Consultório de Meninas - Caso 01/03

Um conto erótico de AribJr
Categoria: Heterossexual
Contém 2077 palavras
Data: 22/01/2009 16:33:35

<center><b>FERNANDO, O IRMÃO</b></center>

— Sabe doutor... – começou falar, parou e desviou a atenção para o aparelho de som.

Fiquei preocupado, parecia que aquele início de confiança tinha ido pro beleléu, tinha me chamado de doutor.

— Olha Ângela... – esperei que me olhasse de frente – A gente não tem de falar isso agora...

— Já disse que tem nada não... Espera... To só querendo lembrar dumas coisinhas...

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<i>Não era uma casa grande, apesar da mãe sempre dizer que era do tamanho certo para caber a família. Uma sala onde estava a televisão e o aparelho de som, uma cozinha apertadinha com saída para o quintal, uma copa, um banheiro social e dois quartos – o dos filhos e o dos pais – e, o que poderia se chamar de luxo, ambos com banheiros. O quintal era diferente, imenso e cheio de árvores, tinha também um tanque enorme onde, a cada quinze dias, tomavam banho dentro pra lavar (uma espécie de piscina sazonal).

— Logo logo a gente vai ter de fazer outro quarto – a mãe costumava falar – Fernandinho precisa de um só pra ele, já ta ficando grandinho...

Mas ficava só nessa conversa, o pai nunca dava muita atenção pra isso.

— Ta bom Vera, depois a gente vê isso – saia pela tangente.

Mas era verdade, apesar de amplo era só um quarto para os três e Fernando já não era mais tão criancinha assim.

— O Luís Fernando tem quase quatorze anos amor... – a mãe insistia – Ângela tá beirando treze e Luiza vai fazer doze, é hora de separar eles...

— Não vejo nada demais... – o pai rebatia – Eles não estão reclamando e eu sempre dividi o quarto com Maura e Joaquim...

Vera sonhava um dia morar numa casa maior, com mais quartos – um para cada filho – mas se contentava com a que tinha.

— Os tempos são outros amor, e eles precisam de ter seus espaços...

Mas não adiantava nada ela querer, bastava sonhar e continuar sempre lembrando o marido.

— Ta bom assim mãe! – Ângela resolveu intervir – A gente até que gosta, fica mais junto, né Fernandinho ?

Em geral Luís Fernando balançava a cabeça, mas era doidinho pra ter seu próprio quarto onde pudesse ter mais liberdade. Luiza era indiferente, sempre foi a irmã mais desligada dessas coisas. Para ela tudo estava bom, puxou ao pai.

— Mãe! – Ângela lembrou – Renatinha vem passar o fim de semana com a gente...

Isso a mãe já sabia, Maura tinha telefonado dizendo que a filha caçula ia passar uns dias com Ângela.

— To sabendo filha...

Esse era outro problemão, a casa pequena quase não cabia as visitas dos parentes – com uma certa constância – e dos amiguinhos dos filhos. A casa sempre foi referência tanto para a família quanto para a garotada, o quintal grande, as árvores e o espaço livre para as brincadeiras eram chamariz para todos.

Luís Fernando ficou aceso com a ida da prima, de outras vezes andaram se beijando detrás das árvores e aquilo prometia coisa melhor.

— Já sei! – Fernando olhou para o pai – Vou dormir na sala...

A mãe riu e o pai brincou.

— Afinal é tua namoradinha, né?

Luís Fernando ficou envergonhado. Tinha sido Luiza quem dissera para o pai que os dois estavam se beijando.

— Olha lá essas coisas meu filho... – a mãe não gostou nada de saber que os dois tavam fazendo isso – É tua prima e primos não namoram...

Bem que quis rebater e dizer que o tio Agenor tinha casado com a prima, mas resolveu não atiçar a conversa.

— Deixa de besteira Vera, é só brincadeira de criança... – o pai saiu em defesa do filho – Não vejo nada demais os dois namorarem, o teu irmão não casou com tua prima?

Vera olhou para o marido e resolveu também dar por encerrada aquela conversa, mas tinha muito medo que os dois fizessem algo de errado. Não era o primeiro caso de relações entre familiares na família, ela mesma tinha tido suas experiências com primos e, até, com o Agenor quando eram pouco mais que crianças.

