Sex in life - 5th Temporada – Cap. VII – MM

Um conto erótico de Fabio N.M.
Categoria: Heterossexual
Contém 1916 palavras
Data: 02/03/2010 17:29:25

No conto anterior…

(…) O velhinho me seguia com os olhos esperando ser útil na minha busca.

– Quer alguma ajuda?

– Quero algo relacionado à amnésia (…).

(…) – Tenho um exemplar único (…).– Aqui está, “A maldição de Antares” (…).

(…) O acordo foi que Antares amasse uma mulher que já fosse amada de outro e tivesse um filho com ela, assim Hades ganharia a alma da mulher. Mas a alma do filho de Adônis pertenceria a ela irrevogavelmente, a menos que tivesse uma criança com uma mulher (…).

(…) – Marina!

– Me desculpa, Arthur! Eu não sei o que estou fazendo,… eu… eu não conheço você.

Após se vestir ela tomou a direção da porta.

– Onde pensa que vai?

– Para um hotel.

– Não precisa, Marina…

– Eu estou me sentindo uma vadia (…).

(…) minha preocupação era deixá-la sozinha (…).

Sex In Life 5th Temporada – Cap. VII – MM

Antares carregou consigo a condenação e o feitiço de Cronos.

Seja qual fosse a mulher que quisesse, a mesma perderia qualquer lembrança de seu verdadeiro amor e passaria a amar o semideus e dele teria um filho, então, sua alma seria livre, mas a da mulher estaria perdida.

Ele no entanto nunca se livrou da maldição, viveu cento e sessenta anos sem que envelhecesse até que conseguisse cumprir com sua tarefa de ter um filho. Aliciar cerca de cento e vinte mulheres, era cento e vinte almas para o mundo inferior, mas nunca conseguiu ter um filho. Até que já não suportou e se rendeu à maldição, entregando sua alma a Perséfone. O que ele não sabia era que sua última mulher havia concebido, mas ainda não havia dado à luz. A criança nasceu carregando a execração do pai, mas sem conhecer o feitiço de Cronos, tentou desesperadamente e foi rejeitado inúmeras vezes.

Desde então a maldição vem passando de geração para geração… os pais que se livraram da maldição ao longo dos séculos tinham seus filhos amaldiçoados, mas a linhagem portadora da praga se perdeu ao longo da história da humanidade.

Era madrugada e eu não conseguia pegar no sono preocupado com Marina. Pensando se ela estaria bem, se estava segura.

Deitado na cama me vinha a história da tal maldição. Devia havia uma explicação científica para o caso dela, algo mais concreto, mais óbvio. Eu não devia tê-la assustado tanto. Talvez seja tolice toda essa mitologia.

Levantei-me e liguei o computador, talvez assim conseguiria cansar as vistas e atrair o sono.

Uma mensagem não lida na caixa de mensagens.

Era do e-mail da família.

Uma foto de Marina na faculdade que eu pedira a meu pai para repassar aos pais dela, mas o que ele queria me enviando aquela foto?

Entrei no MSN. Havia alguém conectado. Devia ser meia-noite, no Brasil.

– [Pai?]

– [Como vai, Arthur?]

– [O senhor me enviou a foto de Marina na faculdade. Por quê?]

– [Sim, eu queria lhe perguntar, quem são duas pessoas ao fundo?]

Em segundo plano na foto, próximos à entrada do refeitório, estavam o professor Magri e o Coordenador Spencer.

– [O senhor já os viu antes?]

– [Não o coordenador, mas o professor me é bem familiar] [Como disse que se chamava?]

– [Magri, Jean Magri] [Acho que é francês, pelo sotaque dele]

– [Sabe se ele fala português?]

– [Não sei]

– [Não pode ser ele]

– [Não pode ser quem?]

– [Álvaro] – aquele que tem acompanhado a série desde o início, sabe de quem se trata – [Hoje ele deve estar com a minha idade, sessenta e dois]

– [O professor Magri não parece ser tão velho]

– [Está insinuando que eu sou?…] [Sua mãe ainda fica de quatro por mim]

– [Pai!]

– [Enfim, era só pra saber]

– [Quem foi esse Álvaro?]

– [Ninguém, ninguém mesmo]

– [Eu não ia falar nada, mas… eu estou tendo problemas com esse professor de Marina]

– [Que tipo de problemas?]

