Verão

Um conto erótico de LOBO
Categoria: Heterossexual
Contém 708 palavras
Data: 15/05/2008 11:44:34
Última revisão: 08/02/2010 09:43:24

Verão.

Corre o mes de Dezembro. Cada vez mais será tempo de calor.

Aqui em São Paulo, longe de férias nalgum dolce far niente à beira-mar, nem sempre o verão é agradável. Pouco prazerosa a transpiração excessiva, as energias se dissipando mais rapidamente, nos conduzindo a uma certa indolência. Enquanto as tarefas e pressões do dia a dia se mantêm imutavelmente as mesmas...

Mas o verão tem essa coisa dos corpos mais expostos, do bronze das peles, de feromônios no ar.

Sim... O verão mexe com a gente.

Sou um ser humano como qualquer outro. Portanto, em meus momentos de ócio, fico aqui com a imaginação à solta...

O barqueiro me deixa na praia deserta. Despede-se combinando voltar na segunda pela manhã. O filho dele leva minha bagagem num bote até a areia.

Já eu, como sempre, prefiro ir fundo...

Pulo do barco. O mergulho me leva a uns 3, 4 metros de profundidade. Convivo com pequenos peixes de todas as cores por alguns momentos, até voltar à tona e nadar, sem pressa, até a praia.

Chego, apanho as duas malas e vou caminhando. Ao fundo há uma única cabana.

Janelas abertas, uma rede estendida na varanda.

Vou passo ante passo, procurando não fazer ruído.

Chego, largo a bagagem cuidadosamente no piso da varanda. Limpo a areia dos pés.

Há música alta lá dentro. O que é ótimo. Isto mascara minha chegada.

Entro. Desleixadamente abandonado sobre uma cadeira encontro molhado um soutien de biquíni.

Te procuro. Te acho na cozinha. Está em frente à velha geladeira a querosene. Parada frente à porta aberta para refrescar seu corpo. Está com uma taça de sorvete nas mãos.

Seminua, só a calcinha do biquíni.

Avanço pé ante pé. Prendo tua cintura, beijo tua nuca e te sussurro:

- Cheguei minha gata selvagem...

Você, tomada pela surpresa, derrama o sorvete, que cai e escorre pelos teus seios...

A praia está deserta.

O mar é infinito.

A imaginação, também...

Se o mar tem mistérios insondáveis. Você também os tem.

Mas eu te conheço...

Tua reação, claro que me excita. Mas não me surpreende...

Não soa inesperado quando você se vira, enquadra o corpo e exibe os seios para mim, com o sorvete derretendo, tomado por um calor menor apenas que o expresso nos teus olhos, que me fitam. Fixamente.

Olhos que falam.

Olhos que pedem...

Caio de boca nos teus seios. E isso também não seria inesperado...

Sugo rapidamente o sorvete, até que o doce gelado suma, e reine então o sal quente da tua pele, a maciez das curvas tão belas, o róseo das tuas aureolas, a rigidez dos biquinhos que mordo suavemente para te roubar aquele teu grito surdo, que você dá sempre que se rende ao teu tesão...

Uma rápida olhada - estratégica - para traz me permite divisar a velha mesa rústica. Sobre ela alguns copos e pratos. Tal como se dá, numa habitação espartana como aquela, são de plástico.

Perfeito! Não tenho de me preocupar com prejuízos. Passo a mão sobre o tampo, num golpe só. Lanço tudo longe.

Preciso daquele tampo de mesa livre para minha refeição...

Te pego, e te carrego. Te ponho sentada sobre a mesa. Te beijo toda.

Tua boca, teu colo, teus seios, teu ventre... até alcançar a alça da calcinha.

Minha posição ante os fatos tem que ser clara. Para não te deixar dúvidas sobre o tamanho da fome a ser aplacada, arranco tua calcinha e a lanço longe.

Com os dentes...

Mas a gata selvagem não se inibe. Responde, não é?

Vejo toda a provocação na forma como me olha, enquanto apóia os pés sobre o tampo da mesa, flete os joelhos arqueando as coxas e se exibe toda.

E mais ainda, você, como sempre sabe aumentar a intensidade e a temperatura do clima. Usa as palavras, que ali se resgatam da obscenidade para se tornarem não só provocadoras. Mas até poéticas...

Apóia os braços sobre os joelhos e me encara. Os trejeitos que faz com o rosto, mordendo os lábios... Ah!...Mexem comigo.

Você suspira. Arfa teus seios e me diz com a voz que vem do teu íntimo:

- Vem! Me faz tua, me usa toda. Sou tua devassa...

Tenha certeza, meu amor:

Seus pedidos serão atendidos.

Todos...

LOBO

lobogrisalho@bol.com.br

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Comentários

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O mar,a sensação de liberdade de estar longe de tudo, de poder se ser quem realmente se é. E de novo esse cavalheiro moldando os sonhos eróticos da mulheres que o leem. Ávidamente...

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perfeitooo, a mimaginaçao corre solta, mas vc deveria ter continuado, tava tao bom.....9 pra vc

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De dar calor em qualquer mulher que leia...

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Não posso dar uma nota menor que a do Olavinho! Concordo com o Peristilo, Nota 8.

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olavinho agora assina com seu alter-ego guerrilheiro...

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Conseguiu o que queria...

Agradou as mulheres...mas achei muito curto...não deu tempo...kkkkkkkkk!!!

preciso de mais detalhes, parou bem quando a coisa boa iria começar...

Mas nada disso importa...

Já sou completamente sua!

Beijos muito molhados e quentes...

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Este é meu primeiro coment aqui. Já sou leitor assíduo há algum tempo e gosto deste autor. Não vejo muito sentido nestes comentários infantis.

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Cuidado Peristilo. Ele pode gostar...

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Lobo, mais cedo ou mais tarde, ele tinha de justificar o título de filósofo e também a razão de infectar o ambiente com seu discurso recorrente de psicótico furioso que vez e outra se desvencilha da camisa-de-força e escapa da lúgubre e recôndita cela de seu manicômio para acessar ao computador da portaria, babando e batendo as mãos na própria cabeça. Retorna às profundezas de tua miséria infinita, ser lastimável!

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Pois é, Peristilo: não se pode agradar todo mundo todo o tempo. Você tem razão no que fala. Esse texto é parte de uma série voltado específicamente para as leitoras. Foi resposta à provocação de uma amiga, depois conto. Mas esse mundo é cheio de surpresas, veja só: olavinho de carvalho gostou! Claro que ele não abre mão da sua paranóia. Agora sou "agente da KGB, ultra esquerdista, com treinamento de guerrilha financiado por Cuba". Pode?...rs...

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Lobo, outro daqueles que é um primor de texto mas que parece feito sob medida para satisfazer um gosto essencialmente feminino.A impressão deve ser equivocada, mas o fato é que não me excitou tanto quanto os últimos. Vou ser franco, Lobo: nota 8 de acordo com o novo nível de excelência que você mesmo impôs ao site com seus mais recentes contos. Não tenho culpa se você nos torna cada vez mais exigentes.

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