Helena

Um conto erótico de maverickmath
Categoria: Heterossexual
Contém 2128 palavras
Data: 25/10/2008 22:05:53

Helena mais uma vez tentava refletir sobre sua situação atual, mas não conseguia extrair nada; completo vazio emocional. Pela terceira vez ela estava dentro daquele pequeno box apenas superficialmente limpo, fazendo higiene íntima tão cuidadosamente quanto nas duas vezes anteriores, supondo, de novo, que em no máximo 30 ou 40 minutos ela passaria pela porta da entrada, caminharia lentamente ao longo do pequeno jardim mal-tratado, talvez acompanhada por Armando, muito embora eu talvez até prefira sair sozinha, atravessaria o portão e, já na rua, a caminho do ponto de ônibus mais próximo, começaria a imaginar o que os pais dela podiam estar pensando, nas medidas que talvez eles já tinham tomado, tomara que nada além de telefonar para todas minhas amigas, e, principalmente, nos argumentos que ela poderia oferecer em seu favor. Helena tentava agora com mais esforço de algum modo envolver-se com a situação pois temia não ser capaz de projetar toda essa linha de raciocínio quando chegasse a hora, e ela não teria muito tempo para isso; temia chegar em casa com o mesmo olhar distante que agora exibia. Armando era desses homens que tipicamente é capaz de gerenciar sozinho a limpeza e a organização de sua casa: a faxineira que a visitava três vezes por semana, sempre em sua ausência, não apenas deliberadamente deixava a desejar em sua função básica como também frequentemente subtraía pequenos itens não necessariamente desvaliosos, sem a menor chance de ser notada por ele, tão centrado em seus “projetos” ele ficava, mesmo no pouco tempo passado em casa. Foi isso que ele disse a Carla, indicação de uma amiga, no dia da entrevista, que ela não teria muito trabalho com a limpeza em si, dado o tamanho reduzido da residência e o fato dela ficar quase sempre toda fechada, mas que você poderia por favor assumir a tarefa de recolocar as coisas espalhadas em seus lugares mais prováveis, e tudo será realmente muito óbvio, já que eu passo tão rapidamente por aqui e sempre com a cabeça tão distraída desses detalhes mundanos, obrigado mais uma vez. Decerto ele não lembra de metade dos objetos que reuniu em casa, ele não deve ter comprado pessoalmente tudo isso e alguns itens são tão baratos e feios que nem ela teria coragem de colocar em sua casa, e que tipo de amigo dá esse tipo de presente?! Foi em algumas dessas quinquilharias, mas não as mais repugnantes, que Carla centrou esforços e sentia-se quase como que facilitando a vida dele, reduzindo-lhe as mundaneidades, como ele fez questão de descrever. Desta vez Helena incomodou-se o suficiente para jogar um pouco de detergente no piso do box só para pular lá de dentro horrorizada com os vermes que saíam desesperados dos espaços entre os azulejos, e que isso me ajude a por um fim a toda essa experiência que já foi além do limite. Ela sabia que Armando era do tipo de homem em cuja casa uma barata permaneceria morta por meses no centro da cozinha apenas por comparação com seu pai, já que ela não tinha o costume de visitar casas gerenciadas por homens mais velhos. Quando ela ainda tinha 8 anos de idade a mãe passou 2 meses em viagem de negócios e D’us sabe como conseguiu sobreviver em meio a tanta sujeira. Foi nesse período que ela precisou perigosamente aprender sozinha a usar o fogão se não quisesse passar 2 meses só com pizzas e outros lanches entregues em casa. Uma lembrança estranha que ela particularmente não conseguia esquecer era a do entregador de pizza que a disse que voltaria daqui a uns 6 anos para conferir o status desse traseiro. Ele não voltou. Carla não sabia o que Armando fazia para se manter, nem porque passava tão pouco tempo em casa, mesmo a noite, mas intuía, pelo jeito que ele falou sobre manter vários “projetos”, que ele fosse um tipo de multi-microempresário, um workaholic um pouco ou bastante solitário. Apesar de não ser um tipo explicitamente másculo e viril eu certamente iria para a cama com ele, que me perdoe meu querido Léo, que eu entendo os traumas que ele desenvolveu naquele asilo, não quero nunca perdê-lo, mas eu tenho minhas necessidades e você recentemente não tem sido criativo o suficiente. Antes de hoje Helena não tinha reunido muita experiência sexual, que ela começara aos 13 anos, sempre com namorados mais insistentes. Ela gostava das experiências, mas nunca