Simone, 13 - Muriçoca gelada

Um conto erótico de AribJr
Categoria: Heterossexual
Contém 1435 palavras
Data: 09/02/2009 00:51:17

<Center><tt>13■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ □13</tt></Center>

<tt><Center>Simone, uma história de amor – 01.13</Center></tt>

<center><strong><b>MURIÇOCA GELADA</b></strong></Center>

<Center><tt><b>Sábado, 16 de julho de 2004</b></tt></center>

— Oncinha!... Oncinha!...

Parecia um sonho e ouvia a voz de Lira como se fosse uma melodia gostosa lhe tomando de assalto, sentia o roçar macio da mão lhe explorando o corpo.

— Simone... Simone...

O corpo arrepiado, uma carreira de vento tocando por baixo e fazendo sentir o corpo arrepiado.

— Amor... Cheguei amor...

O sono gostoso, um sonho de desejos e sentia a barba por fazer riscando o rosto.

<blockquote><b> Tinha saído de Patos depois que arrumou a ida do colega em seu lugar, era quase seis horas quando abasteceu no posto e comprou cigarro, um litro de uísque com dois pacotes de latas de refrigerante. Olhou na vitrina para ver se tinha mais alguma coisa interessante, mas apenas as bugingangas tão comuns em postos de beira de estrada.</b></blockquote>

— Tu vai assim correndo pra onde bicho? – Carlos estranhou a aperreação do colega – Dorme aqui, sai de manhãzinha...

Não ia esperar, sabia que não conseguiria mesmo dormir.

— Dá não Carlinho... Será que tem alguma loja aberta essa hora?

Sábado seis horas, seria difícil encontrar algum comercio aberto.

— Só se for o Paraíba ou a Audiolar – Carlos pensou um pouco – Ta querendo comprar o que?

Lira sorriu.

— Um presente para a filha de um amigo – pagou o abastecimento e as coisas que a balconista tinha colocado na mala do carro – É aniversário dela – mentiu.

— Se tu quiser a gente... – não sabia o que o colega tava querendo – Ta pensando em comprar o que?

— Sei lá! Roupa íntima... Ela tem quatorze anos... – já estava por desistir – Queria levar uma coisa bem bonita... Esqueci de comprar com essas correrias de hoje.

Carlos pensou um pouco.

— Vamos comigo... Tenho uma amiga dona de uma boutique...

Entraram no carro e saíram. Não foi difícil convencer a amiga naqueles tempos de arrocho e de poucas vendas.

— Quero uma coisa bem sensual... – olhou as peças no mostruário – Ela é desse tamanho – mostrou com a mão – e um pouco cheinha... – riu imaginando o que Simone diria vendo ele falar assim.

Não foi difícil botar olho no que queria. Escolheu mais de uma antes de sairem.

— É pra filha de teu amigo mesmo? – Carlos olhou desconfiado pro amigo.

— É sim bicho... – entraram no carro – Tu deves conhecer, é a filha do Reginaldo, aquele doutor de Colinas.

Carlos sabia quem era, não a conhecia pessoalmente, mas já a tinha visto várias vezes em companhia do pai.

— É um pitelzinho... – falou acendendo um cigarro – Mas ela não vai ficar desconfiada? – olhou pro amigo – Essas coisas que tu comprou é um tanto apelativas...

Lira riu para si já imaginando de como ela ficaria gostosa vestida nos presentes.

— Tu ta espichando o olho pra ela, não ta? – Carlos desconfiou.

— Que nada rapaz... Conheço Simone desde que nasceu... É que deve ficar bonita nessas coisas, não achas?

— Ora se não? – riu – Mas melhor se tu olhasse ela vestindo aquela calcinha com abertura na frente, ou aquela pijaminha azul celeste...

2b

— Oncinha...

Aproximou o rosto e beijou os lábios entreabertos, Simone abriu os olhos e se espantou vendo um rosto colado ao seu.

— Que é isso?

Emburrou e azunhou o rosto, Lira sentiu arder.

— Ai! – se afastou passando a mão no lugar ardido – Tu és doida menina?

Simone sentou na rede respirando forte, o corpo ainda tremia do susto. Olhou pra ele ainda pensando estar sonhando.

— Lira?

Não tinha sido sonho, ele estava mesmo ali.

— Tu chegou quando? – um sorriso bonito estampou no rosto – Poxa cara! – lembrou do susto – Tu quase me mata de susto... seu chato!

Levantou e se jogou nos braços dele.

— Dava pra agüentar longe não, oncinha... – sentiu o corpo da garota pressionando o seu – E tu me azunhou...

