Simone, 01 - O Chato

Um conto erótico de AribJr
Categoria: Heterossexual
Contém 814 palavras
Data: 07/02/2009 10:11:53
Última revisão: 07/02/2009 09:15:08

<center><tt>Simone, uma história de amor –</tt></center>

<center><strong><b>O Chato</b></strong></Center>

<blockquote><b>Que dizer do amor se não os campos em flor, e da dor senão a busca, a caça que foge, a meta que não chega...

Eis Simone – história de uma paixão improvável, nascido de uma imagem formada de um sonho fugidio que há de retratar o instante. Por certo, esse instante, poderá ser visto com olhos de reprovação pelos nomes emprestados de seres vivos que vivem perto de mim, de você que lê.

Pensei muito antes de usá-los, mas decidi faze-lo na esperança de que, assim como eu, você consiga não entrelaçar a trama criada do nada às pessoas cujos nomes – melodiosos e fraternais – usei para batizar meus personagens que, volta a dizer, nada têm a ver com aqueles que vivem neste mundo de irrealidade insana, mas de beleza sem fim.

Mas, se de alguma forma, você não conseguir visualizar essas vidas criadas no mundo da ficção como personagens ilusórios – só existentes nestes escritos – não merece ler o que escrevo.</b>

Colinas(Ma), Janeiro de 2003</blockquote>

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<Center><tt><b>Sexta-feira, 18 de outubro de 2003</b></tt></center>

– Lá vem o chato de novo!

Não via a garota há alguns dias, teve que fazer uma viajem às pressas, só chegou no final da tarde da sexta-feira e à noite, exatamente quando sabia que a janta seria servida.

– E aí, veio? – Reginaldo se alegrou com a chegada do amigo – Como foi na ilha?

Simone levantou como se estivesse amuada, passou por ele como se não o conhecesse.

– Olá oncinha! – brincou e passou a mão em sua cabeça – Tava com saudades de tuas mau criações.

– Não me toca, chato! – deu uma rabanada de cabeça e entrou, pisando firme.

– Deixa ela, Lira... – Reginaldo desistira de tentar entender os porquês da filha tratar o amigo daquela maneira – Essa daí não tem jeito. Senta! Topas uma caninha?

Lira puxou uma cadeira de macarrão, sentou, e recebeu o copo com cachaça e o cajá de vez. Acendeu um cigarro e ofereceu a carteira pro amigo, Rosângela estava taciturna, calada como se houvesse discutido com alguém.

– Tá calada, Ro! – Lira puxou papo com ela – Trouxe umas coisas pra vocês... – levantou e foi ao carro de onde voltou com um embrulho que rasgou – Vi essas coisas na feira de artesanato e pensei em vocês. – entregou os presentes – Esse daí é para a oncinha!

Rosângela abriu mais a retaguarda quando abriu os pacotes.

– Pôxa, Lira! Não precisava! - mostrou para o marido – Olha amor? É lindo – olhou o presente do marido – Tu tavas precisando de uma dessas, obrigado amigo... Fico sem jeito, assim.

Riram e voltaram a conversar colocando em dias os papos. Rosângela levantou e entrou com as lembranças dos pais e da oncinha amuada.

– Como é que está a oncinha? – perguntou querendo saber de tudo, mas com medo de mostrar muito interesse.

– Andou meio adoentada... – serviu os copos e beberam – Apareceu uma dor na costa...

Lira imaginou que não deveria ter sido bem na costa, mas não podia falar. Acendeu outro cigarro.

– Vamos jantar? – dona Benta espiou na porta – Obrigado pela lembrança, Lira – agradeceu.

Reginaldo levantou.

– Vamos, véio? – convidou – É uma Maria Isabel...

Lira falou que iria depois de terminar o cigarro. Ficou só, fumando e bebericando a cachaça forte.

– Tu não vais... Amor! – virou e viu Simone parada atrás dele, falara amor bem baixinho.

– Hei, oncinha! – sorriu para ela – Como foi a semana?

– Chata!... O chato não estava aqui! – riu morrendo de vontade de sentar no colo dele, de abra-çá-lo e beijar pra matar as saudades – Tu demorou pra cacete! – fez um carinho medroso nos ca-belos revoltos dele – Ainda dói um pouquinho! – não doía nada, só estava fazendo charminho.

Ele ia levantar pra beijar os lábios carnudos da garota, mas Raimunda apareceu na porta.

– Não vem não, seu Lira?

Simone se assustou pensando ser outra pessoa e suspirou, aliviada, ao ver a morena.

– Tu quase me mata de susto, Raimunda! – estava lívida e tremia.

– Deixa de ser doida, pequena! Tua mãe queria vir chamar vocês...

Lira agradeceu e entregou a lembrança que lhe trouxera.

– Adorei a minha, chato!

Raimunda riu baixinho e balançou a cabeça sabendo que Simone falava aquilo da boca pra fora, só para espantar as desconfianças. Lira sabia que ela sabia de tudo, ou de quase tudo.

– Tem uma melhor pra ti lá em casa! – falou e ela ficou espantada – Dá um jeitinho de ir lá... Raimunda vai ajudar, não vai?

Simone virou para Raimunda e Lira passeou a mão na bunda dela, Raimunda viu e balançou a cabeça.

– Vocês são doidos mesmo... Depois a gente vê como vai ser! – entraram, Raimunda e Simone na frente, lira logo depois.

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<center><b>Para melhor entender esse relato leia os episódios seguintes</b></center>

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