O Ministro

Um conto erótico de Bira
Categoria: Homossexual
Contém 759 palavras
Data: 28/07/2009 22:58:13

O Ministro era um homem de meia-idade, bonito, cabelos levemente grisalhos, alto, corpanzil, mãos avantajadas, um olhar ágil, perscrutador, profundo. Não falava muito, preferia ouvir e observar o movimento à sua volta.

Nas reuniões da igreja sempre ficava quieto, embora gozasse de autoridade religiosa e hierárquica entre os jovens do grupo.

Era o nosso ministro predileto, por sua discrição, sua aguda inteligência, seu humor refinado, sua elegância. E por seu porte de homem maduro e atraente.

Algo nele nos seduzia.

Eu, particularmente, nos meus quinze aninhos de pura fé e devoção, delirava só de vê-lo e sentir sua aproximação, com seus passos lentos, porém firmes, determinados, passos de homem que sabe o que quer e aonde pretende chegar.

Sentava-se à mesa de reunião ou em almofadas espalhadas no salão paroquial e, só então, tinham início as nossas agradáveis e longas e musicadas reuniões dominicais.

Fechávamos o domingo sempre com um canto de Padre Zezinho, um suave e lírico violão dedilhado com maestria por ele, o nosso homem, o Ministro da Eucarestia, o nosso Ministro.

Que tentação, meu Deus! Perdoa, Senhor, esse pobre pecador, rodeado de pensamentos libidionosos, de luxúria, de desejos ardentes.

Sim, eu desejava a carne do ministro na minha carne. Não o admirava, apenas, mas o queria em uma comunhão sensual, desejava sentir o seu hálito quente nas minhas ventas, nas orelhas, no pescoço, na nuca.

Sonhava com ele e com o momento - se é que Deus me brindaria, ó ironia - que fosse o nosso momento, um instante de intimidade, de amor.

Até que veio o dia: fomos destacados pelo coordenador do grupo para uma missão na periferia da cidade, e tínhamos que ir, apenas nós dois, até os arredores, numa pequena viagem que duraria uns cinquenta minutos de ida e uns cinquenta de volta, e outro tanto no cumprimento da tarefa.

A tarefa? Que importava, àquela altura? Queria mesmo era o trajeto, a ida e a volta, nós dois, a sós, a estrada deserta, o domingo depois da reunião, a noite caindo sobre nós e para nós, presenteando-nos generosamente.

No meio da estrada, porém, o carro quebrou, sofreu uma pane inesperada, e foi o quanto bastou para me excitar e provocar meus mais profundos instintos sexuais.

O desejo veio voluptuosamente em ondas frenéticas, afogando-me em pensamentos ensandecidos, loucos.

Meu pau cresceu maravilhosamente, vigoroso, e pulsava intrépido à procura de outro pau.

A boca secou, não havia uma gota de saliva sequer, apenas o tesão pairando no ar naquele fim de tarde em algum ponto da cidade perdida.

E nós doi ali, dentro do carro silencioso e cúmplice.

Ele me fitava, parecendo também sequioso de algo. Será que ele também me desejava?

Ousei lançar o olhar sobre o volume que crescia em suas calças, e não tive dúvida: que belo pau, que maravilhoso cacetão, meu Pai!

Via-o - juro! - pular, saltitar, moleque, louco por minhas mãos juvenis e ávidas a alisar a gosma que jorrava de sua cabeçorra. E de minha boca e minha língua absurda chupando sua pica deliciosa, grande, grossa, rija, rósea.

Ele pôs a mão sobre minha cabeça, e puxou-a devagar em direção ao seu cacete alucinado.

Fui à loucura. Tremi, me arrepiei, me arrependi e me perdoei no mesmo instante, e me amei como um cristão liberto de qualquer pecado.

E dei vazão ao sonho, e levei a cabeça, guiado pela mão mágica e poderosa do Ministro, do meu homem, do meu pequeno deus de carne.

A braguilha, já aberta, oferecia-me a visão mais luminosa e bela que poderia contemplar. Sua caceta abria-se em dádiva aos meus lábios carnudos, negros, sedentos.

Não hesitei: imediatamente minha boca encheu-se de abundante saliva (não sei de onde veio tanta fartura), que já escorria pelos lábios e lambuzavam sua piroca maravilhosa. Que cheiro poderoso, meu Deus! Que loucura.

Abocanhei seu pau com vontade, engoli-o inteiro, senti-o penetrar até as profundezas da minha garganta, engasguei, quis retirar, mas o desejo falou muito mais alto, e voltei a mergulhar aquele membro senhoril em mim.

Ele fazia movimentos leves, tirava e punha, enterrava e tirava o pau da minha boquinha ávida de prazer.

Ficamos assim um longo tempo - suavemente, molhado, úmido, quente, o seu cacetão penetrava na minha boca e me deixava alucinado.

Gozei, e gozei tanto e tão livremente que não me contive e urrei para a escuridão da noite sem dono, da nossa noite, da minha noite de puro amor e desejo.

Amei aquele momento loucamente, e jamais o apagarei da memória.

No próximo conto, prometo continuar a narrativa.

Para espanto meu, contudo, eis que ele também me de

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Biga a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Bira acho que vc deve ficar só nesse conto, não escreve mais não pelo amor de Deus...zerooo

0 0
Este comentário não está disponível