Te Amo Julio! III

Um conto erótico de gatotdbx
Categoria: Homossexual
Contém 3840 palavras
Data: 09/09/2008 21:59:40
Assuntos: Gay, Homossexual

Te Amo Julio! III

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...Depois de ter saltado para dentro do quarto de Julio e não ser pego pelo pai dele, ansioso, tremendo sem saber o que poderia acontecer, Dr. Mateus encostou-se na parede já dentro do quarto de Julio com sua respiração de medo, arrependimento por seu feito olhando o teto engolindo a seco por seus nervos pensando a maluquice que fizera.

Julio não menos nervoso por conhecer seu pai bravo. Mesmo assim deveria controlar seus nervos sem chamar a atenção do pai, evitando maior curiosidade dele, Julio pensou rápido uma solução.

Saiu na janela espiar como se também tivesse ouvido um barulho do lado de fora da casa.

Seu pai olhando aos arredores com uma espingarda nas mãos, falando com Julio:

- Fio num orviu umas batida iguar se argém chamasse numa janela?

- Orvi sim pai, mai me alevantei pra espiá e num é nada de mais, só uma coruja que se bateu aqui no vrido da minha janela, vorta drumi pai!

- Ocê viu se era memo coruja?

- Era memo pai, eu vi se debate contra o vrido e saiu avoando pro matagar!

Senhor Francisco “Chico” olhando em direção da estrada arcando seu tronco para observar melhor:

- Fio, é meu zóio u eu to vendo coisa?

Julio debruçou-se no peitoral da sua janela para ver o que era:

- Num to vendo nada pai, o que o pai oiô?

- Parece que é um artomóve na estrada fio, mai quem é que ia abandoná um artomóve nessa escuridão só cum a craridade do relampejo pra chuva? Tá relampiando muito, vem chuva forte já, já fio, baum Já vorto, vo lá vê de perto!

Ouvindo isso Dr. Mateus cochichou gemendo:

- Deeeus é meu carro Julio e agora?

Julio riu pelos nervos falando entre os dentes:

- Agora num sei douto?! Guente aí que ele foi ver de perto.

- Será que ele viu a tarde o meu carro?

- Craro que viu, inté me disse cume que argúem sabe guiá um artomóve desse, oiei i era o teu ele sabe pra morde que disse pra ele ser de vóis, vai reconhecê!

Um tempo depois ele retornou:

- Fio, tô procupado co douto, aquele carro é daquele home que ocê ensino pesca hoje, sei que é douto pra morde que tua mãe me disse, será que aconteceu arguma desgraça cum ele?

Gemendo grudado na parede de medo do pai de Julio, Dr. Mateus resmungou a ele mesmo:

- Desgraça vai acontecer comigo se teu pai me pegar aqui no teu quarto!

Julio gargalhou se assustando e seu pai:

- Ué, tá maluco fio gargaiando do que? Da desgraça que pode memo tê aconecido co douto? Afinar o artomóve é dele lá na estrada, axque vo liga pro Dr. Luiz, é amigo dele e pode ajudá.

- Num percisa pai, ele deve tá bem, vai vê acabo combustíve e dexo lá i logo vorta busca!

- É memo, se ele quizesse ajuda tinha falado cum nóis num é?

- Craro pai, vai durmi que ele deve te ido busca ajuda!

- Ta baum fio!

Seu Chico entrou indo deitar-se, esmorecido pelo susto Dr. Mateus deixou seu corpo escorregar pela parede sentando-se ao chão segurando com as mãos sua cabeça.

Julio olhando-o riu ao vê-lo em pânico e falou em tom baixo se sentando em sua cama:

- Óia douto, num sei que tipo de cura douto faiz mai o que feiz num é coisa de gente baum da cabeça... (Riu) Tô brincando cocê, tá tremendo home, se acarme que o pai já tá roncando essa hora!

- Claro, de susto por teu pai saber ser meu carro, já vou embora Julio, não se preocupe...

- Ia embora, orça a tromenta que começo douto!

- O que faço agora Julio?

