Laura, primeiros tempos - 15

Um conto erótico de AribJr
Categoria: Heterossexual
Contém 1684 palavras
Data: 08/02/2009 19:35:22

<tt><Center>Laura (Primeiros tempos ─</Center></tt>

<center><strong><b> DÓI MUITO?</b></strong></Center>

<Center><tt><b> Domingo, 17 de setembro de 1989</b></tt></center>

– Que foi Laura?

A menina estava esquisita desde que chegara do Santa Tereza.

– Nada não, mãe...

Levantou e andou apressada pro quarto, Marisa acompanhou com o olhar a retira estratégica da filha. Deve ser besteira, imaginou e continuou lendo a revista Isto É sentada na cadeira de vime da sacada aproveitando os últimos raios de sol sob a brisa amena que soprava do mar.

Tinha sido um dia cheio de corres-corres na faculdade para darem contas do trabalho de pedagogia e dos preparativos para o encontro estadual. Por isso mesmo não tinha ido trabalhar naquela manhã.

<center>● ● ● ● ● ●</center>

– Você não vai hoje? – o marido estranhou ela não ter levantado cedinho.

– A Edite vem daqui a pouco pra gente terminar o trabalho... – sentou na cama apoiada no espaldar, Lúcio já tinha banhado e tomado o café preto – Vou gazetear o trabalho, depois falo com Dr. Venâncio.

Abriu os braços e aceitou o beijo melado do marido.

– Levo a moleca pro colégio hoje! – valou quando ele saía do quarto.

Edite chegou depois das oito e sentaram no tapete da sala espalhando os livros e cadernetas de anotações. Passaram a manhã toda entretidas com as tarefas.

– Cadê o gato? – Edite perguntou logo que chegou.

– Foi trabalhar, assanhada! – cumprimentou a amiga e fechou a porta – Se o Rob te vê falando assim, vai pensar besteira!

Riram e se enfurnaram no estudo.

<center>● ● ● ● ● ●</center>

Estava ficando inquieta com a demora de Lúcio, quase sete horas e ele não chegava. As louças sujas do almoço ainda estavam empilhadas na cozinha, levantou espreguiçando e foi lavar.

– Mãe...

Olhou pra traz, Laura estava em pé com um livro abraçado.

– Ôi princesa! Que foi?

– Sabe mãe... Eu... Eu queria te perguntar uma coisa... – baixou a cabeça morrendo de vergonha.

Marisa sentiu que a filha queria realmente falar alguma coisa importante, mas voltou a lavar os pratos e panelas esperando que a filha concluísse.

– Que é filhinha... – incentivou – fala!

Laura ficou olhando a mãe ensaboando as louças por algum momento.

– Tu parece uma moça daquelas do filme... – mudou de assunto sem ter encontrado palavras certas.

Marisa sorriu, sabia que a filha a achava bonita.

– Não é isso que você ia dizer, né? – virou ainda segurando a esponja e um copo de metal – Você sabe que não existe segredo ente a gente...

– Ah! Mãe... Tem coisa que a gente não consegue dizer de cara... – piscou os olhos verdes reluzentes – Mesmo pra uma mãe como tu.

Marisa largou o copo e a esponja e enxaguou as mãos, secou no pano de prato e puxou uma cadeira.

– Agora você vai ter que falar...

Laura sorriu e sentou em seu colo encostando a cabecinha nos seios da mãe, Marisa passou a mão na cabeça sedosa da filha.

– Porque a senhora e o papai não tem vergonha de ficar assim?

– Assim como?

– Ora! Assim...

– Sem roupas?

– É... Sem roupas... – levantou a cabeça e fitou o rosto da mãe – Na casa da tia Edite eles só ficam de roupa o tempo todo...

Desde que passara viver com Lúcio, antes mesmo de casar, tinham traçado o modo de viver.

– Porque? Você não gosta?

– Não!? Não é isso...

Segurou a filha por baixo dos braços e a fez virar-se para ela, escanchada em suas pernas.

– O papai e a mamãe não gostam muito de ficar o tempo todo vestidos... Aqui em casa a gente fica da maneira que a gente gosta... Só aqui...

– Sei disso, mãe... – bolinou no bico do peito da mãe – Hoje a tia Margareth falou que a Deus não gosta de ver seu filhos andando quase pelados...

Marisa ficou séria pensando que a filha tinha sido discriminada por alguma maneira.

– Ela falou isso porque?

– Foi na aula de religião... Passou até um filme pra gente assistir... Era de uns índios que moram no interior... – viu que o bico do peito da mãe ficou duro – Tava todo mundo nu...

– Pois é filha... Os índios vivem livres, não precisam de roupas...

– E quando faz frio, como eles ficam?

Olhou a carinha da filha e viu que ela prestava atenção pro seu peito.

– Aí eles ficam dentro das ocas e acendem fogueiras...

– Mas... Eles não ficam com vergonha das pessoas olharem pra eles?

– Não!... É a maneira deles viverem... Sempre foi assim...

– Mãe? E a gente nasce pela periquita?... – largou o peito da mãe e encostou a cabeça escutando o batucar do coração.

– É assim... Foi a tia quem falou na aula?

