O pianista

Um conto erótico de youngdad
Categoria: Homossexual
Contém 16598 palavras
Data: 19/03/2010 23:18:48

O Pianista

O Vlado é pianista. Um puta pianista internacional, um gênio. Ele nasceu na Rússia, aprendeu piano lá (aprendeu não, ele sempre soube tal como Mozart que já nasceu sabendo). Depois veio para o Ocidente e fez o maior sucesso, como até hoje faz. Concerto dele quem não reservar lugar com muita antecedência não consegue ouvi-lo, tem que se contentar com as gravações que são muitas. Eu adoro duas coisas: amar e ser amado e de musica erudita (já sei que muitos vão dizer: eu sabia, esse cara é o maior viadão, mas eu não me importo, sou gay mesmo). Sempre gostei dos meninos, desde pequeno que eu sei disso, mas foi só com 13 para 14 anos que eu comecei a transar mesmo e depois que eu comecei não parei mais, até porque sempre fui muito bonitinho. Não sou afeminado, nem de longe e no começo era somente ativo, apesar de ter tomado na bunda algumas vezes e gostar de tudo em matéria de sexo. Conforme eu fui crescendo fui encontrando caras que gostaram de mim e eu deles. Tive namorados mais ou menos constantes, tive desilusões, fui magoado e eventualmente magoei as pessoas.

Conhecia o Vlado através de gravações e alguns DVD’s e era tarado por ele como pianista. Vivia procurando coisas dele na internet, sabia a biografia dele, através da qual fiquei sabendo de uma puta coincidência: fazíamos aniversário no mesmo dia, sendo eu mais velho dois anos do que ele.

Até que pintou a oportunidade de ouvi-lo e vê-lo pessoalmente. Era a estréia dele nos Estados Unidos, mais precisamente no Carnegie Hall em Nova York. Para mim ir a Nova York sempre foi relativamente fácil porque eu moro em Boston. Era só ter dinheiro ou conseguir que o meu avô me emprestasse uma grana que eu estava lá na “Big Apple”. Nessa época eu estava de “meio caso” com um diretor do Carnegie Hall, um cara bem mais velho do que eu, um judeu russo que mais do que amante me tratava como um filho. Assim quando eu falei que queria ver o Vlado ele me arranjou lugar (um ótimo lugar por sinal). E lá fui eu. Confesso que estava nervoso porque ia ver um cara que eu admirava pra caramba. Quando ele entrou no palco eu me deparei com um molequinho. Lindinho de cara e um corpo comprido e magro como uma vareta. Ele tinha 17 anos, mas parecia menos. Ele não estava a vontade, via-se claramente que ele estava muito envergonhado e nervoso o que me fez temer que o concerto ia ser uma merda. Mas não foi. Assim que ele se sentou no piano era como se ele tivesse se desligado do mundo. Ela ele e o instrumento. E como soava bonito o instrumento! Ele fazia coisas inacreditáveis, dava às peças uma visão muito dele, apesar de não sair um só momento da partitura. O sacana me levou às lágrimas várias vezes. Acabado o concerto o meu amigo me levou nos bastidores para cumprimentar o Vlado. Pausa para explicar que nessa época quando eu estava em Nova York naturalmente eu ficava na casa do Iuri (o tal russo), por esse motivo acabei indo jantar com eles depois do concerto. Eram o Vlado, os pais dele, a professora dele (uma russa que eu odeio, como professora e como pessoa), o empresário dele, o Iuri e eu. Fiquei sentado na mesa de frente para o Vlado. Todos eles falavam em russo e a mim restou ficar calado. Com isso pude ficar prestando atenção no Vlado. Assim vi que ele era lindo, muito mais do que tinha me parecido no palco. Tinha uma coisa que me chamou logo atenção, aliás várias coisas: primeiro que ele tinha uma barba cerrada, fininha, mas cerrada o que me levou a crer que ele apesar da pouca idade devia ser cabeludo pra caramba. Ele estava super envergonhado de modo que a maior parte do tempo ficava olhando para baixo. Pouco sorria, mas quando o fazia era a coisa mais bonita do mundo, parecia que o sol estava iluminando a cara dele. Depois que ele volta e meia ficava olhando para mim. Tudo bem, achei que isso era devido que naquela mesa de pessoas mais velhas era eu quem mais se aproximava da idade dele. Com isso, apesar da meia luz do restaurante eu vi que ele era moreno de pele muito clara, de cara que nunca tomava sol, cabelos encaracolados e castanhos nem claros nem escuros, e uns olhos difíceis de descrever mas belíssimos: eram castanhos muito claros, quase amarelos e que brilhavam. Nos poucos sorrisos que ele deu, eu vi que os dentes eram perfeitos, certinhos e pequenos. Outra coisa. Se ele tentava falar alguma coisa tanto o pai, quanto a mãe e a tal professora atalhavam ele. Ele aí calava a boca e abaixava a cabeça. Assim na hora em que escolheram os pratos a mãe dele, que dizia em russo o que ia comer e o Iuri traduzia para o garçom, determinou a comida do Vlado, sem perguntar nada para ele. Todos tomaram vodka e depois vinho, mas a mãe dele determinou que trouxessem suco de laranja para o Vlado. Como eu falei,, da conversa eu não participei, fiquei lá feito um babacão, sem abrir a boca. Na sobremesa eu vi que a mãe dele falou alguma coisa e o resultado foi que não trouxeram sobremesa para o Vlado e o café que todos tomaram foi substituído por água para o moleque. Finalmente acabou aquela merda de jantar. Fora do restaurante todos se cumprimentaram. Quando eu segurei na mão do Vlado eu senti uma coisa diferente: era uma mão grande (como a de quase todos os pianistas) com os dedos muito finos e compridos, muito forte, mas de uma delicadeza no toque que eu nunca tinha sentido nada igual. Era também quente. A outra coisa foi que eu senti um choque no saco quando ele me tocou. Deu um sorrisinho e disse alguma coisa em russo que eu imaginei que fosse um “muito prazer”. De qualquer forma tinha conseguido ouvir a voz dele, que era a voz de adolescente. Quando o Iuri e eu voltamos para casa fui comentando essas coisas no caminho, principalmente que os caras, principalmente a mãe, não deixavam ele falar nada, escolher nada. O Iuri explicou que era isso mesmo. O menino não tinha nenhuma privacidade, não largavam ele um minuto sequer. Contou até que nem no banheiro ele podia ficar sozinho: em casa tinha que ficar de porta entreaberta e se rolava de ir no banheiro no teatro o pai ia com ele e ficava assistindo ele mijar. Quando muito raramente ele interrompia os estudos para dar uma saída na rua, iam todos com ele e ficavam em volta dele. Se ele parava para ver alguma coisa, todos paravam juntos. Disse ainda que quem mais mandava nele era a professora, que determinava tudo na vida dele, as roupas, as comidas, tudo. Determinava os programas dos concertos dele. Tudo, tudo. Bem o papo ficou por aí. Demos a nossa trepadinha regulamentar e fomos dormir. Pausa para dizer que eu estava com o saco cheio do Iuri, não agüentava mais aquele velho (que nem era tão velho assim porque ele tinha 45 anos, que, de qualquer forma, era muito em relação aos meus 19). Só segurava o tranco porque via ele muito pouco e quando estava em Boston transava com jovens como eu (e transava muito, modéstia a parte).

Passaram-se seis meses, com o Vlado dando concertos por todos os Estados Unidos e o Japão. Até que em novembro (eu tinha acabado de fazer 20 anos e o Vlado, consequentemente, 18 anos) ele veio tocar em Boston. No dia do nosso aniversário eu mandei um mail desejando felicidades que foi respondido por uma secretária qualquer. Claro que eu tinha feito reserva para mim com a antecedência devida. O lugar que eu arranjei não era tão bom quanto o outro mas dava para ver a carinha dele enquanto ele tocava. Confesso que fiquei muito mais ligado nele do que na musica que ele estava tocando, o que é raro de acontecer comigo. Quando acabou eu fui nos bastidores. Quando chegou a minha vez eu estendi o meu programa para ele autografar. Ele escreveu o nome dele e quando levantou a cabeça para me devolver o programa ele parou aqueles olhos lindos e ficou olhando paradão na minha cara. Eu imediatamente falei: “Nós jantamos juntos em Nova York”. Ele ficou parado, sem entender porra nenhuma porque eu falei normal. Eu aí me manquei e mandei novamente, falando devagar, palavra por palavra. Aí um sorriso iluminou a cara dele e ele mandou num inglês horrível: “Eu lembrar muito, o seu de chama Harry” (I to remember to much, your of calling Harry). Foi foda de entender mas eu saquei. Respondi um “sim” básico e ia me largando, mas ele falou até meio alto: “Esperar!” (To wait) E virando para um cara que estava do lado dele disse alguma coisa em russo que o cara traduziu: “Ele disse que quer falar mais com voce.” Eu mandei de volta que ia ser difícil porque ele ia embora e eu nem sabia quando ele ia voltar e que eu tinha visto que a gente dele não deixava ele sozinho, mas que seria um sonho poder falar com ele. O cara traduziu e ele mandou outra frase em russo: “Diga que dentro de um ano eu vou tocar nos Estados Unidos e que eu prometo que vou estar falando inglês para ele me entender direito e diz também que ele venha nos bastidores que a gente se fala. Pergunta se ele toca piano.” Eu respondi: “Toco muito mal mas conheço musica porque estudei muito a vida toda.” Ele estendeu a mão para mim e eu senti de novo aquela mão maravilhosa que foi acompanhada, como da outra vez , de um choque no saco. Me larguei e fui me encontrar com o Stephen, um estudante de Harvard com quem eu estava de caso naquele momento (o Stephen depois deixou de foder comigo mas somos amigos até hoje), mas confesso que naquela noite eu fiquei pensando que estava fodendo com o Vlado, no qual eu imaginava um corpo cabeludo e um pau minúsculo e, sem nenhum esforço, imaginei que a mão delicada e quente dele estava me punhetando. O Stephen notou que eu estava diferente e falou: “Harry, voce fodeu pensando no concerto o tempo todo, nem sei como o seu pau subiu.” Eu comecei a rir e respondi: “Subiu porque eu não estava pensando no concerto, mas no concertista.” O Stephen não acreditou e rindo pra cacete disse que eu era maluco.

