Minha filha..., 17 - Festa surpresa para o papai

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<tt><center>Minha filha, mãe de minha filha</center></tt>

<center><strong><b> FESTA SURPRESA PARA PAPAI </b></strong></Center>

<center><tt><b> Quarta-feira, 14 de julho de 1999</b></tt></center>

<blockquote><b> Não tinha aparecido no escritório, Margareth bem que tentou arrastá-lo para lá, mas ele se esquivou.</b></blockquote>

Roberta ligou pouco depois da meia noite para ser a primeira a desejar felicidades.

Isabel e Cíntia ligaram lá pelas oito horas e, pouco depois, a pequena Janice.

— Tio? – ouviu a voz melodiosa da sobrinha – Queria desejar feliz aniversário.

— Obrigado molequinha... Você tá acordando agora?

— Não! Tô acordada desde cedo – ouviu vozes – A gente tá preparando a festa... A tia quer falar com o senhor...

— Oi amor? – Dora parecia estar alegre – Tu vens almoçar conosco?

— Se for coisa gostosa vou...

— Coisa gostosa nessa casa é o que não falta... – voltou a ouvir bagunça – Pára com isso Roberta! – Dora brigava com a filha – Olha! Estamos te esperando viu?

— Tá bom...

— Não demora... A gente aproveita o sol e dá uns mergulhos na piscina, tá?

— Tá bom... Só vou passar numa farmácia antes de ir... Demoro nada, tá bom?

Foi pro quarto trocar de roupa.

— O senhor vai sair? – Juanita estava parada na porta do quarto.

— Vou almoçar com as meninas – escolheu uma bermuda branca e camisa vermelha – Tá faltando alguma coisa?

A garota falou que não.

— Hoje é seu aniversário, não é?

— É sim Juanita... Tô fazendo quatro dois – sorriu e tirou a calça ficando só de cueca – Você sabe onde se meteu minha sunga de banho?

Juanita entrou no quarto, abriu uma gaveta e tirou o que ele tinha pedido.

— Talvez dê uns mergulhos na piscina da Dora – vestiu a bermuda e a camisa.

Juanita saiu e foi para a cozinha.

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Estranhou ver tantos carros estacionados na rua. Esperou uma eternidade até Dora abrir a porta.

— Desculpa amor... – se abraçaram e se beijaram – Feliz aniversário...

Entraram direto para a sala, a casa era um silêncio só e nem parecia aquela bagunça que tinha escutado ao telefone.

— Cadê as meninas?

Tão na piscina... – Dora olhava a todo instante para a copa – Vem cá, deixa eu te dar meu presente.

Puxou ele pela mão e foram para o quarto de casal.

— Esse daqui é para o melhor homem que já passou em minha vida!

Amarildo recebeu a caixa e abriu. Era um note-book Sansung.

— Tu és maluca Dora? – abriu a sacola e tirou o computador.

Voltou para ela e se abraçaram e se beijaram.

— Vamos ver as meninas... – Dora tirou o computador e botou na cama.

Quando apareceram ele levou um susto com a algazarra e os foguetes que pipocavam ensurdecedores. Estavam todos da firma além de amigos comuns. As garotas correram para ele e lhe abraçaram.

<blockquote><i> Foi uma tarde gostosa e ficaram comento, bebendo, conversando e brincando até o final da tarde quando os convidados começaram a sair.</i></blockquote>

— E aí pai, gostou da festa surpresa? – Isabel abraçou o pai.

Depois de todos terem saído parecia que o silêncio incomodava. Dora sugeriu um mergulho familiar para fechar o dia.

— Mas antes vamos fazer uma coisa... – Cíntia olhou para a tia – Tia, cadê?

Dora deu um pulo e entrou correndo em casa.

— Pai... – Roberta sentou no seu colo – A gente vai fazer uma brincadeira, mas tu tens de fazer tudo o que a gente disser, tá bom?

Ele olhou para a sapeca e para todas. Não deveria ser nada de mau, pensou.

— Tá bom... – se resignou a aceitar a tal brincadeira.

— Certo... Então a Jany vai te levar lá pra sala...

Janice pegou a mão do tio e ele se deixou levar. Na sala Dora já estava esperando.

— Amor... Senta aqui... – puxou o banco e ele sentou – Pronto, Janice, pode voltar...

A garota saiu correndo.

— Fala logo que brincadeira é essa Dora! – ele estava começando a ficar preocupado.

— Pera rapá! – ficou atrás dele e tirou a camisa suada – Vamos tirar essa camisa suada e fedorenta – riu e ele deixou – Agora tira a bermuda e veste o calção de banho.

Ele fez o que ela mandou.

— Pronto, e agora?

— Senta de novo – ele sentou – Agora vai vir tua filha predileta que vai assumir... Bertinha! É tua vez!

Roberta entrou com uma caixa.

