Henrique - Parte I

Um conto erótico de Guilherme
Categoria: Homossexual
Contém 3965 palavras
Data: 01/04/2008 14:59:14

Me chamo Guilherme, tenho vinte e nove anos e hoje moro em Berlim, Alemanha. O que eu vou contar pra vocês aconteceu a muito tempo, quando eu ainda morava no Brasil... bons tempos aqueles.

Desde pequeno morei com meus pais e um irmão, por parte de pai, mais velho que eu, o Henrique. Dividíamos o mesmo quarto, apesar dele ser 18 anos mais velho, já que a casa era pequena, pois meu pai estava economizando para investir em uma série de negócios que ele tinha e não sobrou muito pra casa. Mas nunca tivemos problemas com o fato de ter que dividir o mesmo espaço. Rico (é assim que eu chamo meu irmão) e eu éramos muito próximos, conversávamos muito e ele me dava muitos conselhos. Claro que a idade não nos deixava ser inteiramente amigos, daquele tipo de sair juntos para os mesmos lugares. Ele tinha uma vida completamente desvinculada da nossa família e, por vezes, passava dias sem voltar para casa, pois trabalhava viajando. Mas ao mesmo tempo em que a diferença de idade nos afastava, ela preservava aquela imagem “ícone” que os irmãos mais novos geralmente tem dos irmãos mais velhos. Era como se ele fosse o meu herói particular. Além disso, por causa da grande diferença de idade, não entravamos em disputas ou brigas. Não tenho lembranças de ter brigado com meu irmão uma vez se quer. Pelo contrário, eu era tratado como o caçula por todos e mais mimado por ele em particular do que por meus pais.

Aos meus onze anos a nossa família estava estabilizada financeiramente e já tínhamos conseguido acumular algum dinheiro. Vivíamos confortavelmente bem com os lucros que os negócios do meu pai geravam. Com a queda do muro de Berlim, meu pai cogitava a hipótese de vendermos tudo e voltar para a Alemanha, sua terra natal e também a do Rico. Confesso que ficava curioso com as histórias que meu irmão contava sobre Berlim e sobre como tudo mudava com as passagens das estações do ano. Sobre os prédios, palácios e castelos antigos e sobre como se podia viajar por vários países em apenas alguns dias (coisa que a imensidão do Brasil não possibilita). E também sobre a neve... ahhh, a neve! Rico me narrava suas brincadeiras de criança, onde ele fazia guerras de bolas de neve com os primos no meio das ruas. Era tudo mágico, tudo distante e, como eu ainda era criança, tudo ganhava uma aura encantada e ate mesmo mística. Não via a hora do meu pai se decidir de vez pela Alemanha. Entretanto, poucos dias depois de já ter vendido a casa e preparado tudo para a viagem, meu pai faleceu.

Lembro que era um dia de chuva, cheguei da escola e subi para o quarto para trocar de roupa para almoçar. Enquanto estava me trocando meu irmão entrou no quarto com a face frígida em uma expressão fúnebre e disse que queria conversar comigo. Olhei nos seus olhos, estavam mareados. Sentei na cama e ele me contou. Aquilo foi um choque pra mim... Começei a chorar e ele me abraçou e começou a chorar também.

- Tudo bem Gui... vamos ficar bem, vamos ficar sempre juntos, não importa o que aconteça, eu vou cuidar de você. – Disse, me abraçando, me consolando e se consolando também. Meu irmão estava muito abatido. Meu pai era a única ligação que meu irmão tinha com o País de origem. Além disso, agora, meu irmão era o único capaz de sustentar nossa família.

Alguns meses se passaram e os planos de voltar para a Alemanha pareciam destinados ao fracasso. Meu irmão havia arranjado um emprego e um apartamento em Porto Alegre e ele combinara com a minha mãe que eu iria morar com ele lá. Era o começo de uma nova vida. Seria só eu e o Rico e mais ninguém. Contudo, o pouco tempo da morte do meu pai e o fato de deixar minha mãe sozinha em São Joaquim fez com que tudo perdesse um pouco o gosto. Era bom sim, mas não estávamos indo morar a sós não por que queríamos. A necessidade falava mais alto.