Passou-se o ano. No aniversário do Vlado eu mandei outro mail desejando feliz aniversário que foi respondido, como da outra vez, por alguma secretária. Quando ele começou os concertos dele eu só consegui, com muito custo, reservar um lugar na Filadélfia, o que me valeu fazer a viagem de trem. O lugar que eu consegui era uma merda porque eu não podia ver a cara dele enquanto ele tocava. Vi apenas que ele, de longe, continuava altinho, magrinho e com cara de moleque como antes, apesar de já ter feito 19 anos. Assim eu pude prestar atenção na musica que estava mais divina do que já era. Quando acabou eu fui nos bastidores. Gente pra cacete, uma confusão danada. Quando finalmente chegou na minha vez eu entreguei o programa para ele assinar e mandei um “Hey, Mr. Pianist” Ele levantou a cara, me reconheceu e abriu o sorriso. Mas não fez só isso. Levantou-se e colocou a mão no meu ombro: “Harry, voce veio! Esperei voce no concerto em Nova York e voce não apareceu, em Chicago também, em Los Angeles e São Francisco eu sabia que voce não ia porque é longe.” Eu expliquei que não tinha conseguido lugar, só na Filadélfia. Ele imediatamente mandou: “Fala devagar para eu entender.” Como ele tinha prometido ele estava falando inglês. Falando direitinho, com as palavras certas, os tempos de verbos certos, só que pronunciava as palavras como os caras da Inglaterra pronunciam e bem devagar, com uma pausa entre uma palavra e outra, como se estivesse escolhendo as palavras. Aí, de repente falou: “Fica esperando eu acabar isso aqui que depois a gente vai jantar.” Eu imediatamente mandei: “Com o seu pai, a sua mãe, a sua professora e um monte de gente.” Ele riu: “Não. Só nós dois. Todo o mundo já foi para Washington onde eu vou tocar depois de amanhã. Aqui só está o Andrei que toma conta de mim.” De fato o cara (por sinal um russão de trinta metros de altura e outros tantos de largura) que imediatamente me reconheceu e mandou um “boa noite” todo sorridente. Eu respondi que tudo bem e fiquei esperando ele acabar. Depois que todos tinham ido embora ele deu uma passadinha no camarim para trocar de roupa e voltou rapidinho. Aí perguntou onde a gente ia jantar eu respondi que ele que escolhesse. Ele respondeu que estava com vontade de comer pizza, coisa que não deixavam ele fazer porque tem muito queijo e os caras acham que queijo faz mal. Eu disse que tudo bem e fui me virar para arranjar um pizzaria porque de Filadélfia eu não conheço nada, salvo os lugares históricos. Mas consegui e fomos. Era uma pizzaria bem italiana e a pizza era gostosa. A musica era de um trio com um cara cantando troço italiano. Ele prestou um pouco atenção mas logo se desligou troço. Nos sentamos e antes de escolher ele falou: “Harry, pede vodka para mim.” Eu estranhei e mandei: “Vodka? Com pizza?” Ele riu: “Eu sei que se come pizza com Coca Cola ou com vinho, mas eu não gosto de Coca Cola e vinho faz eu...” Deu uma paradinha porque tinha esquecido da palavra, mas continuou: “...faz eu. Dor de barriga.” Eu saquei e disse: “ Se cagar.” (shitting). Ele riu: “Isso. Fico cagando mole a noite inteira.” Eu ri também. Ele falou então que só ia tomar uma dose de vodka e depois pedia suco de laranja. Eu aí dei a idéia que ele pedisse os dois juntos e misturasse que era um troço muito gostoso e ele ia poder ficar bebendo muito mais tempo, e expliquei eu sempre fazia isso. Ficamos um pouco sem assunto, até por causa do esporro que a molecada (quase tudo estudante) fazia em volta. Numa hora eu perguntei: “Vladimir (esse era o nome dele)...” Ele interrompeu: “Me chama de Vlado que é o meu nome em criança que hoje é o nome que me chamam aqueles de quem eu gosto.” E eu: “OK. Vlado então. Voce não gostaria de continuar conversando num lugar mais calmo?” E ele fez que sim com a cabeça mas completou: “Em que lugar?” Eu respondi: “Sei lá, andando na rua, por exemplo. Está frio mas voce é russo e frio não é problema para voce.” Ele respondeu: “Frio é frio igual em qualquer lugar. Mas que tal na sua casa?” Eu respondi: “Eu não moro aqui, eu vivo em Boston com os meus pais e o meu irmãozinho.” Ele, imediatamente: “É mesmo, tinha esquecido, tinha lido isso nos seus mails.” E eu, abismado: “Voce leu os meus mails?” E ele: “Ler eu não li porque não ia entender nada, pedi para a minha secretária ler e traduzir, assim como pedi a ela que respondesse e ditei a resposta.” Olhem, meus amigos, se felicidade explodisse eu tinha explodido na hora. Ele, no meio do monte de mails que devia receber, tinha prestado atenção aos meus. Perguntei para ele: “Como voce soube que era um mail meu?” Ele olhou na minha cara, com aqueles olhos quase de ouro que ele tinha e falou, baixinho, super envergonhado: “Deus só me mandou um Harry na minha vida toda.” Superei como pude aquele novo perigo de explosão de felicidade e mandei: “Que tal no seu hotel?” E ele: “No meu hotel não dá porque é uma suíte com dois quartos e eu fico num e o Andrei no outro e eu queria ficar sozinho conversando. Além disso todo o mundo me conhece lá e pode até ter repórter ou fotógrafo. Que tal o seu? Voce está num hotel, não está?” Eu respondi: “ Estou, mas eu fico envergonhado porque é um hotel super simples.” E ele: “Mais simples do que o lugar onde eu morava em Moscou não pode ser.” Eu mandei um “então vamos”. Aí foi engraçado porque o Vlado desandou a comer rápido e terminou a pizza rapidinho. Esqueceu até de tomar até o fim a vodka com laranja que ele tinha declarado que era o troço mais gostoso que ele tinha experimentado na vida dele toda. Eu paguei a conta e fomos direto para o hotel. Era um quarto minúsculo que tinha a cama, uma poltroninha e só. Entramos e a primeira coisa que ele fez foi perguntar se podia ir no banheiro porque ele precisava... Aí esqueceu a palavra, mas mandou rapidinho dizendo que não era shitting. Eu ri. Eu também estava com vontade de mijar, mas não fui no banheiro com ele e fiquei sentado na beira da cama esperando ele voltar e deixando o sofazinho para ele. Achei esquisito, apenas, que ele mijou com a porta do banheiro quase aberta, logo ele que era todo envergonhado. Mas deixei passar. Ele voltou, ficou parado em pé, respirou fundo e disse: “O cheiro dos Estados Unidos é completamente diferente do dos outros lugares, e é igual em todas as cidades.” Eu aí falei: “Vlado, vou te ensinar uma coisa. Nós americanos nunca chamamos os Estados Unidos assim, nós chamamos de America. Voce agora tem um amigo americano, então chama o país dele como ele chama, e esse vai ser o nosso primeiro compromisso. Ele não entendeu muito bem porque eu tinha esquecido e tinha falado rápido e com gíria, mas sacou no geral e disse rindo: “Então America para sempre.” Sentou-se na poltroninha e ficou olhando para mim. O assunto não vinha na minha cabeça e pelo jeito nem na dele. Numa hora ele mandou: “Fala de voce, da sua vida aqui nos... quero dizer, na America.” Eu respondi falado bem devagar e prestando atenção para não falar gíria: “Minha vida é uma vida comum. Vivo com os meus pais e com meu irmão, um garoto engraçadíssimo, super esperto e que não consegue parar quieto. Estudo e isso é tudo.” E ele: “O que é que voce estuda?” Eu respondi: “Eu estudo musica, a parte teórica somente. Em Boston tem excelentes escolas de musica.” Ele, todo animadinho: “Voce estuda musica? Toca algum instrumento?” Eu respondi: “Não toco nada, sei dedilhar no piano o suficiente para os estudos. Não tenho nenhum talento.” Ele não comentou nada, deixou passar, e perguntou: “Voce tem amigos?” Eu respondi: “Tenho muitos amigos, uns até bem íntimos.” Ele respondeu: “Eu nunca tive amigos, muito menos íntimos. Sabe de uma coisa? Voce é a primeira pessoa de mais ou menos a minha idade com quem eu converso sozinho.” Eu então perguntei: “Mas na escola onde voce estudou voce não tinha colegas?” Ele respondeu: “Nenhum colega. Eu comecei a tocar piano muito cedo e aí falaram que eu era muito talentoso para a minha idade. Aí eu fiz concurso para uma escola muito importante...”Eu interrompi: “Eu sei. Voce entrou para a Gneset com oito anos.” E ele, besta: “Como é que voce sabe disso?” Eu respondi, olhando nos olhos dele: “Eu sei tudo sobre voce. Tudo o que escreveram sobre voce eu li, inclusive nas revistas alemãs, o que, aliás, me deu um trabalho danado para entender porque além de inglês e um pouco de português eu não falo nenhuma outra língua.” E ele: “Português? Por que voce fala português?” Eu respondi: “Porque o meu pai é brasileiro, aliás eu também nasci no Brasil, mas vim ainda bebê para cá.” Ele deixou passar. Era engraçado porque se ele perguntava alguma coisa e eu respondia ele ficava satisfeito com a resposta e ia adiante. Eu aí falei: “Mas na Gneset voce não tinha colegas? Eu sei que voce não fez um curso normal, a Kantor, sua professora, conseguiu que ela fosse a sua única professora, mas eu pensei que depois das aulas voce ficasse conversando e brincando com os outros meninos que estudavam lá.” Ele respondeu friamente: “Não. Eu era separado de todo o mundo. O meu dia era ter aulas de manhã, depois, no meio da tarde, quando eu fiquei mais grande, ficava ensaiando repertório e depois do fim da tarde até o anoitecer eu ficava treinando o que eu tinha aprendido de manhã porque onde eu morava não podia ter piano porque incomodava os vizinhos. Quando tudo acabava eu ia para casa, sempre acompanhado de um funcionário. Aí eu escutava umas gravações dos pianistas famosos e depois ia dormir.” O coitado levou um tempo enorme para falar tudo isso naquele jeito dele de falar super devagar pensando entre uma palavra e outra. Ficamos conversando coisas nessa linha. Ele ficou bobo quando eu falei que fazia esporte. Ele não sabia que moleque aprendia esporte, pensava que os esportistas já nasciam prontos. Tudo bem, fazia sentido porque se ele já nasceu um pianista pronto, nada demais os outros fazerem o mesmo. Eu estava besta com as coisas que ele falava, e, mais do que tudo, eu estava desenvolvendo um carinho pelo Vlado que nem dá para descrever. A coisa que eu mais queria naquele momento era voar nele, abraçar, apertar, fazer carinho nele e sei lá mais o que. Mas não fiz nada, me segurei porque saquei que ele era um cara frágil, psicologicamente frágil. Extremamente intelectualizado é verdade, mas inexperiente num nível que eu jamais imaginei que alguém pudesse ser. Ele era como uma taça de cristal super frágil que qualquer coisa que se fizesse ia se partir. Numa hora ele se levantou e falou: “Harry, eu tenho de ir embora. O meu avião amanhã sai às seis da manhã porque eu tenho de chegar cedo em Washington para dar tempo de repassar o concerto de sexta feita.” Eu falei: “Vou te levar no teu hotel.” Ele falou: “Não precisa, apenas me leva lá embaixo, para um taxi para mim e diz para o motorista onde é o meu hotel.” Eu insisti que não custava nada eu ir até o hotel com ele, mas ele não aceitou. Descemos. Na porta do hotel ele parou e falou para mim: “Harry, de janeiro até o fim de março eu não vou dar concerto. Vou ficar estudando preparando o CD que vai ser lançado no ano que vem. Vão ter umas gravações que vão ser feitas na Alemanha, mas eu vou lá e volto imediatamente, o resto eu vou gravar em Nova Iorque, então eu vou ficar morando em Nova Iorque o tempo todo, até já aluguei um apartamento para nós.” E eu: “Nós quem?” E ele: “Claro que o meu pai, a minha mãe e a Kantor que depois que eu comecei a dar concerto fora da Rússia mora conosco. Eu queria encontrar voce em Nova Iorque para a gente ficar um tempo junto conversando. Voce acha que dá?” Eu confirmei: “Sempre que eu puder. E mesmo não podendo eu dou um jeito.” Ele então fez uma coisa que me pegou de surpresa: se aproximou de mim, me abraçou forte e deu um beijo em cada uma das minhas bochechas. Eu senti o corpo dele no meu corpo. Senti como ele era magro, senti o cheiro dele, senti a barba dele no meu rosto. O meu pau inchou na hora, mas eu disfarcei e ele não notou. Aí nos separamos e eu dei um papel para ele onde eu tinha escrito o meu telefone de casa e o numero do meu celular e disse: “Liga quando te der vontade que eu vou te encontrar.” E ele, de um jeito meio moleque, absolutamente convencido de que estava falando o melhor inglês do mundo mandou: “See you.” E entrou no taxi.

