- Vamos embora.

Reclamei.

-- Já?

-- Estamos aqui há mais de uma hora...

-- Você acha que estão sentindo nossa falta?

-- Meu marido não!

-- Então! Vamos ficar mais um pouco.

-- É melhor irmos.

-- Queria comer você de novo!

-- Imagine! Acha que eu agüento mais uma dessas?

Em ato contínuo, levantou-se e me empurrou para o lado. Não tive outra alternativa a não obedecê-la.

- 9 –

Voltamos a passos lentos, de mãos dadas, até enxergarmos o clube. Ali nossas mãos se soltaram e ela me deu um beijo no rosto.

-- Comporte-se, ouviu?

-- Fique tranqüila.

Paramos na entrada do clube. O ritmo estava quente lá dentro.

-- Vamos entrar?-- perguntei-lhe.

-- Não sei... O Carlos deve estar se esbaldando!

-- Acho que se formos embora ele vai ficar mais manso amanhã.

-- Você vai embora também?

-- Claro.

-- E perder essa festa toda?

-- Já fiz a minha festa particular. Não preciso de mais nada.

-- Que lindo. Pensando bem e melhor ir embora mesmo. Mas se quiser ficar vou andando sozinha.

-- Nem pensar. Já disse, vou com você! De repente você me presenteia com mais alguma coisa!

-- Nem pensar! É preciso tomar muito cuidado lá no chalé. Senão a coisa se complica para mim!

-- Eu sei. Estava brincando. Vamos?

-- Vamos.

Caminhamos em silêncio. Quando chegamos ao chalé ela tomou um banho e foi dormir. Fiz o mesmo.

- 10 –

Acordei tarde na manhã seguinte achando que tivesse sonhado. Fui encontrando as pessoas aos poucos. Quando falei com Carmem ela agiu de forma tão natural, que voltei a pensar fora um sonho. Somente depois do almoço, quando todos foram ao clube, pude estar sozinho com ela. Dissera que ia mais tarde, estava com um pouco de dor de cabeça.

Eu fui e voltei logo, sem que percebessem. Encontrei-a lendo uma revista no sofá da sala. Olhou-me com um sorriso estampado no rosto. Apreciei suas pernas que estavam à mostra por causa do short curto. Fiz-lhe um gesto de aprovação e sentei-me ao seu lado.

-- Tudo bem?-- perguntei-lhe.

-- Tudo. E com você?

-- Estou com uma dúvida.

-- Qual?

-- Foi um sonho?

-- O que?

-- O que aconteceu ontem à noite.

Carmem abaixou a cabeça.

-- Eles transaram, sabia?

-- E nós?

-- Você não se lembra mesmo?

Ri feliz.

-- Me lembro de cada minuto.

Ela riu também.

-- Ah, bom!

Voltei ao que ela tinha falado.

-- Eles transaram mesmo?

-- Transaram.

-- Como descobriu?

-- Ele me pediu desculpa.

-- Ele confessou?!

-- Não diretamente, mas não tenho duvida.

Soube depois pela minha irmã que eles não tinham saído do clube nem por um minuto. Portanto, Carmem estava enganada!

-- E é por isso que não quis ir com a turma?

-- Não, já me conformei. Quando chegar lá em casa vou pensar no que fazer. Espero que ninguém aqui tenha percebido, para não ficar chato.

-- Acho que não. Pode ficar tranqüila.

-- Tomara.

-- Está mesmo com dor de cabeça?

Ela deu uma risada.

-- Não é minha cabeça que esta doendo.

-- Não?

-- É a minha bunda!

Arregalei os olhos.

-- Muito?

-- Um pouco. Está preocupado?

-- Um pouco.

-- Não se preocupe. Vai passar!

Resolvi avançar na conversa.

-- Você tem um sorriso tão bonito, uma boca tão sensual...

-- Acha mesmo, seu safado?

-- Acho.

-- E gostaria de me dar um beijo, não é?

-- Gostaria de gozar nela!

Carmem largou a revista e levou as mãos ao rosto como se estivesse espantada de verdade.

-- Que danado! Você está se mostrando cada vez mais safado, sabia?

-- É que eu percebi que você gosta de mim assim!

Ela ficou meio constrangida, olhando de lado.

-- Vamos dizer que sim.

-- E vamos dizer também que ficou encantada com o meu pau!

-- Ai, meu Deus...

-- Foi ou não foi?

-- Fiquei assustada!

-- E que quer tê-lo na boca agora, não é?

-- Você não desiste?

Ao dizer isto vasculhou pela janela, certamente para ver se alguém se aproximava. Entendi que tinha quebrado sua resistência. Pus-me de pé na sua frente, abaixei o short e mostrei-lhe meu pênis completamente endurecido. Ela, que tinha tido contato com vários outros, estava deslumbrada com o meu. Seu olhar era de desejo.