— Joana vem, mãe? – Luiza entrou na conversa.

— Vem não filhinha, ta estudando pra seleção no Antonio Dino...

Joana era a prima mais velha e, apesar da diferença de idades, era muito ligada a Luiza.

— E a viagem Carlos? – a mãe lembrou que o pai ia novamente viajar a serviço – Tu vais pra onde dessa vez?

O pai negociava gado, comprava e revendia para abate. Passava a maior parte do tempo fora de casa viajando pelo interior.

— Vou pra bandas do Jambeiro – colocou café num copo – Tão fazendo descarte por lá... – acendeu um cigarro – É esse verão maluco torrando as pastagens, mas para mim até que é bom...

Luís Fernando e Ângela aproveitaram pra sair da mesa, Luiza ficou, adorava ver o pai falar das viagens.

— Tu ta mesmo namorando com a Renata? – estavam indo para o quintal.

— To não menina! – o irmão ficava aperreado com esse tipo de conversa – Foi só uma paquerinha sem importância – sabia que a irmã tinha um ciúmes doentio dele.

Ângela fez que acreditou, estava mais interessada nas brincadeiras que tinha bolado para o final de semana.

— A gente vai ter de ajeitar as casinhas – sentou na calçada alta do quintal – Se a mamãe deixasse a gente lavar o tanque...

Luís Fernando desceu da calçada e sentou numa pedra de amolar e, quase que instintivamente, a atenção pregou entre as pernas de Ângela.

— O papai vai viajar de novo – não prestava muito atenção ao que a irmã falava – será que ele vai trazer as cabras dessa vez?

Ângela estranhou a mudança de assunto. O pai sempre falou que um dia ia trazer uma partilha de cabras pra criarem no quintal.

— Sei não Fernandinho – não gostava muito da idéia de ter bode dividindo o quintal com as brincadeiras – Tomara que ele se esqueça de novo...

Levantou as pernas e abraçou os joelhos, foi o que bastou para o irmão ficar agoniado, dava pra ver as beiradinhas da xoxota com poucos cabelinhos. Essa mania da irmã tava dando nos nervos e passou a ter sonhos com ela.

— Vamos ver o que a gente tem de fazer nas casinhas? – se levantou apressado – Se tiver de botar palha vai ser um problema, o papai deixou o carro na oficina.

Ângela pulou da calçada e correu pra acompanhá-lo, quando chegou de seu lado, passou o braço pela cintura dele e andaram sem falar nada.

Não ia ser preciso muita coisa, uma arrumadinha aqui, outra ali bastaria para colocar as casinhas do jeito certo.

Passaram o resto da tarde dando os toques necessários.

Tu vai ser o pai de novo? – Ângela parou e sentou no chão de barro batido, estava cansada e lambregada de suor.

— A gente podia mudar um pouco, né? – Fernando terminou de pregar a porta dos fundos – Toda vez é esse negócio de ser marido...

— Podia ser de médico! – Ângela pegou um pedaço de papelão de começou a se abanar – A gente podia dizer que aqui era o hospital e tu era o doutor...

— Não sei não... – Fernando coçou a barriga – A gente podia inventar outro tipo de brincadeira...

— Mas... – olhou para o irmão – A gente sempre brincou disso e a Renatinha vai trazer as bonecas dela...

— Ta bom! – Luís Fernando se resignou a aceitar a nova idéia da irm㠖 Mas e aí, como é que vai ser?

Ângela ficou olhando a ponta do dedão do pé, pensando numa história qualquer para dar liga na brincadeira.

— Faz de conta que eu e a Renata somos irmãs e que nossos maridos foram pra guerra... – parou e olhou sorridente para o irmão – E aí meu filho ficou doente e eu levei ele pro hospital... A gente inventa, deixa que na hora a gente cria tudinho, ta bom?

Deram-se por satisfeitos e foram tomar banho.</i>

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<i>Renata chegou no finzinho da tarde, trouxe uma sacola cheia de brinquedos.

— A gente vai brincar de hospital! – Ângela segredou no ouvido da prima – O Fernandinho vai ser o doutor e a gente vai se consultar com ele...

Renata ouviu a história e aprovou.

No dia seguinte bem cedinho pularam da cama e foram arrumar as casinhas. Luís Fernando tinha saído com o pai e Luiza ficou conversando com a mãe.