O tempo que passou até eu receber o primeiro telefonema dele custou a passar. Eu, puta velha, saquei que estava com um enorme tesão nele, apesar de não ter visto o corpo dele. Não esquecia dele sentado na poltroninha, não esquecia de que eu tinha tentado olhar para os culhões dele mas que não tinha visto nada porque apesar dele sentar com as pernas separadas as calças dele eram super largas. E não esquecia do abraço, daquele corpo fino parecendo um junco, encostado no meu. Fantasiei tudo o que podia a respeito do Vlado. Naquela noite mesmo, quando subi para o meu quarto mandei um punhetão pensando nele. O primeiro de uma longa série. Gozei feito um doido. De madrugada acordei de pau duro e mandei outra punheta pensando no Vlado. De novembro até do dia 15 de janeiro que foi o dia em que ele me telefonou eu senti muita falta do meu pianista. Claro que não deixei de transar. Transei com vários caras, até uma foda extra com o Stephen que chupou muito o meu pau e agüentou com a maior galhardia e gosto o meu caralho na bunda dele (o dele no meu foi com galhardia mas sem muito gosto, até porque o Stephen tem o mau hábito de ter um pau grossão de 20 cm, que o meu cu sempre recusou a se acostumar e doía sempre). Mas uma coisa mudou. Eu vi que não sentia somente tesão no Vlado, eu tinha um carinho infinito nele, carinho esse que se transformou em amor. Um amor que eu nunca tinha sentido antes. Claro que eu no fundo achava que eu estava fantasiando o troço, que o que eu tinha era mesmo tesão no moleque ao qual se somava a enorme admiração que eu tinha pelo pianista. Vivia ouvindo as gravações dele, a mais nova sendo aquela do concerto que eu havia assistido em Nova Iorque. Assim no dia 15 de janeiro tocou o meu celular. Atendi e ouvi aquela voz de garoto falando devagar e com sotaque britânico: “Ola, Harry, tudo certo com voce?” E eu: “Vlado!” Não consegui continuar de emoção. Ele esperou um pouco mas como eu não dizia nada ele mandou: “Voce pode vir aqui no dia 20 que é um sábado?” E eu: “Cla-claro que posso. Vou estar aí no dia 19 de tarde. Me telefona mais tarde que eu digo a que horas eu vou chegar e qual o hotel em que eu vou ficar.” Ele disse um “está bem” e desligou o telefone. No fim da tarde ele voltou a telefonar e eu falei pra ele que ia chegar de trem às cinco da tarde e dei o nome e o endereço do hotel. Ele respondeu: “Na sexta de tarde eu ainda vou estar no estúdio gravando, mas a gente poderia ir jantar.” E eu dando um risinho: “Sozinhos ou em família?” Ele na maior seriedade: “Sozinhos. Eu estou tirando umas férias de família. Imagina que outro dia eu até fui ao cinema sozinho. Dei um jeito na minha vida, ainda não está como eu quero, mas vai ficar.” Ele deu uma risadinha (eu imaginei aquele sorriso lindo) e completou: “Às oito eu te apanho no seu hotel. Acho o endereço dele num instante, estou conhecendo essa cidade direitinho. Estou um verdadeiro novaiorquino.” E desligou o telefone. No dia 19 quando eu cheguei fazia um frio de rachar.

Às oito em ponto eu estava no saguão do hotel, se é que a gente podia chamar aquela merda de saguão. O Vlado chegou minutos depois. Naquele frio foda ele estava dando de russo: agasalhado até a alma, dentro de um casacão grosso pra cacete, com um cachecol enrolado no pescoço e um gorro que só deixavam de fora os olhos quase dourados dele. Como na nossa despedida na Filadélfia ele me abraçou e me deu os dois beijinhos nas bochechas. Levei ele num restaurante que eu ia sempre quando ia assistir ópera no Lincoln Center. Serviam ali, entre outras coisas gostosas, uma sopa de cebola do caralho. Assim que chegamos ele imediatamente pediu vodka com laranja explicando: “Estava doido para tomar isso.” Eu perguntei: “E por que voce não comprou uma garrafa de vodka e um suco de laranja e tomou em casa?” Ele explicou: “Porque eu pus na cabeça que essa é a nossa bebida e que só ia tomar ela quando estivesse junto de voce.” Se voces não estão pensando que eu me derreti todo quando ouvi isso estão plenamente enganados porque eu quase que escorrego pelo chão de tão derretido. Bem, pulando muita coisa porque a nossa conversa foi sobre musica, sobre as peças que ele estava gravando e um monte de outras coisas nessa linha. No restaurante tínhamos tirado os nossos agasalhos, o que me permitiu ver o corpinho magro do Vlado, o que não combinava com a quantidade enorme de comida que ele botou para dentro. Comeu sobremesa pra cacete, mandou até um sorvete apesar do frio, e acabou com um café. Quando acabamos ele explicou que no dia seguinte a gente ia numa cidadezinha em Connecticut que ele tinha ido com a turma dele num fim de semana e que ele tinha achado linda, assim como o hotel. Eu concordei e perguntei se ele queria que eu deixasse ele em casa. A resposta me surpreendeu: “Que casa coisa nenhuma, a gente ainda não conversou o bastante.” Eu perguntei: “E onde voce quer ir?” Ele nem pestanejou: “Para o seu hotel.” Eu imediatamente mandei: “Vlado, o meu hotel é uma merda, estou nele porque é baratinho. O quarto até fede a mofo. Ele deu uma gargalhada: “Estou acostumado, na minha casa em Moscou fedia a mofo o inverno inteiro.” Eu achei o Vlado um pouco diferente, mais solto do que das outras vezes. Mas se ele queria tudo bem., íamos para lá. Chegamos e fomos subindo para o quarto. Ele entrou, deu uma respirada funda e comentou: “Até o mofo cheira diferente na America.” O quarto era pequeno mas alem da cama tinha um sofá de dois lugares e uma escrivaninha. Ele tirou aquele monte de roupa e sentou-se no sofá. Foi logo perguntando: “Voce não está me achando diferente?” Eu disse: “Estou, mas não sei quanto diferente voce está. O que é que aconteceu com voce?” Ele, super sério, respondeu: “Resolvi que estou com 19 anos e que aquela dos caras (falou assim mesmo “caras”) ficarem me controlando feito criancinha tinha acabado. Assim chamei todos eles e disse isso. E completei dizendo que ou tinha liberdade de fazer o que eu queria, ir para onde eu quisesse, quando eu quisesse, ou parava de tocar piano. Teve muito barulho, muita briga, principalmente da parte da Kantor, a minha professora, mas eu fiquei insistindo no meu argumento de que parava de tocar porque já tinha ganho dinheiro o bastante para me sustentar por muito tempo. Eu tinha, mas eles não tinham porque viviam as minhas custas, então o meu argumento acabou prevalecendo. Só exigiram que essa nova fase não prejudicasse o meu piano e que eu me comprometesse a respeitar os meus contratos. Claro que eu aceitei, até porque adoro tocar e me apresentar nos concertos. Assim aqui estou eu: um homem de 19 anos, livre e desimpedido, pronto para fazer o que eu quiser. E entre as coisas que eu quero é estar como a gente está agora, juntos porque voce é o meu único amigo. Como é que se diz em inglês “ponto final” que eu esqueci a palavra?” Eu ri e falei: “Period”. E ele: “Isso, period”. Eu parei e fiquei olhando para ele. Vi que ele estava feliz, mas ao mesmo tempo sabia que o Vlado era o cara mais despreparado do mundo, não sabia nada da vida. E disse isso para ele. O moleque concordou mas falou, me olhando dentro do olho: “Voce vai me ensinar.” Eu retruquei: “Não é assim tão simples. Voce vai acabar se ferindo.” E ele, demonstrando uma certeza que não era coisa de momento, ao contrário, que ele já tinha pensando muito a respeito: “Eu sei que voce não vai deixar nunca que eu seja ferido.” Nessa hora eu tive uma puta de uma crise de carinho pelo Vlado, tanto que me levantei da cama e me sentei do lado dele no sofá, passando o braço por detrás dele, apoiando na almofada do sofá. Ele não reagiu por algum momento mas depois inclinou o corpo na minha direção e encostou a cabeça no meu peito. Eu aí perguntei: “Por que voce fez isso?” Ele respondeu baixinho: “Porque estou com vontade de fazer isso desde que a gente ficou conversando em Filadelfia. Eu não sabia é se voce ia deixar e estou vendo que voce está deixando.” Inclinei a cabeça e fiquei cheirando o cabelo dele que tinha um cheiro delicioso, de sabonete ou xampu caro. A partir daquele momento eu não saberia contar as coisas que eu falei e porque falei tais coisas. Aí perguntei: “Vlado, como é o seu sexo?” Ele se enrolou com a pergunta e respondeu sério: “Masculino, claro.” Eu ri e mandei: “Não perguntei qual o seu sexo que eu sei que é masculino, perguntei como é o seu sexo. Se voce já transou com alguma menina, se voce sente vontade de transar.” Ele respondeu novamente super sério: “Eu nunca transei, mas eu sei o que é transar. Mas vontade de transar eu nunca tive. Mas de vez em quando eu fico ansioso, sentindo falta de alguma coisa. Nessas horas eu resolvo o caso indo para o piano, coisa que me acalma porque eu me distraio e depois a coisa passa.” Eu aí peguei na cabeça dele e afastei ela do meu corpo. Olhando ele nos olhos perguntei: “Quando voce sente essa ânsia voce não bate punheta?” Uma pausa para explicar que eu usei gíria e ele não entendeu e perguntou de uma forma que eu pensei que ele tivesse se ofendido, mas ele logo corrigiu: “O que é isso?” Eu saquei o meu erro e disse direito: “Se masturbou.” Ele riu um risinho triste: “Não porque quando eu era um molequinho o meu pai me disse que fazer isso é uma coisa horrível, um pecado que Deus não perdoa. Mas eu sei como se faz, sei até que num momento sai uma gosma do pau da gente, aliás essa gosma já saiu do meu pau quando eu estava dormindo. Até mostrei para o meu pai quando eu acordei e o lençol da minha cama estava melado da gosma. Ele então disse que a gosma se chamava esperma e que não tinha importância e não era pecado quando isso acontece com a gente dormindo. Mas agora eu sei de mais coisas, mas nunca tive coragem de me masturbar.” Eu fiquei quase sem assunto. Parecia que eu estava conversando com um menino e não com um garotão de 19 anos, e um gênio, acima de tudo. Naquele momento, naquela conversa surrealista, eu tive certeza que tinha de fazer alguma coisa, e vi que aquilo era igualzinho ao começo do sexo quando a gente é garotinho: o tesão, a duvida do que a gente quer, a vontade. Apesar da idade a coisa era como se ele tivesse onze anos. Assim não pensei duas vezes. Primeiro pus a mão nos culhões do Vlado e apertei. Ele não reagiu. Eu aí ousei mais, desabotoei a braguilha dele. Ele parado estava, parado ficou. Meti a mão dentro e catei o pau dele. Ele quieto. Abri a frente da cueca do Vlado e puxei o pau dele para fora. Aí quem levou um susto fui eu. O pau dele não estava duro, longe disso, mas estava levemente inchado. Sem a pele da frente porque ele era judeu, mas o pau, mesmo mole, era enorme. Muito maior do que o meu. Grossão, mas lindo, lisinho, sem uma veia sequer. A cabeça era vermelha. Ele continuava quieto. Comecei a punhetar o Vlado, delicadamente para não machucar a cabeça toda exposta. O pau dele foi crescendo na minha mão. Aí perguntei: “Vlado, voce quer?” Ele respondeu: “Eu não sei o que eu quero, mas continua fazendo isso que está bom.” Eu sentia o corpo dele tremendo, como se estivesse com frio. Continuei. Nesse momento o pau dele já estava durão. Larguei o pau dele que ficou apontando para cima e cuspi na minha mão para lubrificar. Comecei um vai e vem.. Aumentei a freqüência do vai e vem e ele deu um suspiro, quase um soluço. Eu vi que aquilo era o que ele queria naquele momento. Continuei a punhetá-lo. Não demorou muito e ele deu um grito e um grosso jato de porra saiu do pau dele, e outro, outro e mais outro. Uma porra muito branca e grossa. Eu senti que o corpo dele tinha afrouxado. Olhei para ele. Ele estava super pálido e eu saquei que ele tinha desmaiado. Com a minha mão limpa fiquei dando uns tapinhas no rosto dele dizendo: “Acorda, Vlado, acorda.” Ele nada. Aí larguei o pau dele e me levantei e fui em direção ao banheiro para trazer uma toalha molhada. No caminho não resisti e lambi a minha mão melada da porra dele. Que gosto delicioso. Já tinha bebido muita porra, mas a do Vlado foi a porra mais gostosa que eu já tinha provado. Voltei do banheiro e fiquei passando a toalha molhada na cara dele. Ele devagarinho foi abrindo os olhos. Eu fiquei repetindo: “Acorda, Vlado, acorda.” Ele acordou e sorriu. Era um sorriso de felicidade, de satisfação da descoberta. Ele ai falou baixinho, bem como moleque: “Deixa eu ver o seu.” Eu já estava de pau duro, antevendo a sacanagem. Abri a calça e, com dificuldade, pus o pau pra fora que saiu apontando para cima. Nessa hora o Vlado, com uma cara que era meio susto e meio curiosidade mandou:”O que é isso?” E eu, “Isso o que?” E ele: “Esse troço que voce tem na frente.” Demorei um pouco a sacar, mas logo vi que ele estava se referindo à minha pele que é compridona, não mostrando a cabeça da pica. E ele: “O seu pau é diferente do meu!” Eu ri: “Não é diferente, apenas não cortaram a pele da frente como fizeram com o seu quando voce nasceu.” Ele não entendeu: “Porque cortaram a minha e não cortaram a sua?” Eu respondi: “Por que voce é judeu e todos os judeus cortam a pele da piquinha dos filhos.” Ele parou um pouco, meio que pensando. Depois falou: “Então cortaram a do meu pai também porque o pau dele é igual ao meu.” Eu ri: “Ele tem também o pau grande como o seu?” E ele: “Eu não lembro porque quando eu vi ele mudando de roupa eu era muito pequeno, mas eu achei que o pau dele era muito comprido e tinha muito cabelo em volta, como eu tenho agora. Quer ver os meus cabelos?” Eu resolvi mudar o rumo da conversa porque o meu pau estava dando sinais de querer amolecer. Então mandei: “Voce quer segurar nele? Pega nele, vai.” Ele nem respondeu e envolveu minha pica com a mão. Deus do Céu! Aquela mão dele, grande, forte, quente, lisinha e delicada que tinha me impressionado quando nos despedimos depois do jantar depois do concerto dele. Eu aí dei de moleque: “Vou fazer uma coisa que vai deixar o meu pau igual ao seu, quer ver?” Ele disse: “Faz para eu ver.” Eu então puxei a pele para trás e descobri a cabeça toda. Ele quase deu um grito: “Ficou igual!” E logo emendou: “Harry, o seu pau está com gosma!” Eu ri porque a “gosma” era a melação que já estava saindo. Falei para ele: “Isso não é porra ainda, é um liquido que sai antes, repara que ele não é branquinho e a porra é, como voce pode ver no seu pau que ainda está todo melado. Voce quer ver sair porra do meu?” Ele fez que sim com a cabeça, ainda segurando a minha pica. Então eu falei: “Então aperta ele com força e fica puxando a pele para frente e para trás.” Ele fez, desajeitadamente mas fez. Aí parou: “Voce vai desmaiar quando a gosma começar a sair como aconteceu comigo?” Eu ri: “Não vou desmaiar não. Depois que eu gozar eu explico tudo para voce. Continua fazendo isso.” Ele continuou. Eu vi então que daquele jeito eu não ia gozar nunca e disse: “Deixa que eu faço, fica segurando as minhas bolas apertando elas de leve, bem delicado.” E comecei a me punhetar rapidinho, passando a mão na melação para lubrificar. Demorei a gozar como sempre. O Vlado estava com o olho pregado no meu pau. Ele dizia a toda a hora: “Ainda não saiu nada!” Até que eu comecei a gozar. A porra escorria na minha mão porque eu não gozo de jato. E ele: “Harry! Começou a sair! Ta saindo muita gosma!” Eu não prestei muito atenção porque eu estava envolvido no meu gozo. Aliás uma merda de gozo. Quando eu acabei falei para ele: “Passa o dedo na porra que voce vai ver que ela escorrega que nem xampu.” Ele fez mas não deu muita bola para o troço e emendou: “Voce quer ver os meus cabelos?” Eu, rindo por dentro, disse que sim. Ele abriu mais a calça e afastou a cueca. Ele tinha uma pentelhada de respeito, marrom escuro, quase preta. Ele aí falou: “Quero ver os seus!” Eu fiz o mesmo que ele e o Vlado aproximou a cabeça para ver melhor: “O seu é igual ao meu, ta vendo?” Eu ri. Aí parei e olhando fixo para ele perguntei: “Voce gostou do que a gente fez?” Ele parou, ficou escolhendo as palavras e disse: “Quando voce fez em mim eu gostei. Estava sentindo uma coisa boa e que foi ficando cada vez melhor. Aí de repente eu senti como querendo aspirar o ar e como se eu fosse cair para frente. Aí tudo apagou e eu só vi quando voce estava passando a toalha na minha cara mandando eu acordar. Foi bom sim, mas quando voce fez em voce eu não senti nada.” Eu então perguntei: “Voce quer fazer outras vezes?” Ele aí me olhou sério: “Hoje eu não quero porque o que a gente fez é pecado e eu tenho que resolver isso na minha cabeça.” Eu aí, também falando sério mandei: “Não é pecado não. O que a gente fez trazer prazer e o prazer nos foi dado por Deus, é uma coisa da nossa natureza. Igual como a gente se sente quando caga se estamos com vontade de cagar, como mijar quando a gente esta apertado para ir ao banheiro...” Ele aí interrompeu: “Nos meus concertos, antes de entrar no palco eu sempre sinto vontade de mijar. E se eu não vou ao banheiro toco mal.” Eu aí resolvi que tinha de dar um fim naquele papo, mas prometi a ele: “Vlado, quis a vida que voce chegasse na idade em que voce está não sabendo coisas que todos sabem, desde molequinhos. Coisas que sozinhos ou acompanhados a gente vai descobrindo pouco a pouco enquanto vamos crescendo. Então eu proponho de ir ensinando tudo para voce. Desde que voce queira, claro.” Ele respondeu, sem hesitação: “Quero muito, quero saber tudo. Estou me sentindo um idiota.” Eu respondi: “Então eu vou te ensinar, voce vai saber de tudo e aí voce vai poder escolher aquilo que for melhor para voce. Agora vamos nos limpar.” Peguei a tolha molhada que estava no chão e comecei a limpar o pau dele. O pau só não, tive de limpar as calças dele que estavam todas meladas. Segurei na pica dele que naquele momento estava mole e pus ela para dentro das calças que eu abotoei. Depois fiz o mesmo comigo. Quando acabei disse para ele: “Amanhã a gente vai viajar e vamos ficar dois dias juntos, então a gente vai poder conversar bastante.” Ele então perguntou: “Voce sabe dirigir e tem licença para dirigir automóvel?” Eu disse que sim, sem saber direito onde ele queria chegar. Ele explicou: “Eu dirijo muito mal e não tenho licença. Quem ia nos levar era o Andrei que ia nos deixar lá e ia nos buscar depois. Mas eu não vou levar ele não para gente ficar sozinho. Agora eu vou embora.” Se levantou, ajeitou a roupa, começou a vestir o monte de agasalho e se dirigiu para a porta. Aí parou e me abraçou com força, mas não deu os beijinhos nas bochechas. Em vez disso curvou o corpo (ele era grandão, da minha altura) e encostou a cabeça no meu peito e ficou lá me abraçando. Eu fiquei parado mas perguntei: “O que voce sentiu quando fez isso?” Ele respondeu sem hesitar: “Queria que voce e eu formos (errou o tempo do verbo) uma pessoa só.” Eu me emocionei e mandei: “Vlado, voce falou a coisa mais bonita que eu já ouvi em toda a minha vida.” E ele se largou.

