Sonhos de estagiário (parte I)

Um conto erótico de Bonnie & Clide
Categoria: Heterossexual
Contém 2679 palavras
Data: 14/07/2008 12:57:00
Assuntos: Heterossexual

Na sala de espera da empresa, o rapaz alto de cabelos castanhos e pele clara aguardava a última entrevista, já tinha participado de várias etapas do processo seletivo, agora ia ser entrevistado por quem, se tivesse sorte, seria seu chefe.

-- Fernando?

-- Sim sou eu.

Acompanhou a garota de andar apressado pelos corredores bem iluminados até uma sala com uma plaquinha na porta:

Gerente

-- Pode ir Bianca.

A mulher de longos cabelos claros levantou os óculos escuros prendendo o cabelo e revelando olhos azuis que encaravam Fernando com claro desprezo, ele também já não gostava dela, viu quando passou apressada sem responder os comprimentos de quem estava na recepção.

Segurava o currículo dele e arranhava o papel com as unhas pintadas de vermelho.

-- Então você já tem experiência em departamento financeiro?

-- Tenho sim, trabalhava com cobrança em meu emprego anterior.

-- Porque saiu de lá?

-- Era temporário, não fui efetivado

-- Mas outros foram.

Fernando apertou os dentes, que mulher desprezível, na outra empresa metade dos temporários haviam sido efetivados, mas ele não, coincidentemente todos os efetivados eram mulheres, e mulheres bonitas, mas ele não ia dizer isso para ela, parecia bem o tipo que era contratada por ser mulher e por ser bonita.

-- Sim senhora.

Sentiu-se ridículo a chamando de senhora, com certeza era mais velha que ele, mas não tinha nada de senhora, no entanto pareceu resolver para encerrar o assunto.

-- Vamos tentar então, você terá um período de experiência, vamos ver como vai se sair. Você começa na segunda-feira às 8:00.

-- Claro, estarei aqui.

Carla não respondeu, pegou no telefone e fez sinal de que ele podia ir.

Fernando adaptou-se perfeitamente ao trabalho, ainda ficava incomodado com o desprezo pelo qual era tratado por Carla, mas com o tempo foi percebendo que ela era assim com todos os funcionários e resolveu não se preocupar mais, faria seu trabalho corretamente não tinha o que temer.

Alguns meses depois já estava familiarizado com o serviço e tinha amizade com muitas pessoas na empresa, inclusive com Bianca que era assistente pessoal de Carla, ela estava sempre se metendo em trapalhadas e Fernando ajudando a sair delas.

-- Fê, pode me ajudar?

-- O que você aprontou agora Bianca?

-- Coloquei um disquete no micro da Carla e agora não quer sair, acho que quebrei.

-- Pode deixar, eu tiro de lá para você.

Carla costumava chegar somente depois das 10:00 horas e ainda era 8:30, Fernando teria bastante tempo, poderia livrar a amiga dos ataques de fúria que Carla tinha pelos mais insignificantes motivos.

O gabinete ficava embaixo da mesa, enfiou-se lá imaginando como era maluca aquela mulher, até para decidir onde colocar os equipamentos gostava de contrariar, ele tentava com um alicate tirar o tal disquete quando ouviu a chave virando na porta, achou que era Bianca querendo apressá-lo, mas ouviu a voz de Carla

-- Espera aí, vou fechar essa porta.

-- Claro que não. Acha que vou usar o telefone da empresa?

-- Minha sala é segura meu bem, sou uma funcionária de confiança do seu sogro, esqueceu?

Fernando olhou pelo vão próximo ao tampo da mesa e viu que ela se dirigia à janela, brincava com as persianas enquanto continuava a conversa ao celular.

-- Não, já está tudo certo, combinei com os fornecedores, como sempre as notas são frias, e nossa parte está garantida.

-- Dessa vez vai dar para comprar aquela X5 que você está querendo, acho que também vou querer um carro novo.

-- Lógico que não! Porque acha que contratei um estagiário inexperiente? Ele precisa comer muito arroz com feijão até chegar perto de entender o que fazemos.

-- Sou eu quem confere as notas, pessoalmente, ninguém acima de mim faz qualquer conferência mais apurada.

-- Claro Cássio querido, tudo certo, à noite nos falamos, que horas você vem?

-- Vou te esperar, ansiosamente.

Carla desligou o telefone e ia em direção da mesa quando Fernando se levantou.