- Óia... Primero orça o vento e chuva forte lá fora, orviu?

- Sim ouvi Julio, o que tem?

- Tem que vai se moía tudo e ficá doente, agora druma aí memo!

- Drumi? Nooossa, eu dormir aqui? Mas... Bom, se bem que amanhã e depois eu não trabalho, mas não posso deixar meu carro na estrada, que tal se cai granizo? Não, vou para casa, chega de confusão e conversamos outro dia Julio.

- Tá baum douto, se que sabe!

Dr. Mateus pulou a janela de volta saindo correndo em direção a estrada.

Embarcou fazendo a volta seguindo para a cidade.

Na estrada somente a luz do carro e fortes relâmpagos dava melhor visão na escuridão.

Após uma curva viu um brilho intenso sobre a estrada, parou descendo ver de perto falando com ele mesmo:

- “Caraaaaaaaca chuvinha forte essa, como vou passar se o riacho transbordou em tão pouco tempo? Mateus você não toma jeito homem, pior que menino malandro aprontando das suas. E agora?! Estou com as roupas encharcadas, tremendo pelo frio com este vento gelado, vou voltar, agora é preciso voltar seu maluco”!

Voltando entrou de carro fazenda a dentro deixando perto da janela do quarto de Julio que já estava o olhando ao descer:

- Desculpa a confusão Julio, mas agora sim eu preciso de um canto pra dormir, o riacho transbordou e não deu de passar!

- Nem drumi por me alembra que decerto isso ia acontecê i num me alembrei antes de te dize isso. Entre pela porta da frente, vo abri pra ocê e diga pro pai a mema coisa que falei prele daqui da janela!

- Está certo, que frio!

Dr. Mateus entrou todo ensopado, os pais de Julio vieram ver quem estava na sala:

- Ôh pai, o douto cunseguiu gasulina i indo pra casa num pode passa no riacho.

- Baum que vortô douto, entre i num ligue que é casa humirde mai dá pra te aloja sem chuva e cum ropa seca do fio, leve ele e dê ropa, ocêis tem quaje o memo corpo i artura!

- Não quero incomodar senhor, logo seca e durmo em qualquer cantinho depois de passar o frio!

- De jeito manera douto, num vai fica moiado à noite i madrugada intera, vai fio e veja depois um café u chá quente prele. Num se acanhe douto, nóis vai durmi pra morde que me alevanto cedo, fio dê um canto pro douto na tua cama memo se ele num si importa em drumi na mesma cama que ocê!

- Me importar? Não senhor, eu não me incomodo e agradeço a gentileza, por sorte não trabalho amanhã, nem depois.

- Tá baum douto, druma cum Deus!

- O senhor também, mais uma vez eu lhes agradeço por me acolherem!

- Se quise um banho quente o Juio vê pra ocê!

- Tá baum pai, pode i durmi que cuido do conforto dele, venha douto, vo vê ropa procê!

No quarto de Julio Dr. Mateus vibrando de alegria por ter dado certo sua idéia de ir naquela noite até Julio, ao menos poderia ficar perto dele pouco mais.

Julio em silêncio procurando um pijama dele para Mateus:

- Vê se serve esse pijama daqui pra ocê, num é novo, mai tá limpinho, passado e seco!

- Cheiroso também está Julio, agradeço!

- Nooossa, como ocê agardece tudo!

- É a boa educação e gratidão, só isso!

- Hum, tá baum, eu me viro i ocê se troca, num vo oiá nocê pelado num se apreocupe douto!

- Nada de mais se ver eu nu Julio, somos dois homens adultos!

Julio riu maliciando e virou-se na cama:

- Tá baum... Sei cumé que é!

Dr. Mateus trocou-se rindo observando Julio deitado de costas a ele para não vê-lo nu, observando o lindo corpo de Julio:

- Sabe Julio, quando eu poderia imaginar que eu iria dormir com você?!

- Disse certo douto, durmi cum eu! (Riu)

- Eu sei Julio, não se preocupe que não mordo!

- Mordê eu tarveiz num memo, mai pode agarrá i tascá de vorta um bejo como feiz hoje.

