Aka

Um conto erótico de youngdad
Categoria: Homossexual
Contém 10800 palavras
Data: 16/02/2010 02:02:24

AKA

Se voce não é filho único dê graças a Deus. Se voce não é filho de gênio dê graças a Deus. Se voce não tem mãe fresca metida a intelectual dê graças a Deus. Porque eu sou isso tudo e posso garantir que é uma merda. Mas vamos a mim. Me chamo Felipe. Era um garoto na minha, tímido e quieto, e não podia ser de outra forma. O meu pai era um pesquisador super respeitado, de fama mundial, um cara que todos diziam que ia acabar ganhando Prêmio Nobel. O resultado disso é que ele vivia nos laboratórios, nos congressos, nas conferências, nos lançamentos dos livros dele. Olhar para mim era coisa que não rolava. Não me tratava mal, não é isso, mas atenção não me dava. De mim ele esperava somente que eu fosse bom na escola, fazendo jus à fama dele. Se eu pedisse uma ajuda ele ficava até puto e dizia que se eu estava pedindo ajuda é porque eu não tinha conseguido me virar sozinho, somente com a minha inteligência. Lembro-me de duas passagens. Uma foi quando eu me enrolei em matemática quando eu comecei a aprender teoria dos conjuntos. Não estava entendendo nada e pedi a ele que me explicasse. A cara que ele fez ninguém pode imaginar. Disse que eu não estava me esforçando e que eu me virasse. Outra vez foi na prova de biologia. Acontece que eu tinha pegado uma virose que, aliás, tanto ele quanto a minha mãe nem tinham notado, e estava ardendo em febre e com uma caganeira danada. De qualquer forma fui fazer a prova. Tinha estudado pra cacete como sempre e estava bem preparado. Acontece que durante a prova eu vi que eu ia me cagar nas calças. Então a opção era acabar a prova todo cagado ou entregar a prova incompleta e sair correndo para cagar no banheiro. Ora, me cagar na frente de todo o mundo era impensável, então entreguei a prova sem fazer ela toda. O resultado foi que eu tirei um cinco no lugar dos oito ou mais a que eu estava acostumado. A cara que o meu pai fez não dá para descrever. Era um misto de desilusão, descrença, desprezo, sei lá que merda. Só sei que foi horrível. Só não foi uma tragédia completa porque ele então se dignou a olhar na minha cara e viu, pelo meu olho vermelho, que eu estava com febre. Aí o de sempre, chamou médico, etc. Mas a porra da nota não relevou não. Já minha mãe era a mesma merda, mas numa vertente diferente. Ela só olhava para a minha cara quando queria mostrar para as amigas que eu era bonitinho e bem educado pra cacete. O resto do tempo ela nem sabia que eu existia, porque ela gastava o tempo dela em reuniões literárias, conferências e coisas que tais, sem esquecer das massagens e malhações nas academias. Entre uma reunião literária ou chás e jantares, os dela e os que ela ia junto com o meu pai, e eu, já dá para saber o que ela preferia. O resultado disso é que eu tive babá para cuidar de mim até os 9 anos de idade. Depois até eles notaram que eu já estava grandinho para isso. Fruto disso tudo é que na escola eu era um cara isolado e considerado besta pra caramba. Não era babaca nem afeminado, sei disso porque se fosse ia ser sacaneado, coisa que eu nunca fui, até porque, por mim mesmo, eu era bom em esporte. Mas amigo, colega, esses troços que todo o mundo tem eu nunca tive. Quando eu tinha 12 anos eu vi um coleguinha de natação trocar a sunga no banheiro. A visão do carinha pelado deu um troço em mim que eu nem entendi. Só saquei que eu fiquei de pinto duro e achei o cara lindo. A partir disso começou a certeza de que eu era diferente dos meus colegas. Eles viviam falando em garotas, em namoradas, nas coisas que eles faziam com elas e as que eles sonhavam em fazer (e nas inevitáveis mentiras sobre o tema). Eu sabia, sempre soube, eu acho, que não me interessava pelas meninas. Eu curtia eram os meninos. Quando eu fiquei mais velho um pouco e que começaram a rolar os banhos em conjunto depois da ginástica eu ficava olhando para os meus colegas. Disfarçadamente, é claro. Descobri sozinho a bater punheta, descobri que gozar é bom e vi que quando eu gozava primeiro saía uma aguinha que depois se transformou num troço branco, cuja quantidade foi aumentando na medida em que eu ficava mais velho. Papo com amigo nunca rolou, mas eu fui aprendendo os troços através dos livros que primeiro eu tirava na biblioteca do meu pai e depois na internet. Mas não precisou de livro para eu descobrir que eu tinha tesão nos meus colegas. Fiz até um troço que eu achei o máximo. Eu escolhia um colega, cuja cara, o corpo, os pentelhos, e, principalmente o pau e a bundinha, eu achava legais e elegia ele o meu “garoto do mês”. Aí passava o mês inteiro batendo punheta pensando nele. Pensando no cara, pensando em segurar no pau dele, pensando em qual tamanho ele ficaria quando endurecesse. E tome punheta. Mais tarde eu já pensava em fazer sacanagem com ele, por o pau dele na boca, passar a mão na bundinha dele, experimentar segurar nos ovos dele, etc. Claro que eu sabia o que era foder, homem e mulher fodiam e faziam filho com isso, mas como homem fodia com homem eu fui aprender com os filmes que eu baixava na internet, mas não tinha muita certeza de como se fazia, as sensações que isso dava. Mas querer abraçar apertado o meu “garoto do mês” eu queria pra caramba. Por outro lado tomar na bunda ou meter na bunda não era um troço que eu conseguisse fantasiar. Aliás, fantasiava, mas para mim a sensação era igual à da punheta. Quanto estava com 14/15 anos eu aprendi mais um pouco a respeito das sensações porque eu ouvia os caras contarem. Beijo de língua, por exemplo, eu não levava noção. Uma vez eu tentei fechar a mão e enfiar a língua no buraquinho que ficou. Confesso que não senti nada. E a minha vida sexual se resumia em eu escolher o meu “garoto do mês” e punhetar pensando nele. Assim, namorei o Rodrigo, o Carlinhos, o Mateus. Esse Mateus era super gostoso. Era um moreninho com um corpo lindo, fortinho, com uns pentelhos que brilhavam, mesmo quando estavam secos, e com uma piroca linda, assim como o saco e as bolas, culminando com uma bunda arrebitada, musculosinha, coisa muito linda. Tamanho de pau não me impressionava muito pois o meu regulava, se não era até maior, com os dos demais. Sempre tive pinto grande e hoje tenho uma piroca de 19 cm. Um dia o Rodrigo durante o banho falou que tinha machucado o pinto quando comia o cu da Clarinha, uma menina muito bonitinha que segundo os papos gostava de sacanagem. Enfim ele chamou todo o mundo para ver o “ferimento”. Não era nada demais, estava apenas com a pele da pica meio avermelhada. Nem sei se ele tinha mesmo posto na bunda da menina, eu achei que aquilo tinha sido muita punheta que acabou assando o pau dele. De qualquer forma fomos todos olhar de perto o pau que ele segurava com a mão. Para mim isso significou que o Rodrigo foi escolhido imediatamente o meu “garoto do mês”, desbancando o Mateus que era o escolhido. Aliás o Rodrigo foi escolhido por dois meses seguidos. Outra coisa importante foi que um cara, não lembro mais quem, um dia, quando acabado o banho estávamos começando a nos vestir, deu a idéia da gente comparar os nossos paus duros, a nossa gozada, a esporrada, seja sob o aspecto da quantidade como da forma, vale dizer se era de esguicho ou de melação. Um ficou na porta do vestiário cuidando de ver se vinha alguém e os outros, inclusive eu, começaram a se punhetar. Ficar de pau duro eu fui um dos primeiros. Fácil de entender porque eu tinha tesão em todos os demais (salvo o Frederico, um rapazinho absolutamente escroto, absolutamente espinhudo). Assim vi que o meu pau estava entre os maiores, fiquei sabendo que o meu adorado Mateus esporrava um jato que ia longe, que o Rodrigo era do tipo que melava a mão e foi por aí. De minha parte resultou que eu tive que fazer um novo esquema de escolha do “garoto do mês”, baseado no que eu tinha visto, principalmente no jeito dos caras gozarem, tendo o Mateus gozado cheio de suspiros e um “estou gozando” que destruiu o meu coração. Outra coisa que nesta mesma época rolou e me deixou puto e horrorizado foi que um dia o irmão da minha mãe, um cara de uns 28 anos peludo pra caramba, numa tarde em que estávamos sozinhos em casa, ter sentado do meu lado no sofá da sala e ter vindo com um interrogatório sobre o meu corpo, os meus pentelhos e o meu pau, enquanto passava a mãos nas minhas coxas. Eu achava o cara muito escroto em comparação aos meus “garotos do mês” assim é que me levantei imediatamente e me tranquei no meu quarto, mandando o cara a merda (nessa época eu já tinha um bom repertório de palavrão).