— Pai! Vou botar um capuz no senhor, viu?

Ele olhou pra Dora que sorria, Roberta abriu a caixa e vendou os olhos do pai e, depois, colocou um capuz preto.

—Tá olhando alguma coisa pai?

—Como? Tô ventado... – riu nervoso.

— Isabel! – Dora chamou – Agora é com você...

Ouviu risinhos, estava ficando nervoso, mas deixou que as coisas acontecessem.

— Pai! – ouviu as voz de Isabel – Bota as mãos pra trás...

— Pra que? – reclamou.

— Bota logo rapá! – ouviu a voz de Dora.

Ele botou e sentiu a filha pondo alguma coisa em seus pulsos, tentou puxar os braços, mas não conseguiu, estava algemado.

— O que é isso gente! – estava mais nervoso ainda.

— Espera rapá! – novamente Dora – Cíntia! É tua vez...

— Tio... Eu vou lhe levar para dar um passeio – ouviu a voz da sobrinha – Deixa que eu te levo....

Sentiu que lhe guiavam o braço até sentir a mão da sobrinha.

— Vamos lá... Devagar pra não cair...

Andou às cegas por quase cinco minutos até pararem.

— Jany! Assume! – Cíntia falou e ele sentiu que ela tinha saído.

Ficou parado sem saber onde estava.

— Tio... A gente preparou uma surpresa pro senhor...

Ele sentiu que ela lhe empurrava devagar em direção não sabia onde.

— Vamos tio... Pode andar pra frente que não tem nada pro senhor esbarrar..

Guiou o tio até ele tocar em uma espécie de mesa.

— Pronto tio... Isso... Aqui está bom...

— Pai! – ouviu a voz de Roberta – A gente te ama muito e, por isso, queremos falar das coisas que sempre marcaram nossas vidas... Bem gente! Esse daqui é meu pai... O homem mais importante de minha e da vida minha e de todos os que estão aqui... Foi ele quem me trouxe para o mundo, foi ele quem trouxe Isabel para o mundo...

— Mas muitas coisas aconteceram em nossas vidas desde que esse homem se tornou tão importante... – ouviu a voz de Dora – Vivi os melhores momentos de minha vida junto a ele... E, por amá-lo tanto é que hoje, no dia de seu quadragésimo segundo aniversário, quero demonstrar todo esse meu amor...

— Tio... – a voz de Cíntia – Não convivi muito com o senhor, mas o pouco empo que estive com o senhor aprendi a gostar e a amar o senhor... E é por esse amor que sentimos que eu e minha irmã quisemos estar aqui nesse dia especial.

— Pai! – Isabel se aproximou – Vou tirar o capuz que cobre sua cabeça...

Sentiu que tiraram o capuz.

— Agora vou tirar a venda e queremos que o senhor diga, em uma única palavra, o que representa para sua vida a primeira imagem que o senhor vai ver.

Isabel tirou a venda e ele viu.

— Porra merda! Sacanagem...

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<center><b>Para melhor entender esse relato, leia os s anteriores</b></center>

<blockquote><tt> 01: E não era eu</tt>

<tt> 02: No Apart-Hotel</tt>

<tt> 03: Em uma festa de Réveilon</tt>

<tt> 04: E ela quis outra vez</tt>

<tt> 05: Isabel dormia do lado</tt>

<tt> 06: Era sábado bem cedinho</tt>

<tt> 07: Antes de domingo amanhecer</tt>

<tt> 08: De novo um passado</tt>

<tt> 09: Surpresas e festa</tt>

<tt> 10: E a decoradora fez que não viu</tt>

<tt> 11: Uma estava linda, a outra cheia de outras intenções</tt>

<tt> 12: Banhos em noite sem lua</tt>

<tt> 13: Noite escura, mar agitado de desejos</tt>

<tt> 14: Cíntia e Janice vão ao apartamento</tt>

<tt> 15: Cíntia, hora de dormir e ter desejos</tt>

<tt> 16: Encontros e conversas</tt>

<tt> 17: <u>Festa surpresa para papai</u> ◄</tt>

<tt> 18: Cíntia, Isabel e a pequena Janice</tt>

<tt> 19: Janice, a dor que não dói</tt>

<tt> 20: Surpresas e alegrias de Roberta</tt>

<tt> 21: Um jantar, duas surpresas</tt>

<tt> 22: Brincadeiras de Roberta</tt>

<tt> 23: Janice, afoita e perigosa</tt>

<tt> 24: Anjinho de Natal</tt>

<tt> 25: Dora descobre tudo</tt>

<tt> 26: Dora e uma outra realidade nova</tt>

<tt> 27: A viajem e as armações das garotas</tt>

<tt> 28: Dúvidas e verdades</tt>

<tt> 29: Verdades e esperanças</tt>

<tt> 30: Para o resto de nossas vidas</tt></blockquote>