Simone, 18 - Simone

Um conto erótico de AribJr
Categoria: Heterossexual
Contém 1490 palavras
Data: 09/02/2009 01:52:00

<center><tt>18 ■■■■■■■■■■■■■■■■■□ 18</tt></center>

<tt><Center>Simone, uma história de amor – 01.13</Center></tt>

<center><strong><b> SIMONE </b></strong></Center>

<blockquote><b> E aquele final de semana foi decisivo...

Tentaram tudo para parecer normal, mesmo depois de Rosângela saber. Regis e Sheila bem que tentaram quebrar o clima tenso, mas o que já era difícil se tornou impossível.</b></blockquote>

<Center><tt><b> Terça-feira, 10 de agosto de 2004</b></tt></center>

O celular não parou de tocar, Simone chorou várias vezes sem saber o que fazer. A mãe tinha decidido levá-la de volta para Copaíba, Lira ainda tentou retomar as conversas com Seu Manoel e dona Benta, mas o clima tenso lhe afastou de vez da casa que foi durante esses anos todos, a sua outra casa.

— Ela quer falar com o senhor... – Raimunda se esgueirou pelas prateleiras – É pro senhor dar um jeito de ir lá...

Esperou que desse sete horas antes de tomar coragem, entrou no carro decidido dar um rumo para o nó apertado. O celular tocou e novamente era ela.

— Não vem aqui... – sussurrou – Mamãe está doida... Não vem...

— Estou de saída... – respondeu ligando o carro – Não pode continuar assim...

— Não amor, te peço... Não vem – escutou gritos – Não vem... Depois te ligo...

<center>● ● ● ● ● ●</center>

Era quase dez horas, o celular tocou.

— Abre a porta... – ouviu a voz da garota – Estou no canto... Deixa a porta encostada... – desligou.

Respirou fundo e correu para a porta, abriu e espiou. A rua deserta, não a viu e voltou, sentou no peitoril e esperou. Quase cinco minutos, uma eternidade esperando, as porta abriu, ela entrou e correu para ele.

— Não vou te perder... Não vou te perder...

Um beijo carregado parecia o ultimo, as línguas se tocaram, salivas pularam de boca e as mãos nervosas apertavam, passavam nas costas.

— Tu não vais me perder nunca... – sussurrou – Vou conversar com tua mãe...

— Não!... Ela ta doida amor, não vai falar contigo...

Tornaram colar as bocas e ela abriu o vestido, deixou cair aos pés, estava nua. Ele suspirou, passeou a mão pelo corpo, seguiu as curvas, tocou nos seios.

— Vamos... – puxou a mão dele – Vamos pro quarto...

Deitou na cama sempre alinhada, sentiu o frescor da colcha, suspirou e abriu as pernas.

— Vem amor, vem...

Tirou a bermuda e deitou entre as pernas, ela olhou para ele e sorriu, não pensavam em nada além deles dois, as mãos passaram nas pernas, brincou com o buraco do umbigo e tocou nos seios. Aproximou o rosto e sentiu o perfume almíscar exalando da vagina depilada, lisa e macia e ela gemeu ao toque da língua, sentiu o desejo que tinha desejado anos seguidos, sonhados em noites sem fim.

— Não Lira... Vem logo, come... Mete logo... Vem...

Não havia tempo dentro do tempo que lhes restava e a voz rancorosa de Rosângela martelava na cabeça, ameaças gritadas, promessas ditas de fazer e não fazer.

Olharam dentro dos olhos, um mundo a parte no brilho do desejo. Ficou olhando e ela desceu a mão, segurou o pau, estava duro.

— Não quero te perder amor... – sussurrou no medo ds lembranças recentes – Não quero...

Colocou na entrada, sentiu o toque da glande entre os lábios sedosos, sentia escorrer a gosma do desejo.

— Mete amor, mete... – pediu sussurrando – Come tua oncinha...

<blockquote><i> Um riso sem rir no rosto sereno sedento de desejos. Segurou a cintura dele e puxou, ele se deixou puxar e o desejo de ser pareceu dilatar o canal, sentiu que estava entrando, fechou os olhos e guardou o sentir dos primeiro instante. Lira pressionou, escorregou para dentro, percorreu livre como se os corpos, os sexos, já se conhecessem, não parecia ser a primeira vez e nem ela sentia o incomodo que lhe fazia ter medo. Não sentiu dor, não aquela que tinha sentido na pracinha, apenas um incomodo e um leve arder. Os corpos colados.</i></blockquote>

— Sou tua... Sou toda tua... – murmurou.

Ele levantou o tronco, olhou nos olhos e descobriu que eram um do outro, que sempre foram. Baixou a cabeça e se beijaram enquanto os movimentos cadenciados arrancavam prazeres. Se amaram como nunca pensaram ser possível, sentiram os sexos unidos, ela gemeu, agatanhou as costas varada de sensações sem descrição.