Laura não respondeu, ficou com o ouvido colado no peito da mãe escutando a zoada fina vindo de dentro.

– Não...

– E quem foi que falou isso pra você?

Laura levantou e pegou o livro que tinha deixado em cima da mesa, colocou na perna da mãe e abriu em uma página que tinha deixado marcada. Marisa pegou o livro e olhou a figura.

– Onde você pegou esse livro?

Viu as fotografias de mulheres grávidas e parindo.

– Foi Ana quem me emprestou... Como é que o neném entra?

Marisa pegou o livro e a mão da filha, foram para a sala onde era mais claro. Sabia que a filha tinha um amadurecimento acima dos sete anos, por isso mesmo incentivava diálogos sobre tudo o que ela ouvia e aprendia com as coleguinhas, não queria que ela tivesse uma visão deturpada das coisas, mas não se sentia preparada para aquele assunto em particular.

– Você não acha que é muito cedo para aprender essas coisas? – tentou sair pela tangente.

– Ora mãe? Diz logo que é o pai que bota dentro... A senhora pensa que eu não sei?

Olhou espantada para a filha, piscou nervosa.

– Como é que o papai bota dentro?

– Ora!... Tu sabe, não sabe? – o rosto inexpressivo alarmou mais ainda a mãe – É com o piru... O piru do papai me botou dentro da tua periquita e eu nasci?

– Mas... Bota como?

Laura olhou pra mão como se não acreditasse nas coisas que ela dizia.

– Quando a senhora vai dormir, né?

<blockquote><i> Ficou remoendo as coisas que a filha dizia. Não tinha o direito de negar, de esconder uma verdade que estava aprendendo fora de casa, uma verdade não tão destorcida da realidade, mas nem por isso incompleta.</i></blockquote>

– Sabe filhinha... É quase isso... – se ajeitou no tapete, cruzou as pernas – Quando uma mulher e um homem se amam eles se casam e praticam sex... se relacionam de um jeito que um dia gera um grãozinho na barriga da mãe que cresce e nasce... – respirou aliviada por ter encontrado palavras certas.

– Mas como é que o pai bota a gente dentro da barriga da mãe?

Sentou do lado e se encostou no sofá.

– A isso damos o nome de relação sexual...

Laura parou para pensar e guardar aquela nova palavra bem dentro da mente.

– E o que é relação sexual?

Olhou pra filha, sabia que ela entendia tudo, mas não queria despertar sua cabecinha mais do que mostrava saber.

– Quando o papai e a mamãe resolveram que era a hora de você nascer, a gente fez sexo... – como falar, não sabia – É... É.. – engasgou.

Laura não falava nada, apenas fitava a mãe esperando que ela falasse, de uma vez por toda, aquilo que já sabia.

– O papai colocou o piru na periquita da mãe e depositou uma sementinha...

– Como é que o papai colocou o piru na sua periquita?

– Ora! Colocou!...

Não estava satisfeita, era muito vago apenas dizer daquela maneira, queria saber mais, saber tudo e sabia que a mãe podia falar.

Levantou, abaixou a calcinha e olhou para a periquita lisa e já inchando.

– Mostra...

Marisa ficou sem ação, olhou a filha parada com a calcinha no meio da perna e a xoxotinha careca com a risca espremida.

– O papai botou o piru bem aqui... – apontou e tocou na beirada da xoxota da filha – Meteu tudinho até chegar bem no fundo e depositar a semente que cresceu dentro de mim e virou você... – deu um peteleco na vagina da filha – Tá satisfeita, princesinha?

Laura levantou a calcinha e pegou o livro, que Marisa havia deixado no sofá. Abria na página das fotos e olhou com a carinha cheia de dúvidas.

– Mas... A gente sai assim mesmo?

Marisa olhou a foto apontada.

– Dói muito? – Laura olhou para a mãe – Olha! Tá saindo a cabeça do neném...

– Claro que dói, afinal de contas... Mas o corpo da gente se modifica pra facilitar as coisas – a cabeça funcionada a mil querendo achar palavras fáceis – A periquita se abre, fica grande, pra que o neném passe sem doer muito e nem maltratar ele...

– Pôxa mãe? Não sei se vou querer ter filho...

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<center><b>Para melhor entender esse relato, leia os episódios anteriores</b></center>

<center><tt>– Descobrindo Laura</tt></Center>

<center><tt>– Despertando com Laura</tt></Center>

<center><tt>– Mas eu te amo... </tt></Center>

<center><tt>– Tá danado de duro... </tt></Center>

<center><tt>– Por quê paizinho? </tt></Center>

<center><tt>– Tu és meu pai</tt></Center>

<center><tt>– Pior pra quem? </tt></Center>

<center><tt>– Ver você como mulher...</tt></Center>

<center><tt>– Lembrando do tempo de escoteiros</tt></Center>

<center><tt>– Ainda tá ardendo</tt></Center>

<center><tt>– Você sabe...</tt></Center>

<center><tt>– Deixa de ser besta</tt></Center>

<center><tt>– O Grande Acampamento</tt></Center>

<center><tt>– O Grande Acampamento – Campo de banhos </tt></Center>

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