No dia seguinte, às seis da manhã ele estava na porta do hotel. O carro dele era um Mercedão lindo. Na direção estava o Andrei que logo saltou, me entregou a licença do carro e um monte de mapas e depois se largou. Eu entrei. O Vlado estava lá todo sorridente e mandou: “Hey, buddy!” Eu tive que rir: “Que negócio é esse de buddy? Onde voce aprendeu isso?” Ele falou super sério: “Comprei um dicionário de gíria. Falei errado?” Eu disse que não, mas que ele a partir daquele momento não ia precisar de dicionário porque eu ia ensinar tudo para ele. Aí prestei atenção no Vlado. No carro aquecido não precisava de agasalho, que estavam todos jogados no banco de trás do carro. E ele estava completamente diferente: vestia jeans, no lugar daquelas calças largonas que ele usava. Vestia duas camisetas sendo que a de cima tinha uns troços estampados. Usava um boné de jogador de baseball, dentro qual ele tinha enfiado todo o cabelo encaracolado dele. A única coisa que destoava é que ele estava usando um cinto comum, fininho. Aí eu ri e falei: “Vlado, esse cinto de calça de terno não tem nada a ver com o jeans. Durante a viagem vamos tratar de comprar um cinto decente.” De qualquer forma o Vlado estava lindo pra caramba. A roupa tinha tornado ele um moleque, como todos os moleques. Os cabelos presos ressaltavam aqueles olhos impressionates dele. Aquele não era o Vlado, sempre de cara séria quando se apresentava nos concertos, era um Vlado moleque, com cara de moleque, com cara de feliz da vida. Porra! Aquele era o meu Vlado, o carinha que eu queria para mim para a vida toda. Eu perguntei se ele sabia o caminho e ele respondeu que mais ou menos porque ele tinha estudado os mapas, mas que a gente ia se virando no caminho. Eu arranquei com o carro. Ele abriu o porta luvas, tirou um CD que pôs para tocar. Era uma peça linda que eu não conhecia. Era mais para o moderno. Ele explicou: “Essa peça é de um compositor jovem russo que eu comecei a estudar a musica dele. Ele é muito bom. Eu toquei isso que voce está ouvindo como ... Aí faltou a palavra que eu completei: “Como extra (encore).” E ele: “Isso. Foi um sucesso, o teatro veio abaixo.” Aí fomos conversando assuntos diversos. Paramos numa cidadezinha e eu comprei para ele o cinto largo, condizente com os jeans. Ele adorou. Mas o negócio do sexo não saia da minha cabeça. Como introduzir no sexo um cara absolutamente virgem de 19 anos? Qual seria o modelo dele? Ele ia gostar de homem ou gostar de mulher? Que ele gostava de mim eu não tinha duvidas. Mas que gostar era esse? Que eu conseguiria com facilidade dar prazer a ele era mole, o cara não conhecia o prazer assim qualquer coisa que eu fizesse seria gostoso. Mas e depois? E as coisas mais pesadas que iríamos fatalmente começar a fazer? Molequinho vai fazendo as coisas e nem pensa no resto, depois o modelo se impõe. Alguns grilam outros não. Outros ainda acabam conhecendo uma garota, fazem sacanagem com elas e acabam gostando, mais do que as sacanagens que faziam com os outros moleques. Eu tinha que lidar com isso. Isso sem falar que o Vlado era um cara diferenciado, o cara era gênio e esses caras pensam e agem diferente dos demais mortais. Mas de duas coisas eu tinha certeza: primeiro que amava o Vlado e segundo, e até por isso mesmo, não queria feri-lo ou prejudicá-lo de forma nenhuma. Outra coisa que me ocorreu e que de certa forma me acalmou: ele era diferente e tudo, mas a natureza é a natureza e ia acabar se impondo. A viagem estava muito agradável. A paisagem ia mudando, passamos por lugares lindíssimos e outros não tanto. Finalmente chegamos no tal hotelzinho. Que coisa mais linda. Tinha forma de uma cabana, mas grande. Estava quase na beira de um lago cercado de pinheiros. Ao longe viam-se montanhas cobertas de neve. Eu fui logo na portaria, dei o nome do Vlado. Me assustei com a pergunta do porteiro: “Afinal vão ser dois quartos como estava reservado ou vai ser um quarto só como hoje cedo alguém ligou para nós e pediu?” Eu olhei para o Vlado. Esse estava com cara de moleque que roubou um doce e disse para mim, alto para o porteiro ouvir: “Quem telefonou fui eu. Para que gastarmos dinheiro com dois quartos para passarmos duas noites? Nós somos primos, somos amigos desde meninos. Então vamos ficar com um quarto só para a gente poder ficar conversando até tarde como a gente costuma fazer.” E se virou para o porteiro: “O quarto é grande e confortável, não é?” O porteiro confirmou que era grande e que tinha duas camas e uma saleta. Recebemos as chaves e subimos. Entramos deixaando as nossas mochilas no chão e olhamos o quarto. Era um troço bem europeu, tipo de cortininha de renda nas janelas através das quais via-se o lago e ao longe as montanhas nevadas. O Vlado comentou: “Nem parece que a gente está na America.” Olhei no meu relógio e marcava dez da manhã. Eu perguntei: “O que é que voce quer fazer agora?” Ele respondeu: “Andar um pouco porque eu quase não ando, é o tempo todo com o rabo sentado numa banqueta.” Eu ri. Saímos e fomos andar. O frio não estava muito forte porque não tinha vento. Seguimos uma estradinha, quase uma trilha. Acabamos dando numa bancada que dava para um riacho cristalino. Paramos e ficamos olhando. O Vlado se aproximou de mim e falou: “Harry, me abraça.” Eu abracei de levinho. Ele me apertou e diferente das outras vezes não me deu os beijinhos nas bochechas nem encostou a cara no meu peito. Encostou o rosto no meu. Eu sentia o áspero da barba dele na minha cara. Ficamos assim um certo tempo, sem falar nada. Eu sentia choque no saco direto. Ele foi descendo os braços pelas minhas costas até quase chegar no começo da bunda e me puxou contra ele. Eu não deixei ele continuar por estava começando a ficar de pau duro e aquele não era o momento adequado. Assim me afastei. Ele não falou nada e eu propus: “Vamos voltar para o hotel?” Ele topou. Chegando na portaria perguntamos que horas serviam o almoço e o cara falou que de meio dia até às duas e meia. Subimos para o nosso quarto. O Vlado foi tirando os agasalhos e me olhando na cara falou: “Vamos tirar as nossas roupas.” Aí a pergunta babaca foi a minha: “Todas?” Ele riu e falou: “Sim, vamos ficar pelados um na frente do outro.” Eu perguntei: “Voce tem certeza?” Ele nem respondeu e foi arriando os jeans. Eu fiz o mesmo. A cueca dele era azul clara e cheia de desenhinhos. Ele se abaixou, tirou as botas e levantando as pernas deixou os jeans no chão. Eu fiz o mesmo. Aí de um golpe só arrancou as duas camisetas pela cabeça. Ficou peladinho olhando na minha cara. Aí quem quase desmaiou fui eu. O Vlado tinha um corpo espetacular. Magro, sem músculo quase, com a pele muito branca e, surpresa das surpresas, tinha o corpo absolutamente liso, não tinha um pelo sequer. Os pentelhos dele eram negros, muito cerrados, mas não eram espalhados, ficavam quase que exclusivamente em volta do pau dele. O pau dele! Coisa mais linda. Não estava de pau duro, apenas um pouquinho levantado. Era enorme, grosso, uns dois ou três dedos maior do que o meu. A cabeça era vermelhona. Ele reclamou: “Tira a sua roupa.” Eu obedeci. Quando fiquei todo pelado ele falou: “Eu queria muito ter essa pele na frente.” Eu, quase em pensar peguei ela com dois dedos e puxei para trás, descobrindo inteiramente a cabeça. Ele riu: “Assim fica melhor porque fica parecendo com o meu. Aí me pegou pela mão e sentando-se na beira da cama me fez sentar junto. Aí falou: “Harry, faz comigo o que voce fez ontem, juro que não vou desmaiar.” Ele se aproximou e encostou o lado do corpo dele no meu. Eu peguei no pausão dele e comecei a punhetá-lo. È meio complicado punhetar cara circuncidado por causa da falta da pele. Eu tinha transado com um cara da faculdade que era judeu, mas como a gente logo que estava junto caía de boca um no pau do outro e isso não fazia diferença. Comecei um vai e vem. Numa hora eu parei e perguntei: “Vlado, voce trouxe algum creme com voce?” O que ele respondeu quase me fez cair para trás: “Eu trouxe um lubrificante sexual. Ontem eu fui na farmácia e li o rótulo e falava isso. Será que serve para voce?” Eu disse que servia e ele foi na mochila e veio com um vidro grande. Eu peguei, molhei a minha mão e pinguei algumas gotas no pausão do moleque. Recomecei o vai e vem, olhando direto para a pica do Vlado. Numa hora começou a sair melação da fendinha. Aí falei para ele: “Vlado, olha para o seu pau.” Ele olhou assombrado: “Harry, esta saindo aquela gosminha que voce disse que não era porra!” Eu ri: “Sai em todo o mundo, eu que não prestei atenção ontem.” Nesse momento pau dele já estava durão, palpitando na minha mão. Aí eu perguntei: “Tá gostoso?” Ele respondeu, já meio ofegante: “Muito.” Eu aí falei: “Quando voce for gozar me avisa.” E ele: “Como é que eu vou saber que eu vou gozar?” Eu respondi: “Quando voce começar a sentir o que voce sentiu ontem antes de apagar.” Continuei punhetando ele, cada vez mais rápido, cada vez mais forte. De repente ele tremeu e falou: “Ta ficando diferente!” E imediatamente começou a esporrar. Eram jatos e mais jatos que iam longe, a maioria atingia o peito dele. Foram vários jatos, não sei quantos mas mais de quatro com certeza. Ele gemia, dizia umas coisas que eu não entendia, em russo com certeza. Até que parou de sair porra e ele afrouxou o corpo, e se encostou mais em mim. Eu ia dizer alguma coisa mas ele não deu tempo. Agarrou no meu pau e começou um vai e vem. Esqueceu de passar o lubrificante na mão dele. No primeiro movimento a minha pele descolou e doeu, mas eu fiquei quieto. Ele, sem parar de bater falou: “Mesmo que demore a sair a porra deixa eu fazer tudo sozinho.” Eu não disse nada, só numa hora que eu pedi que ele segurasse na cabeça aproveitando a pele. Ele fez. Era a punheta mais desajeitada que eu já tinha recebido na minha vida, mas fiquei quieto. Demorou e o gozo acabou vindo. Foi muita porra que saiu melando a mão do Vlado. Quando ele viu que não saia mais nada parou de bater. Aí eu perguntei: “Vlado, como é que voce pensou em fazer isso em mim? “Ele respondeu, cheio de orgulho: “Eu pensei muito durante essa noite e vi algumas coisas: primeiro que pecado ou não era muito gostoso, depois que fazer em voce era gostoso também, e que me encostar no seu corpo era uma coisa que eu gostei desde que eu abracei voce pela primeira vez. Agora eu vou contar uma coisa para voce que voce vai jurar que nunca vai contar nada para ninguém.” Eu respondi rindo: “E para quem eu iria contar?” Ele riu da babaquice que ele tinha dito mas teimou: “Jura.” Eu fiz a vontade dele e ele então mandou: “Ontem quando eu já estava deitado e pensando nessas coisas, o meu pau foi ficando grande. Me deu vontade de ficar passando a mão nele e ele foi ficando mais grande. Aí passei a minha mão em volta dele e fiquei mexendo para frente e para trás como voce tinha feito comigo e depois fez em voce. Numa hora começou a sair porra e eu senti aquela coisa gostosa que dá. Mas eu não desmaiei. Aí eu vi que essas coisas acontecem quando a gente mexe no pau, da gente e do outro.” Eu ri, no maior carinho. Então falei: “Voce ainda não sabe, mas tem outros lugares que dão prazer também. Voce logo vai descobrir isso. Quer ver uma coisa? Fica de pé que eu vou ficar também e aí voce me abraça.” Ele fez e nos abraçamos, esfregando os nossos paus um no outro. Numa hora ele falou: “Estou com vontade de beijar o seu pescoço, posso?” Eu disse que podia e ele deu um beijinho, afastando a cabeça imediatamente. Eu disse: “Não é assim, deixa que eu vou te mostrar como é que é.” Meti a cabeça no pescoço dele e fiquei beijando, mas fiz mais: meti a língua. Ele deu um suspiro e falou: “Voce está sujando o meu pescoço com cuspe.” Eu retruquei: “Tem coisas que num primeiro momento parecem meio nojentas, mas que são tão boas que a gente até esquece o nojo.” Ele falou: “ Tá tão gostoso...” Fiquei lambendo ele um tempão e descobri que o Vlado tinha um cheiro delicioso, era ácido como o suor, mas ao mesmo tempo tinha um cheiro doce de canela. Ele aí afastou a cabeça e pediu: “Deixa eu lamber voce.” E sem esperar resposta meteu a cara no meu pescoço e ficou lambendo. Eu sentia a lingua do Vlado em mim. Comecei a tremer, a minha bunda parecia geléia. Aí me afastei dele e falei: “Viu, Vlado, que tem outras coisas gostosas que as pessoas podem fazer umas com as outras? A língua tem cuspe, é certo, mas lamber e ser lambido é muito bom, voce não acha?” Ele apenas respondeu: “Acho.” Eu então falei: “Olha, Vlado, eu quero te ensinar tudo, mas tudo mesmo. Por voce e para mim. Voce foi poupado pela sua família de um monte de coisas que a gente aprende desde que é menininho e que agora voce vai aprender. Agora vamos no banheiro para nos limpar dessa porra toda que ficou na gente e depois vamos descer para almoçar. No banheiro eu não entrei no chuveiro ao mesmo tempo do que ele, deixei que ele se limpasse e depois que ele saiu foi que eu entrei.

