Ana, a bailarina e eu

Um conto erótico de Nna
Categoria: Homossexual
Contém 4093 palavras
Data: 25/05/2008 13:47:55

Algumas de minhas histórias mais malucas tiveram Ana como testemunha – ou personagem. A cumplicidade surgida entre nós naquelas primeiras fodas foi de uma solidez inabalável. Mesmo nos períodos em que ficamos sem nos ver, trazia tudo à tona a cada encontro. Independente de com quem estivéssemos, que quem amássemos, o vínculo que nos unira lá atrás se sobrepunha sobre qualquer coisa. Antes de tudo, éramos amigas. Amigas que fodiam. E fodiam bem.

Juntas, éramos mais fortes, como se o mundo estivesse inteiramente a nosso dispor. Vez ou outra, esse sentimento inflava nossos egos de tal maneira, que acreditávamos que também as pessoas estavam, na terra, para nos servir. Creio que foi esse sentimento – a certeza da superioridade – o maior responsável pelo poder que exercíamos sobre algumas amigas – heterossexuais convictas! – que foram incapazes de resistir às nossas investidas.

Das inúmeras mocinhas inocentes que caíram em nossa teia, uma de nossas conquistas mais brilhantes foi Aline.

Difícil resumir em poucas linhas a longa história que escrevemos em nossa tentativa de “corromper” a doce bailarina Aline. A culpa pela obsessão que desenvolvemos por essa morena baixinha – cuidadosamente esculpida pelas mãos de Deus (ou do acaso) – era única e exclusivamente minha (e da Toni Bentley). Na época, Aline participava comigo de um dos inúmeros grupos de iniciação científica dos quais participei na época de universidade. Fazia o tipo dona de si, um tanto quanto autoritária, não raro resvalando na arrogância, quase tendendo para o “nariz empinado”. Roupas sempre alinhadas, cabelo impecável, bolsa a tira colo, sempre junto do corpo, queixo voltado para o firmamento e um trote ritmado, digno de um mangalarga de competição: o barulho de seus saltos ecoavam pelos corredores e me faziam adivinhar sua presença a léguas de distância (o que me enchia de expectativas e pensamentos).

Quem conseguisse ir além da barreira representada por essa imponência, conheceria uma menina de riso fácil, bem humorada, satisfeita consigo. Aline era o tipo de mulher que nos faz sentir prazer de estar junto dela, porque sabe estar à vontade em seu corpo. Seu corpo, sua casa. Assim, de perto, ela se tornava uma pessoa sensível – e encantadora.

Apesar de nosso contato intenso (e de meu indisfarçável fascínio), Aline mostrava segurança quanto às suas opções sexuais. Durante três meses, fiz de Ana minha confidente amorosa. Falava de Aline para ela com uma constância obsessiva. Aos poucos, a bailarina passou a fazer parte de nossas fantasias. “Mostra pra mim o que você faria com a bailarina, se tivesse oportunidade”, provocava Ana. E eu mostrava. Percorria seu corpo com minha língua, demoradamente. Entretinha-me ora em seu clitóris, ora perdida entre os pequenos e os grandes lábios. Deixava descer e língua molhada até a região do períneo e, logo abaixo, caprichava nos movimentos circulares ao redor de seu anelzinho, adiando o momento de deixar minha língua invadir aquele buraquinho já tão conhecido, tão meu. Ana chegava ao ápice da excitação, gozava fartamente em minha boca, cobrindo-me o rosto com aquela viscosidade agridoce tão particular. Brincávamos – na cama, no sofá, na cozinha – sempre tendo Aline como nossa musa inspiradora. Falávamos sobre o que faríamos com Aline. Ana falava de como adoraria afastar as deliciosas nádegas da bailarina para facilitar minha entrada, de como brincaria com sua bocetinha, tão louca ficaria de poder me ver em ação assim, com minha língua festando em bundas alheias. Ah, quantas fantasias maravilhosas nos rendeu aquela danada!