Foi nessa época, eu tinha 15 anos feitos, que chegou o Aka. Ele era a coisa mais linda que eu já tinha visto. Tinha a mesma idade do que eu. Um corpo lindo: era bem mais alto do que todos, era musculoso mas que não era marcado. Pelo contrário o cara era esguio, os músculos dele pareciam elásticos como os de uma pantera, uma pele fina que envolvia o corpo dele inteiro. Tinha um pau que, mole, superava os nossos em pelo menos três dedos, e era acompanhado de uns culhões grandes, com dois ovos que fazia gosto de ver. Um detalhe importante, talvez o mais importante: o Aka era negro. Ele era filho do Cônsul de um país africano. O Aka falava várias línguas porque até vir para o Brasil tinha estudado num internato na Suíça, mas o português dele era nenhum. Isso e o fato dele ser o único preto da sala resultou que os meus colegas desprezavam ele. Não se dirigiam a ele, deixavam ele para lá (acho até que o pausão dele deixava os meus colegas humilhados). Ele nunca reclamou, ficava na dele. Eu falo inglês como português porque aquela baba que tinha cuidado de mim era inglesa e só falava nessa língua comigo. Assim comecei a falar com ele, a ajudar o cara nas aulas, a ensinar os rudimentos de português. Ele nitidamente ficava agradecido. Ficamos amigos e, principalmente, eu escolhi ele não o “garoto do mês”, mas o “garoto do ano”, e, desconfiava eu, o “garoto do resto da minha vida ”. Sem saber eu estava apaixonado por ele. Mesmo assim o Aka nunca me deu a menor intimidade. Nunca fui na casa dele, nunca saí com ele. Falava com ele no colégio e era só. Ficávamos juntos o tempo todo, mas só na escola. Durante um ano inteiro foi assim. Um dia o Aka não foi na aula. Achei que ele tinha ficado doente. Assim que foi a maior surpresa quando eu cheguei em casa ter encontrado um envelope subscrito com um “Philip” numa letra linda que eu imediatamente reconheci ser a letra do Aka. Dentro, em inglês, tinha um bilhete: “Philip, estou voltando para a minha terra. Deu confusão lá e tivemos que voltar. Quero que voce saiba que voce é a única pessoa no Brasil de quem eu gostei. Desculpa, mas eu tive o atrevimento de escolher voce o meu irmãozinho branco. Adeus. Aka.” Aquilo foi como uma porrada nos meus peitos. Não ia ver nunca mais o meu amor. Chorei rios de lágrimas. Durante muito tempo bati punheta pensando nele e chorando o tempo todo.

A partir dessa época a minha mãe resolveu administrar a minha vida. Por um lado era bom porque ela passou a prestar atenção em mim, por outro era um horror porque ela deu de fazer com que eu começasse a conhecer e sair com garotas (claro que eram as que ela escolhia). Eu estava com 17 anos e era inegavelmente um molecão muito bonitinho e as garotas gostavam de mim. Na sua maioria era papo de ir ao cinema, a festinhas e coisas assim. Aprendi a beijar de língua. Fazia sacanagem com elas e ficava de pinto duro. Se moleque fica de pinto duro até na aula de matemática, com uma garota segurando e fazendo sacanagem com ele é normal que endureça. Então fazia sacanagem, nos mais diversos lugares. Aprendi a meter na buceta das que deixavam. Aprendi a fazer elas gozarem. Pausa. Tinha até uma, talvez a mais sacana de todas, que era portuguesa e quando ela gozava falando feito galega, cheia de ‘ai Jesus’, ‘está a bir’ e coisas nessa linha eu achava engraçado pra caramba e tinha que ficar prestando muita atenção no meu pau cravado nela porque se não eu ia acabar broxando de tanto rir. Continuando. Apesar disso o meu pensamento, o meu tesão verdadeiro, o meu coração, continuavam com o Aka. Podia fazer a sacanagem que fosse com as garotas que eu continuava a bater punheta pensando nele. Claro que o meu pensamento em relação a ele tinha evoluído. Já me imaginava fazendo tudo com ele. Claro que eu gozava pensando nele me comendo (com aquele pausão que agora devia estar enorme), mas rolava também eu comendo ele, metendo naquela bunda linda, com ele me pedindo para enfiar tudo e coisas que tais (eu aí pensava nele falando português porque o meu vocabulário de sacanagem em inglês era quase nenhum). O fato é que nunca, nunca mesmo, eu deixei de pensar no Aka. Não tinha noticia nenhuma dele. Procurava nos jornais saber alguma coisa do país dele. Era até pior, porque o que eu via me deixava inquieto: eram histórias de violências, revoluções e matanças. Me ocorria que talvez o meu amor nem estivesse mais vivo. Dia que eu pensava assim eu ficava fodido de cabeça. Chorava que nem um desesperado. Me sentia “viúvo”.

E o tempo foi passando. Estava com dezenove anos, tinha acabado o colégio e entrado na faculdade. Minha vida tinha mudado inteiramente. A falta dos meus pais, que continuava a mesma, já não me afetava mais. Contra todas as expectativas tinha me tornado um cara seguro. Sempre tímido e mais para o caladão, mas agora eu já sabia das coisas, sabia me colocar diante da vida, dos acontecimentos. Tinha alegrias e tristezas. A falta do Aka pertencia ao capítulo das tristezas, mas uma punheta bem batida, com fantasias bonitas, de nós dois em lugares bonitos, falando coisas lindas um para o outro o que acabava numa transa de endoidecer, me deixava alegre. Durante uma certa época fiz uma coisa muito doida: quando acabava a punheta esporrava num vidro que eu guardava na geladeira do meu quarto e metia uma etiquetazinha com a data. Eu fazia aquilo para que se um dia eu viesse a ter o meu Aka comigo eu poder mostrar para ele, para ele acreditar que durante todo o tempo eu nunca tinha deixado de foder com ele e, portanto, de amá-lo. Claro que um dia eu joguei aquilo tudo fora, reconhecendo a palhaçada que eu estava fazendo, mesmo porque a geladeira estava ficando cheia e eu ia acabar nem podendo guardar troços nela. Teve uma época que eu resolvi escrever um diário. Nele eu descrevia as minhas fodas com o meu neguinho. Com detalhes, tudo invenção. Acabei jogando fora também. Apesar de gay, no corpo e na alma, eu agora não tinha mais nenhuma dúvida disso, eu nunca transei com homem. Olhava para alguns, achava bonitos, fantasiava algumas sacanagens com eles, mas depois afastava os pensamentos porque considerava que eu estava traindo o Aka. Descarregava o meu tesão com garotas, nunca tive dificuldade com isso e, o que era o principal, não achava que eu foder com mulher fosse traição com o meu namorado. E olha que eu era paquerado pra caramba pelos machos. Chegava nego querendo foder, uns querendo dar, outros comer. Eu ria do troço. Por essa época o chato era segurar a minha mãe. O meu pai nunca se meteu nesses assuntos, mas a minha mãe começou a achar que eu tinha que namorar sério, já começar a pensar em noivado e casamento. Babaquice dela porque com dezenove anos ninguém fica pensando nisso. Eu pensava, na verdade, em noivar e casar, mas era com o Aka. Teve um dia que depois dela me encher o saco com o assunto eu disse que eu namorava uma pessoa e que estava pensando em ter um compromisso sério. Ela ficou toda contentinha e quis saber quem era. Eu mandei, rindo de morrer por dentro, que ela não conhecia, que a pessoa não era brasileira e que no momento não estava morando no Brasil.