sentia-se tão empolgada e feliz quanto as amigas relatavam, e talvez por isso dois desses namorados não tenham tido a menor dificuldades para sumir tão logo conquistaram seus objetivos; ela não se preocupou com os motivos, nem teve que dar maiores explicações para as amigas, já que quase nunca as relatava detalhes de seus relacionamentos que aliás elas achavam extremamente entendiantes. Em um desses dois casos o rapaz pediu que ela manipulasse o seu pênis, o que evoluiu voluntariamente para uma felação que ele não achou tão difícil e ingratificante quanto suas amigas costumavam descrever. Certo dia, ao limpar e organizar o quarto de Armando, Carla lembrou-se tão claramente das noites que ela passou escondida no guarita do asilo onde Léo trabalhava e ambos periodicamente se entregavam à vários jogos sexuais deliciosos que naquele exato instante ela seria capaz de fazer sexo com qualquer portador de pênis que não fugisse dela, e eu sei que dificilmente alguém rejeitaria o que eu tenho a oferecer. O sexo com Armando tinha, naturalmente, saído do seu usual e sido até certo ponto surpreendente: nunca havia sido, para ela, tão longo e diversificado, ela nunca tinha sido tão ativa e espontânea. Há também alguns aspectos óbvios que ela havia calculado previamente: mais velho, mais experiente e melhor dotado que os rapazinhos que a namoraram. Aliás, ela já sentia alguma dor e as marcas de dedos em sua nádega direita eram evidentes demais para que ela tomasse banho com Natasha esse final de semana. No primeiro pensamento prático sobre qualquer coisa envolvendo a pós-experiência, Helena decidiu não passar o domingo na casa de Natasha, e que inventaria uma desculpa depois. Os dois conversavam um pouco entre as sessões, quando ela voltava do chuveiro com a intenção de ir embora e ele terminava convencendo-a de que esta posição ainda não realizada poderia ser gratificante o suficiente e justificar mais meia hora de experiência. Após a segunda chuveirada ele perguntou se ela gostava de sexo anal ao que ela respondeu que ainda não experimentara mas que pretendia fazê-lo algum dia, provavelmente muito em breve, talvez com um namorado novo que ela já tinha em mente, que ela não gostaria que fosse com um semi-desconhecido, não se ofenda, obrigado pela oferta, não é que eu não acredite nas suas promessas de ser muito cuidadoso e voltar atrás se fôr necessário ou que ela temesse pelas dimensões de seu pênis ou que ela não acreditasse que ele era experiente o suficiente para que o considerasse um bom iniciador para ela. Helena acha de fato que será capaz de sentir prazer quando a hora dessa experiência chegar, no que ela tinha aprendido ser muito diferente de suas amigas nessa área, não que ela se sentisse superior por causa disso, mas ela de fato via o sexo como algo muito mais simples e natural do que transpareciam as descrições mais confiáveis que recebia. Até por isso ela não se sentiu intimidada com a oferta de Armando, feita naquele início de manhã de sexta, dentro do carro dele, a princípio a caminho da escola, a segunda oferta de carona que ela recebia dele. Ela já o tinha visto algumas vezes na cantina da escola, não sabe exatamente o que ele fazia lá, e apesar dos seus 17 anos julgava-se completamente capaz de lidar de forma desprendida com uma experiência de sexo casual com um semi-desconhecido mais velho. O que ela não planejara era a dificuldade para encerrar voluntariamente a experiência e esse vazio emocional que a alimentava. Não que as experiências anteriores tenham sido completamente mágicas e emocionantes ou terríveis e frustrants. Não que ela temesse as consequências de um dia de aulas burladas mais algumas horas sem contato ou que ela tivesse motivo para “Ah!, hoje é o dia em que serei subversiva e declararei inequivocamente minha independência”. Em momento algum ela foi tomada por medo de que outros homens a esperassem na casa dele ou que ele a machucasse ou a pedisse para machucá-lo. Carla entretia algumas fantasias mais profundas, normalmente envolvendo outros homens, embora também nelas Léo nunca era deixado de lado. A mais recente envolvia penetração dupla, Armando e Léo revezando posições, e a rendeu algumas masturbações. Ela tentava conscientemente reprimir, no entanto, alguns pensamentos em que Léo assumia uma posição passiva diante de Armando, ele não merecia isso. Ela cogitava que essas fantasias não podiam mais ser