Bem aventurado amor

Um conto erótico de SelvaAlves
Categoria: Homossexual
Contém 1275 palavras
Data: 12/08/2007 05:39:08
Assuntos: Gay, Homossexual

Bem aventurado amor (01)

Se conheceram no balneário do ginásio. Nória olhou Sónia e um sorriso de empatia bailou nos lábios de ambas, enquanto se cumprimentavam:

-- Olá!

-- Olá! É nova aqui? – Perguntou Sónia.

-- Sim, este é o meu 2º dia – respondeu Nória.

As duas se calaram mas pelo espelho na sua frente, Nória reparou que a elegante Sónia continuava a olhá-la.

-- Tem amaciador? -- Perguntou Sónia.

-- Sim; tire aí desse saco. – A esbelta e jovem senhora continuou a olhá-la.

-- Me permite uma pergunta?

-- Sim; tenha a bondade.

-- Você veio ao fitness por causa das ancas e do ventre, não?

-- Como adivinhou? – Perguntou Nória com o seu cativante sorriso.

-- Ora, porque você tem tudo no sítio certo: um rosto lindo, uns lábios que cativam e uns olhos de mel que atraem simpatia, como se chama?

-- Nória, foi o nome que minha mãe me escolheu.

-- É lindo como você, posso dar-lhe um alvitre?

-- Faça favor, mas gosto que me tratem por tu!

-- Bem, se quiseres eu te darei umas massagens e prometo que dentro de um mês verás os resultados em tuas ancas e barriga, foi assim que limei as mesmas arestas. Me chamo Sónia e gostaria de ser tua amiga.

Nória gostou da franqueza de Sónia e confessou:

-- Só tem um problema, é que sou casada e em minha casa não dá. – Sónia sorriu e disse:

-- Sou sozinha e o meu apartamento é espaçoso. Queres vir e visitá-lo? – Nória olhou o relógio e retorquiu:

-- Sim, se não é longe; ainda tenho meia hora.

-- Então vem! – Nória seguiu o carro de Sónia e em 8 minutos pararam em frente de um bloco de 10 andares. Entraram no elevador e Sónia carregou no 7.

Era de facto um lindo apartamento, decorado com gosto e com móveis modernos.

Sónia lhe ofereceu um sumo de laranja e lhe apontou uma espécie de marquesa, dizendo:

-- Foi ali que minha irmã eliminou a minha celulite e 10 quilos de gordura. – Nória voltou a olhá-la e comentou:

-- Tu quase não precisavas, és alta e elegante de formas. Agora eu, tão baixinha e larguinha!... -- Sónia riu-se e respondeu:

-- Ninguém está contente com o que tem. Se soubesses o quanto invejo o teu rosto simpático e de linda moldura; teus olhos que irradiam alegria e sei lá que mais. Esses lábios que parece implorarem beijos. Teus pezinhos pequeninos que apetece segurar para ver se são reais ou de boneca. Essas pernas bem moldadas e de cetinosa pele. Toda tu és linda, tens a magia que envolve o sentimento e teus peitos que ainda não vislumbrei, têm também o formato que induz a fantasia. – Nória envolveu Sónia no seu olhar e com um sorriso, lhe disse:

-- Afinal foste tu que me cativaste, posso vir amanhã?

-- Sim, te espero às 8, tomaremos o pequeno-almoço juntas. – Se beijaram na despedida e novamente os olhares se encontraram.

Serviu o desjejum ao marido que embrenhado no jornal, quase não respondeu ao seu: bom dia!

Desde havia 3 anos que as suas relações não primavam pela delicadeza e o carinho tinha sido arredado. Foi desde que ele a aconselhou a abortar o filho que ela tanto desejava

Meteu-se no carro e dirigiu para o apartamento de Sónia. Esta a recebeu ainda em camisa de dormir. Tomaram juntas uma tosta mista de baixo teor calórico e um sumo de laranja.

Sónia estendeu um lençol sobre a tarimba e enquanto fazia uma mistura de óleos aromáticos num frasco, pediu-lhe para se desnudar e deitar de bruços sobre a mesa.

Concentrada no manuseamento daquele apetecido corpo; deslizou suavemente as mãos sobre os relaxados músculos dorsais da amiga e esta, também deleitando-se com a suavidade daquelas carícias que lhe fizeram despertar já adormecidas sensações que se reflectiam na sua compleição física e mental, através da manipulação dos pontos mais sensíveis e erógenos. Fechou os olhos e na sua mente se acendeu o dito da sabedoria empírica, que dizia: (só uma mulher consegue tocar o corpo de outra mulher, melhor que qualquer homem porque conhece os seus segredos).