Não deu de continuar falando, as bocas unidas, as línguas vorazes sentindo os sabores desejados e as mãos nervosas brincando nas costas pra ter certeza ser de verdade e não um sonho de noite fria.

— Tu és maluco cara!... – Simone afastou o rosto e olhou dentro dos olhos – Porque tu não me avisou que ia vir?

Não era hora de explicação, depois conversariam melhor.

— Não deu... – tornou colar a boca e explorar com a língua os rincões adocicados – Tive de vir...

Apesar do frio ele estava suado, a carreira desenfreada pela rodovia escura, o desejo de chegar logo sem se importar com as curvas perigosas, caminhões carvoeiros ou gado deitado no asfalto. Nada impedia meter o pé no acelerador, fazer o carro zoar nas ladeiras, cantar pneus nas frenagens para desviar do gado só para estar ali e sentir a boca, o beijo e o corpo macio se esfregando nele.

— Cadê o Regis? – lembrou.

Simone nem lembrava de mais ninguém, só ele lhe importava.

— Veio não... Teve que operar de urgência...

Olhou de novo, não era sonho, ele estava ali fazendo com que aqueles pensamentos de antes fossem jogados ao léu. Sentia o corpo fremir, a fronte latejar e o coração disparado parecendo querer pular pela boca sedenta de beijos, de carícias e de entrega.

— Tu veio mesmo cara... – sorriu – Tu me mata... Amado... Tava doida de saudades... Faz assim comigo não, não custa nada ligar de vez em quando...

Nem ele sabia o porquê de não ligar, não era muito achegado a telefones e mesmo o celular só usava quando não tinha jeito.

— Vamos... – ainda se beijaram – Tu não queres tomar um banho?

Não estava com muita coragem para tanto, o frio da Muriçoca zínia os ossos, mas queria descansar daquela correria louca em que estivera metido nos últimos dias sem falar da viagem tensa desde Patos.

— Tu não ias dormir aqui fora? – passou o braço pelo corpo da garota – Ta um frio de lascar...

Riram e entraram tateando o escuro breu.

— Vamos pro quarto do lado... – sentia o corpo zunir de tesão – A tia ta no da frente...

Acendeu um candeeiro e entraram no quarto.

— Se tu quiseres morno água pra ti banhares – colocou a mochila em cima de um banco – Ou vais encarar a água gelada da caixa.

Lira parou olhando Simone arrumando a cama, o corpo bem feito, as ancas redondas e nádegas apetitosas realçadas pelo baby-dool azul clarinho que quase nada tapava.

— Que foi? – ela virou e viu o rosto sereno – Tu ta com uma cara de menino sapeca...

Tornaram a se abraçar e se beijaram. Não tomou banho, não houve tempo antes de caírem na cama e se tocarem, se acariciarem. Queria ir em frente, ela também queria, mas não foram avante, Lira preferia continuar como estavam e não foi naquela noite que tirou a virgindade de Simone, por mais que os desejos aflorados quisessem o contrário.

— Amado... Te amo tanto que chega a doer...

Lira olhou para ela deitada sobre ele, sentia o batucar do coração, a respiração acelerada, o corpo trêmulo e o desejo de ser mulher explodindo pelos póros.

— Também te amo Simone... Também te amo...

Girou o corpo e ela caiu de lado, tornaram se olhar dentro dos olhos sob a luz trêmula da candeia que dava ares diferentes aos rostos, aos corpos.

— Não sei viver sem ti... Tu me enfeitiçou amor... – Simone passou a mão no rosto com barba por fazer – Nunca senti isso por ninguém...

<blockquote><i> Lira se empurrou pelo colchão, Simone respirou agoniada sabendo o que ele ia fazer e abriu as pernas. A buceta parecia zunir, sentia um melaço empapando as partes e gemeu baixinho quando ele afastou a calcinha e passou o dedo na risca melada...</i></blockquote>

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<center><b>Para melhor entender esse relato, leia os episódios anteriores</b></center>

<blockquote><tt>Episódio 01: O chato</tt>

<tt>Episódio 02: O Sítio</tt>

<tt>Episódio 03: Instituto do instinto</tt>

<tt>Episódio 04: Simone vai ao mato</tt>

<tt>Episódio 05: Desencontros</tt>

<tt>Episódio 06: Encontros e surpresas</tt>

<tt>Episódio 07: Uma noite para Sheila</tt>

<tt>Episódio 08: Sonhos e prazer para Sheila</tt>

<tt>Episódio 09: Maria, vida sem vida</tt>

<tt>Episódio 10: Isaurinha</tt>

<tt>Episódio 11: Desejos e planos</tt>

<tt>Episódio 12: Jogos de sedução</tt></blockquote>

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