– [Talvez eu esteja enciumado demais, mas acho que eles estão muito próximos]

Meu pai ficou alguns segundos sem responder. Eu não fazia idéia de quem seria esse Álvaro, apesar do nome não me ser estranho.

– [Tenha cuidado com ele] – foi a mensagem seguinte.

– [Você o conhecer?]

– [Não tenho certeza, mas seria impossível ser a mesma pessoa, de qualquer forma, não se afaste da sua namora em hipótese nenhuma] – Tarde demais – [Preciso descansar agora, mas mantenha contato]

Para saber quem é Jean Magri, eu precisaria saber quem foi Álvaro, e qual a ligação entre eles. Mas o que me importava agora era trazer Marina de volta pra casa. Arrumei-me rapidamente e me cobri com um casaco pesado. O frio que antes demorava a vir, agora congelava a cidade. Peguei as chaves do carro e ao sair do quarto apaguei após um soco certeiro.

Clarões apareciam na minha mente. Via-me saindo do quarto e aquela figura sinistra estava no corredor parado a minha frente. Roupas pretas, capuz de uma longa capa forrada em seu interior por um tecido de cor vermelho-sangue. Desferiu-me um golpe para me deixar desacordado.

Depois disso, um cheiro forte de iodo. Acordei dentro de um furgão em movimento. O homem sentado à minha frente segurava um algodão umedecido sob meu nariz. Vendo-me acordar, botou o mesmo na boca de uma garrafa e deixou num canto.

O sujeito vestia-se bem. Terno cinza com risca de giz, gravata preta em contraste com a camisa interna branca, sob um smoking cinza. Sapatos escuros de couro italiano e polainas (coisa do século XIX) brancas. Entretanto, aquele que dirigia, eu ainda não via o rosto.

O furgão estava em movimento, provavelmente seguíamos pela auto-estrada, pela suavidade com que o veículo seguia.

O cara tirou do bolso o envelope vermelho com o selo contendo as iniciais MM, o qual nem mesmo havia me lembrado de onde o colocara. Sem prévio aviso levei um sopapo.

– Idiota! – disse com voz autoritária – fique com isso e não perca – ele me estendeu o envelope e eu novamente estava com ele em mãos, mas desta vez dando maior importância ao que estaria lá dentro.

– Quem são vocês? Para onde estão me levando? Foram vocês que me mandaram isso aqui? – inesperadamente levei outra bofetada – Por que me bateu?

– Você pergunta demais.

Ele parecia ter quase setenta anos, ou um pouco menos. Tinha vivacidade para me esbofetear até se encher. Cara fechada, de poucos amigos. Meio calvo na parte de cima da cabeça. Usava ósculos com armação em aço e um Rolex no pulso esquerdo. Ele me encarava e eu o encarava de volta. Até que ele esboçou um sorriso. Garanto que foi medonho.

– Parece com seu pai – disse.

– Conhece meu pai?

– Fomos grandes amigos, mas depois que ele se mudou para São Paulo, pouco nos falávamos e… nos esquecemos um do outro.

– Quem é você?

– Estamos chegando. Ponha o envelope no bolso.

O veículo ainda andou mais alguns minutos em um terreno pedregoso antes de parar definitivamente.

Após abrir as portas de trás do furgão, nossos pés pisaram o chão de tijolos antigos, quase medievais, mas a densa vegetação em redor e escuridão da madrugada tirava qualquer possibilidade identificar o lugar, mas tinha certeza, não estávamos em Londres.

Apagados os faróis, ainda restava uma claridade. O veículo parara de frente a um caminho iluminado por lamparinas penduradas nas árvores que o ladeavam. Andamos por cerca de dez minutos. Todos em silêncio. O motorista do furgão nos seguia, também quieto, era o tal que me golpeou antes de sair de casa.

Chegamos a um casarão, do início do século XX. Logo no Hall de entrada, talhado no piso as iniciais MM. Seguimos um corredor que ficava sob duas escadas que levava para o andar de cima. Entramos numa sala um pouco escura, onde havia uma outra porta que conduzia a uma ante-sala mais escura.

– Cuidado com o degrau – avisaram-me.

Mesmo no escuro descemos cuidadosamente até não enxergarmos um palmo a frente do nariz. Senti quando chegamos num lugar plano. Seria mais uma sala.

– Sente-se.

– Sentar? Onde?

– Aqui – fui empurrado para uma poltrona que estava logo na minha frente, mas eu não a via – Frank, pode rodar.

Uma projeção apareceu na tela, como num cinema.