Um dia, cedo de manhã, eu estava fazendo a barba para depois ir para a faculdade quando tocou o telefone. Eu atendi e uma voz que eu não conhecia disse somente: “Hi, Philip!” Claro que eu imediatamente soube que era o Aka, ninguém mais no mundo me chamava assim. A voz era uma coisa maravilhosa, depois eu falo dela. Engasguei, o meu coração parecia que ia sair pela boca. Mas consegui me controlar e mandei: “Aka! É voce? Onde voce está?” E ele: “Aqui, acabei de chegar. Vim de Paris. Estou num hotel e agora vou dormir um pouco porque eu tenho medo de avião e não dormi um só minuto a viagem inteira, mas gostaria de ver voce ainda hoje, se for possível.” Eu respondi: “Claro que é possível, onde voce quer me encontrar?” Ele perguntou se eu podia ir pegá-lo no hotel e depois a gente ia jantar. Eu falei que sim. Combinamos a hora. Passei o dia alucinado. Literalmente alucinado. Não prestei atenção nas aulas, não prestei atenção em nada. Tinha o meu neguinho na cabeça o tempo todo, o Aka que eu conhecia há quase quatro anos atrás. Relembrava ele em detalhes, porque eu tinha ele completamente na cabeça esses anos todos. Na hora combinada eu fui no hotel. Estava para pedir na portaria que chamassem ele quando eu vejo sair do elevador um acontecimento. Um negão de quase dois metros de altura. Classudo pra cacete, um príncipe negro. Esquio, um corpo bem proporcionado. Vestido numa linha jovem, mas muito discreto. O cabelo cortado rente na cabeça. Ele se aproximou sorrindo. Eu aí vi os dentes mais brancos que eu já havia visto na minha vida. Ele me reconheceu imediatamente. Chegou perto de mim e me deu um abraço. Nada muito apertado, mas eu pude sentir a carne dele, dura pelos músculos, mas macia ao mesmo tempo. O meu pau ameaçou de se manifestar mas eu dei um esporro mental nele e ele, muito a contragosto, ficou na dele. O Aka só falou: “Meu irmãozinho branco, que saudade!” Quase ri porque ele, por delicadeza, falou em português, mas o sotaque era atroz. Brinquei com isso e mandei falando em inglês: “Vou ter de te ensinar tudo de novo.” Ele riu e disse uma coisa que me arrepiou até a alma: “Falei português com você todos os dias durante esse tempo todo. Não faltou um só dia, mas como não tinha ninguém que me corrigisse eu não podia saber se o troço estava certo. E, pelo jeito, não estava certo.” E riu o sorriso mais espetacular do mundo. Saímos e levei ele num restaurante foda de caro que ia me deixar duro até o fim do mês. Mas príncipe a gente tem de levar num lugar à altura e o Aka era o meu príncipe. Aliás príncipe de todo o mundo porque não teve lugar naquela noite em que as pessoas não ficassem olhando para ele. Ele usava uma camisa branca de seda que grudava no corpo dele, parecendo uma segunda pele. Eu via os peitinhos dele, marcando a camisa. Eu estava alucinado. A única coisa que eu notei que destoava do resto foi a mão dele quando ele me cumprimentou: era grossa e calejada. Enfim começamos a conversar. Eu mandei: “Aka, deixa eu falar primeiro porque é mais simples: “Eu cresci, saí do colégio, entrei na faculdade. Os meus pais continuam os mesmos. Então essa é a minha vida. Agora conta tudo de voce.” Ele riu e falou um troço que me deixou meio decepcionado: “Voce não tem namorada?” Eu falei a verdade: “Saio com umas garotas de vez em quando, mas namorada fixa eu não tenho.” E ele: “E amigos?” Eu respondi: “Tenho uns conhecidos, quase todos colegas de faculdade, mas amigos eu não tenho, porque nesse tempo todo eu fantasiei de reencontrar um irmãozinho preto que, como na época de colégio, excluía qualquer amigo.” Ele riu. E falou: “Philip. Ou melhor ‘Filipee’. O que eu tenho para contar não é muito bom não. Nós voltamos para a minha terra rapidinho, como voce sabe, nem deu para eu me despedir direito de voce...” Eu interrompi: “Mas escreveu um bilhete dizendo que me considerava seu irmão. Eu guardei o seu bilhete e hoje ele está enquadrado e eu guardo ele na gaveta da minha escrivaninha, para quando eu fico com muita saudade de voce eu ficar olhando para ele.” Ele ficou olhando para minha cara um tempinho e continuou; “... quando chegamos lá estava começando uma revolução da tribo nossa inimiga. Meu pai, com os amigos dele foram para a luta. Foi uma matança enorme, eu até tinha esquecido como as coisas eram na minha terra. Acabamos que fomos os perdedores e os nossos adversários tomaram o poder. Mas eles não nos mataram. Nos meteram na prisão, salvo a minha irmã mais velha que eles estupraram e ela não resistiu e acabou morrendo. Tanto o meu irmão e as duas irmãs restantes sobreviveram. Eles, como eram pequenos, foram entregues a uma família que os criou. Claro que eles eram empregados na casa da tal família, mas eram razoavelmente bem tratados. O meu pai, a minha mãe e eu fomos para a prisão. Foi muito ruim. No começo éramos torturados quase todos os dias, depois a coisa melhorou por interferência do bispo de lá, mas ficamos presos direto. Dia e noite dentro da cela. Eu separado dos meus pais, nem sabia se eles estavam vivos ou mortos e se eu perguntava por eles caiam de porrada em mim. Foi aí que eu descobri uma forma de manter a sanidade. Era pensando em voce. Lembrava de voce. Aliás como voce mudou, Filipee. Voce ficou um homem grande. Bonito voce já era, mas eu acho que está mais. Mas eu me lembrava da gente conversando, voce me ensinando português. Aí foi que no meu pensamento eu conversava em português com voce. Pensava mais ainda: quando eles batiam muito em mim eu imaginava que voce chegava depois e cuidava dos meus ferimentos. Inventei até que voce tinha um ungüento mágico que voce passava no meu corpo e as dores diminuíam. Vê que maluquice. Foi assim durante três anos. Tem seis meses que a tribo do meu pai fez uma outra revolução e ganhou. Um dia abriram a minha cela, me pegaram e me levaram para a minha casa, ou pelo menos o que restava dela. Eu estava achando que eu ia ser executado. Não estava triste com isso porque eu achei que morrer ia ser muito mais fácil do que agüentar a prisão. Mas não me mataram, me deixaram na porta de casa e se largaram. Eu fiquei três dias sozinho, comendo raízes que eu achei no que tinha sido o jardim da minha casa. Até que o meu pai chegou com a minha mãe. Foi uma visita muito rápida porque a porrada comia por toda a cidade. Ele deixou a minha mãe comigo e se largou. Enfim, com o passar dos dias a coisa foi melhorando e finalmente o meu pai veio e ficou com a gente. Para resumir o meu pai é agora o Ministro das Estradas, que é o que vocês aqui no Brasil chamam de Ministro dos Transportes. Mais uns dias eles acharam e trouxeram o meu irmão, ele está agora com quatorze anos, e as minhas irmãs. O meu pai quase não para em casa porque passa o tempo todo em reuniões políticas e no trabalho doido de reconstruir os transportes do país. De qualquer forma no mês passado ele nos chamou e disse que nós tínhamos que ir embora. O meu irmão não teve escolha porque o meu pai mandou ele para estudar na Suíça na mesma escola que eu tinha freqüentado, mas eu e as minhas irmãs podíamos ir para onde nós quiséssemos. Ele explicou que nós nunca mais iríamos voltar para a nossa terra porque ele não queria que a gente passasse tudo o que tínhamos passado. Elas escolheram ir para os Estados Unidos da America. O meu pai pensou que eu ia escolher ir para a Inglaterra, mas eu disse que não, que queria vir para o Brasil. Eu não contei para ele, dei a desculpa que aqui o clima e as pessoas lembram um pouco a gente, os pretos, não os brancos, mas a verdade é eu quis vir por causa de voce.” Eu quase me mijo todo: “Por minha causa?” E ele, me olhando fundo no olho mandou: “É, voce. Voce é o meu irmão, por escolha, não por sangue, o que é mais forte e, assim, é a coisa mais perto de família que eu tenho. Mas fica frio que eu não vou ficar grudado em voce, enchendo o seu saco. A partir de amanhã vou procurar um lugar para morar, vou ver como ficaram os meus estudos, vou fazer tudo para entrar numa faculdade. Dinheiro não é problema porque o meu pai fez uns fundos de grana para cada um de nós que vai dar para nos sustentar por muito tempo. Aí vou conhecer uma brasileira com quem eu vou casar e os meus filhos vão ser os seus sobrinhos.” Essa última parte eu não gostei nem um pouco e devo ter feito uma cara esquisita. Ele notou e perguntou: “Não achou legal? Está com medo que eu fique grudado em voce? Fica descansado. A gente se falar de vez em quando vai ser ótimo e se voce não tiver saco me diz que eu sumo. Só queria que voce topasse se encontrar comigo duas vezes por ano, no seu aniversário e no meu.” Eu imediatamente mandei: “Ta maluco, Aka? Sumir de mim? Não. A gente vai se ver todos os dias, como era antes no tempo do colégio. Vamos conversar, vamos ficar juntos, e eu vou dar um jeito nesse seu português.” Ele aí falou outra coisa que bateu mal em mim. Rindo um sorriso largo mandou: “Menos, é claro, quando eu estiver com as minhas namoradas. Mas a gente vai dar um jeito de sair junto, voce com a sua e eu com a minha.” Caralho, namorada. Porra, eu queria o Aka nos meus braços, queria ele só para mim. Queria ver o meu neguinho, agora negão, pelado, mostrando a bunda e a piroca que eu adivinhava enorme. Sentir os músculos de felino que ele tinha contra o meu corpo, etc. etc. etc. e ele vinha com papo de namorada. Mas fiquei na minha, não disse nada e concordei com tudo. Acabamos de jantar e ele me pediu para levar ele no hotel, porque ainda estava com sono. Saímos. Na porta do hotel eu saltei do carro e ele me abraçou, dessa vez mais forte, e falou: “Filipee, my bro. Together forever.” E entrou. Eu voltei para casa. Cheguei era uma e meia da manhã. Tirei a roupa rapidinho e caí na punheta. Pode parecer mentira mas não é. Bati a noite inteira, até de manhã quando eu fui para faculdade. Bati direto pensando no Aka. Gozei não sei quantas vezes. Nas últimas, já dia claro, o pau não subia mais, mas eu continuava batendo. A porra, de que eu sempre me orgulhei da quantidade, agora eram apenas umas gotinhas e eu acho que na última gozada, que demorou uma eternidade, nem isso saiu.

