Elisabeth: Magda, amiga de Elisabeth

Um conto erótico de AribJr
Categoria: Heterossexual
Contém 2129 palavras
Data: 12/03/2009 21:09:02

ElisabethMagda, amiga de Elisabeth

Sábado, 7 de junho de 2003

Cláudio não deu os conselhos que imaginava que deveria dar, não tinha como fazer, era por demais estranho e cruel aquela experiência de vida de uma garota que já carregava uma cruz muito pesada. Celina não tinha en-trado em detalhes, mas deixou bem claro que houve algo envolvendo a famí-lia e que, por isso mesmo, o casamento tinha naufragado.

Depois daquela última frase ficaram calados, ela estava gostando da proximidade com ele e continuou chorando baixinho até ele sair da letargia incomoda.

— Olha garota... – fez caricias nos cabelos loiros e sedosos – Não sei o que falar...

Ela assoou o nariz na blusa da farda, também não sabia o que falar, mas sentia que tinha feito certo procurá-lo e desabafado depois de quase um ano sem se aproximar de outra pessoa senão os amigos inseparáveis Joelbert e Magda, aluna da turma 208 onde ele não ensinava.

— Não fala nada... Só quero ficar aqui contigo – olhou dentro dos olhos dele e viu uma espécie de paz, não tinha nada naqueles olhos que a condenasse – Precisava falar com alguém, não tava mais a-güentando...

Ele queria falar mais, dizer que sentia muito que tudo aquilo tivesse acontecido maculando a vida a-inda sem experiência, mas não tinha certeza de nada, apenas que nascia ali uma cumplicidade verda-deira que poderia, e deveria, florescer para uma amizade sem arreios e nem receios.

— Sabe Beth... – segurou o queixo dela e a fez virar-se para ele – Você é uma garota corajosa... Um tanto maluquinha, mas muito corajosa...

Ela riu por entre a cortina de lágrimas que teimavam sair dos olhos.

— A gente forma um grupo de maluquinhos... – enxugou os olhos - Mamãe, você e eu...

Cláudio soube naquele momento que Celina tinha falado dos dois, quis dizer alguma coisa, mas ela colocou a mão em sua boca.

— Mamãe falou que vocês ficaram na sexta-feira... – um novo semblante tomou conta do rosto que não devia jamais ser triste – Também quero conhecer tua casinha...

Ele riu e puxou o corpo da garota para um abraço carregado de carinho, Beth ainda sentiu o corpo estremecer pelo soluço involuntário.

— Claro que você vai conhecer minha casinha – beijou aos cabelos perfumados – E... Não é só uma casinha, é a nossa casinha, viu?

Elisabeth se espremeu a ele e ficaram colados e calados por muito tempo antes dela se afastar.

— To com fome... Vamos lanchar? – não era mais a garota que falara da vida e que chorara em seu ombro, era outra, aquela que ele tinha conhecido e que tivera medo.

Se levantaram e andaram, de mãos dadas, até a carrocinha de lanches na ponta da praça. Pediram refrigerante e cachorro-quente.

— Tem outra coisa que queria te dizer... – se afastaram e voltaram a sentar em outro banco – Tu és um panaca cara...

Cláudio franziu o cenho.

— Tem gente de montão dando em cima de ti lá no colégio... – olhou para ele e deu vontade de rir da cara que ele fez – Vê se te esperta cara...

Continuaram conversando bobeiras até ele perguntar como é que ela ia pra casa.

— Vou encontrar mamãe no Tropical... Vamos?

Foram, dessa vez de ônibus, conversando animados como se fossem dois colegas da mesma idade e não com vinte e três anos de diferença.

A semana transcorreu com a mesma aperreação de sempre, Cláudio corria pulando de ônibus em ônibus para dar conta das aulas na Santa Mônica e no Dom Carlo além de mais dois outros colégios que lhe permitia levar uma vida sem muitos atropelos financeiros, mas que lhe preenchi-am todo o tempo.

O namoro com Celina ia de vento em popa, sempre que sobrava um tempinho estavam juntos. Elisabeth, depois daquela segunda-feira, pareceu ter tirado um peso que lhe achatava e voltou ser a garota brincalhona de antes da separação dos pais para deleite de todos.

— A Beth está mudada... – Celina segurou a mão de Cláudio, estavam almoçando no “Ó Xente” quinta-feira – Tu viu?

Ele vira, claro que vira.

— E em casa, como está? – perguntou.