Essas brincadeiras algo lúdicas nos alimentavam tão bem que, depois de certo tempo, nem fazíamos mais questão de chegar às “vias de fato” com a bailarina. Contentávamos com a forma como ela passara a habitar nossos sonhos eróticos e isso nos causar enorme prazer

mas não vou negar que fui a loucura quando, numa abafada noite de outono, já com meia dúzia de chopes na cabeça, topamos com Aline entrando sozinha num barzinho do Baixo Gávea. “Aline?”, gritei quando do nosso ladinho na mesa “Oooooiiiiii”, ela atendeu, com um sorrisinho melancólico. “Tá perdida aqui, mulher?”. “Sabe que tô?”, disse ela, num suspiro. “Ôpa, que é que houve?”. “Ah longa história deixa pra lá”. “Deixa pra lá nada, cê tá sozinha aqui?”, perguntei. “Mais ou menos. Ia ligar pra umas amigas. Só não queria ir pra casa agora”. “Você não vai ligar pra ninguém, tá bom? Vamos ser suas amigas hoje! Essa aqui é a Ana, acho que você a conhece da faculdade pode ir sentando aí e conta essa ‘longa história”

Aline sorriu daquele jeitinho que me cativara, meses antes. E sentou conosco. “Garçom, três tequilas pra gente”, Ana pediu. “Nossa! Tô vendo que vou enfiar o pé-na-jaca hoje”, disse Aline, rindo. “Fica tranqüila, cê tá em boas mãos, a gente vai cuidar bem de você”, acalmei. “E nada de relutância, menina, com a cara que você ta, nada melhor do que uma tequilinha pra espantar os demônios!”, arrematou Ana. “Então vê logo duas!”, brincou Aline.

Aline não parecia se dar muito bem com bebida. Depois de três doses de tequila e duas caipivodkas ela já tinha contado longa história pelo menos umas três vezes. Tratava-se do óbvio: tinha brigado com o namorado. Não era a primeira vez. Disse que achava que os homens tinham medo dela (o que deve ser verdade, porque mulheres bem resolvidas costumam espantar homens covardes).

Se não tinham ido embora, agora os demônios estavam no corpo de Aline, que a essa altura ria como uma louca, não raro debruçando-se no ombro de Ana e dizendo: “Gente, eu tô muito bêbada!”. Ana e eu já tínhamos abandonado todo e qualquer escrúpulo, ouvíamos cada frase de Aline com atenção, zelando para que seu copo se mantivesse sempre cheio, enquanto controlávamos nosso próprio consumo. Bebinha, bebinha, Aline não conseguia perceber o olhar de cumplicidade que trocávamos. Estava no papo.

Eram quase duas da manhã quando Ana sugeriu que fôssemos terminar a noite no apartamento dela. “Gente, eu tô muito bêbada, acho que não vou conseguir dirigir, como é que eu vou pra casa?”, perguntou Aline, num lapso de lucidez. “Calma, você não vai dirigir! Liga pra tua casa e avisa que vai dormir fora. A Ana leva o teu carro e você vai comigo. Vamos todas pro apartamento dela”. “Será?”, hesitou Aline. “Acho que vocês estão me levando pro mal caminho, é quinta-feira, gente!”. “Confia em mim, garota, você precisa disso, ok?”. “Tá. Ok. Vamos”.

No caminho para o apartamento de Ana, conversei assuntos aleatórios com Aline, para mantê-la desperta. Em minha cabeça passavam mil pensamentos. Todo jogo estabelecido na mesa de bar, as estratégias de convencimento, os disfarces, as brincadeiras eu me sentia uma verdadeira caçadora, cercando a presa aos poucos, preparando-me para o bote definitivo, certeiro, fatal. Estava chegando a hora.

***

Chegando ao apartamento, nossa primeira providência foi preparar um café, para manter Aline acordada. Queríamos mantê-la bêbada, mas um coma alcoólico não interessava a ninguém. Era importante que ela soubesse o que estava fazendo. E que lembrasse de tudo. Entre um gole e outro de Capuccino, eu e Ana procurávamos manter o diálogo com Aline em torno das barbaridades masculinas. Contamos histórias nossas – algumas verdadeiras, outras inventadas – de fracassos com o sexo oposto. Aline ria e sentia-se menos solitária em suas desilusões. Aos poucos, fomos encaminhando a conversa para questões sexuais, procurando depreciar os dotes masculinos para o sexo. Aline estava à vontade. Ria muito.