Naquela mesma tarde ele telefonou e perguntou se eu topava ir com ele visitar uns apartamentos, iam ser uns poucos porque ele só ia topar se fosse perto da minha casa, e que eu ia ficar traduzindo a conversa dele com os corretores. Eu fui. Visitamos alguns, os corretores tentando dar de espertos tendo em vista o Aka ser gringo e, ainda por cima, crioulo. Dei uns esporros em alguns. Acabou que o último que visitamos, a noite já caindo, foi o que ele escolheu. Era um apartamento de sala e dois quartos, daqueles antigões, com cômodos grandes, e com uma vista espetacular, via-se a cidade já acendendo as suas luzes. Aí caiu a ficha e eu perguntei: “Aka, para que voce quer um apartamento tão grande? E ainda por cima com dois quartos?” Ele respondeu daquele jeito esquisito de falar inglês: “Sim, dois quartos sim, porque um vai ser o meu e o outro para o meu irmão branco para quando a gente sair junto, sozinhos ou acompanhados, ele vir dormir aqui. Vai ser o seu quarto, Felipee, e voce vai poder por dentro dele o que voce quiser.” Quando eu ouvi isso só não me esporrei nas calças por falta de porra em função da noite anterior. Só dei uma risadinha. Ele comprou a porra do apartamento. Eu mandei uma conversa comprida com o corretor e consegui um bom abatimento, tendo em vista que a porra ia ser paga a vista e em dinheiro. A partir daí nos encontramos pouco porque ele passava o dia se virando com a burocracia brasileira para regularizar os estudos. Acabou arrumando tudo, teve de fazer um curso especial para estrangeiro para acabar o segundo ciclo em poucos meses. Se não estava fazendo isso gastava o tempo dele comprando troços para a decoração do apartamento. Gente, não é porque eu seja apaixonado pelo Aka, mas a verdade é a porra do apartamento ficou lindo. Saíamos frequentemente para jantar. Cheguei a levar o Aka para conhecer os meus pais. O meu pai, como sempre, cagou, deu um muito prazer e um boa noite seco e se largou. Já com a minha mãe eu, sacanamente porque conhecia como a velha era besta, disse de cara que o pai dele era um Ministro super importante. Ela imediatamente adorou ele, preto ou não, e passou a tratar ele super bem, acho até que hoje ela gosta mesmo dele. Saímos para jantar. Eu coloquei ele como meu dependente no meu clube e nos fins de semana, quando fazia bom tempo, freqüentávamos a piscina. Era um sucesso. O mulherio só faltava esfregar as respectivas bucetas na cara dele, o que me deixava puto da vida.

Tudo bem, tudo muito bonito. Eu tinha o Aka do meu lado. Ótimo, verdadeiramente um sonho por um lado, mas por outro lado eu comecei a ficar super infeliz. Eu via o meu amor o tempo todo. No clube, após a piscina via o Aka pelado, ali do meu lado, exibindo a beleza dele na minha cara. E que beleza! Ele era absolutamente perfeito. Tirando umas marcas nas costas que ficaram das porradas que ele tinha levado la na terra dele, no resto ele era perfeito. Aquela pele esticada sobre aqueles músculos super flexíveis de pantera. E o pinto dele? Era enorme, eu calculava que duro ele devia medir quase uns trinta centímetros. Grosso, com pele comprida na frente que, quando ele puxava para trás no banho para limpar atrás da cabeça, mostrava uma cabeçorra vermelha. O banho do Aka era um negócio complicado. Ele passava primeiro uma esponja áspera, depois uma lisa. Se secava com uma toalha normal e depois com uma toalha de seda, se friccionando com força. O crioulo era mesmo cheio de história. E eu lá, vendo tudo aquilo e tentando não ficar de pau duro. Pensava em troço chato, um dia até pensar no enterro da minha avó eu pensei. Ele tomava banho sem nem olhar para mim. Ficava cantarolando umas musicas da terra dele, super ritmadas. Eu ia pouco na casa dele. Tinha medo que eu não agüentasse e acabasse agarrando ele e aí, acreditava eu, a nossa amizade, sendo irmão e tudo, ia para o caralho. Porque a verdade se diga, o Aka era macho para caramba. Nos primeiros tempos não rolou mulher com ele. Eu achava que era porque ele ainda não dominava o português e ficava com vergonha. Aí pensava que ele estava se virando na punheta que nem eu (quando eu pensava isso, imaginava ele punhetando e batia duas seguidas). Conversa de sexo não rolava entre nós porque o Aka era meio envergonhado com essas coisas. Foi assim que dias antes do aniversário de vinte anos dele ele falou: “Terça feira é o dia do meu aniversário. Eu vou dar um jantar lá em casa e, claro, quero que voce vá.” Eu mandei um tudo bem, puto dentro das calças porque na certa iam estar amigos dele e garotas que, como sempre, iam ficar se derretendo por ele.