-- O que está fazendo aqui?

-- Vim tirar um disquete que ficou...

-- Suma daqui! Vou demitir você e a Bianca que te deixou entrar!

-- Não vai não.

-- Como assim não vou?

-- Ouvi toda a conversa, além de roubar a empresa você é amante do genro do Sr. Alfredo, o dono da empresa vai adorar saber que sua funcionária de confiança, além de roubá-lo coloca chifres na sua filha adorada.

-- Ok, então diga seu preço.

-- Vou pensar sobre isso, por enquanto você irá tratar Bianca com a educação que você não teve, não só ela como todos os outros funcionários.

Dizendo isso Fernando saiu da sala fechando a porta atrás de si.

-- Desculpe-me Fernando, ela nunca chega cedo, não sei o que aconteceu hoje, ela vai comer meu fígado...

-- Não se preocupe Bianca, está tudo bem, muito bem.

Bianca olhava as costas do amigo sem entender nada, entendeu menos ainda quando a chefe lhe pediu um café sem gritar e sem tocar no assunto.

No dia seguinte Fernando encontrou um envelope lacrado em sua mesa com uma quantia razoável em dinheiro, e assim passou a acontecer toda semana.

Eduardo era o amigo mais próximo de Fernando, tinham a mesma idade e eram parecidos fisicamente, os mesmos cabelos castanhos lisos, a mesma altura acima da média, os mesmos corpos fortes esculpidos por treinos de jiu jitsu que praticavam na mesma academia.

-- Cara, to precisando viajar para visitar minha mãe.

-- E por que não vai?

-- De que jeito? Com a D. Carla pegando no meu pé? Minha mãe mora longe, preciso de pelo menos 4 dias para ir e voltar, trabalhando de sábado então, fica impossível.

-- Vou resolver isso para você.

-- Você???? Você tem alguma coisa a ver com esse ataque de boa educação da rainha do mal?

-- É segredo, mas como você é meu camarada não vou mentir, tenho sim, ela está comendo na minha mão e não por vontade própria.

-- Chatagem?

-- Da brava.

-- Seja o que for, fica esperto, aquilo ali não dá ponto sem nó, qualquer dia vou ter que te visitar no cemitério.

-- Que nada, estou no controle.

Eduardo balançou os ombros.

Na semana seguinte teve quatro dias de folga para a viagem que precisava fazer.

Fernando decidiu que era hora de ganhar um pouco mais, precisava comprar um carro para sair com a namorada, estava cansado de sair de táxi.

Resolveu ir atrás de Carla na academia, já sabia onde era por informação de Bianca, e não queria falar com ela na empresa, havia muita gente querendo saber o motivo da mudança de comportamento dela.

-- O que está fazendo aqui?

Carla usava uma bermuda e top de lycra para ginástica, que revelavam o corpo magro e bonito que as roupas elegantes escondiam, as pernas grossas bem torneadas, a curva suave do quadril, a cintura marcada, a barriga lisa, os seios pequenos e firmes, a penugem loira que cobria todo o corpo brilhava junto com o suor.

-- Nunca viu mulher não, moleque?

-- Gostosa assim, não vejo sempre.

-- Abusado, diz logo porque está aqui.

-- Vamos conversar em outro lugar, ou quer que seus coleguinhas saibam que é uma ladra?

-- Espere no meu carro enquanto tomo banho.

-- Não tenho tempo para isso, pegue só sua bolsa e venha, estarei no estacionamento.

Colocou um agasalho por cima do corpo suado e foi para o carro, maldito chantagista, não podia nem tomar banho em paz, entrou no carro e olhou para o rapaz sério no banco do passageiro

-- Para onde?

-- Para seu apartamento.

-- Tá doido? Meu namorado vai estar lá a qualquer momento.

-- Cássio vai estar com a esposa e o sogro hoje, assim como todo final de semana, você vai estar sozinha até segunda, ser a outra dá nisso.

Enquanto ela dirigia Fernando olhava as pernas dela se movendo, sentia o cheiro que vinha dela, via o suor que cobria-lhe o corpo e tinha vontade de lamber cada gotinha.

-- Estou pensando em outro jeito de você calar minha boca.

-- Vou tomar um banho enquanto você pensa, sei bem que isso pode demorar.

-- Cuidado com sua boca, posso me ofender.

-- Foda-se.

-- Que boquinha suja hein.