“Quer saber, eu cansei dessa coisa de cair em conversa mole de homem só porque ando carente. Quando o tesão aperta, faço justiça com as próprias mãos”, disse Ana. “Ah, mas você acha que eu não faço isso? Menina, eu tenho que me controlar pra não me acabar todo dia com o chuveirinho do banheiro”, confessou Aline. “Chuveirinho é bom, mas nada melhor do que usar os acessórios apropriados”, eu disse. “Nossa! Morro de curiosidade em usar, sabia? Mas sei lá, tenho vergonha de entrar num sex shop e sair de lá com um pauzão de borracha deste tamanho”, confidenciou Aline, gesticulando e rindo loucamente em seguida. “E internet existe pra quê, boba?”, perguntou Ana. “Eu encontrei maravilhas numa lojinha virtual”. “Jura?”, perguntou Aline, com os olhos brilhando. “O que?! Não sai daí”, disse Ana, e correu para o quarto. “Menina, vocês são terríveis!”, disse Aline para mim, rindo, rindo, sempre rindo. Ana voltou de lá com três brinquedinhos. “Meu Deus! Você pode matar um com esse arsenal!”, brincou Aline, quase apavorada. Ana tinha nas mãos um pequeno vibrador metálico, um plug de vidro e um curioso cordão: bolinhas tailandesas. “Ana, sua louca! O que é que você faz com isso tudo?”, empolgava-se Aline, olhos fixos nos brinquedinhos. “Alininha, Alininha: a combinação desses brinquedinhos aqui proporciona maravilhas que você não faz nem idéia”, disse Ana, balançando as bolinhas. “Deixa eu ver”, disse Aline, apossando-se primeiro do vibrador. “Era esse mesmo que eu queria comprar como é que liga”. “Aqui, ó”, explicou Ana. Aline divertiu-se com o barulho. Riu, pela milésima vez. E começou a passar o vibrador no rosto. “Nossa! É forte!”, ela disse. “É sim, mas não é pra passar no rosto não, gatinha”, falei. “Não quer experimentar? Você disse que tinha tanta curiosidade!”. “Ai, mas aqui? Na frente de vocês?”, disse Aline, bancando a sonsa, oscilando entre a curiosidade e a timidez. “Fica à vontade, bailarina todo mundo aqui já viu muita perereca na vida” “Ai, ai, ai acho que vocês estão tirando onda com a minha cara”, disse Aline, desconfiada, mas nitidamente excitada também. “Dá esse negócio aqui, gatinha deixa eu ver se isso aqui te inspira”, disse Ana, e, sem perder tempo, começou a tirar a calça, ficando só de calcinha e blusa. “Ai, sua louca! Não acredito que você vai fazer isso! HAHAHAHAHAHA!”.

E Ana fez! Acomodou a bundinha no braço do sofá, levantou uma das pernas, apoiando-a no encosto e, com o vibrador na mão, afastou a calcinha e pôs-se a massagear o clitóris. “Suas loucas eu não acredito que eu tô vendo isso!”, disse Aline, num sussurro, olhos fixos na boceta de Aline. “Presta atenção e vê se aprende”, disse Ana. E foi introduzindo o vibrador devagar, com o rosto contorcido de tesão. “Nina pega as bolinhas”, pediu Ana, quase em súplica. Obedeci. “O que você vai fazer com isso?”, perguntou Aline. “Olhe eu aprenda”, eu disse. Lentamente, levei as bolinhas à boca e comecei a umedecê-las com saliva, cada movimento meu exalava sensualidade e Aline a tudo observava atentamente, em êxtase. Aproximei-me de Ana, com as bolinhas devidamente besuntadas, e posicionei uma delas na porta de seu rabinho. “Eu não a-cre-di-to!”, exclamou Aline, boquiaberta. “Eu tô perdida no apartamento das maiores vadias do Rio de Janeiro”. “Você ainda não viu nada, bailarina”, disse Ana. “Mostra pra ela, Nina”. “Vem cá, Aline, chega mais perto acho que você vai gostar de ver o rabinho da Aninha engolindo as bolinhas”, eu disse. Aline atendeu. Aproximou-se. Sob seu olhar atento, forcei a bolinha contra o cuzinho macio de Ana. A bolinha parecia encontrar resistência, Ana era apertadinha. Cheguei mais perto e deixei cair um pouco de saliva naquele buraquinho. E então forcei novamente e, num movimento súbito, como se ganhasse vida e tivesse fome, o cuzinho de Ana sugou a bolinha, fazendo Ana soltar um gemido profundo e se contorcer de prazer. Aline só repetia baixinho, como se falasse consigo mesma: “Suas loucas suas loucas”.