— Uma maravilha... Tu sabes se aconteceu alguma coisa para essa mudança repentina? – Celina não sabia da conversa que tiveram – Parece até outra... Foi... – olhou pensativa pra ele – Foi depois... Segunda-feira... É isso mesmo... Foi depois que encontrei vocês dois no Tropical... Aconteceu alguma coisa que eu não sei?

Mas Cláudio não queria que ela soubesse por ele, não iria dizer que a garota tinha lhe contado tudo o que tinha se passado entre elas e o ex-marido.

— Pergunta pra ela... – olhou nos olhos dela.

Celina já desconfiava que havia um algo a mais que ligava o namorado com a filha, Beth falava do professor com uma admiração imensa, os olhos brilhavam quando o assunto era Cláudio.

— Tua filha é uma garota maravilhosa, amor... – pegou a mão dela e deu um beijo – Tava precisando só de um empurrãozinho para que descobrisse isso...

Cada dia que passava Celina ficava mais maravilhada ainda com o jeito de Cláudio viver a vida, pa-recia que Deus lhe tinha dado o dom de desvencilhar nós com uma simplicidade de dar gosto de ver e a maneira como ele tratava os alunos, colegas, pais e ela própria era um lenitivo que fazia esquecer qualquer atropelo que houvesse na vida de quem tivesse a felicidade de se achegar a ele.

— Tu não existe amor... – suspirou fundo – Porque não te conheci há vinte e cinco anos? – riram.

— Porque Ele queria que fosse agora... Tinhas que vir com Beth...

Riram juntos e saíram andando pelo shopping para fazer hora antes de correrem para seus respecti-vos trabalhos. Ele no Ângelo Paes e ela no Maristas.

— Como é? – ele desceu do carro de Celina que tinha lhe levado para a escola – Vamos para a casi-nha no final de semana?

Combinaram que passariam o final de semana na casa dele.

Sexta-feira depois das aulas ia saindo do Dom Carlo quando Beth correu e se jogou em suas costas, ele abraçou a aluna rindo.

— A mãe falou que a gente vai pra tua casa – passou o braço no braço dele – Posso levar uma ami-ga?

— Claro loira... A casa é tua!

Falou que ia levar uma garota que era doidinha por ele.

— Olha lá o que você vai me aprontar Beth! – pararam no posto de táxi – Não quero confusão viu?

— Preocupa não Cláudio... Não quero perder meu novo pai...

Cláudio olhou para ela estranhando ser chamado de pai, mas até que gostou de ser considerado membro da família.

— E quem é essa doida? – já tinha entrado no táxi – Tu vais pra onde? – lembrou de perguntar.

Ela falou que ia encontrar a mãe no Deni’s.

— Vamos... Te deixo lá!

No sábado bem cedo Cláudio pegou emprestado o carro de um amigo vizinho para fazer compras em um mercadinho na pista, queria abastecer a geladeira e dispensa para que nada faltasse no final de semana, o primeiro que passariam juntos.

Celina chegou pouco depois de ele ter retornado com as compras, ela também tinha feito mercearia para a “casinha” do namorado.

Elisabeth adorou a casa, corria pela área livre como se fosse uma criancinha e não a mulher de quase quinze anos.

— Puta merda Cláudio!... – entrou de supetão na cozinha onde ele e a mãe tentavam acomodar as compras – E isso é lá casinha siô? É uma mansão... Tem até sauna mãe?

Celina sabia da sauna, mas ainda não tinha visto toda a casa. Naquela noite e no dia seguinte tinham ficado apenas na piscina e, depois, no quarto de casal.

Cláudio não perguntou sobre a colega que Beth falou que iria com eles já que não tinha ido.

— Queres tomar uma sauna? – perguntou passando o braço pelo ombro da garota – Se quiseres vou preparar...

Mas ela disse que não, deixaria para depois pois queria também ajudar na arrumação da casa.

— Onde tem vassoura? – perguntou – Vou dar uma varrida pra tirar essa poeira...

Realmente a casa não estava como ele queria. Normalmente vinha no sábado uma faxineira que dava ordens à bagunça da semana inteira, mas com a ida delas havia dispensado Maria naquele dia.

Cláudio abriu uma garrafa de vinho e ficaram limpando a casa e brincando até que o celular de cha-mou.Atendeu e chamou a filha dizendo que era para ela.

Elisabeth atendeu e deu um gritinho de satisfação; era a amiga avisando que estava chegando e pedia que ela lhe dissesse como chegar na casa. Deu ar coordenadas e desligou.