Quando eu cheguei a casa dele estava a coisa mais linda. Ele tinha acendido um monte de velas pela sala toda. A iluminação vinha de uns pouquíssimos abajures. Impregnava a sala um cheiro de madeira. Em cima da mesa de jantar, super bem decorada, tinha um balde com uma champagne super cara. Eu cheguei, ele abriu a porta. Vestia um camisolão africano, super colorido, de um algodão fininho que quando ele andava deixava entrever as formas dele, principalmente o pinto, o que me convenceu de que ele não vestia nada por baixo. Ele abriu a porta todo risonho (com aqueles dentes super brancos, etc. etc. etc.). Me cumprimentou. Foi no aparelho de som e meteu umas musicas que eu não conhecia, mas que eram calminhas. Não tinha mais ninguém lá. Aí falou para mim: “Felipe (ele já tinha corrigido o sotaque), enquanto eu abro o champagne vai no teu quarto e veste um troço que eu deixei lá para voce. Mas veste à africana, sem nada por baixo. Eu quero que voce fique igual a mim para todo o mundo saber que voce é meu irmão.” Eu ri, me imaginando com um camisolão igual ao dele. Entrei no quarto e realmente tinha sobre a cama um camisolão como o dele, só que muito mais bonito. Vesti e voltei para sala. Ele estava sentado no sofá, com duas taças na mão. Entregou-me uma e ficou olhando para a minha cara. Sentei-me do lado dele, não muito perto e peguei a minha taça. Dei um risinho e mandei um Happy Birthday. Nessa hora eu senti uma coisa diferente. O Aka, que era o cara mais seguro e calmo do mundo mostrava um certo nervosismo. Não conseguia parar quieto. Levantou e foi na mesa pegar um trocinho para comer. Pegou um para ele e me entregou um outro. Sentou-se de novo. Cruzou as pernas, descruzou. Se ajeitou na cadeira. Eu, como sempre, de olho grudado nele. Puxou um pigarrinho. Parecia que ia falar qualquer coisa mas desistiu. Eu, numa hora, sinceramente preocupado, até porque não tinha chegado ninguém e eu achei que as pessoas que ele tinha convidado não iam vir esnobando ele, o que ia deixar ele super ferido, mandei: “Bro, o que é que voce tem? Os seus convidados já devem estar chegando. Voce está bem?” Ele se virou para mim e falou, com aquela voz maravilhosa de barítono que ele tem: “Felipe, jura para mim que seja o que for que eu falar agora voce vai me perdoar e vai continuar meu irmão como sempre foi.” Eu não saquei de primeira: “Aka, que besteira é essa que voce está dizendo? Eu deixar de ser seu irmão? Olha, meu Bro, nada, mas nada mesmo no mundo vai conseguir fazer isso.” Eu vi claramente que ele tinha tomado uma resolução. Se aproximou de mim, agarrou na minha mão e disse: “Eu gosto muito de voce.” E eu (vejam o meu grau de babaquice) mandei: “Eu também, voce sabe disso.” Ele mandou: “Não é gostar como voce gosta de mim, isso eu sei que voce gosta. Eu quero dizer que eu amo voce.” A minha reação foi um ‘O QUE !!!!!???’ super alto. Ele imediatamente mandou: “Esquece, pelo amor de Deus esquece! Me perdoa!” Ele estava desesperado. Eu também, só que de amor. Só quem amou durante os anos e anos que eu amava ele pode entender isso. Aproximei-me dele e pedi: “Aka, repete o que voce disse.” Ele parou, sem coragem, mas acabou falando, baixinho, quase num suspiro: “Eu te amo.” Eu mandei: “Aka, voce me ama como?” Ele respondeu, agora falando forte: “Amo. Voce é a coisa que eu mais amo no mundo. Como homem ama mulher, como mulher ama homem. Eu amo voce inteiro, o seu corpo, a sua cara, os seus lábios, as suas pernas.” Eu nessa hora nem pensei. Atraquei-me com ele, abracei ele forte. Procurei os lábios carnudos dele nos quais encostei os meus. Eu tremia como vara verde. Ele correspondeu ao meu beijo, primeiro só com os lábios, mas logo eu senti a língua dele pedindo para entrar na minha boca. Meu Deus!! Que beijo!!! Eu sentia ele alisar as minhas costas, sentia a perna dele encostada na minha. Na boca do Aka eu sentia o gosto da champagne. Ficamos ali abraçados nos beijando, mas não fizemos mais nada, eu com medo que aquele momento maravilhoso acabasse como num sonho, nós acordando, de pau duro certamente, mas sós nas nossas camas como tinha acontecido tantas vezes no correr dos anos. Ele saiu da minha boca. E falou, em inglês, a língua natural dele: “É o maior amor do mundo. É o amor que me sustentou no meu sofrimento. Na prisão eu não pensava em português, eu pensava em voce. O tempo todo.” Voltamos a nos beijar. Ele agora me abraçava com força, com desespero. Saía da minha boca e ficava me beijando o pescoço. Eu retribuía. Ele falou baixinho no meu ouvido, no qual eu sentia a respiração quente dele: “Felipe eu te amo desde o colégio. Dia e noite, sem parar, só descobri isso na prisão.” Eu respondi: “E eu a voce. Não sei como eu agüentei tanto amor.” Ele aí se separou de mim, ficou de pé, e tirou pela cabeça, de um só golpe, o camisolão dele. Eu continuei sentado olhando para ele. Misericórdia! Estava ali o Aka peladão. Perfeito. O pinto duro, empinadaço. Os pentelhos dele nunca foram do tipo cheio como os meus, eram enroladinhos e grudados no púbis. No resto do corpo ele era absolutamente liso. A pele dele brilhava à luz das velas. Ele me segurou pelas mãos e me fez levantar. Pegando no meu camisolão me ajudou a tirar ele. Aí nos abraçamos. Eu sentia o pau dele em mim e sentia o corpo dele no meu. Dos nossos paus saía uma melação que lambuzava tudo. Me afastei um pouco, não resisti e olhei para baixo. O meu pau perto do dele parecia piroquinha de moleque. De qualquer forma agarrei ele. Minha mão quase não dava a volta, de tão grosso que o bicho era. Ele agarrou o meu e eu senti a mão grossa e calejada dele. Não foi ruim, ao contrário me deu mais tesão. Ficamos passando as pontas das cabeças uma na outra. Voltamos a nos abraçar e a nos beijar. Eu aí fiz o que eu sonhei durante anos: fui lambendo o pescoço dele, o peito e caí de boca nos peitinhos. Santo Deus!!! Eram duas rodelas enormes, com uns bicos igualmente grandes que estavam duros como pedra. Sentia eles na ponta da minha língua. Comecei a lamber, mordiscar e a chupar. Ele suspirava enquanto apertava a minha cabeça contra o corpo dele, agarrando os meus cabelos. E gritava: “Don’t stop!!! My love, don’t stop!!!!” Eu agarrava o corpo dele pelos lados. Enterrava as minhas mãos naqueles músculos. Larguei os peitinhos e sem desgrudar a minha língua da pele do Aka, voltei para a boca. Eu acho que foi o melhor beijo até aquele momento. Abríamos bem a boca e ficávamos passando as nossas línguas uma na outra. Voltávamos a beijar. Eu passava a minha mão na cabeça dele, sentindo os cabelos dele, curtinhos e grossos, na palma da minha mão. Ficando na ponta dos pés passei o braço pela nuca dele. Nossas faces estavam grudadas. Eu sentia a barba dele me arranhar, o que me arrepiava todo (mais do que eu já estava). Ele afastou o corpo e disse: “Minha vez.” E desceu me lambendo até chegar nos meus peitinhos. A língua dele era áspera e me deixava louco. Lambeu, mordiscou que nem eu tinha feito. Numa hora metendo a boca começou a sugar, com força, a tal ponto que afastando a cabeça esticava a pele. Não doía, ao contrário, era uma sensação alucinante. Aí ele foi descendo. Chegou no meu umbigo onde enfiou a língua. Ficou ali um tempão. Passava a ponta em volta e tornava a enfiar ela. Segurava o meu corpo com aqueles mãozãos. Depois continuou a descer e seguindo com a língua os cabelinhos chegou nos