Repeti esta operação cinco vezes, até que o rabinho de Ana tivesse engolido todas as esferas disponíveis, deixando visível apenas um cordãozinho e uma argola, por onde traríamos de volta à luz, uma a uma, as cinco bolinhas ora atoladas em seu reto.

Massageando o clitóris com os dedos, tendo-o firme entre o indicador e o médio, Ana preparou-se para presentear-nos com seu gozo. O vibrador, a essa altura, fora praticamente engolido por sua boceta e, de lá, das profundezas de Ana, deixava escapar um ruído abafado. Aquela cordinha, saindo daquele apaixonante buraquinho, fazia-me fantasiar acerca do sem número de sensações que Ana devia estar experimentando a essa altura. E assim, tendo Aline como testemunha, que Ana explodiu num gozo que vazava de sua bocetinha aos borbotões.

***

Aline estava maravilhada com o que acabara de presenciar. Qualquer heterossexual convicta que não se deixe bloquear pelos preconceitos estaria excitada diante de uma cena como aquela. Ninguém ficaria impassível diante de Ana, com seu belo corpinho miúdo, contorcendo-se de prazer, num orgasmo cataclísmico. A curiosidade que nascera em Aline, pouco a pouco, convertera-se em tesão e podíamos perceber isso pelo olhar hipnotizado que ela mantinha, enfeitiçada que estava pela boceta, pelo cu, pela sexualidade de Ana.

Aproximei-me de Ana e, segurando-a pelo queixo, coloquei meu rosto ao lado do dela e falei, olhando para Aline: “É como se olhar no espelho, né?”. Voltando-me para Ana, beijei sua boca, terna e apaixonadamente. E novamente para Aline. “É assim que as pessoas te vêem quando você goza”, falei para Aline. E tornei a beijar a boca de Ana. “Vem cá, Aline, vem experimentar”, convidei. Ela hesitava ainda, apesar da expressão apaixonada. “Vem cá, linda, você está segura aqui”, eu encorajava, falando e beijando Ana ao mesmo tempo, tocando em seu corpo com vontade carinhosa. “Vem, Aline, deixa eu dividir essa boca com você, vem”

e então ela veio, voluptuosa. O primeiro contato com nossos lábios veio acompanhado de um suspiro de libertação. Sentimos o hálito quente da boca de Aline em nossas línguas, era como se sua alma estivesse libertando-se, escapando das profundezas do pudor para vir ao nosso encontro, ao encontro de nossas bocas. Nossas línguas se enroscavam num emaranhado úmido, vibrante e lascivo. Timidamente, a mão de Aline começou a avançar por nossos corpos. Seios, braços, abdômen, cintura, nádegas, coxas. Era como se, pela primeira vez em sua vida, ela tivesse a oportunidade de sentir a pele macia de outra fêmea e eu e Ana sabíamos o quanto essa descoberta é importante. As texturas, as saliências, as reentrâncias que só o corpo feminino possui. Aline perdia-se neste exercício táctil. Acometida por uma cegueira apaixonada, ela explorava nossos corpos às apalpadelas, nos causando arrepios. Ansiosas por aquele momento, não oferecíamos resistência alguma às investidas de nossa aprendiz. Pelo contrário, oferecíamo-nos, como putas.

Lentamente, fomos ocupando nossos espaços também. Como quem não quer nada, felinamente, nossas mãos repousaram nas coxas de Aline, palmilhando o terreno, parcimoniosamente, levantando aos poucos a sainha gostosa até alcançar a virilha, o elástico da calcinha, a penugem rala e macia que escapava dali. Minha mão encontrou então a de Ana e disputamos terreno, por um breve instante, para ver quem seria a primeira a tocar, por cima da calcinha, o clitóris de nossa pupila. Ana, altruísta, cedeu-me a vez e tive a honra se sentir, sob a maciez do algodão, aquela saliência intumescida que eu tanto imaginada ter em minha boca. Lépida e invasiva, Ana afastou a calcinha já unida de Aline. A esta altura, com a saia dela pela cintura, podíamos ver a calcinha de algodão lilás de nossa bailarina, toda molhada de gozo. Entregue, Aline livrou-se da blusinha que encobria seus belíssimos e volumosos seios morenos e exibiu-nos dois mamilos achocolatados, pétreos de tesão. Entretidas na bocetinha de Aline, tínhamos ainda mais duas e duas bocas disponíveis para explorar aquela beleza apoteótica. Cada uma ocupou-se de um seio. Abocanhamo-los, vorazes. Nossas línguas percorriam os mamilos de Aline com esmero digno de profissionais. Caprichando nos movimentos circulares, deixávamos o biquinhos daqueles seios em ponto de bala para abocanhá-los, então, subitamente, numa sucção delicadíssima, que devia ser efetuada apenas com os lábios. Nada de dentes e mordidas: éramos pura suavidade.