Mateus rindo se vendo apaixonado por Julio:

- Não me falou se gostou ou não do beijo?!

- Mai se eu te disse que gostei vo se um viado i se disse que num gostei vo tá inganando eu memo. Êita to falando asnera de sono, durma bem alí na ponta da cama, tá baum douto?

Rindo por ver que Julio gostou do beijo, apenas sentia medo do que sentira com aquele beijo e relutava.

Mateus apagou a luz deitando-se ao lado de Julio que parecia nem respirar de preocupação, vergonha!

Julio não admitia, estava irradiante em estar deitado na mesma cama com Mateus.

Seus pensamentos era o desejo de beijá-lo, mas não havia coragem para tanto.

Riu dele mesmo pensando:

“Como Deus é baum, abençoado seja a riberinha que saiu do leito da água pra estrada, tô aqui cum ele na minha cama, êita”!

Mateus deitou-se olhando para as costas de Julio desejando que Julio virasse de frente para ele:

- Julio, já dormiu?

- Num ainda douto, ocê qué arguma coisa?

- Quero te pedir desculpas por hoje!

- Do bejo u de te vindo queném gatuno?!

- Por tudo isto Julio, agi como adolescente quando está apaixonado!

- É. Eu tamém acho!

- Julio, você não crê no que eu sinto por você?

Julio virou-se de frente para Mateus criando coragem para conversar:

- Sabe douto, vo te conta uma coisa. Eu tenho vergonha de mim memo pra morde fala ansim tudo deferente de gente cum estudo. Sô um home simpres por demais, quaje num vo nem na cidade pra morde essa vergonha de mim memo. Eu quis estuda sabe, mai o pai nunca que dexo nenhum de nóis estuda pra se arguém na vida, então eu fico aqui batendo minha cachola. Cumé que um douto ansim como ocê é Mateus, vai tá de verdade apaxonado por eu? Craro que num credito?!

- Julio e se eu te provar o quanto te amo?

- Tem como fazê isso?

- Tem sim, prometo te provar toda minha paixão a você Julio ou eu nem teria me arriscado tanto!

- Ué, prove intão home. Num sei cumé que vai pode me prova que tá apaxonado memo por eu!

- Eu sei como Julio, assim...

Dr. Mateus aproximou-se lento de Julio que não revidou desta vez correspondendo ao beijo.

Por mais de 15 minutos de um longo e ardente beijo de ambos, naturalmente chegou à excitação.

Assustando Julio ao sentir seu membro duro como uma rocha, discreto o apertou:

- Num tá bem certo isso de home beja home e senti vontade de... Nooossa, que vergonha me dá, descurpe douto!

- Julio presta atenção no que vou te falar. Eu te beijei hoje à tarde e agora, você gostou, por que ter medo ou vergonha de mim? Já deve ter percebido que também gosta do mesmo sexo, não percebeu?

- Bem por isso douto, to é assustado, cum medo desta viadage, depois o que um home estudado como ocê pode quere cum eu quaje anarfabeto? O que achô neu pra se apaxona diansim queném disse?

Dr. Mateus riu deixando seu corpo apoiado ao cotovelo esquerdo:

- Este seu jeito humilde me encantou, sua sinceridade, honestidade, seu caráter, sua masculinidade e sua beleza, foi isso Julio que me levou a me apaixonar por você. Depois, estudos você poderá ter se realmente desejar, eu te ajudo e poderá estudar se formando na profissão que desejar.

- Como vo estuda douto, é perciso trabaiá na cidade i tê onde vive por lá, sabia?

- Sei disso, te falei que vou te ajudar Julio!

- Como ansim?!

- Mora lá em casa e trabalho será o de menos, pode trabalhar no hospital, tenho certeza de que o Luiz o ajudará dando um emprego!

- Vai ficá meio feio mora cocê i ainda pidi pinico pro patrão douto Luiz, num so home de pidi.

- Feio por que Julio? Afinal, somos amigos, não somos?

- É mai ocê ta querendo mai do que isso, num é?