meus pentelhos. Enfiou a cara neles e ficou lambendo, respirando forte e deixando eu sentir o calor da respiração dele. Nessa hora agarrou os meus ovos por baixo. Deu um leve apertão. Foi no meu pau, pegou um pouco de melação com o dedo e depois pôs na boca. Sem largar o meu saco, aproximou a boca do meu pau. Primeiro deu um beijinho na cabeça, depois colocou ele dentro da boca. Chupou só a cabecinha enquanto punhetava o corpo super rápido. Depois enfiou ele inteiro na boca, de uma vez só. Engasgou, teve de tirar e deu uma tossidinha, olhando para mim com os olhos bem abertos dando um sorriso (com aqueles dentes super brancos, etc. etc. etc.). Voltou a chupar. Eu estava absolutamente maluco, sem conseguir pensar. Ele chupou um tempão. Numa hora saiu do meu pau e dando a volta, começou a lamber o meu saco. Chupava forte e metia um ovo na boca. Voltava a lamber. Segurou novamente o meu saco com a mão e começou a lamber atrás dele, quase chegando com a língua no começo da minha bunda. Eu tenho ali muito pelo que ele mordia e puxava com os dentes. Aí parou, levantou e disse: “Vem, meu amor. Agora é a sua vez.” Ele deitou-se se costas no sofá, com aquelas pernas enormes penduradas. Eu nem pensei. Me ajoelhei no chão e fiz o caminho do pescoço até o púbis dele. Bem lento, demorando em cada coisa: peitos, umbigo. Ele não tinha nenhum pelo entre o umbigo e o pentelho, era lisinho. Eu meti a cara naqueles cabelos encaracoladinhos. Meu Deus!!!! O cheiro do Aka! Era um cheiro de macho. Era doce, era azedo, sentia um pouco o perfume de sabonete. Os pelos grossos do pentelho dele faziam cócega na minha língua. Comecei a lamber os culhões dele pelo lado. Lambi o pau dele no lugar onde o saco começa. O pausão do Aka estava duro que parecia que ia explodir a qualquer momento. E que pau! Super grosso e muito, mas muito grande. Segurei nele com as duas mãos. Depois apertando na cabeça puxei a pele, descobrindo aquela cabeça vermelha que eu já tinha visto no banho mas agora via grudada na minha cara. O pau dele tinha veias, veias grossas que eu sentia palpitar. Meti a boca na cabeça. Mesmo abrindo bem a boca não conseguia agasalhar ele inteiro. Mas sentia o cacete dele ocupar ela inteira. De boca fechada ficava passando a língua, cuidando de não arranhar ele com os dentes. Senti o salgadinho da melação dele. Chupei, enfiando a cara. Meti muito pau para dentro, mas sobrou muito para fora. Ele nessa hora quase gritava, me agarrando pelos cabelos e puxando a minha cabeça. Eu sentia o ar me faltando, ao mesmo tempo que tentava meter o pau dele mais e mais na minha boca. Numa hora fiz como ele. Passei a lamber o saco dele, sentindo na língua a rigidez das bolas dele. Tentei meter uma na boca, mas eram grandes demais. Então fiquei só lambendo. Lambi horas. De repente ele me segurou pelos cabelos e disse: “Vamos para a cama!” Nos levantamos. Ele foi na frente e eu o segui. Ele abriu a porta do quarto dele. Santo Deus! Que coisa mais linda que ele tinha feito. A cama de casal estava cheia de almofadas, de todos os tamanhos, tipos e cores. Por todo o lugar tinham velas acesas. Eram tantas que nem precisava de abajur para iluminar. O quarto estava impregnado de um cheiro de sândalo. Ele deitou-se de barriga para cima. Eu fui por cima dele. Ele me abraçou e eu sumi no meio dos braços dele. Ele enfiava a perna no meio das minhas coxas. Eu apertei e parece que ele gostou porque deu um suspiro. Eu levantei o corpo e voltei para o pau dele. Chupei um pouco, com aquela maravilhosa dificuldade. Mas não foi por muito tempo porque ele levantou o corpo, me pôs deitado nas almofadas e começou a me chupar. Forte, com ânsia. Chupava, lambia por fora, ia no saco. Ficou assim um tempão, me deixando doido. Numa hora ele tirou a boca do meu pau e perguntou: “Voce vai gozar?” Eu falei: “Não, Aka, só na hora que voce mandar.” Ele deu um sorriso de puro amor e voltou a lamber. Numa hora eu falei: “Deixa, Aka, eu chupar agora.” Ele deixou, se aconchegou nas almofadas e se entregou a mim. Eu chupei pra caramba. Fui depois no saco e lambi as bolas, desci mais e lambi atrás, chegando na bunda. Lambi os pelinhos dele bem de leve. Ele gritava de tesão. Aí, mesmo doidão como eu estava, me lembrei de um troço que eu tinha visto num filme de sacanagem. Pedi para ele virar de bruços. Ele virou. Pedi para ele abrir bem as pernas, medi umas almofadas por debaixo dele e ele ficou com a bundinha, aquela maravilhosa bundinha (era o único troço ‘inho’ no corpo dele) levantada. Com as mãos abertas afastei as nádegas dele. O cuzinho dele apareceu, cercado de pelos iguais aos pentelhos, mas que não eram muitos. Caí de boca. Com a língua espetada dava voltas em torno do anel. Enfiei bem a cara e senti o buraco na minha língua. Tentei enfiar. Ele, como uma reação natural apertou o cu, mas relaxou logo depois, de puro prazer. Ficamos assim um tempão. O cheiro do rabo dele era maravilhoso. Um pouco como os dos pentelhos, mas eu sentia também um cheiro de suor e de sabonete. Tentei segurar no pau dele. Não consegui mas ele sacou e levantou um pouco o corpo. Os culhões dele ficaram pendurados e eu procurei o cacete dele. Segurei e enquanto lambia o rabo dele comecei a punheta-lo. Depois me levantei. Fiz com que ele se deitasse de costas na cama. Fui por cima dele e comecei a chupar o pausão. Ele entendeu e fez o mesmo comigo. Ficamos fazendo um sessenta e nove que, a gente tinha certeza, só ia parar quando a gente gozasse. Estava delicioso aquilo. Numa hora ele tirou o meu pau da boca e falou lá debaixo: “Voce agora pode gozar.” Continuamos a nos chupar, tendo a certeza e o desejo insano de esporrar um na boca do outro. E foi assim que aconteceu. A quantidade de porra que saiu dos nossos paus foi inimaginável. Eu tive que por duas vezes de abrir a boca e deixar escorrer para fora, porque por mais que eu tentasse engolir, não dava conta de tudo. Que coisa gostosa era a porra do Aka! Um cheiro alucinante, mas ela não era muito grossa. Eu bebia o que podia e ele fazia o mesmo comigo. Até que num tremor final afrouxamos os nossos corpos. Deitamos de lado um virado para o outro, nos olhando, nos amando. Olha, gente, pode ter momentos maravilhosos, todo o mundo tem pelo menos um na vida, mas igual ao que nós estávamos sentindo naquele momento eu duvido. Ficamos nos olhando e fazendo carinho um no outro. Eu pegava o peitinho dele com os dedos, molhando eles naquela quantidade enorme de porra que nos melava. A cara do Aka estava até engraçada porque a minha porra, diferente da dele, é muito grossa e bem branquinha, então contrastava com a pele negra dele. Ele sorria e eu sorria. A gente tinha certeza de que aquele era um momento de felicidade que resgatava anos de sofrimento. O que nós tínhamos feito era muito melhor do que tínhamos imaginado nas nossas punhetas frustrantes. Não que o nosso tesão tivesse passado. Não. Pelo contrário, estávamos com mais tesão, mais vontade de ter um ao outro, do que antes. Os nossos paus naquele momento não estavam durões, estavam mais para os caídos de lado, com a pontas, ainda saindo um resto de porra, melando as almofadas. Ficamos olhando um para o outro, estampando na cara um sorrisinho bem sapeca. Aí aconteceu uma coisa engraçada. Começamos a falar como moleques, num tom de adolescente, como querendo retornar à época em que tínhamos nos conhecido. Foi assim