As dívidas que meu pai deixara haviam corroído todo o patrimônio que havíamos herdado. O pouco que restou seria suficiente para uma pessoa apenas, não duas. Minha mãe não tinha emprego e estava em uma fase muito ruim, muito deprimente. Por isso, para o meu bem, ficou decidido que em Porto Alegre o Rico teria melhores condições de cuidar de mim e me fornecer uma educação de qualidade. Entretanto, como estava no início da carreira de um novo emprego, ainda não havia como levar minha mãe junto. Então fomos só nós...

Chegando em Porto Alegre, fomos para o apartamento que o Rico conseguira alugar mais barato através de um amigo

Na verdade, era o que poderíamos chamar literalmente de apartamento... no sentido real da coisa. Era minúsculo e um dos quartos estava inabitável. Então, só restou o quarto do rico que só tinha uma cama de casal...

- E agora Rico? Vou dormir na sala? – Perguntei assustado ao meu irmão.

- Capaz de você dormir na sala! Você dorme aqui comigo no quarto até agente arrumar essa bagunça...

- Mas agente sempre dormiu no mesmo quarto, achei que dessa vez eu teria o meu.

- Mas agora não dá... Pensa que vai ser como nos velhos tempos.

Não que eu não quisesse dormir com ele, afinal sempre havia feito isso. Mas é que eu tinha criado uma expectativa de ter o meu quarto, com as minhas coisas... Afinal, já estava ficando rapaz, estava mais que na hora de ter o meu espaço. E além do mais, nunca havia dormido com meu irmão na mesma cama, o que não deveria ser muito confortável, pois ele era enorme.

Meu irmão era o típico Alemão. Alto, mas forte, loiro e muito branco (daquele tipo que fica vermelho nas bochechas quando está com vergonha). Olhos azuis, maxilar definido e traços afilados. Tinha veias que apareciam nos seus braços e pernas, deixando a aparência dele mais máscula. Mas sem dúvidas o corpo dele era o que eu mais me admirava. Era milimetricamente “desenhado”, resultado dos anos dedicados a natação, ombros largos e sem pelos. Nunca havia visto meu irmão totalmente pelado e nem imaginava essas coisas naquela época. A admiração que sentia pelo seu corpo era como se fosse um modelo a ser seguido por mim. Eu queria ter um corpo daqueles, queria ser tão forte quanto o Rico.

Eu era fraquinho, mas definido. Apesar de não ser forte, os músculos do meu corpo me modelavam. Sou mais branco que meu irmão, mas não sou loiro. Meu olhos são um verde azulado e meus cabelos são castanho claro. Apesar de não ser tão alto quanto o Henrique, nem tão forte, sempre fui considerado como o mais bonito da família. Mas eu realmente ficava na dúvida, pois, sem exageros, meu irmão também era muito bonito.

Claro que nunca confessei isso a ele, era uma coisa que eu achava e ficava para mim. Acho que no fundo ele também me achava bonito, mas homens não comentam esse tipo de coisa, nem entre irmãos...

Além disso, Rico era como um segundo pai pra mim e tudo que eu sentia por ele era admiração, mesmo na beleza. Era como se eu o olhasse e me visse. Tínhamos o mesmo sangue afinal, mesmo sendo de mães diferente.

Duas semanas vivendo nossas novas vidas, Rico parecia não ter tempo de cuidar do meu quarto. Na verdade, eu mal o via parar em casa, a não ser a noite. Passava o dia inteiro trabalhando e como já havia arranjado uma escola pra mim, eu passava as manhas estudando. Como só o via a noite, a questão de dividir o mesmo quarto não se tornou um fardo muito grande, afinal só dividíamos mesmo o quarto na hora de dormir. O resto do dia o quarto era meu.

Um dia, quando o rico voltou a noite pra casa, eu já estava dormindo e ele foi tomar banho. Não sei se por eu estar dormindo ou se porque a nossa intimidade como irmãos havia crescido, ele saiu do banho pelado, pos a cueca e foi para a cama dormir. Com a confusão do ascende e apaga de luzes eu meio que havia acordado a tempo de vê-lo deitar na cama quase como veio ao mundo. Mas não liguei muito e fechei os olhos pra voltar a dormir.