- Sim, mas se você não desejar nunca vou te obrigar a nada Julio. Quero te ajudar a realizar teus sonhos em estudar e ser feliz, você promete pensar?

- Pormeto sim douto!

- Julio, eu sei que você sente algo por mim, está apaixonado por mim?

- Baum, num sei como é isso, to é perdido, um nó nos miolo, como vo gosta dum home? Pior ainda, como posso gosta de um douto?

- Natural que você sinta medo, receio ou vergonha Julio, isso também me aconteceu quando me descobri gay. Não respondeu, está ou não apaixonado por mim?

- Se eu tive vergonha de fala?!

- Ninguém sente vergonha da verdade Julio, significa que você só não tem coragem de assumir que também se apaixonou por mim, é isso?

Envergonhado, nervoso Julio tapou seu rosto com suas grandes mãos abafando sua resposta:

- É, to sim!

- Deeeus, eu ouvi direito? Você está dizendo que me ama Julio?

- Isso douto, o pai me mata se sube dessa viadage de eu cum ocê!

- Julio, ele não vai matar por que não contaremos!

- Que nervoso, eu to inté tremendo douto!

- Julio tira as mãos do rosto e me ouça. Não quero que continue me chamar de doutor, me chama pelo nome, sou doutor lá no hospital, fora dele sou um homem comum.

- Tá baum Mateus! (Sorriu mais calmo)

- Estou feliz por admitir que você esteja apaixonado por mim, eu estou por você desde o momento que foi me buscar no carro.

- Óia, eu sinti um friuzinho na tripa te oiando, mai depois que ocê me deu aquele bejo fui vê que tava apaxonado por ocê, eu tratei de tira do miolo pensando se bestera de eu!

- Não é besteira e este friozinho no seu estômago é sintoma da paixão, eu também senti isso ao vê-lo.

- A é? Que baum Mateus!

- Eu te amo Julio!

- Axo que eu tamém amo ocê, credo que viadage a nossa num é memo?

Rindo pela simplicidade de Julio, Dr. Mateus aproximou-se lento agora sem medo beijando Julio com amor e paixão.

Beijos ardentes despertando o tesão em ambos:

- Julio eu te quero agora meu amor!

- Êpa, vamu cum carma Mateus, ainda to assustado i num sei como fazê essas coisa daí, só sei cum muié e cum as cabra!

- Queee?

- Na fazenda agente tem de se virá do jeito que dá douto, num se tem muié vai cum a cabrita memo, tá vendo donde ocê foi amarrá teu burro home?

Mateus em uma crise de risos sufocados no travesseiro:

- Deeeus, realmente eu devo estar te amando Julio, jamais me envolvi com alguém que tenha transado com uma cabra e ainda achar graça disso tudo, que loucuuura?!

- Ué, pode inté sê estranho pra ocê, pra eu é normar pega uma cabrita pra dá uns esfola nela.

Dr. Mateus queria aproveitar aquela oportunidade e fazer amor com Julio, mas decidiu que antes de levá-lo fazer exames, não transaria com ele.

Seu tesão era intenso e arriscou:

- Julio, já que tem vontade de aprender antes como se faz sexo com homem, vamos brincar então de um masturbar o outro?

- Cumé que se faiz isso Mateus?

- Nunca se masturbou?

- Num sei o que é isso, tarveiz já fiz, mas cum esse nome daí num sei?!

- Claro, esqueci disso. Olha em mim e veja, é assim!

Dr. Mateus arrancou de dentro de sua calça do pijama seu cacete de 21 cm arrancando de Julio um suspiro gemendo:

- Nooossa qué dize, é isso daí? Craro que faço quaje tudo dia!

- Isto é se masturbar Julio, nome correto, como você diz para a masturbação?

- Áh, eu penso ansim, to cuma vontade, vô é toca uma punheta da boa. Se num dá pra pega a cabra eu toco uma punheta e pronto.

- Cabra nooossa, a deixe quietinha nos pastos, Julio!

- Já sei Mateus, tá cum ciúme da minha cabra é?