Descemos. Assim que sentamos na mesa ele imediatamente ia pedindo vodka e suco de laranja. Eu parei ele dizendo: “Hoje voce vai almoçar como um verdadeiro moleque americano. Nada de vodka, voce vai beber cerveja. Voce conhece cerveja, não conhece? Ele respondeu: “Conheço, o meu pai gosta de cerveja, na Alemanha ele ficou doido com as cervejas de lá.” Eu continuei: “Vamos então beber cerveja. Agora não querendo fazer como a sua mãe faz que escolhe o que voce vai comer, queria que voce experimentasse uma verdadeira comida americana. Topa?” Ele respondeu: “O que voce comer eu vou comer.” Pedi então um pratão de salada, um bife que eu disse para o garçom que fosse um bifão bem grande, nem muito cru nem muito cozido, e a maior quantidade de batata frita que ele pudesse trazer. O Vlado podia ser gênio, podia ser ao mesmo tempo bobão quanto ao resto todo, podia ser magro como um espeto, mas comia muito. O cara era uma máquina de meter troço para dentro. Matou a salada inteira, matou o bife não deixando um só pedacinho no prato e quanto à batata frita não só comeu ela toda como ainda pediu mais. Na hora da sobremesa eu disse que ia pedir uma coisa que se come na America direto: torta de maçã. Essa ele disse que conhecia porque se fazia muito na Rússia. Eu aí mudei e disse que ia pedir a segunda sobremesa americana e pedi um cheesecake. Trouxeram uma super fatia que ele comeu no ato, lambendo os beiços, e perguntou se eu podia pedir uma outra, que ele matou também rapidinho. Isso tudo tomando cerveja direto: uma garrafinha atrás da outra. Eu acompanhei pensando comigo: esse merda de russo não vai me bater na cerveja, não vai mesmo. E acompanhei ele. O resultado é que no fim a gente estava meio melado. Eu então dei a idéia de voltarmos para o quarto para dar uma dormidinha, o que ele topou no ato, todo sorridente. Quando chegamos no quarto ele perguntou se a gente ia vestir pijama e eu respondi: “Nunca usei pijama depois que eu deixei de ser um garotinho. Na minha casa eu durmo com uma bermuda velha que eu adoro.” E ele: “O que é bermuda que eu não conheço a palavra?” Eu expliquei que era os que os surfistas usam na praia. Ele se ligou que já tinha visto foto de surfista vestindo bermuda na praia. Falei então que quando a gente voltasse para Nova Iorque eu ia comprar uma bermuda para ele (pensando comigo mesmo que ele ia ficar o surfista mais branco da história). Aí falei que ia ficar de cueca, ao que ele imediatamente falou que também. Tirou a roupa e se deitou na cama dele e eu fiz o mesmo na minha. Nem tinha ainda pegado no sono e ele falou: “Harry, eu vou mijar.” Eu respondi que nós íamos mijar muito depois da cervejada que a gente tinha tomado. Foi no banheiro, voltou e deitando na cama pegou no sono quase que imediatamente. Aconteceu o mesmo comigo. Uma explicação necessária: eu tenho um sono super pesado, nem tiro de canhão me acorda. Não sei quanto tempo a gente dormiu, mas de repente eu acordei sentindo uma coisa esquisita. Custei a sacar o que era, mas logo vi que era o Vlado que tinha saído da cama dele e estava na minha, com o corpo colado nas minhas costas e me lambendo o pescoço e a orelha. A respiração dele dava calor no meu pescoço, uma delicia. Senti também que o pau dele estava duro e encaixado na minha bunda. Ele estava imóvel, só mexia a língua. Aí eu me virei de frente para ele e comandei: “Tira a cueca!” Ele obedeceu. Abracei ele de frente e os nossos paus se enroscaram um no outro. Aí comecei a lamber o pescoço dele. Depois lambi a face dele, sentindo o áspero da barba. Ele sem saber o que fazer só me abraçava, apertando cada vez mais. Numa hora eu colei o meus lábios no dele. Ele não refugou não, razão por que eu forcei a minha língua na boca dele. Ele ficou de boca fechada. Eu afastei a cabeça e mandei: “Abre a boca um pouquinho e deixa a minha língua entrar nela. Faz o mesmo comigo.” Explicação eu não tenho, mas o Vlado pegou o jeito de cara e nos demos um (um não, vários) beijo mais do que apaixonado. Numa hora eu me afastei e falei para ele: “Vlado, eu vou mostrar como língua é um troço gostoso. A partir de agora eu vou fazer uma porção de coisas com voce. Se voce não gostar, achar nojento ou qualquer coisa assim diz que eu paro na hora. Mais uma coisa: tudo o que eu fizer com voce, depois voce vai fazer igual comigo.” Ele, num fio de voz: “Combinado.” Então nos demos mais um super beijo (eu pensando comigo: beijo para esse cara é que nem piano, já nasceu sabendo) e eu larguei da boca do Vlado e fui descendo pelo pescoço, lambendo sempre em direção aos peitinhos dele. Eu sei que tudo o que eu estou falando do Vlado é no superlativo, mas ele era superlativo mesmo. Os peitinhos dele eram a coisa mais bonita do mundo. Eram escurinhos, minúsculos, no meio dos quais saia um biquinho, minúsculo igual, e que estava durinho, apontando para frente. Dei uma lambida no meu dedo e fiquei fazendo volta no peitinho dele. Ele deu um suspirinho. Depois meti a boca e fiquei lambendo e sugando. Aí ele mandou umas palavras que eu não entendi mas logo falou em inglês: “Meu Deus, como isso é bom! Não para de lamber aí! Eu estou sentindo uma sensação gostosa embaixo também. Lambi um tempão, hora um, hora outro. Eu vi que naquele momento ele tinha ficado com tesão mesmo. Ele enrijecia e soltava a barriga. Depois de um tempo desci mais pelo corpo dele e fui no umbigo no qual eu enfiei a língua. Desci mais, seguindo os cabelinhos que ligam o umbigo aos pentelhos. Fui lambendo até que meti a cara nos pentelhos. Outra surpresa: eram muitos, cerrados mesmos, mas era fininhos, parecia que eu estava com a cara enfiada numa nuvem. E aí senti o cheiro dele! Que cheiro. De macho, de hormônio, azedo e doce ao mesmo tempo. Fiquei cheirando um tempão. Ele só dizia não para, não para. Encostava a cara no pau dele que estava duro que nem uma rocha, mas resolvi que não ia chupar a pica dele naquele momento. No lugar disso afastei a cara e disse: “Vlado, faz comigo o que eu fiz com voce!” Ele nem pestanejou. Levantando o corpo foi na minha boca direto. Outro beijão. Longo e tesudo pra caramba. Aí veio descendo. Parou e ficou olhando para os meus peitinhos. Eu tenho peito normal, nem grande nem pequeno. Mas ele falou: “São grandes!” Eu falei: “Vai neles e faz com a língua como voce fez na minha boca!” E ele fez. Eu tenho um tesão enorme nos peitos. Mesmo na condução se eu meto a mão por dentro da camisa e fico mexendo neles com o dedo fico de pau duro. E o Vlado me levou ao céu. Sentia o meu saco encolhendo de tanto tesão. Eu gemia e ele fazia tudo para eu gemer mais. Depois de um tempão ele foi descendo, esfregando o queijo barbado na minha pele. Lambeu o meu umbigo. Aí levantou a cabeça e falou: “Que monte de pentelho que voce tem! Pega embaixo todo!” Eu dei uma risadinha. Meteu a cara no meio deles e ficou respirando. De repente parou, levantou a cabeça e disse: “Ta com cheiro de mijo aí.” Eu disse: “Não é cheiro de mijo, é cheiro de homem, voce tem também.” Diante dessa explicação importantíssima ele voltou a meter a cara nos meus pelos e ficou lambendo. Numa hora ele segurou no meu pau. Eu falei: “Larga o meu pau porque se não eu vou gozar e ainda não é a hora!” Ele obedeceu no ato. Deixei ele lamber mais um pouco e aí me levantei. Entreabri as pernas dele e me encaixei no meio delas. Segurei no pau dele e meti a cabeçorra na boca. Ele disse um ‘ai’. Fui enfiando o pausão dele na minha boca, o mais que eu pude. Ele agarrou os meus cabelos com força. Eu aí comecei um vai e vem. Primeiro devagar e fui aumentando a freqüência. Aí o Vlado urrava. Dizia uma porção de coisas que eu não entendia. E eu chupando. Tirei o pau dele de dentro da boca e fiquei passando a língua ao comprido. Depois peguei no pau dele, punhetei um pouco e voltei a chupar. Numa hora segurei no saco dele. Ele tinha um saco compatível com o pau dele: enorme, com duas bolas muito, mas muito, grandes. Chupei as bolas dele e depois fiquei puxando a pele do saco com os lábios. Ele tinha o saco cabeludo, mas com os pelos finos como os dos pentelhos. Voltei para o pau. Aí fiquei chupando fazendo um vai e vem super rápido e super forte. De repente ele deu uma tremida e um urro super alto. E começou a esporrar. O primeiro jato me pegando de surpresa foi todo dentro da minha boca. Depois eu afastei a cara e fiquei punhetando ele. A quantidade de porra que saiu não dá para dar idéia. Ele esporrou a minha cara toda. O gozo dele demorou uma enormidade com a porra saindo direto, jatos e mais jatos. Aí eu senti que ele tinha largado o corpo. Eu aí engoli aquela porra gostosa dele e falei: “Lambe agora a minha cara.” E ele, ainda ofegante falou: “Ela está cheia de gosma!” Eu aí fiquei com um pouco de raiva e disse para ele: “Para de chamar porra de gosma, como se fosse um negócio nojento. Não é nojento. É uma coisa que voce produziu e me deu quando gozou. Não é mijo, é porra. Não é uma coisa que voce está jogando fora, é um troço que sai de dentro de voce e que voce está me dando. Lambe a minha cara para voce sentir o gosto da sua porra, porque eu já senti quando voce largou o primeiro jato dentro da minha boa e eu engoli!” Ele humildemente obedeceu e esticando a língua, primeiro provou com a ponta e depois lambeu mesmo, direto. Afastou a cabeça e disse, me olhando nos olhos: “O gosto não é ruim. É meio azedinho. Será que a sua tem o mesmo gosto?” Eu falei com a certeza que anos e anos provando a minha porra me dava: “É quase igual mas a sua é melhor.” E dei uma risadinha. Mas imediatamente continuei: “Agora vem chupar a minha pica. Cuidado com os dentes porque se voce passar eles no pau vai machucar. Tenta esconder os dentes. Abre bem a boca e põe o meu pau dentro dela. Depois faz uma sucção forte e depois fica pondo e tirando o meu pau da sua boca, como eu fiz com voce. E faz o que te der vontade de fazer. Vai, começa!” Ele obedeceu. Ficou no meio da minhas pernas e meteu o meu pau na boca, que ele mantinha bem aberta. Depois fechou os lábios em volta dele e começou a movimentar a cabeça para frente e para trás. Eu ajudei o movimento segurando na cabeça dele. O resto, tipo me lamber o saco, ele não fez e eu entendi que quando eu fiz nele o estado de tesão que ele estava nem deixou que ele prestasse atenção. Mas chupou muito a minha pica. Com gosto, contente de estar fazendo aquilo. Não foi a maior chupada que eu já tinha levado, claro, mas me deu tesão que foi aumentando a cada segundo. Senti que o gozo estava chegando. Apressei os movimentos da cabeça dele. Numa hora eu comecei a gozar. Segurei a cabeça dele para o primeiro jato de porra entrar na boca dele. Ele engasgou e afastou a cabeça e ficou parado olhando. Eu vi que a coisa não ia passar dali e completei o meu gozo me punhetando. Assim que eu acabei de gozar me levantei e fui direto na boca do Vlado, dando um beijão daqueles. O coitado estava com a porra toda ainda na boca. Depois engoliu. Não mostrou nojo, muito pelo contrário, pegou na minha mão toda melada e lambeu ela, até entre os dedos. Eu relaxei o meu corpo apoiando a cabeça no travesseiro. Ele encostou o lado do rosto nos meus culhões. Não disse uma palavra. Depois de um certo tempo eu perguntei: “Vlado, voce gostou?” Ele levantou a cabeça e ia começar a falar mas começou a chorar. Chorou pra caramba, de soluço mesmo. Eu fiquei com pena e disse: “Vem me abraçar.” Ele veio, chorando ainda. Eu perguntei: “Por que voce está chorando?” Ele respondeu: “De amor por voce e de raiva pelo que fizeram comigo, me escondendo essas coisas.” Eu então falei para ele: “Meu carinha (my little boy), não chora por isso. Acabou tudo dando certo. Deus não quis que voce aprendesse e sentisse a primeira vez com um cara qualquer. Foi tarde, é certo, mas foi com um cara que te ama de verdade. Pensa dessa maneira. Ele então me olhou. A cara dele era de felicidade pura. Os olhos lindos dele se fixavam nos meus. Eu me aproximei e dei um beijo em cada olho. Depois falei: “Vamos, levanta para a gente tomar um banho.” E ele, numa voz triste: “Não vai ter mais?” Eu respondi: “Vai, vai ter muito mais, mas agora vamos tomar um banho.” E fui me levantando e ele me seguiu. Entramos no banheiro. Ele foi direto mijar. Eu aí saquei que eu não tinha mijando apesar de toda aquela cerveja e fui mijar junto com ele. Fiquei cruzando o meu jato de mijo com o dele. Ele achou aquilo engraçadíssimo, ria pra caramba. Depois entramos juntos debaixo do chuveiro. Eu lavei ele todo e ele a mim. Não rolou sacanagem no banho, salvo uns beijos. Saímos, metemos uma roupa e descemos. Já deviam ser umas oito horas da noite e estava rolando aquele tipo de jantar dançante bem a moda da America. Ele cagou. Ficamos sentados numas poltronas, um de frente para o outro. Numa hora eu saí para fora. Estava um frio de rachar. Aí chamei o cara: “Vem aqui, Vlado, mandei fazer um frio russo para voce.” Ele veio e falou: “Meu Deus, está frio mesmo!” Voltamos para dentro rapidinho. Ficamos por ali. Ele não quis jantar e sugeriu tomarmos um chá com bolo. Eu não gosto de chá e muito menos de bolo, mas topei por ele. Depois fomos ver televisão porque tinha começado a passar um jogo de basquetebol do Los Angeles Lakers contra o Boston Celtics (o meu time de coração). O merda do Celtics jogou mal pra cacete e perdeu o jogo e eu fiquei puto. Ele notou e disse: “Não fica triste porque no próximo jogo os de verde vão ganhar.” Acabado o jogo a gente voltou para o quarto.