Aline oferecia-se para nossas bocas, deixando o pescoço pender para trás, ora contraindo, ora arregaçando as pernas, suas mãos em movimentos desconexos e atabalhoados, percorriam desordenadamente os corpos à disposição e nessa loucura toda, veio um gozo brutal, molhado e intenso: o primeiro pas de troi de nossa querida bailarina. Aline tremia, convulsa, e gritava e contorcia-se como se suas algo dilacerasse lentamente suas entranhas. Era um espetáculo particular, a dança do acasalamento que nossa menina encenava só pra gente.

***

Depois do orgasmo alucinado de Aline, demos uma trégua para que ela recuperasse as forças. “Achei que ia morrer”, ela dizia. “Juro que achei”. Com uma garrafa de água mineral gelada na mão, brincava, dava goles profundos, suspirava e, vez ou outra, contraia-se em espasmos e arrepios, como se suaves ondas elétricas percorressem seu corpinho. Diante dela, no chão, eu e Ana brincávamos.

Foi quando eu disse a Ana: “E aí, não acha que está na hora de tirar essas bolinhas do rabinho?”. Ao ouvir isso, Aline, que recostava a cabeça no encosto do sofá, levantou-se num sobressalto, olhando para nós duas, com cara de safada. Engolindo um restinho de água que dançava em sua boca, rindo maliciosamente, olhos arregalados e brilhantes, Aline exclamou “Gente!”, com aquele encanto doce das mulheres saciadas (ou insaciáveis). “Eu tinha até esquecido disso já!”. “Ah eu também é fácil se acostumar com essas bolinhas rolando dentro de mim é bom!”, disse Ana. “Ai, ai eu ainda não sei como eu vim parar neste apartamento com vocês suas loucas! Eu não gosto de mulher não, viu! Se vocês contarem isso pra alguém eu mato vocês”, disse Ana, num lapso confuso de lucidez. “Ninguém vai contar nada não, gata: a gente quer que você volte”, disse Ana. Aline sorriu. “Não sei se vou voltar não”, disse ela. “Acho bom a gente aproveitar essa noite”.

Do lugar onde estava, segurei o pé direito de Ana, seu maltratado pezinho de bailarina, e fui subindo pelo tornozelo, escorregando a mão levemente espalmada até sentir a firmeza de sua panturrilha, que segurei com força antes de dizer: “Então a gente tem que fazer TUDO esta noite”. “É tudo”, concordou Aline, começando a derreter outra vez. “Que tal a gente começar com você puxando a cordinha do rabinho dela, heim?”, perguntei. “Nossa! Nem sei se mereço essa honra”, brincou a bailarina. “Claro que merece”, disse Ana. “Você é nossa convidada hoje: a casa é sua, pode entrar e sair à vontade, me preparei pra ter receber de portas e orifícios abertos esta noite”. Dando as costas para Aline, Ana pôs-se de joelhos e inclinou o corpo pra frente, elástica. Com as mãos para trás, ela afastou ainda mais as nádegas, ficando despudoradamente exposta, exibindo-nos, a um só tempo, sua boceta escarlate seu cuzinho doce, de onde pendia uma cordinha. “Vem brincar com meu cuzinho, vem Aline. Chegou a sua vez de abusar de alguém”, disse Ana, olhando para trás, com aquela cara de devassa que ela sabia fazer tão bem.