Mateus chorando de rir:

- Claro que não, bom, só um pouquinho, esquece ela Julio!

- Tá baum, se te faiz feliz eu num pego mai ela pra fudê nela.

- Agradeço Julio, aceita ser meu namorado? Seus pais não necessitam saber!

- Craro que aceito namora ocê, ara essa que eu ade de perde uma chance de virá viado. Despois eu tamém amo ocê, só posso se que nem ocê, um viado. Baum, o que devo fazê agora que namoramo?!

- Nada Julio, nós apenas somos namorados de verdade e que nos amamos, o resto vai acontecer naturalmente. Vamos nos masturbar um para o outro?

- Craro, to que to memo?!

Ambos joelhados na cama de frente para o outro e cada qual se masturbando olhando nos olhos do outro. Se deliciando com os trejeitos de ambas as partes, respiração ofegante.

Beijaram-se aumentando o tesão e Julio falando com muita dificuldade algum tempo depois:

- Mateus eu... Óia num dá de segura mai não, to quaje espurrinhado meu gozo home... Ãããããããhhh!

-Vem Julio, pode vir, vem comigo agoraaaaaaa... Ãããããããhhh!

Jorrando o gozo um no outro em fortes jatos de esperma quente, olhavam escorrer pelas coxas um do outro em fortes urros de prazer.

Caídos deitados na cama de Julio e rindo se beijaram:

- Que coisa de loco Mateus, amo ocê home!

- Loucura gostosa, claro que seria bem mais gostoso se nós tivéssemos feito amor de verdade, mas temos tempo para isso, também amo você Julio!

- Por hora tá loco de baum faze ansim, um oiando o otro. Perciso me acostuma cum à idéia de se um viado premero!

- Gay, diz gay Julio!

- Tá baum, de sê um gay. Bem que ocê pudia me ensina fala e escreve direito!

- Ensino sim, depois que eu resolver umas coisinhas. Mais tarde combinaremos e irá morar comigo estudar e trabalhar. Qual sua idade?

- Tá baum, se o pai dexa eu vô, to cum 20 anos!

- Você tem idade para ser dono de você mesmo Julio, diz a ele que vai e pronto!

- É. Tá memo na hora deu sê um home e me manda sozinho, eu vo sim!

- Ótimo Julio, assim que se fala. Tive uma idéia, que tal eu falar a ele que te dei emprego em minha fazenda?

- Boa idéia, pra trabaiá ele num vai fica brabo de eu i cocê embora daqui. Falando em home eu menti uma coisa e não gosto de mentira!

- Combinado então Julio, amanhã falo com seu pai. O que é que mentiu?

- Eu perdi minha pureza, virei um home cum a cabrita Pepita, num foi cuma muié que nem eu disse.

- Caraaaca, nunca teve nenhuma mulher?

- Não, só a Pepita a minha cabrita. Ocê teve cuma muié?!

- Sim Julio, até já fui casado com uma mulher, à mãe queria e casei!

- Crendios Pai home, u é viado u num é. Cumé que caso i num quis mai ela?

- Longa história Julio, mas te afirmo que ao me casar com ela eu sabia ser gay, foi à pressão dos meus pais sobre mim que me fez escapar com meu medo de ser gay. O tempo passou e fui ver que realmente não adiantava, eu era, sou e sempre serei um gay. Só não tive filhos e é um sonho meu ter ao menos um!

- Xiiiiiii douto Mateus, agora me deu medo de ocê, cumé que vô te dá um fio, home? Eu tamém so home, isso num vai dá certo pra te dá fios!

Dr. Mateus chorando de rir beijou a testa de Julio em um forte abraço vendo sua simplicidade:

- Áááiii meu lindão, saiba que existem bebês para adoção, não vou te engravidar.

Ambos sufocando suas gargalhadas para não acordar os pais de Julio.

Dormiram abraçados como se fosse um só corpo e espírito!

Julio lindo rapaz de olhos verdes, cabelos lisos e loiros, sem um corte exato e mesmo assim belo homem. Corpo atlético e alto!