Mas não demorou muito pra que eu começasse a perceber que o Rico não estava dormindo. Ele começou a se masturbar lentamente e vagarosamente por debaixo do edredom dele (claro que dormíamos com edredons diferentes), mas o suficientemente forte pra que eu sacasse o que estava acontecendo.

Eu já tinha Doze anos e sabia muito bem o que era aquilo, afinal já havia começado a praticar escondido dele no banheiro. Mas sempre pensando nas meninas da escola ou vendo alguma revista que meus amigos me desenrolaram.

Então comecei a me mexer pra ver se ele parava. Comecei a fingir que estava acordando pra ver se ele dormia e parava com aquilo, mas ele não parou.

- Porque você não dorme?

Ele ficou branco na hora que eu disse isso e me olhou assustado.

- Desculpe Gui, não sabia que você ainda estava acordado. – Disse, tirando a mão rapidamente do pau. – Você está acordado a muito tempo?

- Sim... deu pra ver tudo.

- Tudo?

- Rico, eu já sei dessas coisas. – Assim que eu disse isso ele soltou uma gargalhada.

- Você é moleque ainda. Só vai aprender essas coisas de verdade daqui a uns três anos, ou mais...

- Mas eu já me masturbo. – Eu soltei, pra ver se ele parava de me subestimar. Mas ele soltou outra gargalhada.

- Quem andou te ensinando essas coisas...? – disse sorrindo. – Foi bom você ter tocado nesse assunto comigo, queria muito conversar com você a respeito disso. Acho que já estava na hora.

- Eu também queria conversar com você sobre isso, mas tava com vergonha. E você não tem mais tempo pra mim, só trabalha...

- Eu sei maninho. – Falou com um semblante triste. Depois de alguns segundos de silêncio, voltou a olhar pra mim e disse. – Mas agora estamos aqui e eu quero conversar com você, porque você já esta virando um rapazinho e deve estar cheio de duvidas na cabeça. Quando você se masturba você pensa em que?

- Nas garotas da escola. Só que eu comecei quando eu vi um filme na tv que tinha um cara com uma mulher e fui tentar imitar e acabei gozando... Mas não da primeira vez que fui imitar...

- Mas imitar com quem moleque?! – Perguntou assustado.

- Com o travesseiro... – Ele soltou uma gargalhada e olhou pra mim.

- Não Gui, meu Deus... – Disse ele rindo. – Você ta muito pervertido, mas só usa as mãos ta? Seu pegador de travesseiro!- E soltou uma gargalhada. - Travesseiro é anti-higiênico. Olha, eu tenho uns vídeos ali na minha pasta, uns vídeos pornôs. Ta lacrada com senha porque não achava que você soubesse dessas coisas ainda. Mas se você quiser podemos ver juntos....

- Quero muito Rico.

Ele levantou, pegou o filme e pôs. Era um filminho pornô normal, daqueles em que a mulher geme mais que tudo no mundo. Mas eu comecei a ficar exitado em ver ela sendo fodida. Meu irmão percebeu o volume no meu short e deu um riso. A cena mudou pra dois caras comendo uma outra mulher mais novinha.

- Novinha assim que deve ser bom... – Eu disse pro meu irmão.

- Poha moleque, você ta muito safado. Na tua idade eu mal sabia o que era isso.

- Pow Rico, eu to muito exitado, deixa eu bater uma aqui...

- Ah cara, não sei.

- Ah Rico, nada a ver, somos irmãos. Agente bate uma junto, tu ta com vontade que eu sei.

- Ta beleza... – Dizendo isso ele tirou a cueca e ficou pelado na minha frente com o pau mais duro que aço. Era um pau bonito. Branquinho com a cabecinha rosa e os pelinhos em volta eram loirinhos. Eu fiquei olhando pro pau dele, admirando meu irmão... – Ta olhando pro meu pau moleque?