que o Aka falou: “Nós vamos casar para vida inteira, vamos ter o nosso filho, um mulatinho lindo que vai jogar futebol.” Eu aí retruquei de um modo sacana. “Ta maluco? Como é que a gente vai ter filho se nem foder a gente fodeu?” Ele riu: “Não fodeu ainda. Mas vai foder direitinho, como todo o mundo faz.” Eu aí resolvi mudar o eixo da conversa: “Desde quando voce começou a gostar de mim?” Ele discordou: “Eu não gosto de voce, eu amo voce. É diferente. Mas não foi assim de cara. Voce veio me dar força no colégio, quando os caras nem olhavam para a minha cara, e começou a falar inglês comigo. Aí a coisa foi ficando mais forte. Primeiro gratidão. Depois uma imensa simpatia. Depois eu te vi nos banhos. Vi o seu corpo lindo, liso, jovem e fortinho. Os pentelhos tão diferentes dos meus. Lá na Suíça também tinham brancos, muito diferentes de mim porque eram quase todos louros. Moreninhos tinham os árabes, que, aliás, em matéria de pica tinham grandes também e eu acho que eles faziam sacanagem entre eles, mas só entre eles.” Eu interrompi: “Voce tem pau grande desde pequeno? Lá na escola não era isso tudo o que é agora, mas era muito maior do que o de todos nós.” Ele não respondeu. Ficou parado um tempinho. Aí se aproximou de mim e perguntou: “Vamos continuar a nossa noite?” Eu dei uma risada: “Aka, estou com medo de foder com voce, de ter de enfrentar esse seu pau.” Ele riu de volta: “Não se preocupe com isso. Prometo. Mas agora eu queria endurecer o seu pau com a boca. E não quero limpar, porque eu quero ter voce melado como voce está.” Eu mandei, ainda com voz de sacaneada: “Por falar nisso. Que puta cheiro de porra que está aqui no quarto, quase mais forte do que o cheiro de sândalo.” Ele mandou: “É o meu cheiro misturado com o seu. É o cheiro do que saiu de dentro da gente e a gente deu para o outro. Isso para mim é sagrado, porque é um sinal de amor.” Eu resolvi confirmar: “Voce me ama mesmo desse jeito?” E ele: “Amo mais do que qualquer outra coisa no mundo. Amei no meio do sofrimento. E foi esse amor que fez com que eu não ficasse maluco e fizesse uma besteira.” Eu aí resolvi parar com o papo, porque senti vontade de agarrar o Aka. Disse para ele: “Endurece a minha pica, meu amor.” Ele não pensou duas vezes. Segurou o meu pau com os dedos e pôs ele na boca. Como ele estava ainda mole entrou todinho. Eu aí tive a idéia e falei: “Aka, deixa eu por o seu na minha boca porque só mole que ele vai entrar inteiro. Ele riu e esticando o corpo deixou eu meter a cara na pica dele. O pau entrou quase todo, mas os bagos não, porque continuavam grandes como sempre foram. Mas num instante acabou a alegria porque o pinto dele foi crescendo, crescendo, se expulsando da minha boca. Num instante ele estava novamente durão, empinado. Eu aí perguntei, já falando baixo, cheio de tesão. “Fala pra mim, Aka, do que a gente fez até agora, do que é que voce gostou mais?” Ele respondeu: “Gostei de quando voce lambeu os meus peitinhos. Mas gostei mais de quando voce lambeu a minha bunda.” Eu voei em cima dele caindo de boca naqueles maravilhosos peitinhos. Lambi até ouvir que ele começava a suspirar. Aí mandei ele se virar e arreganhar o rabo e cai de língua novamente. Senti aquele cheiro maravilhoso que misturava suor com sabonete. Dessa vez tentei enfiar a pontinha do dedo no cuzinho dele. Ele deixou, não fez um comentário. Só que quando eu saí porque já estava com a língua cansada, ele sentou-se na cama e me pos sentado em cima dele, com as pernas nos lados dele. Nessa posição nos abraçamos e ficamos nos beijando. Aí ele perguntou: “Vamos foder de verdade?” Eu aí parei: “Aka, eu meter em voce vai doer pra cacete e voce eu nem sei se vai conseguir enfiar o seu pau em mim.” Ele deu uma risadinha e explicou: “La na minha terra quase todos tem pica grande, é um sinal da raça. Os homens da minha tribo tem pau maior do que os da tribo nossa inimiga. A gente se casa muito cedo porque as nossas noivas tem de casar antes de fazerem treze anos. Então tem de dar um jeito delas agüentarem.” Aí se separou de mim, abriu a mesinha de cabeceira e tirou três cilindros de marfim. Eram como caralhos, não tinham cabeça esculpida, mas eram caralhos de qualquer jeito. O primeiro um pouco menor do que o meu, um já bem maior e um terceiro praticamente do tamanho do pau dele. Tirou também um potinho com um creme escuro dentro. Eu perguntei: “Isso é lubrificante?” Ele respondeu: “É também, mas é um anestésico poderoso. É considerado sagrado porque é feito pelos caras que cuidam dos deuses e que são os mesmos caras que preparam as meninas para casar.” E emendou: “Deixa eu meter em voce primeiro porque voce vai vendo como é que se faz. Mas vamos fazer um pouco mais de 69, vamos nos chupar bastante para ficarmos doidos como a gente estava antes, mas sem gozar.” Eu ainda brinquei: “Eu já te disse que só quando voce mandar é que eu vou gozar.” E foi se pondo na posição. Eu cai de boca na picona do Aka. Nos chupamos pra caramba e fomos ficando doidos. Numa hora ele saiu debaixo de mim. Pegou no meu corpo e me pôs de quatro. Me ajeitou com a bunda para cima apoiado nos cotovelos. Antes de fazer qualquer coisa, caiu de língua no meu rabo. Minha gente, não dá para descrever o que foi aquela língua quente e áspera lambendo o meu cuzinho. Eu sentia ele piscar. Ele lambeu pra caramba, um tempão. Mordia as minhas nádegas e voltava a lamber. Numa hora ele parou. Eu estava com a cara para baixo, olhando para frente, morto de tesão querendo o Aka dentro de mim, mas também com um medo danado. Pelo cheiro, aliás horroroso, eu senti que ele tinha aberto o potinho. Senti ele passar o creme no meu anel. Esperou um pouquinho e depois enfiou o dedo. Não doeu nada, mas era apenas um dedo. Ele fez um pequeno vai e vem. Depois enfiou um segundo dedo. Aí foi incômodo, mas dor mesmo eu não senti. Aí ele ficou fazendo volta um tempão. Eu sentia os dedos dele dentro de mim, mas não sentia nada no anel que ele estava alargando. Aí parou um momento. Aí senti um negócio duro na porta do meu cu. Instintivamente tentei fechar o cuzinho, mas não consegui porque não sentia ele. Ele forçou e o troço entrou. Primeiro um pouquinho só e depois quase tudo. Doía dentro, mas não era muito. Eu disse um ‘ai’ e ele nem ligou. Começou a fazer um vai e vem. Depois de um certo tempo eu sentia o cilindro dentro de mim. Ele ficou fazendo um vai e vem um tempão. Nesse momento o meu pau tinha amolecido, mas voltou a endurecer porque eu comecei a sentir prazer, aquilo era como se estivesse massageando dentro da minha barriga. Na hora que ele considerou adequada ele tirou. Esperou um pouco e lubrificando o segundo caralho encostou ele no meu anel. Deu uma forçadinha e parou. Deu um tempo e enfiou. Aí doeu mais, mas ainda um troço suportável. Fez a mesma coisa: um vai e vem bem vagaroso. Aí perguntou: “Está dando para agüentar, Felipe querido?” Eu mandei um “hum, hum”. Ele ficou tirando e pondo um tempão. Depois tirou e deu dois beijos nas minhas nádegas. Esperou um tempo. Eu virei a cabeça para trás e vi ele passando o creme no caralhão de marfim. Repetiu o troço. Encostou a ponta, deu um tempo e enfiou. Aí eu senti dor, de verdade. Berrei: “Tira, Aka, que está doendo.” Ele respondeu: “Agüenta um pouquinho que já vai passar.” Aquele pouquinho era no tempo africano, porque a dor não passava nunca. Eu berrava e as