Ana veio ao nosso encontro, ou melhor, ao encontro do cu de Ana. Segurando a cordinha entre os dedos, suavemente, ela disse: “Vocês são suas putas pervertidas, sabiam?”. “Hum-rum”, assenti. “E você tá adorando, não tá, Aline?”. “Tô. Tô adorando”. Passando os curiosamente os dedos na bocetinha de Ana, tendo a cordinha segura entre o indicador e o polegar, Aline perguntou, cautelosa: “Posso começar?”. “Deve!”, respondeu Ana, excitadíssima. Ante esse imperativo, lambendo os lábios, Aline começou a puxar cuidadosamente na tentativa de trazer a bolinha para fora. Podíamos ver com detalhes o rabinho hiperexposto de Ana, dilatando-se para liberar a primeira esfera. E de repente: blup! Saiu.

A cena tornou-se ainda mais excitante pelo gemido profundo que saiu da garganta de Ana. “Suas putinhas eu nunca ia imaginar que ficaria excitada vendo uma coisa dessas, mas minha boceta tá pingando”. Aline estava de joelhos, com o tronco levantado e as pernas levemente abertas. Posicionei-me estrategicamente atrás dela e, afastando suas pernas um pouquinho mais, coloquei meu rosto sob sua maravilhosa (e encharcada) xaninha. “Vem, fica mais à vontade, acomoda essa bocetinha aqui no meu rosto que eu quero beber da tua água”. “Mas é muito safada mesmo! Eu devia te sufocar com ela, pra você aprender a não ficar desencaminhando mocinhas direitas”, disse Aline, deixando escorrer um fiozinho viscoso de sua vagina. “A gente já falou que a casa é sua: aqui você senta onde quiser”, provoquei. “Então está bem, dona Nina: agüente as conseqüências: vou te matar afogada”, disse Aline, enquanto agachava para me dar de beber. Sua boceta estava mesmo muito molhada. Pus-me a sugar freneticamente e, em pouco tempo, minha boca estava cheia daquela gozo gostoso, que pude engolir com gosto.

Sem deixar de rebolar suavemente em meu gosto, Aline deu continuidade à brincadeira com o cu de Ana. Com certa dificuldade, devido aos recursos de contorcionista que a atividade exigia, pude ver ainda uma, duas, três e, finalmente, quatro esferas sendo delicadamente puxadas daquele buraquinho que eu conhecia bem. As bolinhas tailandesas, saindo do cuzinho apertado e Ana, proporcionavam um gozo de ordem estética: tratava-se, sobretudo, da beleza das formas. A princípio o desenho das pregas, formando uma delicada estrelinha. Em seguida, a pressão da bolinha dá origem a um pequeno botão de rosa que se expande até desabrochar por completo, aberto, redondo, perfeito. E eis que vem à tona, como se emergisse do mais absoluto vazio, aquela pequena esfera colorida. E vem, sempre, seguida de um suspiro: é um presente.

Assim, absorta nessa brincadeira, Aline gozou fartamente, molhando meu gosto, inundando minha boca com suas secreções. Eu também gozava, egoisticamente, com a mão passeando em meu clitóris. Só Ana, superexposta, que submergia no platô interminável daquele gozo contido que espera apenas o acionar do botão adequado para explodir, atômico. Estava na hora de nossa anfitriã receber o seu quinhão.

Aline saiu de cima se mim, ainda algo zonza. Não perdi tempo, era ela, como visitante, que deveria presentear Ana. Aproveitei o estado de catalepsia em que ela se encontrava e comecei a dar ordens. “Vai Aline, é a sua vez agora, olha pra esse rabo e cai de boca, putinha safada, você não disse que ia fazer tudo?”. Tonta, sem dizer palavra, Aline se aproximou do rabo de Ana e mergulhou ali seu rostinho. Eu dizia: “Vai, bailarina, faz essa lingüinha dançar, vai lambe essa boceta, faz ela gozar lambe esse rabo também, já que você ajudou a abri-lo com as tuas brincadeirinhas”.

Ana parecia uma serva obediente agora, acatando cada uma das minhas ordens, e lambendo tudo que estivesse ao seu alcance, com uma voracidade rara em principiantes. “Enfia a língua nesse cuzinho, vai não tenha medo”, eu dizia, afastando as nádegas de Ana e apreciando o espetáculo de camarote. “Lambe agora a bocetinha de novo, quero ver você lambendo tudo direitinho, coloca na boca, vai, esse é o teu fruto proibido, Aline, aproveita”. E Aline chupava, chupava, chupava como quem mama e lambia os lábios e lambuzava-se. “Quero ver a tua língua ir fundo nesse cuzinho agora, bailarina, mostra que você é a putinha da Nina, mostra mostra que você está aprendendo direitinho, vai”.