- É que é muito grande. – Disse eu com a voz meio triste. O meu pau era bem menor que o dele e fiquei com vergonha de tirar a roupa na frente do meu irmão achando que ele iria rir de mim. Mas ai uma atitude inesperada do meu irmão. Ele, de brincadeira, pulou encima de mim. Começamos a lutar e ele arrancou a minha roupa.

- Que pintinho mais feinho. – Disse ele sorrindo e apontando pro meu pau. Instantaneamente eu cobri meu pênis com as mãos e fiquei com as bochechas vermelhas de vergonha. Joguei o cobertor por cima do meu corpo e olhei pra cara do meu irmão que me observava. Começamos a rir feito dois bobos e ele me deu um afago na cabeça.

- Rico, me ajuda a ficar com um corpo igual ao teu. As meninas lá na sala só curtem os caras mais velhos e fortes.

- Caras mais velhos? Nessa idade?

- É, elas só curtem os meninos do primeiro ano.

- Hhaahahahahaha, são esses os mais velhos? – Perguntou com cara de deboche.

- É. – Disse, meio cabisbaixo.

- Mas você não pode malhar Moleque, com doze anos...

- Mas eu posso me exercitar, sei lá... me ajuda. Quero ficar mais forte.

- Vou te colocar na natação então... eu fazia quando tinha tua idade. Fica com um corpo massa.

- E tem outra coisa. Tem uns meninos lá na escola nova que não largam do meu pé.

- Como assim?

- Toda vez na hora do intervalo eles chegam perto de mim. Me chamam de novato, “Ei novato, vem cá”, falam assim comigo. Eu fui até eles no primeiro dia e eles me empurraram e disseram que os novatos tem que saber se comportar. Mas ontem eles fizeram diferente...

- Diferente como Gui? Me conta... – Meu irmão já estava ficando preocupado e ele olhava fixamente pra mim.

- Eu estava no banheiro mijando e dois deles entraram e me arrastaram pra dentro de uma das cabines, abaixaram minha calça e a deles e me viraram de costas. Eles disseram “Olha a bundinha do novato como é lisinha”, e começaram a passar o dedo no meu rego. Eu tentei me livrar, mas eram dois e eles continuaram, ate que alguém entrou e eles me soltaram rápido e eu fugi. – Contei, e já estava com os olhos cheios de lágrimas. – Eu quero matar esse idiotas! – Disse, dando um soco no travesseiro. Meu irmão se aproximou de mim e me abraçou.

- Calma Gui... – Disse me abraçando. – Eu prometi que iria cuidar de você, não vou deixar que ninguém faça isso com você. Vou te colocar pra façar Jiu-jitsu e judô também, eu faço até hoje. Ninguém mais vai mexer com você a não ser que você queira...

- Mas eu não quero... – Disse empurrando ele. – Não com homens... – Ele pulou encima de mim e começamos a lutar, pelados os dois. Mas ele era muito mais forte que, e me dominou me colocando de bruços e ele ficou encima de mim.

- Diga “Eu adoro uma piroca”. – Ordenou ele.

- Sai Rico, deixa de ser demente, brincadeira mais sem graça.

- Fale, “eu adoro uma pirocona”. – Ordenou sorrindo.

- Eu adoro uma pirocona. – E ele me soltou. – Seu viadão. – Disse sorrindo. Ficamos rindo por um bom tempo, um da cara do outro.

- Agora vamos dormir que amanha eu tenho que levantar cedo pra arranjar suas aulas de natação, jiu-jitsu e judô antes de ir ao trabalho.

- E o filme?

- A moleque, deixa de ser safado, hehehe. Deixa isso pra outro dia. Vamos dormir. – Ele levantou, desligou as luzes e deitou. Logo estavamos acordando, prontos para mais um dia...

Em um final de semana qualquer, alguns dias após eu ter confessado ao meu irmão que eu era molestado por colegas na escola, eu estava andando de bicicleta na pracinha perto de casa quando, não mais que de repente, o “grupinho do mal” da escola surge na minha frente. Havia três dos quatro que costumavam me zoar. Um deles segurou minha bicicleta me fazendo cair. O outro, o Caio, que era o mais velho, me suspendeu pela camisa e começou a me puxar pelo braço.