lágrimas saiam dos meus olhos. Ele nem aí. Ficou enfiando e tirando. Numa hora parou deixando a porra inteiramente enfiada no meu cu. Se abaixou e pegando na minha cabeça me beijou, dizendo baixinho: “Voce vai se acostumar, acredita. Sabia que a gente vai casar daqui a pouquinho?” Eu respondi ao beijo dele. Eu não sei como a coisa funcionou, mas eu fiquei distraído com os beijos do Aka, com a cara barbada arranhando a minha, com a língua dele dentro do meu ouvido e até me esqueci que estava com aquela tora dentro do rabo. Ele numa hora se levantou. Eu ali quieto, na mesma posição com os cotovelos apoiados na cama. Ele então deu umas punhetadas na pica dele e pegou outro frasco de lubrificante e explicou: “Agora tem de ser lubrificante comum porque o outro ia anestesiar a minha pica.” Melou o pau dele, enquanto se punhetava. Aí tirou o caralhão de marfim da minha bunda e quase que imediatamente enfiou o pau dele. Primeiro um pouco e depois foi enfiando. Doía mas não era muito. Ele enfiou mais, e mais, e mais. Até que numa hora ele falou: “Está todo dentro.” Nem precisava falar nada porque eu sentia os ovos dele batendo na minha bunda. Aí abaixou o corpo e grudou os peitos dele nas minhas costas. Eu sentia ele me abraçando. Começou a fazer um vai e vem. Eu sentia a pica do Aka dentro de mim, dentro dos meus intestinos. Ele suspirava e respirava quente no meu pescoço. Querem saber? Eu estava doido de tesão, doido de amor. Demorou um tempão para gozar. Eu sentia ele cada vez mais excitado. O vai e vem aumentava a freqüência. Numa hora senti ele tremer e dar um grito animal, animal mesmo, como um rugido. Imediatamente senti uma montanha de porra quente entrar em mim, enquanto eu ouvia ele dizer um monte de coisas na língua dele. Numa hora ele parou os movimentos. Me pegou com uma delicadeza infinita e me colocou deitado de costas nas almofadas. Me beijou novamente, uns beijos longos, fortes, cheios de amor. Me olhou nos olhos e disse: “Vem casar comigo, meu marido.” Eu entendi e me levantei e pedi que ele me passasse os caralhos e o creme anestesiante. Para minha surpresa ele falou: “Não precisa, meu amor.” Eu não entendi: “Como não precisa, minha vida? O meu pau não é do tamanho do seu, mas é grande, como voce já viu. Vou te machucar.” Ele com uma paciência infinita explicou: “Desde que eu saí da prisão e voltei para casa, comprei os caralhos e passei a usar o do tamanho médio, me punhetando e pensando que era voce dentro de mim. Nunca pensei que fosse ver voce de novo, então aquilo era voce dentro de mim. Então eu já me acostumei. Lubrifica o seu pau e vem casar comigo.” Eu nem pensei, tamanho era o meu tesão. Pus ele na mesma posição que eu estava antes. Dei umas lambidas no fantástico cuzinho escuro dele, lubrifiquei a minha pica e depois de dar uma experimentada enfiei o pau dentro do meu Aka amado. Fiz como ele. Primeiro fiquei um tempinho parado e depois enfiei tudo começando o vai e vem. O que eu sentia não dá para descrever. Nem vou tentar. Só posso dizer que era uma espécie de amor que eu nunca pensei que seria possível. Amor e tesão. Sentia que estava casando com o amor da minha vida. Não queria gozar, porque queria que aquilo que eu estava sentindo durasse a eternidade inteira. Mas numa hora tudo mudou. Fiquei com uma vontade maluca de gozar. Deitei sobre ele encostando o meu peito nas costas dele, abraçando o Aka com toda a minha força. Mordiscava a ponta da orelha dele. E o gozo chegou! Um gozo forte, alucinante. Sentia que largava a minha porra dentro dele como se estivesse mijando. Estava tão alucinado que nem me lembrei de chamar ele de meu amor. Quando eu acabei caí para o lado exausto. Fiquei ali parado ofegante, sentindo o meu coração bater forte, como se ele fosse sair pela boca. O Aka ficou um tempinho parado também. Numa hora se levantou e disse: “O nosso casamento ainda não acabou. Falta uma coisa ainda.” Aí me levantou, me pôs sentado em cima da cara dele e disse: “Felipe, faz força e tenta expulsar toda a minha porra que está dentro de voce.” Eu fiz e logo comecei a sentir a porra saindo do meu cu e pingando na cara dele que estava de boca aberta, recebendo ela toda e engolindo. No fim ainda deu uma lambida final. Depois foi a vez dele. Eu também recebi a porra na minha boca e bebi ela toda. Aí ele se levantou, foi na mesinha de cabeceira de novo e voltou segurando uma estrela de ouro de seis pontas da qual se penduravam dois cordões de couro. Se ajoelhou na cama. Me olhando bem nos olhos e perguntou: “Voce jura que está casando comigo pela vida inteira?” Eu sem ter nenhuma duvida respondi: “Juro que eu estou te recebendo como meu marido até o dia da minha morte.” Ele aí fazendo uma forcinha quebrou a estrela no meio. Pegou um cordão e pendurou ele no meu pescoço e o outro no dele. Pediu: “Me beija.” Eu beijei. Ele aí, com uma voz bem sacana falou: “Nós já casamos, e foi lindo, muito mais do que eu pensei. Agora vamos foder e fazer sacanagem.” E fizemos. Tudo o que passou pela nossa cabeça a gente fez. Nos comemos várias vezes, em todas as posições possíveis. Ele gostou mais, de longe, da posição de frango assado, como gosta até hoje. Quando a gente não agüentava mais, nos levantamos e fomos tomar banho. Ele mandou que eu vestisse o camisolão novamente. Eu obedeci. Mandou que eu voltasse para a sala e fosse servindo uma taça de champagne para nós. Ele ficou um tempinho no quarto e depois foi para a sala. Ficamos de conversa. De conversa não. Ficamos contando um para o outro os troços do nosso amor, tipo quando começou, como a gente fazia para que ele não morresse e coisas assim. Numa hora ele convidou: “Vamos dormir?” Eu disse que sim e fomos para o quarto. Ele tinha limpado ele todo, tinha tirado as almofadas de cima da cama. Não cheirava mais a porra, tinha o cheiro de um incenso que ele tinha acendido. Nos deitamos agarradinhos e dormimos.

Isso tem 12 anos. Continuamos nos amando como no primeiro dia, como sempre, aliás. Temos uma vida igual à de todo o mundo, com alegrias e com dificuldades que ajudamos um ao outro a superar. Tem oito anos que ele, depois de um monte de telefonemas para a África, trouxe um molequinho, preto como ele, uma graça como ele sempre foi, que é o nosso filho. Acreditam que o sacana do moleque leva um puta jeito para o futebol?

FIM

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Comentários

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7 anos depois...conto lindo. Me emocionou

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Muito bom mesmo cara! Top dos top (rs). Acho uma delícia quando você abre mão de todo aquele sofrimento no sexo anal.

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Um dos melhores contos deste site em todos os tempos.

Um abraço

http://belosmaisbelos.wordpress.com/

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QUE MARAVILHA DE CONTO, COMO VC DISSE, " QUE BELA HOMENAGEM "

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Lindo, como todos os outros teus contos que li. Gostaria de uma informação. Já li, em outro conto, sobre este lubrificante anestésico usado na Áfria. É real ou ficção? Responde-me diretamente, por favor: plutao_fogo@yahoo.com.br

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caraliooo.. to lendo á prestaçao.... MAs tô lendo...

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