Deu pela voz de Sónia que num murmúrio lhe pedia:

-- Vira-te querida! – Ela obedeceu, olhou Sónia nos olhos e afoitou-se:

-- Isto é delicioso, nos faz sentir em êxtase!

-- Gostas Nória, tens algum ponto especial? – Ela não respondeu, sorriu e fechou os olhos. – Ouviu o murmúrio de Sónia:

-- Tentarei descobrir querida! – Continuou a massagem, a enchê-la de sensações que só tinha usufruído durante o namoro. Continuou de olhos cerrados e tentando descontrair-se, mas de repente não se conteve: apertou as pernas e contraiu o corpo. Deu conta do cicio de Sónia em seu ouvido:

-- É bom, querida? – Não respondeu, entreabriu a boca para usufruir totalmente o sabor da outra boca que se colou à sua. O turbilhão provocado pela excitação dos seus sentidos despertou sua libido. Suas mãos se juntaram às outras que a estimularam.

O corpo desnudo de Sónia era agradável e sua quentura a fazia envolver na magia de um sonho de amor que seu corpo já havia muito, não sentia.

-- Queres ir para o meu quarto Nória? – Deixou-se conduzir e entregar-se às carícias da amiga!...

Deixou que a língua de Sónia abrisse românticos atalhos na superfície sedosa de seus peitos, que saboreasse o orvalho que cobria seus róseos mamilos, era bom!...

Se atreveu a baixar a cabeça entre as entreabertas coxas de Sónia: eram lindas e de suave textura, as beijou com carinho, mas quando elas se abriram e ela olhou a corola rosada de sua flor, expressou:

-- Desculpa querida, ainda sou noviça; faz tu primeiro para eu ver! – Os braços de Sónia, com muito carinho, a envolveram.

-- Sim querida, eu te ensino.

Sentiu a língua dela penetrando em sua intimidade, devassando as sinuosidades de suas carnes tenras e seus dedos se fixavam em seus quadris com suavidade. Aquele gozo que ia em crescendo como os agudos sustenidos numa partitura decorada no prazer venéreo. Se sentiu flutuar quando suas águas felizes se soltaram e a voz de Sónia comandou:

-- Goza meu amor, é delicado o teu aroma a mar, deixa que minha boca saboreie o teu orgasmo. A volúpia a fez gemer em entrecortados sons sincopados no arfar de sua respiração:

-- Ooooh! Que meiga és Sónia!... Beija-me querida!... Beija-me muito!... – A sentiu envolvendo-a num apertado amplexo e seus suspiros soltando-se:

-- Te amo, Nória querida! Queres que te ofereça da taça do meu desejo?

-- Não amor, é a minha vez. Quero sentir a tua pele vibrar com meus carinhos, com os meus beijos de sabor a ti. Quero desfolhar pétala a pétala tua flor; saborear teu cheiro à maresia; mergulhar minha língua em tuas águas e viajar contigo nos páramos da volúpia sensual!

Entranhou-se nos íntimos jardins da amiga. Sentiu o delíquio gozo do mundo mágico de um bouquet de rubras rosas e o roçagar de seus dedos em suas pétalas, lhe trouxeram os vaginais odores e o sabor dos estames de seu clítoris. Os sucos embriagantes que eclodiram de seu corpo também acariciado pelos dedos experientes de sua amante, fizeram-na entrar no delicioso mundo da volúpia sensual, e na viagem que iniciaram, não se contiveram sem exprimir em gritos os gemidos pendentes em suas gargantas:

-- Ooooh! Amor!... Querida Sónia! Que meiga és!...- E na mesma melodia, os suspiros de Sónia:

-- Ooooh! Meu amor!... Que feliz sou em ter-te!... Sejamos sempre amantes!...

As duas se envolveram na modorra dos sentidos. Nos braços uma da outra, adormeceram; sonharam o mesmo sonho de ternura e encanto.

Quando acordaram, ainda amparadas no mesmo abraço, já se reflectia nas águas da baía, cá em baixo, o reflexo avermelhado do crepúsculo.

Havia um sorriso bailando em seus olhares quando disseram:

-- Até amanhã amor!...

Por: A. Alves, em Agosto de 2007

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Comentários

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um conto bem elaborado e bem escrito, nota 20 em português!

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