— Era a Madá... – devolveu o celular para a mãe – Aquela minha amiga que falei – falou baixinho no ouvido de Cláudio – Convidei ela pra ficar com a gente mãe...

Celina olhou para Cláudio.

— Você pediu para o Cláudio?

— Falou... Beth disse que ia convidar uma amiga... – olhou para Celina – Não vi nada de mau nisso, fiz bem?

Celina gostava muito daquela amiga da filha que sempre passava dias em sua casa, fou que tudo estava bem e que até ia ser bom ter uma companheira da mesma idade da filha no fim de semana.

— Mas ela é meio atiradinha... – olhou para a filha que tinha retomado a limpeza da sala – É uma boa menina, mas... – riu de pensar de como ele na certa ia se espantar um pouco – Ela tem uma manias... Deixa pra lá, tu vais mesmo ver!

Cláudio ficou preocupado, Elisabeth não tinha lhe falado nada sobre o que poderia acontecer. Já as tinha visto várias vezes juntas, Beth tinha lhe apresentado. Era uma garota bonita como a maioria das alunas do Dom Carlo, morena, cabelos negros e sedosos, um corpo escultural e seios pequenos como os da própria Beth. Pouco depois ouviram a sineta tocar – Cláudio tinha substituído a campainha, que devido a maresia, vivia enferrujando por um pequeno sino de bronze acionado por uma linha de pesca grossa e uma argola de bronze dependurada no portal de entrada.

Foi Elisabeth quem correu para atender, sabia que seria a amiga. Celina se serviu de outro copo de vinho enquanto Cláudio aguardava apreensivo a amiga de Beth.

— Tia! – Magda entrou na casa, vestia uma bermuda mínima colada ao corpo, uma camiseta de meia preta e uma mochila colada à costa – Perdi o horário, dormi demais...

Elisabeth abraçou Cláudio.

— Lembra do professor maluquinho? – riu e a garota segurou a mão estendida – Tu já conheces ela, te apresentei no colégio...

As duas não esperaram muito, Beth levou a amiga para o quarto onde ficariam. Celina olha as duas andando conversando animadas e Cláudio saiu para a varanda e acendeu um cigarro.

● ● ● ● ●

— É bonita, não é? – Celina se aproximou dele – Mas... Olha... Não vai ficar grilado com as coisas da Magda, ela é uma boa menina...

Ele estava grilado com aquela preocupação da namorada e mais preocupado ainda com aquele suspense.

— O que de tão diferente assim que ela faz Celina? – sentou no chão e segurou a mão dela – Diz logo, diz que diabos essa menina tem que você fica tão apreensiva...

Ela não precisou falar.

— Tia tem sauna aqui? – Magda saiu.

Cláudio olhou para ela e para Celina. Magda estava só de calcinha e segurava a parte de cima do bi-quíni. Celina riu da cara que ele fez.

— Ele não está acostumado a isso Magda – soltou a mão de Cláudio e passou o braço pelo ombro da morena – Essa daqui é Magda...

— Oi professor... – um sorriso maroto emoldurava o rosto bonito, não tinha nada de apelação na-quela nudez, para ela era a coisa mais normal ficar a vontade na casa de Celina – Sua casa é um espetáculo...

Pouco depois foi a vez de Beth aparecer nos mesmos trajes. Ainda bem que o muro alto em torno de todo o terreno não deixava olhos curiosos também se deliciarem da visão.

— Leva ela pra conhecer a sauna... – pediu para Beth.

As duas saíram correndo e pularam na piscina, Celina ficou olhando as duas aspergindo água por todos os lados. Cláudio ainda não tinha se recomposto da surpresa.

— Te falei que minha família era mais maluca que o professor maluquinho... – Celina sentou no colo dele – Tem alguma coisa a gente ficar à vontade?

Não esperou por resposta. Tirou a camisa deixando à mostra os seios bem feitos. Cláudio não disse nada, não tinha o que dizer.

Mas não arriscou tirar a bermuda ou o calção de banho colado que não escondia a excitação em ter na casa três mulheres esculturais quase totalmente nuas.

Acendeu o fogo da churrasqueira e passaram a manhã toda brincando, bebendo e comendo.

Este relato é contado em 11 episódios e você leu o 3º

Episódio 01: http://www.casadoscontos.com.br/texto/Episódio 02: http://www.casadoscontos.com.br/texto/

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