primeira vez

Categoria: Heterossexual
Contém 840 palavras
Data: 16/10/2009 13:28:26

Despertei na manhã do dia vinte e dois. Aquele dia prometia ser inesquecível e eu sabia disso. Me levantei como quem levanta disposta à tudo, embora não estivesse na hora de buscá-la ainda. O sangue pulsava em minhas veias de forma acelerada, todo o meu corpo contava cada segundo, cada minuto, cada hora. Eu a conhecia há pouco mais de um ano e, durante todo aquele tempo, me preparei para aquela manhã. O dia em que eu a teria em meus braços, finalmente. Poucas horas antes do desembarque dela, tomei meu banho, perfumei meu corpo e escolhi minhas roupas com a intenção de impressionar. Passado algumas horas da minha casa até a estação rodoviária, eu estava lá. Esperando por ela. Meus olhos examinavam cada detalhe; eu procurava freneticamente por ela, quando, me deparei com aquele corpo caminhando em minha direção. Ela parecia totalmente despreocupada e, por um segundo, eu me senti tola por estar tão ansiosa. Foi neste segundo também, que meu coração parou. Meus olhos estavam fixos nos seus e eu simplesmente não soube o que fazer diante daquela garota, que havia se tornado a mulher mais linda aos meus olhos. Dei alguns passos em direção à ela, com a intenção de parecer tão despreocupada, infelizmente, acho que falhei, pois eu sentia nascer em meu rosto um enorme sorriso. Envolvi meus braços em seu pescoço e nos abraçamos durante alguns instantes que pareceram eternos. O que havia acontecido do tempo em que chegamos até o momento em que estávamos sentadas sobre o sofá foram meros detalhes, o melhor ainda estava por vir, lhes garanto. Eu olhava para a TV, mas não a enxergava. Minha atenção estava total e completamente voltada àquela garota. Seu corpo, seus movimentos, as roupas dispostas em você. Me perguntava se, em sua cabeça, se passava os mesmos desejos que reprisavam na minha. Comecei um assunto, à fim de que aqueles pensamentos sumissem. E, me enganei ao pensar que isso aconteceria. Quando o rosto dela se virou em direção ao meu, meus olhos fitaram seus lábios e ela pronunciou algumas palavras. Não lembro do que falávamos, eu só queria tocar aquela boca e descobrir o sabor da sua língua. Não queria e não podia mais conter aquela vontade, meu corpo pulsava querendo, como se me empurrasse para cima dela. De fato, foi o que fiz. Quando seus lábios pararam de se mover, levei minhas mãos para seu rosto e a puxei em minha direção. Beijei seus lábios como quem mata uma sede, pouco à pouco, fui provando cada detalhe, cada gosto e cada prazer que aquilo me proporcionara. Nunca havia sentido aquilo em toda a minha vida, nunca beijei lábios tão macios e nunca desejei ter alguém invadindo meu corpo como senti quando a toquei. Eu sabia que a queria e à cada segundo de beijo, isso ficava mais evidente. Me levantei do sofá e puxei o corpo dela para o meu novamente. Caminhamos em direção ao quarto sem que eu deixasse seu corpo se afastar do meu por um segundo sequer. Chegando até lá, fechei a porta atrás de nós e, firmemente, ela me encostou sobre a parede. Suas mãos deslizavam pelo meu corpo enquanto nosso beijo se intensificava. Quando finalmente nos deitamos, eu pude sentir que estava completamente molhada e ela saberia também, em instantes. Ajudei a retirar minha blusa e meu sutiã, ela tocava meu corpo de forma delicada, o que me trazia instintos selvagens e me deixava ainda mais louca. Seus lábios molhados desceram da minha boca, para o meu pescoço, até meus seios. Gemidos escapavam dos meus lábios enquanto ela desabotoava meu shorts, sem afastar seus lábios do meu corpo; consegui perceber que ela sempre quis me sentir daquela forma, o nosso desejo era o mesmo. À meia-luz, pude vê-la retirar por fim minha calcinha e deitar seu corpo sobre o meu, entreabri minhas pernas para que ela conseguisse se mover com facilidade. Senti como se fosse desmanchar em suas mãos quando seus dedos finalmente entravam, delicadamente, em mim. Ela os movimentava lentamente, parecia ter receio de algo, mas, eu queria mais. Com a intenção de demonstrar tal desejo, meu quadril se movia em direção aos seus dedos e pouco à pouco meus gemidos foram ficando mais altos. Eu me agarrava em seus pescoço, entrelaçava meus dedos em seu cabelo, descia minhas unhas por suas costas e gemia, cada vez de forma mais intensa. Percebendo minha excitação, ela desceu seu corpo sobre o meu enquanto tocava minha barriga com seus lábios. Pude sentir sua língua em mim alguns instantes depois, um prazer indescritível. Ela tocava meus clitóris e parecia brincar com o meu prazer de uma forma abusada, safada. Era impossível me conter ainda mais; agarrando-me nos lençóis da cama, meu corpo tremia e eu gozei, finalmente, sob sua língua. Aquela noite foi a melhor prova que eu poderia ter tido de que realmente a amava. Só a paixão que eu nutri durante aqueles meses à fio era capaz de explicar a intensidade daquele orgasmo, daquele desejo de querer sempre mais.

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