Carla entrou no banheiro da suíte e trancou a porta, Fernando foi logo atrás e sem saber direito porque começou a vasculhar armários e gavetas, mexia nas calcinhas dela quando sua mão tocou um objeto gelado, sorriu quando viu que eram algemas.

Ela saiu do banho enrolada em uma toalha.

-- Me dê isso! Seu bisbilhoteiro! E agora saia do meu quarto!

Fernando em um movimento rápido puxou a toalha revelando o restante corpo bem feito que ele tinha visto na academia, agora olhava as coxas grossas, o triângulo de pêlos castanhos, um pouco mais escuros que os cabelos dela, os mamilos rosados e endurecidos, sentiu seu membro ficar rígido perante aquela visão.

Dirigiu-se a ela girando a algema nos dedos, ela recuou de costas até cair sentada na cama.

-- Não se atreva!

Fernando sorria enquanto segurava os braços dela sem dificuldade, colocou o peso de seu corpo em cima dela enquanto a prendia com as algemas na cama.

-- Desgraçado! Me solta! Vou gritar!

-- Suas paredes são revestidas, não subestime minha capacidade de observação, claro que não tinha reparado o quanto você é atraente, mas sou um bom observador.

-- Quanto você quer? Pode dizer qualquer valor! Posso te pagar em dólares, basta abrir o cofre que tenho na sala.

-- Abra as suas pernas, só isso que quero.

-- Nunca desgraçado. Um moleque como você nunca daria conta de mim, melhor você ir para casa bater uma punheta.

Fernando começou a acariciar as coxas dela, lambia, mordia e ela mantinha as pernas fechadas, ele subiu para os seios passando a língua pela barriga, abocanhava o seio inteiro mordendo de leve, uma das mãos desceu e se enfiou entre as coxas, vitorioso sentiu a umidade dela.

-- Sabia que você ia gostar.

-- Não... não, claro que não.

Carla odiou o jeito como gaguejou ao falar, respirou fundo e tentou controlar a excitação que sentia, mas era impossível, quando ele começou a lamber sua virilha ela acabou cedendo e destravando as coxas, queria receber a língua dele dentro dela, teve que reconhecer que ele era muito bom com as mãos e a língua.

Ele lambia, mordia, chupava como se fosse seu doce preferido, ela gemeu alto quando sentiu os dedos dele trabalhando junto com a língua.

Começou a sentir o corpo todo formigando, entregou-se ao orgasmo que estava a caminho, quando subitamente dedos e língua a abandonaram.

-- Diga que quer!

-- Não, não quero!

Fernando sem dizer nada tirou-lhe as algemas se levantou e saiu, ela ouviu quando ele entrou na cozinha, ligou a torneira e depois a porta da sala se fechou, esperou sua volta inutilmente.

-- Vá embora seu maldito! Eu também tenho dedos! Posso terminar isso sozinha!

Mas a satisfação que ela conseguiu sozinha foi só um pequeno alívio, ainda era sexta-feira e seu homem não estaria lá até a próxima segunda, aquele fim de semana seria muito longo.

Fernando saiu do apartamento direto para a casa da namorada, precisou de muita força de vontade para deixar Carla bem no momento crucial, a vantagem é que agora a namorada que ia passar bem.

Na sexta-feira seguinte Fernando a esperou em seu carro.

-- Como entrou aqui?

-- O guarda já sabe que sou seu namorado.

-- Vai sonhando.

-- Quem disse que eu quero namorar você? Já tenho namorada, uma morena maravilhosa e ainda gente finíssima, não uma peste loira como você.

O silêncio que se seguiu só foi rompido por Fernando depois que entraram no apartamento.

-- Tire a roupa e algeme-se na cama.

-- Tá doido? Que absurdo.

Fernando se aproximou enfiando a mão no meio dos cabelos dela, na parte de trás da cabeça, puxou-a para perto dele.

-- Se esqueceu de quem está no comando aqui?

-- N.. não

Ele era pelo menos trinta centímetros mais alto do que ela e lhe puxou os cabelos macios obrigando-a encará-lo com a cabeça muito para trás, ele sentiu o cheiro gostoso dela e viu o ódio que faiscava nos olhos azuis.

-- Quem é?

-- Você.

-- Então vá e faça o que estou dizendo, e rápido.

Antes de soltá-la passou a língua da base do pescoço até o queixo, fazendo-a ficar arrepiada, quando ela se virou ainda levou um tapa na bunda.