E Aline obedecia, língua pra fora, mergulhando fundo no cuzinho alargado da Aninha, que agora gemia loucamente, fora de si, numa tentativa de prolongar aquela sensação ao máximo, quiçá eternamente.

Eu precisava tomar uma providência. A ordem final foi: “Agora chupa esse cu, Aline, e mexe no clitóris dela com a tua mãozinha livre isso não pára de chupar, não pára de mexer isso, Aline, boa menina isso chupando o rabinho, mexendo na xaninha isso, Aline, boa garota…issooooooo!”

E Ana gemeu forte. Um grito e seu corpo desfaleceu. Como se estivesse possuída, Aline não queria parar de chupar. Ana morria, com Aline em seu cu. Separei-as. Segurando o rosto de Aline entre minhas mãos, beijei-lhe a boca, profundamente e pude sentir o gosto dela, misturado ao de Ana: meus dois amores, meu blended love.

Aquela noite com Aline foi uma das mais loucas aventuras com Ana. A bailarina comprovara nossas expectativas e mostrara-se possuidora de uma sexualidade potente e apaixonada. Cansadas, exaustas e saciadas depois de tudo que acontecera, fomos para a cama de Ana e dormimos as três juntas, abraçadas, suadas e nuas.

Aline voltaria a ter conosco outras vezes. Ensinamos a ela a utilidade de cada um dos brinquedos de Ana e orientamo-la em detalhes sobre as potencialidades da língua numa relação sexual. Ana descobriu novos e interessantes usos para o seu rabinho (e para os nossos). E fomos felizes, durante várias noites malucas. Não foram tantas. Aline tinha alma felina e só aparecia quando tinha vontade, quando precisava de carinho, quando tinha fome. Eu e Ana, escoladas, aproveitávamos tudo que uma relação de vínculos sutis pode ter de positiva.

Foi assim até que Aline arrumou um cara legal. No fundo, não era lésbica, talvez não fosse nem bi. Acho que era, acima de tudo, livre. Nosso momento com ela foi uma oportunidade que tivemos de sermos livres juntas. E poucas coisas no mundo se comparam a isso.

Leia mais em: http://janainamenina.wordpress.com

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Comentários

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amo reler esse conto. é um dos meus favoritos!!

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Num relacionamento sexual, ou sacanagem, o cu, é a peça principal! Pelo menos pra mim!

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Lembro que este foi um dos primeiros contos que li neste site e simplesmente adorei. Creio que um conto extenso nos faz viajar melhor na história, mera opinião minha. O conto é muito bem escrito e detalhado, o fato de mostrar as três moças em seus instintos mais naturais e lascivos me prendeu completamente na história. Nota máxima.

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Nina, voce deixou a curiosa32 com tesão, acho que foi pelo contexto e o rumo da historia, ela concentrou-se no que voces faziam, não especificamente mais como um todo, vc conduziu bem a Ana e a Aline que com seu preconceito cedeu aos desejos do sexo. E voce friza bem a importancia do cuzinho no relacionamento sexual, a fusão dele com sexo propriamente dito, ou a unificação dos dois atraves de sua penetração. minha nota é dez

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Este conto, apesar de longo, está muito bom. Adorei

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Meio extenso para um conto da internet. Mas está bem escrito!

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Muito bem escrito, meeeeeeeeeesmo! Conseguiu passar realismo....

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ola gostei muito do seu conto gostaria se saber mais e conversar com vc se pode me adiciona no msn lindinha-195@hotmail.com

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Hum...Q delicia de conto fiquei toda molhada não sou lésbica mas queria muito viver uma transa assim

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Olha eu nem sei se isso foi verdade, mas como foi perfeita a colocação das palavras a diversidade de conhecimento e a exautação da contemplação feminina. Acho que mesmo uma mulher hetera quando ler isso com calma sentirá um friozinho na espinha...Já eu como um bom apreciador feminino, homem apaixonado pela feminilidade digo que sem dúvida é 10.

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