- Me larga seu idiota, para onde você ta me levando. – Disse, tentando aplicar um golpe pífeo que havia aprendido em apenas quatro dias de jiu-jitsu. Mas logo fui neutralizado pelos outros dois que me escoltavam. Um deles puxou um canivete e espetou minhas costas.

- Se você não se comportar agente te fura todo seu viado. – Sussurou em meu ouvido. Eu podia sentir o bafo quente perto do meu pescoço. Eu estava apavorado.

Meu irmão, que vinha fazendo Cooper na mesma praça, avistou de longe a minha bicileta caída no chão e logo a frente uma movimentação estranha. Ele acelerou o passo e quando chegou perto viu o que estava acontecendo.

- Sai daí tio, quer ser furado também? – Falou um dos garotos. Não deu tempo do menino dizer mais nada, meu irmão voara encima dele, acertando dois socos na cara. Os outros dois foram pra cima dele e ele colocou os dois no chão sem muito esforço.

- Seus marginais... viados! São vocês que não deixam meu irmão em paz na escola não é? – Falando isso acertou um chute muito forte na barriga de um deles que estava acuado no chão. Os outros dois fugiram. Quando o que ficou pra trás tentou se levantar, meu irmão o derrubou de novo, suspendendo-o pelo pescoço logo em seguida. – Então é com isso que você ia machucar meu irmãozinho não é seu viado? – Gritou, assim que avistou o canivete, apertando ainda mais a mão no pescoço dele. – Eu vou te ensinar a nunca mais pensar em mexer com meu irmãozinho. – E pegou o canivete da mão do garoto, colocando a navalha a amostra.

- Poooor favor, tio... – tentava verbalizar o garoto, entre tosses e um gemido incontrolável de quem está ficando com falta de ar.

- Cala a boca seu marginal. Vem cá Gui...

- Acho que já chega Rico, ele já aprend...

- Vem cá moleque, aprenda a ser homem. Toma, fura ele... – Ordenou, colocando o canivete nas minhas mãos.

- Não Rico, não...

- Faça, ou vai ser do meu jeito! FAÇA! – Eu não podia fazer aquilo. Simplesmente não conseguia. A idéia de me vingar dos caras que zoavam na escola me rondava dia e noite, mas não daquela forma, não usando a força. Muito menos covardemente. Eu olhei pro meu irmão, que me ordenava com os olhos. Após alguns segundos de silencio joguei o canivete no chão e sai correndo pra casa. Meu irmão soltou o garoto que saiu correndo também.

- Maluco! – Pude ouvir o garoto gritar, enquanto corria para longe do Henrique.

Eu queria correr dali, não agüentava a idéia de ter me oposto ao meu irmão. Não agüentava a simples idéia de que agora, possivelmente, ele estaria me achando um covarde, quando na verdade eu seria covarde se tivesse feito o que ele havia me ordenado. Eu corri, corri e corri... Parei, coração a mil, sentei em um banco de cimento em uma parte deserta do parque e comecei a chorar.

Não sabia ao certo porque eu chorava, alias, não sabia ao certo o que estava sentindo, se era ódio de mim por não ter conseguido ser forte, ou se era medo. Sim, medo. O mais puro medo de talvez eu não ser exatamente como eu imaginava que fosse. Medo de não ser parecido realmente com o meu irmão, aquele a quem eu mais admirava. Do nada, sinto uma mão segurando meu braço e me puxando pelo meio do parque sem cerimônia. Era meu irmão, e ele não estava com cara de muitos amigos.

- Vamos pra casa. – Disse, me conduzindo até o carro como uma criança malcriada sendo levada a força pelos pais. Eu não gostava de ser tratado assim. Sem dizer nada, dirigiu ate o apartamento.

Já em casa, fui tomar um banho para esfriar a cabeça. Mil pensamentos iam e vinham e eu só conseguia sentir uma profunda decepção comigo mesmo. Algum dia eu teria que me defender sozinho (mal sabia eu que esse dia não iria demorar muito). Quando o momento chegasse, teria que ser forte o suficiente para não ser tão sensível. “Uma estupidez a minha atitude no parque”, pensava. Mas os meus princípios éticos ainda se chocavam com a vontade de seguir meu irmão incondicionalmente.