Assim que entramos ele foi logo tirando a roupa. Eu saquei o troço e falei: “Calma, Vlado. A gente vai fazer, mas antes eu queria falar umas coisas com voce.” E ele, todo sorridente: “Vai me ensinar mais coisa?” Eu respondi: “Depois eu vou sim, mas antes eu queria falar uns troços que eu acho necessários.” Ele respondeu: “Então diz o que voce quer, mas rápido para gente deitar logo.” Eu me sentei numa poltrona, fiz ele sentar na outra e então comecei. Falei que a gente era homem e o que a gente tinha feito tinha sido troço de homem com homem, mas que homem fazia aquelas coisas com mulher também.” Ele me interrompeu, meio puto: “Para por aí, Harry. Eu sou babaca, mas não sou idiota. Eu sei ler, agora até em inglês. Então eu sei que tem homossexual que é homem que gosta de sacanagem com homem e tem heterossexual que é homem que gosta de sacanagem com mulher. Eu não sei se eu gosto de mulher porque nunca experimentei e de mulher perto de mim eu só tive a minha mãe, a Kantor e a minha secretária que é uma alemã muito feia. Também não sei se eu gosto de homem. O que eu sei, de verdade, é que eu gosto de voce. Não estou dizendo que voce não é homem, estou dizendo é que voce é diferente de todos os homens que eu conheço. Nunca senti por ninguém as coisas que eu sinto por voce. Durante a sacanagem, mas mesmo fora dela. Gosto de voce quando estou andando com voce, gosto de voce quando estou comendo com voce, gosto de voce vendo televisão, gosto de voce o tempo todo. Então deixa de conversa e vamos logo para cama. Se no futuro eu sacar que eu sou homossexual tudo bem vou ser homossexual gostando de voce. Se eu for heterossexual eu vou ser heterossexual gostando de voce. É assim que eu estou pensando agora. Ponto final.” Eu fiquei calado. Falar o que, depois daquele resumo que ele tinha feito? Só disse para ele: “Vem aqui e senta no meu colo.” Ele veio e eu abracei ele e dei o primeiro de vários beijos e, pela primeira vez chamei o Vlado de ‘meu amor’. Depois comecei a desabotoar a camisa dele, ele fez o mesmo comigo e fomos nos despindo dessa forma. Quando estávamos pelados ele foi em direção à cama dele. Eu fiquei olhando. Agora pasmem! Pela primeira vez eu prestei atenção no corpo dele, atenção mesmo. Ele era magro, quase esquelético, mas tinha os ombros largos e as costas musculosas, diferente do peito que era reto sem músculos aparentes, a cintura fina, super fina. As pernas grossas e cabeludas. E, finalmente a bunda. Quase me matei de arrependimento de não ter olhado antes. Uma bundinha linda. Branquinha como resto do corpo dele. Empinadinha com uma racha do meio da qual saiam uns pelos escuros. Ele notou que eu continuava sentado e insistiu: “Vem, Harry, vem.” Eu levantei e fui andando para cama. Aí falei: “Vlado, voce disse que me ama e eu disse que eu amo voce. Então a gente tem de se conhecer.” Ele perguntou intrigado: “Conhecer como? A gente já não se conhece?” Eu respondi: “Não é conhecer a cabeça da gente, como é o jeito que a gente pensa. É conhecer os nossos corpos. Olhar eles de perto, com detalhe, tentar decorar como eles são. Faz uma coisa. Se deita na cama. Ele, muito confuso, não sabendo o que ia rolar se deitou. Eu então me aproximei e sentado na beira da cama foi examinando ele. Cada coisa que eu olhava eu passava a mão e depois dava um beijinho onde eu tinha olhado. Fiz assim no corpo dele todo. Nos culhões eu parei mais um pouco. Passei a mão nos pentelhos fininhos, segurei nos ovos dele tentando sacar o peso, fui descendo em direção às pernas. Dei um beijinho carinhoso na virilha lisa dele, o que ele respondeu com um ‘ui’ prazeroso. Fui até os pés dele e meti a boca no dedão que eu chupei. Ele aí mandou: “Para que está coçando (ele queria dizer fazendo cócega).” Eu parei e mandei ele se deitar de barriga para baixo. Ele fez. Aí fui fazendo a mesma coisa, experimentando com o dedo e dando beijinho. Quando estava nas costas, logo abaixo do ombro, eu falei: “Voce tem músculo nas costas.” Ele riu: “Harry, todo o pianista tem músculo nas costas, pensei que voce soubesse disso.” Eu me achei um babaca, mas emendei: “Eu não sou pianista, sou estudante de musica.” Continuei a “exploração”. Passei o dedo pela coluna vertebral dele e depois fiz o mesmo caminho com a língua. Até que cheguei na bundinha. Passei a mão, apertando as nádegas para sentir a textura. Eram firmes e macias ao mesmo tempo. Aí afastei abrindo a racha para olhar o cuzinho. Deus e todos os Santos! Que cu lindo! Era cor de rosa e fechadinho, cercado de pelos pretos que eu afastei para ver melhor. Nessa hora não resisti: abaixei a cabeça e mandei a língua. Estava meio seco e eu dei uma cuspida para umedecer. Fiquei lambendo, tentando enfiar a língua no anel. Ele começou a suspirar e instintivamente levantou a bunda. Lambi um tempão e de vez em quando descia lambendo até o saco e a cabeça do pau dele que apareciam entre as pernas. Numa hora enfiei a pontinha do dedo mínimo no cuzinho dele. Ele trancou o cu e eu não insisti. Continuei o caminho beijando as coxas dele e fui até o pé. Aí mandei ele virar novamente. Então falei: “Vlado, vê como eu estou.” Ele respondeu: “Está com o pau durão, saindo aquela gos... digo aquela melação que sempre sai. Mas eu estou também.” E começou a rir. Eu voei nele e abracei. Ele então sentou no meu colo com as pernas abertas nos lados do meu corpo, me abraçou e ficou me beijando. Numa hora ele perguntou: “A gente vai fazer coisa diferente do que a gente fez antes?” Eu respondi que não. Que a gente ia se chupar, se lamber e gozar um na boca do outro e expliquei que a gente ia passar junto mais uma noite e que nessa noite ia acontecer tudo o que tinha que acontecer. Ele não entendeu direito mas não perguntou mais nada, mas eu sabia que o Vlado ia perder o cabaço do pau e da bunda em Connecticut. Não ia ser em Nova Iorque, em Londres, em Paris ou em Hamburgo. Ia ser em Connecticut, nos Estados Unidos da America, num hotel lindo, num lugar lindo, com um americano que estava morto de paixão por ele. Transamos pra caramba, fazendo as coisas que queríamos fazer, o Vlado se aperfeiçoando e perguntando sempre que o que ele fazia estava certo e me dando tesão. Acabamos dormindo abraçados, ambos melados de porra, adorando estarmos melados. Pela manhãzinha ele me cutucou. Eu acordei cheio de sono e ele falou: “Harry, olha como é que eu estou.” Ele estava de pau durão, apontando para cima como um foguete prestes a decolar. Aí peguei no pau dele e punhetei até ele gozar, enquanto que o meu pau endurecia direto. Quando ele acabou fez o mesmo comigo. Voltamos a dormir mais agarradinhos e melados ainda.