Ele foi para a cozinha, estava com fome, abriu armários, gavetas e geladeira, pegou um dos muitos potes de sorvete de chocolate que havia lá e foi para o quarto, onde Carla o aguardava obediente.

-- Você só tem porcaria para comer? Chantili, sorvete, mil tipos de doces e biscoitos, não tem comida de verdade não? Parece que tem 5 anos de idade.

-- Sempre peço comida fora, odeio cozinhar. Porque você não usa uma taça para esse sorvete? Isso é falta de higiene e de educação.

-- Boa idéia.

Fernando foi para o banheiro e voltou com creme de barbear e uma lâmina novinha em folha que brilhava na sua mão, Carla sentiu um frio na espinha.

Fernando cobriu toda a virilha dela com o creme e começou a limpar a penugem triangular.

-- Como vou explicar isso para o Cássio?

Como era comum, ficou sem resposta.

Quando ele terminou a pele dela estava sensível pelo contato com a lâmina, antes que ela pudesse dizer qualquer coisa e sem o menor cuidado, ele começou a despejar o sorvete nela. Nos seios redondos, na barriga lisa, na área recém depilada.

-- Ai! Tá gelado.

-- Quieta!

Fernando chupava o sorvete sem pressa e colocava mais, colocava o sorvete e esperava que começasse a derreter para chupar, ela tremia de frio, sentia o corpo ficar dormente e a pele toda arrepiada.

-- Tira logo isso, estou congelando.

Fernando levou o dedo aos lábios pedindo silêncio.

Finalmente começou a limpar todo o sorvete com lambidas longas e quentes, aqueceu-lhe com a língua, primeiro os seios, depois a barriga com os pelinhos loiros arrepiados e chegou a virilha ouvindo o suspiro dela, colocou as coxas dela sobre os ombros e sugou-lhe o clitóris gordinho, ela gemeu alto quando ele a penetrou com dois dedos, sentiu o corpo tremendo com a proximidade do orgasmo e ele mais uma vez, retirou-se dela.

-- Não! de novo não!

-- Então diga que quer.

-- Quero!

-- Peça!

-- Por favor, não pare!

Fernando abriu a calça e ofereceu o pênis grande e ereto para ela, que o abocanhou imediatamente, ele puxava-lhe os cabelos enquanto penetrava com força aquela boca quente e macia, segurou-a com força enquanto enchia a boca dela com seu sêmen, ela engoliu até a última gota.

-- Ganhou sua liberdade, mas é provisória.

Tirou-lhe as algemas e ela ainda esfregava os pulsos machucados quando ele a colocou ajoelhada na sua frente.

-- Continue.

Obediente ela segurou e colocou-o na boca outra vez, massageando os testículos e a base do pênis, em pouquíssimo tempo sentiu-o endurecer na sua boca, o barulho das chupadas enchiam o quarto, quando ele se afastou ela sentiu-se como uma criança de quem alguém tirou um doce.

-- De quatro querida.

Como sempre ela obedeceu, seu sexo latejava com a expectativa de ser penetrada.

Ele olhou o traseiro arredondado, a marca do biquini minúsculo, começou a morder a bunda durinha, lambeu-lhe toda, colocou um dedo na entrada apertada e sentiu quando ela se contraiu.

-- Calma querida, não hoje, não agora, mas em breve.

Ele penetrou sua vagina, ambos suspiraram, esperavam por aquele momento a tempo há tempo demais ele apertava o traseiro dela, dava tapas, ela gritava, gemia, estava completamente entregue, ele postergava o orgasmo o máximo que podia alternando movimentos fortes e suaves.

Ela sentia toda a dureza dele em cada estocada, o corpo começou a tremer seus joelhos não a sustentavam mais, se não fossem as mãos fortes dela segurando-a pelo quadril, tinha caído quando o orgasmo a atingiu.

Ele virou-a de frente e continuou o movimento, beijando-a na boca pela primeira vez enquanto o sêmen dele a invadia.

Em silêncio ele levantou-se, vestiu-se e saiu sem olhar para trás.

Carla sentiu o ódio fazê-la apertar os dentes novamente. Não queria promessas, nada disso, mas esperava que ele pelo menos dissesse boa noite.

Só quando entrou no banho percebeu que estava cheia de marcas, ia ter que arranjar inúmeras desculpas para não encontrar Cássio naquela semana, ou sua reputação de amante apaixonada esperando pela separação, ia ser destruída.

Continua...

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