Parecendo estar hipnotizada, ajeitou-se na beira do sofá. Acariciou-o durante alguns instantes antes de esticar os lábios para beijá-lo. O fez, uma, duas, varias vezes, antes abocanhá-lo gulosamente. Aí só parou quando sentiu o gosto do esperma que inundava sua boca. Sem tirá-lo da boca, mostrou-me os pêlos arrepiados do braço. Sugou por mais algum tempo, até sentir que amolecia e que nada mais restava nele.

Ajudou-me a levantar o short e a guardá-lo.

-- Está satisfeito agora?-- perguntou-me, rindo, com muito charme.

-- Como poderia ser diferente?

-- Espero que se acalme um pouco...

Fiquei preocupado.

-- Estou dando bandeira?

-- Não, não! De jeito nenhum! Confesso que fiquei preocupada de que isso acontecesse. Mas você está sendo muito discreto. Continue assim, tá bom?

Falava carinhosamente e me fazia sentir esperança de que as coisas não iam parar ali.

-- Pode ficar tranqüila!

-- Isso. Quem cuida tem...

Infelizmente, o romance do meu rival não continuou naquela noite. Sua parceira, volúvel que era, logo se engraçou com outro folião e ele ficou a ver navios. Bebeu mais que podia. E assim, completamente bêbado, quis voltar com Carmem, que o refutou. Percebi que ela queria estar comigo, mas que o assédio de seu marido a impedia. Ele tentava puxá-la para o meio do salão que se desvencilhava e voltava para perto da mesa.

Por fim, diante de tanta frieza, Carlos se resignou e foi brincar sozinho. Tive plena convicção de que o casamento deles havia acabado ali.

No dia seguinte, no meio da manhã, ela me convidou para ir até a cidade próxima porque queria comprar um protetor solar e não estava suportando a ressaca do marido. A despeito dos protestos dele tinha colocado um vestido curto que valorizava suas pernas.

O pessoal trocava olhares irônicos e davam de ombros, pois todos souberam do acontecido no baile.

Atendi ao seu pedido calado, sem coragem de encarar o marido derrotado. Um misto de felicidade e preocupação atravessou meu espírito.

Eu dirigi. Permanecemos em silêncio por um longo tempo. De vez em quando olhava suas deslumbrantes coxas. Meu Deus, como eram lindas e tentadoras!

-- Você está muito brava com ele, não é?

-- Com o Carlos?

-- Sim.

Ela deu uma risada.

-- Não mais.

-- Como assim?

-- Vou me separar dele.

-- Heim?!

-- Não é uma decisão que tomei só por causa do que aconteceu lá no clube. Aquilo foi a gota d´água. Há meses tenho pensado nisso. E o que ele fez mais o que você fez comigo no ancoradouro apenas sacramentou a minha decisão.

Olhei-a de lado.

-- O que eu te fiz tem a ver?

Ela riu.

-- Você me pegou de jeito, na hora certa... Foi tão gostoso! Tinha até me esquecido de como é bom transar.

-- É mesmo?

-- Acredite, fazia tempo que não transava com tanto tesão.

-- É mesmo?

-- Adorei o jeito que me pegou por trás, que pôs na minha bunda, que me fez gozar!

-- Meu Deus!

-- Gozei tão gostoso...

-- Estou ficando excitado demais, preciso parar o carro!

-- É mesmo?

Ela se aproximou a agarrou meu pau.

-- Vamos procurar um motel... -- Falou enquanto me apertava com tesão.

-- Seria bom demais!-- Respondi, aspirando entre os dentes.

-- Será que tem um por aqui?

-- Deve ter. Tem que ter!

-- Se não tiver a gente entra por esse mato afora.

Somente uns vinte minutos depois encontramos um. Entramos sem pestanejar. Logo estávamos no quarto, prontos para fazer amor...

Carmem se entregou completamente, sem ressalvas. Mostrou-se fogosa e atuante. Em poucos minutos tinha me beijado por inteiro, demorando-se por longos minutos no meu pau, o qual não cansava de elogiar.

Num determinado momento montou sobre mim de tal forma que sua vulva espremeu meu pau fazendo com que seus grandes lábios o ladeassem. Dobrou-se um pouco e começou a esfregar o clitóris nele. Seu rosto estava próximo do meu, podia sentir sua respiração ofegante. Tinha uma expressão de puro prazer, como se aquele sentimento fosse novidade para ela. Cada vez mais molhada deslizava-se com facilidade. Seus seios chacoalhavam, seus gemidos se intensificavam...

Algum tempo depois teve um orgasmo tao intenso que seu corpo inteiro começou a tremer. Olhava-me com os olhos arregalados, a boca aberta, a respiração presa...