Acordamos tarde no dia seguinte. O Vlado acordou primeiro e quando eu me levantei ele já estava no banheiro fazendo a barba. Eu fui até a janela. Tinha nevado e a paisagem estava toda branca. Eu falei: “Vlado, nevou de noite.” Ele respondeu: “Eu já vi. Aqui fica tão bonito quando neva, diferente das cidades grandes onde a neve vira logo lama e gelo.” Acabamos de fazer a nossa higiene (não cagamos um na frente do outro) e descemos para tomar café. Com a neve a criançada estava na maior excitação. Ficamos vendo a molecada e depois fomos dar uma volta. No caminho eu tive pena do Vlado porque ele falou: “Eu tenho a maior inveja de ver criança brincando. Eu nunca brinquei, nunca corri, nunca dei risada alto. Não me arrependo porque eu sei que tocar piano é o meu destino e eu gosto do meu destino, mas que eu queria ter sido um moleque normal isso eu queria.” Não agüentei e abracei e dei uma beijoca nele, cagando se alguém nos visse (ninguém nos viu porque estávamos sozinhos na trilha). Voltamos para o hotel e ele começou a sua maratona de cerveja. Bebeu feito gente grande comigo acompanhando, garrafa por garrafa. Almoçamos já meio melados. Ele comeu “comida americana” feito um lobo esfaimado. Depois subimos para o quarto e caímos no sono. Acordamos e já estava anoitecendo. Fomos no banheiro e demos uma super mijada cruzando nossos jatos, coisa que divertia o Vlado pra caramba.. Quando ele acabou eu passei o dedo no caralho dele tirei uma gota de mijo e meti o dedo na boca. Não é que eu goste de mijo, aliás não gosto, mas fiz aquilo para fixar um padrão de intimidade. Ele achou esquisito (deve ter achado nojento) mas não falou nada nem fez em mim. Ficamos na porta do banheiro olhando um para o outro. Eu comecei a alisar o meu pau. Ele olhou e fez o mesmo. Depois fizemos um no outro. Quando ficamos de pau duro fomos para a cama. Antes peguei na minha mochila umas camisinhas. Ele olhou e perguntou: “A gente vai usar camisinha dessa vez?” Eu falei apenas: “Meu amor, a gente vai fazer uma porção de coisa nova. Vai fazer o que a gente já sabe, mas vai fazer outras coisas também.” E ele, na maior curiosidade: “O que é que voce vai me ensinar dessa vez?” Eu respondi sério, falando baixinho na maior emoção: “A gente vai se ensinar ser um do outro, ser um só com o outro. Só peço que voce confie em mim e deixe a coisa rolar.” Ele respondeu não menos emocionado: “Eu confio em voce, mas eu já sou seu, todo seu, pelo resto da minha vida.” Eu retruquei: “Ainda faltam umas coisas. Só peço que voce confie em mim.” Nos deitamos. Começamos com a nossa chupação. Fizemos até um 69 que ele custou a pegar o jeito. Eu não deixava ele gozar. Quando sentia que ele estava perto eu parava. Como eu esperava e queria, ele foi ficando louco de tesão, nem pensava direito mais. Eu estava um pouco mais racional. Numa hora eu virei ele de bruços, segurando o Vlado pela cintura fininha dele e fazendo ele se apoiar na cama com os braços e com a bunda bem levantada. Aí separei as nádegas dele e cai de boca. Ele suspirava e gemia direto. Lambi o cu dele um tempão. Numa hora peguei o vidro de lubrificante e passei na bunda dele. Com o maior cuidado comecei a enfiar o dedo indicador no cuzinho. Ele reclamou, mas eu insisti. Acabei enfiando o dedo todo e fiquei fazendo volta. Ele aí gemeu alto, não mais de dor, mas de prazer. Depois comecei a enfiar outro dedo. Ele reclamou alto. Eu pedi que ele tivesse calma e relaxasse o anel. Ele se enrolou porque eu usei gíria mas eu expliquei que ele fizesse como se estivesse cagando (like shitting). Ele não fez muito bem, mas eu consegui enfiar os dois dedos. Fiquei fazendo vai e vem e volta para alargar. Ele hora reclamava e hora gemia de prazer. Aí vesti uma camisinha e lubrifiquei bastante o meu pau e o cuzinho do Vlado. Ele não dizia uma palavra. Eu estava com pena dele, mas o tesão que eu sentia era o maior do mundo. Assim encostei a cabeça do cacete na portinha. Ele fechou o cu. Eu pedi para ele relaxar e disse: “Vlado, o que eu vou fazer vai doer em voce, assim como depois, quando voce fizer em mim, vai doer também. Mas eu vou ser o mais delicado que eu puder, do mesmo jeito que o cara que fez isso comigo na primeira vez. Vai doer, mas eu te juro que um dia não vai doer mais.” Ele não relaxou direito porque estava com medo, e eu tive que forçar. Custou um pouco mas a cabeça passou. Ele deu um berro, alto pra caramba e disse com voz de choro: “Tira o seu pau daí!” Eu falei, fingindo calma: “Espera mais um pouco, vou ficar parado para voce acostumar (que acostumar nada, tomar no cu pela primeira vez dói pra caramba).” Fiquei imóvel e os gritos dele foram parando. Aí enfiei mais um pouco. Ele gritou de novo pedindo pelo amor de Deus que eu tirasse. Enfiei mais, não ligando para os gritos e fixando o Vlado pela cintura, segurando forte para ele não conseguir tirar o rabo do meu pau como ele estava tentando fazer, virando o corpo de um lado para o outro. Eu pedia a Deus para o meu gozo chegar logo para acabar com o sofrimento dele. De uma forma ou de outra ele passou a gritar mais baixo, entremeando os gritos com uns gemidos. Na verdade eu estava absolutamente ensandecido, não conseguindo pensar mais. E o gozo finalmente chegou! Um gozo fortíssimo, longo. Eu sentia a minha porra sair do meu pau como se fosse mijo. Eu urrava de gozo e ele de dor. Eu berrava que ele era meu para sempre. O Vlado chorava como um menininho, soluçando mesmo. Quando o meu gozo acabou eu tirei o pau imediatamente do cu dele. Dei uma olhada na camisinha e ela não estava suja de merda nem de sangue. Com o maior cuidado e delicadeza fiz ele deitar na cama e depois virei ele de barriga para cima. Ele chorava direto. Eu então falei: “Desculpa, Vlado, mas isso era necessário. Voce foi meu, eu fui um com voce, as nossas almas foram uma só. Desculpa meu amor, desculpa mesmo. Para de chorar que tudo já passou. Vem me abraçar.” Puxei ele pelos braços e me agarrei nele falando: “Voce é meu para toda a vida e eu te juro que só vou foder voce quando e se voce quiser. Se não quiser por causa da dor voce vai falar e eu me conformo.” Ele tinha parado de soluçar, mas as lagrimas continuavam a correr pela cara dele. Eu limpava elas com a língua. Ele então foi se acalmando e conforme isso ia acontecendo ele me apertava mais nos braços dele. Aí dei um beijo que ele correspondeu. Eu aproveitei e disse: “Agora voce vai meter em mim.” Ele reagiu com fúria: “Nunca!!!!! Não vou fazer voce sentir dor!!!!!!!” Eu, na maior calma, retruquei: “É preciso, Vlado. Não tira de mim a oportunidade de eu ser seu. Por favor.” Ele continuou se negando e eu insistindo. Aí ele deu um argumento que ele achou que era final: “Não vai dar porque o meu pau amoleceu.” Eu vi aí a minha chance: “Eu vou fazer ele ficar duro de novo.” E me abaixando caí de boca no cacete dele. Custou um pouco mas eu senti que o sangue voltava a circular no pau do Vlado. Ele gemia e suspirava novamente. E o pau dele foi crescendo na minha boca. Numa hora ele deu uma encolhida de barriga que anunciava o gozo. Eu tirei imediatamente a boca e falei: “Não toca no seu pau, não deixa o gozo vir!” Fiquei parado olhando para o pau dele. Aí confesso que me deu medo. Eu ia enfrentar um pausão que eu só tinha visto igual em filme de sacanagem. A cabeça dele era enorme, aquela cabeça vermelha sem um pingo de pele. Mas fui em frente. Peguei o vidro de lubrificante e melei o pau dele todo, assim como a minha bunda, enfiando inclusive o dedo para melar por dentro. Ele aí, num fio de voz falou: “Não vai dar, eu não sei fazer.” Eu continuei a lubrificar o pau dele. Aí falei: “Eu vou te ensinar como faz, segue o que eu disser que tudo vai dar certo. Vou ficar numa posição diferente da que voce ficou.” Aí me deitei de costas, me apoiando no travesseiro e levantei as pernas, na posição de frango assado. Disse para ele: “Encosta a cabeça do seu pau no meu cu.” Ele ia fazendo, mas parou: “Voce esqueceu de vestir a camisinha em mim!” Eu retruquei: “Voce vai meter sem camisinha porque é a sua primeira vez. Vem logo e encosta o seu pau no meu cu. Aí abri bem as pernas e perguntei: “Voce está vendo o meu cu?” Ele respondeu: “Ele é tão cabeludo como os seus pentelhos na frente.” Eu estava com tesão, eu estava com medo da dor que eu ia sentir, mesmo assim a frase dele me deu vontade de rir. Ele aproximou o cacete e eu senti ele encostar no meu anel. Levantei mais as pernas e comandei: “Enfia, Vlado, devargazinho.” Eu relaxei o meu cu: “Isso, Vlado, força para a cabeça entrar.” Ele fez força e a cabeça entrou. Deus do céu! Que puta dor! Eu sentia doer até nos meus rins. Mordia os lábios com força para não gritar. Eu falei: “Espera um pouquinho para eu me acostumar.” Ele parou. Depois mandei ele continuar. E foi assim até eu sentir os pentelhos dele esfregarem em mim. Doía sem parar, uma dor insana. Eu agarrava os lençóis com as unhas. Ainda consegui dizer: “Agora, Vlado, fica enfiando e tirando que nem na punheta. Só para quando voce gozar.” Ele começou o vai e vem. Eu sentia o cacete dele furando o meu intestino. Senti que ele estava ficando exaltado. Aumentou a freqüência e a força. De vez em quando eu abria os olhos e via a cara dele, com os olhos arregalados olhando para mim. Tentava relaxar o cu mas não adiantava nada. Ele demorou séculos para gozar. Eu agarrava os meus culhões com força. Numa hora ele deu um grito, alto, grosso: “To gozando!!!!!!” Eu me sentia inundado de porra, sentia como se estivessem enchendo de líquido a minha barriga. Ele urrava, me chamando de meu amor direto. Começou a falar russo. O gozo dele não acabava nunca. Até que ele enfiou o pau dele até o fundo e parou os movimentos. Ficou ali paradão, de olhos fechados. Eu aí falei, com uma puta urgência: “Tira, Vlado, tira.” Ele tirou com violência, o que me machucou mais ainda. Ficou ali de joelhos me olhando, sem dizer uma palavra. Eu aí ia começar a dizer que eu tinha sido dele quando ele interrompeu: “Harry, está saindo porra do seu cu!” Eu falei simplesmente: “Lambe e vem me dar um beijo.” Ele ficou um pouco hesitante mas abaixou a cabeça, deu uma lambida e veio com a língua esticada, suja de porra, e meteu ela na minha boca. Ficamos enrolando as línguas. Aí eu arriei as pernas na cama e ele subiu em mim, me abraçando. Num momento ele falou: “Harry, eu te amo tanto!!!!!” Eu falei: “Eu fui seu para toda a vida!” Ficamos assim um bom tempo. Aí com alguma dificuldade disse para ele: “Vem, Vlado. Vamos no banheiro nos limpar.” Chegando lá eu vi, para o meu desapontamento, que não tinha chuveirinho ao lado da privada. Tudo bem, no chuveiro tinha. Entramos e eu liguei a água e falei: “Meu amor eu vou jogar água e voce vai limpar.” Ele disse: “Não. Limpa voce porque voce está vendo e eu não.” Eu fiz e numa hora em que eu enfiei a pontinha do dedo no cuzinho ele reclamou. Depois ele me limpou. Demorou porque a quantidade de porra que saía era muito grande. Até que ele declarou findos os trabalhos. Saímos do banho e eu falei: “Vlado, eu estou morto de fome. Voce quer que eu peça para trazerem uns sanduíches aqui no quarto ou voce acha melhor a gente descer?” Ele disse: “Dá para descer. Está doendo ainda um pouco, mas dá para agüentar. Sem problema.” Então fomos lanchar. Ainda ficamos um tempo lá embaixo tentando ver um filme na televisão. Mas nem prestamos atenção porque a nossa cabeça estava no que tínhamos acabado de fazer. Finalmente voltamos para o quarto. Não fizemos nenhum comentário. Tiramos as roupas e deitamos abraçados. Ele por trás de mim, encaixando o pau na minha racha enquanto segurava o meu. Ficamos calados. Numa hora ele começou a falar baixinho um troço que eu não entendi mas saquei que não era russo. Perguntei o que ele estava falando e ele disse, baixinho igual: “È um poema em hebraico que fala de amor.”