Dr. Mateus pouquíssima coisa mais alto, cabelos lisos, pretos em um bonito e moderno corte até quase seus ombros com costeletas bem definidas. Olhos azulados o que lhe dava ainda maior beleza.

Nenhum dos dois deixava transparecer serem homossexuais por sua masculinidade!

Amanhecera chovendo, Julio acordou-se feliz se espreguiçando sentando-se na cama.

Olhou para Dr. Mateus que dormia como um anjo. Sorriu dando-lhe um beijo!

Mateus se remexeu na cama virando-se de bruços dando continuidade ao seu sono.

Julio rindo falando em tom baixo com ele mesmo admirando a beleza de Mateus:

- Ocê é um home de sorte boa Julio, veja só, o home que ocê se apaxono tamém te ama i é um home lindo, como é, nooossa. Descurpe Pepita, mai num te quero mai não, cum baita home desse tipo daí na minha cama, o que vo fazê cocê minha cabritinha, foi baum enquanto durô nosso caso?!

Em sua extrema simplicidade, Julio falou a sua realidade que vivera até então com sua cabra Pepita.

Levantou-se colocando um bermudão, botinas sem camiseta indo tratar os animais da fazenda.

Ao retornar Dr. Mateus havia tomado banho e estava conversando com os pais de Julio na cozinha.

Entrando todo molhado pela chuva tirando sua botina na porta olhando para Dr. Mateus:

- Baum dia Mateus!

- Bom dia Julio, eu dormi demais!

- Durmiu nada, ocê é acostumado se alevantá bem tarde lá na cidade, nóis num pode!

- Está encharcado da chuva, vai ficar doente sem camisa!

- Fico memo, se eu tive de ropa moiada eu fico doente, ansim só de bremuda não, já so acostumado Mateus.

- Fio, que farta de educação chama o douto de Mateus, é douto Mateus fio!

- Fui eu que pedi que ele me chamasse assim, pelo nome. Somente dentro do hospital que sou doutor, aqui não.

- Áh baum, intão tá baum, pensei que ele tava sendo mar educado cocê!

- Vo toma um banho quente, já vorto toma café!

- Te espero pro café Julio!

- Tá baum!

Os três ficaram sentados a mesa conversando sobre vários assuntos, algum tempo depois Julio voltou se sentando a mesa com Mateus para o café.

Mateus relutava e se policiava para não demonstrar seu amor por Julio na frente dos pais do rapaz.

Vez ou outra cruzavam seus olhares discretos paquerando, se desejando com um sorrisinho:

- O douto nem quera i imbora hoje que num vai dá, num abaxo as aguada ainda, pode se de tardinha que logo pare a chuva i fize sor ainda hoje.

- E se caso não fizer sol senhor Chico?

- Vai tê de fica aqui até finar de semana douto, num tem otra passage pra cidade até que as aguadas vorte pro leito dele, é a natureza!

- Hoje e amanhã eu não trabalho, ligo e aviso o Dr. Luiz que estou aqui na casa de vocês.

- Use o telefone da casa dele douto, brabo ele num vai fica que pra morde manda que nóis use pra liga pra onde percisa. Fio leve ele e impresta do patrão umas ropa dele, num troxe nada num é douto?

- Não, nem imaginava que daria tanto transtorno!

- Fique bem douto Mateus, nóis é pobre, mai samo bem limpo, zeloso cum as coisas da casa e ropa, pobre, mais nun porco.

- Com certeza, eu já observei o capricho de todos vocês e da sua esposa que deixa a casa brilhando, me sinto bem aqui, não gosto de muitas frescuras.

- Ade que não, vive na cidade, é um douto, imagine se não gosta de luxeza.

- Verdade senhor Chico, para mim o luxo e conforto estão numa boa limpeza e organização de uma casa como é aqui, não na beleza de móveis caríssimos como minha mãe gosta!

Julio o olhou resmungando como quem se preocupou com a mãe de Mateus:

- Huuum!

- Que foi meu fio, dexa a mãe dele, se ela gosta dessas coi

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