Por fim, desabou sobre meu peito desfalecida, tentando recuperar o fôlego.

-- Ai, meu Deus, que coisa gostosa!

Abracei-a e pus-me a acariciar seus cabelos. Estava feliz pelo gozo dela.

Quando se acalmou, ergueu-se ficando ainda sobre o meu membro que se mantinha endurecido sob o sexo esgotado dela.

-- É sua vez agora...

Agarrei-lhe firmemente, com ambas as mãos, os seios protuberantes. Ela sorriu, aceitando a caricia um tanto rude. Entendeu que eu estava prestes a explodir.

-- Faz ele entrar na sua bucetinha!

-- Ai, meu Deus, nela não.

-- Por que não?

-- Não posso me engravidar!

-- Então, faz assim: põe só um minuto! Quando olhar para você quero me lembrar que comi sua bucetinha também.

-- Ai, meu Deus, coisa de homem. Quer deixar a sua marca em todos os lugares possíveis, não é?

-- Isso!

Massageei-lhe os seios.

-- Ai, que seios gostosos!

-- Olha ai que idéia boa: uma "espanhola"!

Juntei-lhe os seios para imaginar com seria.

-- Pode ser, mas antes quero por nela.

-- Ai, meu Deus, você não vai desistir mesmo. Tudo bem, mas só um pouco, para saber como é. Ok?

Em ato continuo levantou-se um pouco e colocando-o na entrada de sua vagina baixou o corpo para fazê-lo adentrar-lhe. Devido ao estado em que se encontrava meu pau deslizou sem parar até o fim, arrancando dela um gritinho de surpresa. Rebolou para ajeitá-lo melhor e ficar mais confortável.

-- Meu Deus, que delicia! Se não fosse tão perigoso deixaria você gozar lá dentro.

Sem atinar de fato para o risco que corria, começou a movimentar-se para fazê-lo entrar e sair. Levantei o corpo para vê-lo sumir naquela vagina tão gostosa. Carmem notou minha excitação crescente.

-- Não goze não, tá?

Apenas balancei a cabeça sem tirar os olhos daquela cena.

-- É melhor eu parar...

-- Não!

-- Você vai acabar gozando...

Saiu de cima de mim e ficou de quatro.

-- Goze na minha bunda.

Sem pestanejar, me posicionei entre as pernas ajoelhadas e, como tinha feito na outra noite, ia cuspir quando notei que seu ânus e arredores estavam brilhantes, lubrificados. Meu ego inflamou-se. Carmem tinha premeditado aquele encontro. Ela tinha se preparado para mim!

Não quis perder mais tempo, então pus meu pau na entrada e empurrei devagar, como me pedira da outra vez. Vi seu ânus se alargar à medida que lhe adentrava. Num instante estava atolado nela. Comecei a movimentar-me batendo minhas virilhas em suas nádegas macias. Sua passividade e os seus gemidos me excitavam tanto que não demorou muito para que gozasse.

Tombei ao seu lado ofegante, ela ajeitou-se de bruços para se recuperar também.

Acordei com ela me chamando para irmos embora. Passava um pouco da hora do almoço e com certeza estavam esperando por nós. Apesar de ficar contrariado não contestei.

-- Não vai tomar um banho?

Ela me olhou, sorrindo com satisfação.

-- Nem pensar. Quero ficar com você dentro de mim o máximo que puder.

-- Ai, meu Deus, será que vou agüentar te olhar sabendo disso?

-- Faca um esforço, não estrague tudo. Foi tão gostoso!

-- Foi? Não será mais?

-- Deixe passar esses dias, até voltarmos. Então, conversaremos melhor. Provavelmente estarei sozinha, já pensou?

- 11 –

E foi mesmo assim. Eles se separaram e nós estamos tendo um caso há vários meses. Está cada vez mais gostoso e nem quero pensar até quando vai durar.

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Comentários

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Relendo, acho que pela decima vez, e achando cada vez melhor.

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Terceiro conto seu que leio. Tive uma história semelhante a essa um tempo atrás, a moça acabou se tornando minha minha noiva. Parabéns e valeu por me fazer voltar no tempo à epoca mais excitante que tive...

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parabems,um dos melhores contos q ja li aqui!!!!

voce conseguiu narra de uma forma que parecia esta assistindo uma novela,muito bom.

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Muito bom! Sugiro continuar aperfeiçoando sua técnica, evitando palavras chulas e abusando dos diálogos. Também aprecio as situações criadas, pois não são fantasiosas. Persista elegante em seu estilo. Parabéns. Nota 10.

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sempre textos maravilhosos. é deliciosa essa idéia de um romance com mulher mais velha. você faz isso muito bem

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verdadeiramente um best seler,vc é um escritor nato amigo...nota nem precisa falar...

parabééénsss

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