No dia seguinte saímos cedinho e voltamos para Nova Iorque. No caminho eu parei na mesma loja onde na ida tinha comprado o cinto para ele e comprei uma bermuda (ele depois tirou uma foto dele de bermuda e me mandou. Nunca vi troço mais descombinado do que o Vlado e a bermuda). No começo ele estava meio calado, nitidamente evitando falar na nossa foda. Até que eu perguntei: “Voce está evitando conversar sobre a nossa foda, não é? Foi tão ruim assim?” Ele disse: “Encosta o carro!” Eu encostei. Ele mandou olhando para mim: “Estou evitando sim. Ainda não arrumei na minha cabeça o prazer imenso que eu senti enquanto machucava voce.” Eu retruquei: “Não grila com isso (seguido de uma enorme explicação do significado de grilo). Eu gozei em voce, adorando estar gozando dentro de voce e sabendo que eu estava te machucando.” Ele retrucou me olhando com aqueles olhos lindos e aquela cara infantil dele: “Mas voce estava se dando a mim, com o pau é verdade, me machucando é verdade, mas estava se dando, enquanto que quando eu meti em voce só queria o sentir o gozo que voce estava me proporcionando. É isso que eu não consegui resolver na minha cabeça.” Eu parei e falando com uma cara séria pra caramba mandei: “Nunca mais fala isso do jeito que voce falou. A gente fez o que fez para poder se amar completo e a gente conseguiu se amar completo e isso vai ser para o resto da nossa vida. Me beija, meu amor, me beija, aqui e agora e volta a ser o menininho Vlado que se transformou na minha vida, na única razão de eu viver.” Ele agarrou a minha cara e me beijou com uma sofreguidão maior do que quando a gente estava fazendo sacanagem. Depois disso voltamos a conversar normalmente. Falamos de tudo durante as quatro horas de viagem. E, principalmente falamos da nossa foda, sem nenhum remorso, sem nenhuma vergonha.

Naquela tarde mesmo eu voltei para Boston. O Vlado e eu somos namorados até hoje. Nos amamos mesmo e a maior prova disso é que a gente se ama de longe porque ele passa a maior parte do ano dando concerto pelo mundo todo. Ele comprou um apartamento para ele em Nova Iorque e passou a morar sozinho. Com isso de janeiro a março quando ele não dá concerto e fica nas gravações eu me largo para a casa dele. É a parte do ano mais feliz da minha vida. Os pais dele sabem da gente (a bosta da professora sabe também, mas finge que não sabe) mas não falam nada porque ele ameaça de parar de tocar e eles vão ter que se virar para sobreviver. Eu me formei e hoje dou aulas na faculdade onde eu estudei. O Vlado largou Nova Iorque e hoje mora em Londres que ele acha a cidade mais do caralho do mundo. Mas o nosso “primeiro trimestre” continua sagrado como sempre foi. Teve um troço que eu tenho que contar. Procuro ir aos concertos dele quando ele toca em Boston ou em cidades por perto e aí a gente fode legal, cheio de amor. Mas eu sou um cara que tem muito tesão, gosto de foder, gosto mesmo. Então no resto do ano eu fico doido e acabo arranjando uma foda. Esse troço sempre me incomodou. Um dia eu não agüentei mais e contei para ele. O Vlado nem piscou e disse, rindo inclusive: “Harry, tudo bem, continua com as suas fodas, só não ama os caras. Eu aprendi a tocar punheta e gozo sempre pensando em voce. Só queria ter umas fotos suas para poder ficar te olhando enquanto eu bato.” O resultado é que eu vivo tirando foto e mandando para ele. Ele tem foto minha de tudo o que é jeito, vestido, pelado, de sunga, de frente, de costas, com close do meu pau e do meu cu que eu arreganho para ele, que ele guarda no apartamento dele num quarto fechado a sete chaves. A nossa última é que eu fiz um DVD em que eu não só me mostro pelado em todas as posições como falo coisas sobre o nosso amor. Em compensação ele fez um dele, pelado, de pau duro, batendo punheta e dizendo troços em hebraico que eu não entendo mas sei, porque ele me disse, que são poemas de amor e que são dirigidos a mim.

FIM.

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Comentários

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Lindo. Como sempre,um poema ao relacionamento homossexual masculino! Concordo com mooky2. Seria um belo filme: teria tesão mas, principalmente, amor!

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simplismente maravilhoso, esse conto se não for verdadeiro merecia se tornar um filme. linda história, s for real parabéns , seje muito feliz, um abraçãooooo ota 1000000000000000

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É bom mas muito comprido dá sono até chegar no proposito da historia

mas tem o meu voto vlw

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