– Que é isso? filme pornô? – perguntei sendo sarcástico. Má idéia. Levei uma bofetada ainda mais forte.

– Preste a atenção.

Era um vídeo da câmera de vigilância de alguma loja, mais precisamente no depósito. E lá estava o professor Magri, não tinha dúvidas que era ele. Na mesa cena apareceu uma mulher, pele bronzeada, cabelos ondulados e negros, um belo corpo.

– Foram quatro lotes de chuteiras que chegaram ontem – dizia ela em português.

– Certo, então… por hoje terminamos – falou Magri.

– Posso ir então.

– Espera! – Ele se aproximou da mulher e acariciou seu rosto. Ela não lhe impediu – Fica mais um pouco.

– Eu… eu não posso. Eu…

Ela foi interrompida por um beijo molhado. Envolvida pela cintura, não pôde resistir aos encantos de Jean.

Ela a beijou por todo o rosto enquanto Magri tateava o corpo sensual daquela mulher. Acariciava com uma mão suas costas e com a outra, subia pelas suas pernas grossas e torneadas até por entre suas coxas provocando nela arrepios e arrancando-lhe gemidos.

Mostrando-se entregue completamente ela tira sua camisa e lhe abre a calça.

Jean a põe sentada sobre umas caixas de madeira e posiciona-se entre suas pernas, que abraçavam já sua cintura. Febril e dominada pelo tesão, ela agarra seu pênis e o massageia, aperta e curte seu “novo brinquedo”, esfregando entre seus lábios vaginais e suspirando profundamente.

Jean a beijava no pescoço e abria caminho entre o decote da camisa liberando seus seios fartos e apetitosos. Sem perda de tempo ele passou a chupá-los com volúpia e apertá-los com uma das mãos, pois a outra tinha a tarefa de alisar a coxa e as ancas daquela mulher, a qual ele chamava de Débora.

Beijava e mordiscava seus mamilos, lambia-os com sofreguidão. Vendo-a rendida a seu bel-prazer a penetrou com brutalidade arrancando dela um grito prazeroso e cheio de tesão. Em seguida começou a socar impiedosamente. Ela gemia, gritava, exprimia todo seu desejo em ser penetrada daquela forma.

– Droga, Débora! Como pode ser tão gostosa?!

– Ah, Deus!… Que delícia… Oooooh!… Isso… isso…

– Aaaaah!…

– Vai!… Vai fundo!… Não pára…

À medida que o tesão aumentava a socadas ficavam mais violentas e libidinosas. Débora o abraçava encravando suas unhas nas costas de Magri, sentindo-o abalar sua xana, maltratá-la como um “brinquedo de meter”, se é que isso existe (ou tem outro nome).

– Eu nunca pensei… Ah… trair meu marido…

– Mas você está… não é divertido?

– É perigoso… Oh… alguém… alguém nos ver.

– Isso torna divertido.

– Aaaaah!… AAAAAH!

– Geme! Geme pra mim.

– Hummm! Eu vou… gozar…

– Solta! Libere a vagabunda que há em você.

– Eu sou uma vadia!

– Minha vadia, minha putinha.

– Oooooh!… Aaaaah! AAAAAAAAAAH!… – uma explosão de orgasmo lhe sobreveio deixando-a trêmula e com corpo fraco.

Sem avisar, Jean encheu a boceta de Débora de esperma. Beijaram-se enquanto ainda estavam unidos. Respiração desacelerando e batimentos cardíacos ainda acelerados, mas ainda estava sob efeito da intensa carga de adrenalina.

– Eu te amo, Débora.

– Também amo você, Álvaro.

“ÁLVARO”, Álvaro, Álvaro foi o nome que ecoou em meus ouvidos.

Após a gravação o emblema com as iniciais MM apareceu na tela.

– Álvaro? Mas aquele era o…

– Jean Magri, Álvaro Costa, Richard Brown, Igor Stratovick. São a mesma pessoa. Na realidade seu nome verdadeiro é desconhecido, mas nós o chamamos A-21. A MM tem monitorado 36 homens em todo o mundo. Pensamos ter perdido o A-21, logo que ele saiu do Brasil. A dificuldade em seguí-los é justamente pela mudança de identidade. Você vai entender melhor quando conhecer a MM.

– O que é a MM? – perguntei antes de tudo.

– Não é o que, mas… quem.

Continua…

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Comentários

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Isso e coisa de filme! Parabéns Fábio!⭐⭐⭐💯

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