<center>● ● ● ● ● ●</center>

O telefone tocava endoidecido, abriu os olhos sonolentos da noite sem dormir. Não estava cansado e nem ela que dormia abraçada ao travesseiro. Passou a mão em seu rosto sem acreditar que realmente tinha acontecido. O telefone tocava sem parar.

Levantou, olhou o relógio, seis horas. Desconfiou que deveria ser, voltou para o quartto, beijou os lábios entreabertos, ela abriu os olhos e sorriu.

— O telefone não pára de tocar... – falou baixinho, ela espreguiçou, abriu as pernas e olhou uma mancha rubra maculando a pele – Devem ser teus pais...

— Não quero falar com ninguém... – puxou a cabeça e beijos os lábios – Estou dormindo com meu marido...

Tinha de atender, suspirou, lambeu o biquinho do peito e saiu.

— Ela está contigo? – era Regis.

— Está....

Escutou o silencio pesado, não falou nada, ficou ouvindo a respiração.

— Rosângela saiu para a delegacia... Vai dar queixa contra ti.... – calou, ouviu sons ao lado – Vocês... Ela está perto?

— Não... Está dormindo... – mentiu, Simone estava do lado – Tu queres falar com ela?

— Quero... Tu tens advogado? – outro silencio – Liga para o Marcos, vais precisar...

Olhei para Simone, ela balançou a cabeça dizendo que não queria falar, pensava que era a mãe, tapei o monofone e disse que era o pai, ela respirou e atendeu.

<blockquote><b> Naquele mesmo dia Rosângela levou Simone para Copaíba. Fui à delegacia ao receber a intimação, não levei Marcos e duas semanas depois recebi em AR postal intimação para comparecer ao Fórum de Copaíba. Rosangela me processou por assédio sexual a menor com cópula não consentida.

No dia 23 de novembro de 2004 compareci perante o juiz para a audiência preliminar, dessa vez Marcos estava comigo de posse de hábeas corpos preventivo expedido pelo tribunal pleno. Rosangela não olhou para mim, ficou o tempo todo desviando o olhar enquanto o juiz lia as acusações cheia de figuras de linguagens e de termos jurídicos. Chamou Simone, ela me olhou e sorriu morrendo de vontade de me abraçar, foi o primeiro momento que Rosangela me olhou de frente. O juiz perguntou para Simone se eram verdadeiras as alegações contidas no auto, ela negou. Marcos foi autorizado a falar e negou todas as acusações informando que haviam testemunhas que poderiam depor em minha defesa. O juiz consultou a advogada de Rosângela que não via motivos para tais procedimentos visto que a filha de sua cliente era menor de idade e que fora deflorada pelo acusado, porem o juiz levou em consideração a negação da vítima e permitiu que as duas testemunhas falassem. Rosângela ficou lívida quando Sheila e Regis entraram.

Reginaldo contou quase toda a vida de Simone, falou do carinho com o qual sempre a tratei e que sabia do envolvimento da filha, que sempre apoiou e confiou em Simone e que sabia que, na ultima noite, a filha ia dormir em minha casa. Sheila confirmou tudo. O processo foi encerrado por insuficiência de prova e por ser, a vítima, maior de dezesseis anos com consentimento do pai.

Foi a ultima vez que vi Rosângela. Uma semana depois da audiência Reginaldo se separou da mulher.

Hoje Simone mora em Teresina, capital do Piauí, na casa de um tio da mãe. É segundo anista de Direito. Eu mudei de Colinas e hoje moro na capital, mas meus finais de semana e feriados têm um único destino: Teresina.</b></blockquote>

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<center><b>Para melhor entender esse relato, leia os episódios anteriores</b></center>

<blockquote><tt>Episódio 01: O chato</tt>

<tt>Episódio 02: O Sítio</tt>

<tt>Episódio 03: Instituto do instinto</tt>

<tt>Episódio 04: Simone vai ao mato</tt>

<tt>Episódio 05: Desencontros</tt>

<tt>Episódio 06: Encontros e surpresas</tt>

<tt>Episódio 07: Uma noite para Sheila</tt>

<tt>Episódio 08: Sonhos e prazer para Sheila</tt>

<tt>Episódio 09: Maria, vida sem vida</tt>

<tt>Episódio 10: Isaurinha</tt>

<tt>Episódio 11: Desejos e planos</tt>

<tt>Episódio 12: Jogos de sedução</tt>

<tt>Episódio 13: Muriçoca gelada</tt>

<tt>Episódio 14: Na toca do leão</tt>

<tt>Episódio 15: Casamento da roça</tt>

<tt>Episódio 16: Riacho dos Macacos</tt>

<tt>Episódio 17: Uma noite ao sereno</tt>

<tt><b><u>Episódio 18: Simone</u></b></tt></blockquote>

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