Eu estava me ensaboando quando meu irmão entrou no banheiro.

- Gui, vou voltar pra terminar de correr no parque e pegar sua bicicleta que esquecemos lá.

- Não vai mais estar lá. Já devem ter levado. – Falei sem dar muita importância.

- Mas eu tenho que voltar de qualquer jeito. Não saia de casa e tranqu... Epá! O que é isso aqui no seu braço. – Meu irmão entra no box e segura meu braço pra me mostrar uma marca roxa.

- Deixa de ser besta, seu bobo... não é nada e você está se molhando todo. – Disse. Nesse momento, olhamos um pra cara do outro e começamos a rir. – Agora você vai ter que trocar de roupa.

- Ah, já que estou molhado, vou aproveitar pra tomar banho aqui com você. – Tirou a camisa, deixando a amostra o tórax, totalmente definido, sem pêlos. Somente uma pele extremamente pálida, lisa. Foi tirando peça por peça, ate que ficou totalmente pelado. Era a segunda vez que eu via meu irmão nu.

- Eu não te convidei... – provoquei.

- Mas que moleque mas atrevido. Olha como você fala com seu irmão mais velho. – E me pegou por trás, de brincadeira. A sensação de saber que meu irmão não estava zangado comigo era ótima. Começamos uma guerrinha de água dentro box e ele, é claro, sempre apelava para a força que ele tinha e acabava em dominando. Mas não conseguia me segurar por muito tempo, pois estávamos muito ensaboados e como nossas peles eram muito lisas eu sempre dava um jeito de escorregar e me livrar dele.

Após o banho, meu irmão saiu para o parque e eu fui cochilar um pouco. Estava exausto.

Quando meu irmão voltou (sem a bicicleta), eu estava ainda estava dormindo. Ele deitou ao meu lado e pôs um filme pornô. Acordei com a movimentação, mas continuei na mesma posição. Só fiquei ouvindo o som da tv, mas ainda estava de olhos fechados e de bruços. Foi ai que eu senti a mão do meu irmão alisando minha coxa. Ele me alisava com uma mão e com a outra tocava a punheta.

- O que você está fazendo. Para com isso... – Falei, com voz de sono.

- Putz, você estava acordado. – Falou, mas não parou de alisar minha coxa. – É que suas pernas e bunda são tão lisinhas Gui, parecem de uma garota. Deixa eu ficar alisando enquanto eu toco uma? Só alisando, vai...

Eu não conseguia acreditar no que eu ouvira do meu irmão. Não sabia o que fazer, nem o que dizer. Não que eu não estivesse gostando, a sensação de poder fazer meu irmão se sentir bem era ótima. Mas aquilo era mais do que um simples favor ou gentileza. A nossa intimidade estava crescendo cada vez mais e, naquele momento, eu senti como se a nossa amizade fosse eterna. Como se pudéssemos confiar um no outro em tudo. Então eu pensei, que mal fará se ele ficar me alisando? Mas eu não falei uma palavra, simplesmente deixei que ele fizesse o que estava querendo.

Assim foi durante dias. Quando eu estava dormindo, ele começava a me alisar e a se masturbar. Dizia que minhas coxas eram lisinhas. Sempre me elogiando. Por vezes passava a mão em meu reguinho, dando umas na minha bunda. Eu sentia que as vezes ele colocava um pouco de saliva no dedo e passava em meu reguinho.

Era tudo uma delícia, ter meu irmão assim comigo. Saber que ele gostava de mim. Saber que ele me desejava.

(Continua...)

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Comentários

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MTO BOM CONTO.. VEJA OS MEUS!! joaosilas2013@yahoo.com.br

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Achei muito legal, apesar de ser cansativo, é um bom conto ! (:

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Não vou comentar,pois não curto ssa.

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Lindo, muito romantico e lindo... Me vi em vc, com um irmão q não tenho, sou filha unica... sempre sonho em situações em que sou abusada e alguém me salva, para abusar de mim com minha permição... Terrivelmente romantico, proibido e erotico.

Beijos!

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