— Cadê o Fernandinho ? – Ângela entrou correndo na sala.

Vera estava conversando com Carla ao telefone e não prestou muita atenção à filha. Luiza foi quem respondeu.

— Ainda não chegou... – Luiza se levantou e foi buscar alguma coisa no quarto.

Vera terminou a conversa e chamou a filha.

— Ângela, tua tia vai ter de fazer uma viagem e a Renatinha vai ficar aqui conosco...

Ângela ficou super animada, gostava de verdade da prima apesar daquele negócio com o irmão.

— Ela vai ficar quanto tempo?

— Umas duas semanas... – lembrou do filho – Quem não vai gostar nada é teu irmão...

— Porque?

— Você sabe que ele não gosta de dormir aqui na sala... – entrou para a cozinha – E com a Renatinha aqui não tem jeito.

— Ora mãe! Ele pode dormir no quarto, a gente bota um colchão no chão e a Renata dorme nele...

Era uma possibilidade, Vera pensou, mas ia conversar com o marido.

Demorou quase nada pra Renata meter a cara na porta da cozinha.

— Como é? Tão demorando porque? – perguntou agoniada, não era de ter muita paciência.

— Ta apoquentaca com o que Renatinha? – mamãe me olhou, sabia que a gente devia de estar aprontando alguma coisa – Tua mãe ligou, falou que você vai ficar aqui conosco até eles voltarem.

Renata já sabia, a mãe tinha perguntado se ela preferia ficar na casa da tia ou dos avós, escolher a casa da tia, afinal tinha as meninas e tava meio caída pela primo.

— O Nando saiu com o papai... – Ângela saiu pro quintal com a prima – A gente arruma tudo...

Fernando tava num pé e no outro, mas o pai teimava em bater papo como tudo quanto é gente que conhecia.

— Vamo logo pai!... – tentou apressar.

O pai olhou para ele e mexeu com seus cabelos.

— Tu ta afim de chegar em casa por causa da Renata, né seu safado?

Fernando ficou com vergonha, sempre teve muita vergonha do pai. Não que ele lhe reprimisse ou que fosse ruim, mas por uma coisa que a sempre repetia sempre que dava de brigar com ele: “— Teu pai é um zé-pé-na-lua filho... Não pode dizer tudo o que pensa ora ele...” </i>

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<i>Quando chegaram em casa ele correu direto para o quintal onde as meninas aguardavam impacientes.

— Poxa Ângela, assim a gente não brinca nada.... – Renata saiu da casinha e foi para perto do tronco de mangueira – Bem que tu podia ter dito pr’êle não sair...

Baixou a calcinha e se acocorou, Ângela também saiu e viu o irmão chegando, mas não deu tempo de avisar. Renata olhou para o jato de urina e sentiu um alívio gostoso tomando conta do corpo. Fernando parou e ficou olhando a prima fazer xixi, viu o jato de líquido amarelo correr perto do pé da prima e a abertura lisa da buceta. Quase que na hora o pau começou ficar duro.</i>

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Olhei para o relógio da parede.

— Ela tava de cócoras fazendo xixi e o Nandinho ficou olhando pra xoxota dela... – Ângela se ajeitou, novamente a perna abriu – Tinha uma cara estranha... – riu baixinho e coçou o joelho, parecia nervosa – O piru dele ficou durinho...

— E ela não viu ele chegando?

— Deve ter visto não... – olhou direto para meu rosto – E se viu fez só pra botar ele com vontade de... – parou, calou sem ter certeza de que aquele pensamento era verdade – Sei lá!

Fiz algumas anotações, estava com a cabeça cheia de imagens imaginando o que teria pensado o garoto naquele momento.

— E você?

Ângela se espantou, parecia viver longe dali.

— O que é que tem eu?

— Você pensou o que, vendo seu irmão vidrado na vagina de Renata?

A garota fechou os olhos e ficou vendo pra dentro de si, notei que a respiração estava mais agitada.

— Ora!... – falou ainda de olhos fechados – Eu sabia que eles eram a fim um do outro... A Renatinha nunca tinha falado nada, mas a gente sabe né? – abriu os olhos e olhou para a janela – Quer saber de uma coisa? – me encarou, no rosto uma pontinha de irreverência safada – Acho que tinha vontade de ele me olhar daquele jeito...

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