totalmente explicadas pelo baixo desempenho recente de Léo e pensava se isso era motivo para alguma preocupação, já que ela ainda julgava o envolvimento de mais de duas pessoas em uma mesma experiência algo como uma perversão. Helena não era de fantasiar, era direta, quase técnica. As experiências eram potencialmente prazerosas e isso era justificativa suficiente para quase qualquer coisa; detalhes devem ser resolvidos na hora, com consentimento direto ou indireto, sem stress antecipatório. Ao deixar o banheiro encontrou Armando deitado nu na cama, como das outras vezes, mas desta vez com o pênis em repouso e agora conseguiu ser convincente ao dizer que estava indo e abrir sua mochila espalhando sua roupa pela mesa e desenrolar-se da toalha pronta para finalmente vestir-se, D’us!, já são 16:50, e agora ela já começava a pensar no futuro próximo, dando a experiência por oficialmente encerrada. O empurrão que ela recebeu pelas costas foi consistente o suficiente para que ela rapidamente sentisse um leve sabor de sangue misturado a sua saliva a partir do corte no lábio inferior dado o forte choque de sua boca com a superfície da mesa. Ela fora imobilizada habilmente e estranhou tamanha força em um homem com músculos tão pequenos. Sentiu na parte de trás de suas coxas o toque de um pênis sob uma ereção ainda maior que das vezes anteriores, idiota!, porque simplesmente não me pediu para ficar mais um pouco, ou que eu o chupasse, ou insistiu um pouco mais com o sexo anal. Essas escoriações evidentes só iriam exigir ainda mais de seus argumentos em casa. Ele tampava com força sua boca, mas não fosse assim ela também não gritaria; não era um ferimento de verdade e a nova experiência podia até ser prazerosa. Conforme ela esperava, ela sentiu o pênis dele escorregar para a entrada de seu ânus. Diferentemente do que ele prometera, ele não estava sendo comedido e cuidadoso na penetração, mas ela entendia que a dinâmica da experiência agora tinha mudado totalmente. Aquilo definitivamente era doloroso, coincidindo com as descrições de suas amigas, mas ela achava que a dor poderia ser sobrepujada caso ele, sentindo-a completamente dominada e submissa, decidisse usar uma das mãos que agora a segurava para estimular seu clitóris. E mesmo que isso não acontecesse, ela pensou que a dor seria perfeitamente suportável e que se essa fosse a idéia de desfecho ideal dele não caberia a ela desestimulá-lo, já que a experiência que ele a tinha proporcionado havia sido ineditamente prazerosa e ela não conseguiria nada nem mesmo remotamente parecido com os namorados da mesma idade e experiência. De fato, no desenrolar da experiência, ela achou a dor perfeitamente gerenciável, mas estranhou por um momento uma leve sensação de pressão do lado de fora da garganta, provavelmente realizada com uma lâmina. Em alguns segundos, porém, ela tranquilamente digeriu a nova informação e supôs que na fantasia dele a ação e o prazer deviam ser exclusivamente unilaterais e que não apenas não caberia a ela sentir prazer como também ela precisava demonstrar desconforto e portanto ao menos simular algum tipo de resistência à ação violenta dele. Apesar de não ser de fantasias, Helena era perfeitamente compreensiva com as fantasias alheias e de uma sensibilidade grandiloquente. Começou então a simular resistência, jogar algum punho contra o corpo dele, encurvar o corpo para trás para tentar escapar da pressão que era exercida contra a sua boca e contra sua garganta, morder os dedos de Armando. Em resposta ele exerceu ainda mais pressão e intensificou os movimentos, sinal que ela tomou como confirmação de sua interpretação, e ela pensou que cabia a ela agora simplesmente suportar mais alguns minutos desse jogo, talvez menos, para depois vestir-se e ir embora cuidar de seu futuro, e que diabo de fantasia é essa, meu senhor?! Ela teve pouco tempo, porém, para tentar interpretar a informação seguinte, quando Armando intensificou muito a pressão da lâmina e percorreu com ela toda a extensão horizontal de seu pescoço.

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Comentários

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Legalzinho, mas esse final trágico deixou o conto meio pesado. Nota 6.

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nossa que cara chato , minha cabeça chega ficou tonta e não entendi nada , zero

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